Parque Massangano e Santa Luzia recebem importantes indicações de obras do Vereador Professor Gilmar Santos

Estas comunidades ainda são muito carentes de políticas públicas de fomento à cultura, esporte e lazer. Priorizar isso é dever do poder público municipal e o Vereador Gilmar Santos continua cobrando e acompanhando estas e outras solicitações.

foto: Lizandra Martins

Retomando as atividades legislativas na Casa Plínio Amorim, na manhã desta terça-feira (04), o vereador Professor Gilmar Santos reafirmou seu compromisso com a luta por melhorias para a população de Petrolina-PE. O parlamentar apresentou na sessão ordinária duas indicações direcionadas à gestão municipal, referentes a necessidade de obras nos bairros Parque Massangano e Santa Luzia, ambos na zona periférica da cidade.

A primeira indicação foi sobre a ausência de espaços de lazer e equipamentos públicos de esportes no bairro Parque Massangano. Há anos, a população deste bairro anseia pela instalação  de uma praça pública, uma quadra poliesportiva com cobertura, além de equipamentos para a prática de exercício físico e um parque infantil. Atendendo a outra demanda, o parlamentar direcionou a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Mobilidade e Serviços Públicos, a manutenção da rede de iluminação do campo de futebol do bairro Santa Luzia. Duas solicitações que, se atendidas pela gestão municipal, impactará de forma positiva estas duas localidades.

Segundo Gilmar, as duas comunidades ainda são muito carentes de políticas públicas de fomento à cultura, esporte e lazer. Priorizar isso é dever do poder público municipal. O vereador acrescentou que continuará cobrando e acompanhando estas e outras solicitações dos cidadãos e cidadãs petrolinenenes. “Estas indicações ratificam o nosso compromisso de defender os interesses da população, principalmente das periferias. Dessa forma essas comunidades queridas passam a ser mais respeitadas no seus direitos ao lazer, cultura, esporte e saúde”, pontuou o parlamentar.


Fundação Internacional de Direitos Humanos concede prêmio a Lula

Em seu comunicado, a Fundação cita a homenagem em função da dignidade e natureza respeitosa, pacífica e democrática com que o ex-presidente enfrentou a perseguição judicial e política a que foi submetido, e que culminou em sua prisão política pelo período de 1 ano e 8 meses

Lula no circo voador (Foto: Ricardo Stuckert)

Fundação Internacional de Direitos Humanos acaba de anunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como homenageado pela instituição na edição 2020 do Prêmio Nicolás Salmerón, na categoria liberdade.

Em seu comunicado, a Fundação cita a homenagem em função da dignidade e natureza respeitosa, pacífica e democrática com que o ex-presidente enfrentou a perseguição judicial e política a que foi submetido, e que culminou em sua prisão política pelo período de 1 ano e 8 meses.

“Esta instituição sustenta que a raiz dessa perseguição política responde ao objetivo de concluir o incidente inconstitucional e não democrático realizado anteriormente contra a presidente Dilma Vana Rousseff, em um ato inequívoco chamado de lawfare, cujo objetivo final seria forçar e alterar ilegitimamente as eleições presidenciais de outubro de 2018”, afirmou a entidade ao anunciar o prêmio.

A Fundação Internacional de Direitos Humanos reconheceu ainda o legado de Lula no combate à fome e à miséria. “Em seu tempo como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu colocar três refeições diárias sobre a mesa de milhões de casas – tudo em tempo recorde sem precedentes na história do mundo – pelos mais ousados programa de emprego e segurança alimentar, com o resultado da remoção de cerca de 30 milhões de seres humanos da pobreza. Sua prisão arbitrária não apenas tentou contra sua reputação e liberdade pessoal, mas também contra a ordem constitucional e o progresso social do Brasil, não ‘apesar de’ tais realizações, mas ‘por causa de’ alcançá-las”, declarou o júri da entidade.

A premiação ocorre no próximo dia 24 de janeiro.

Fonte: Brasil 247

Celebração Ecumênica de Combate à Intolerância Religiosa acontece no próximo sábado (25) em Petrolina

O evento acontece a partir das 10h, na praça do Bambuzinho

Em resposta ao desafio lançado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) que convida a todos e todas a marcar o Dia Nacional de à Intolerância religiosa -comemorado no dia 21 de janeiro, através da LEI nº 11.635/2007, sancionada durante o governo Lula-, comunidades religiosas, partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais de Petrolina-PE realizarão no próximo sábado, dia 25,  a partir das 10h, na Praça do Bambuzinho, uma Celebração Ecumênica e Inter-religiosa de Combate à Intolerância Religiosa.

Apesar da Constituição Federal ter normas jurídicas que visam punir a intolerância religiosa, – como a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, que considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões- a austeridade, marginalização e demonização de algumas crenças marcadas pela herança dos inaceitáveis massacres e escravização de povos originários e africanos subsaarianos, ainda são refletidas através da violência e do desrespeito, umas vez que as políticas públicas existentes ainda não são capazes de reparar os danos historicamente infligidos a seus remanescentes. Por isso a importância da comemoração desta data. Respeitar a fé do outro e o direito à celebração das mais diversas manifestações religiosas é a base de uma convivência humana harmoniosa.  

Movimentos Antirracistas do Vale emitem nota sobre a morte de Matheus dos Santos e Lucas Levi

“Em memória de Matheus dos Santos (2002-2020), Lucas Levi (1999-2020) e tod@s @s jovens negr@s ceifad@s pelo apartheid brasileiro”

Foto Reprodução

A morte dos jovens negros e periféricos Matheus Santos e Lucas Levi continua repercutindo em toda região.Os jovens desapareceram no dia 11/01, após uma abordagem policial e na última sexta-feira, 17, foram encontrados mortos nas proximidade da Serra da Santa. 

As famílias realizaram protestos no dia do sepultamento dos jovens, que foi realizado no sábado, 18, e a Comissão de Direitos Humanos  e Cidadania da Câmara Municipal de Petrolina, também se manifestou através de uma nota.

Ontem Os Movimentos Antiracistas do Vale também emitiram nota, lamentado a morte dos dois jovens negros. Confira abaixo na integra

“Em memória de Matheus dos Santos (2002-2020), Lucas Levi (1999-2020) e tod@s @s jovens negr@s ceifad@s pelo apartheid brasileiro

Estamos chegando do fundo da terra,

estamos chegando do ventre da noite,

da carne do açoite nós somos,

viemos lembrar.

Estamos chegando da morte dos mares,

estamos chegando dos turvos porões,

herdeiros do banzo nós somos,

viemos chorar.

Estamos chegando dos pretos rosários,

estamos chegando dos nossos terreiros,

dos santos malditos nós somos,

viemos rezar.

Estamos chegando do chão da oficina,

estamos chegando do som e das formas,

da arte negada que somos,

viemos criar

(Missa dos Quilombos – Milton Nascimento, Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra, 1981)

Os Movimentos Antirracistas do Vale, consternados, solidarizaram-se com as famílias de Matheus dos Santos, Lucas Levi e tod@s @s jovens negr@s ceifad@s pelo apartheid brasileiro.

Desaparecidos desde 11/1, Matheus e Lucas tiveram seus corpos encontrados dia 17/1.

O desaparecimento se deu após os mesmos terem sido alvo de abordagem policial. Conforme o 2º Biesp, os jovens foram liberados no local logo após a realização de busca pessoal onde nada de ilícito foi encontrado, o que só realça a covardia desse duplo assassinato.

Não se trata de números e estatísticas. Duas vidas negras foram ceifadas. Duas famílias negras serão abaladas. Para sempre. Sonhos, futuros, projetos, afetos foram brutalmente interrompidos. O horror e o terror são possíveis dado o apartheid realmente existente em nosso país há muito tempo.

Para mudarmos esse cenário é preciso que tod@s nós, principalmente negras e negros, estejamos engajados numa palavra de ordem simples: VIDAS NEGRAS IMPORTAM.

É preciso conhecer nossas histórias, nossas raízes. E principalmente, é preciso não votar mais em políticos racistas ou tolerantes ou inertes diante do racismo institucional e estrutural que grassa no nosso país, matando nossa gente seja de uma vez ou aos poucos, molecularmente, no mercado de trabalho, no sistema educacional, nos serviços e nas mais diversas instâncias.

Nós viemos da grandeza. Matheus e Lucas poderiam ter alcançado a grandeza nas artes, ou nas ciências, nos mais diversos ofícios, como tantos outros. Não mais. É urgente estancar o genocídio e a devastação. Que as investigações em curso efetivamente determinem os assassinos e que estes sejam levados aos tribunais. É o mínimo que as famílias e a comunidade negra têm direito”.

Movimentos Antirracistas do Vale – MAV

CDHC da Câmara Municipal de Petrolina emite nota de pesar pela morte dos jovens Matheus dos Santos e Lucas Levi

“A onda crescente de violência que ronda a nossa cidade deve ser tratada pelos governos com foco na prevenção da violência e, principalmente, no enfrentamento às desigualdades e injustiças sociais pelas quais passam a população empobrecida dos nossos bairros periféricos”, diz a nota

Sepultamento dos jovens no cemitério do bairro João de Deus

É com profundo pesar que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Petrolina recebe a notícia do assassinato de mais dois jovens negros, pobres e periféricos do nosso município.

A onda crescente de violência que ronda a nossa cidade deve ser tratada pelos governos com foco na prevenção da violência e, principalmente, no enfrentamento às desigualdades e injustiças sociais pelas quais passam a população empobrecida dos nossos bairros periféricos.

É extremamente preocupante que numa época em que as politicas sociais de proteção e promoção da dignidade humana estejam sendo destruídas a ação prioritária do Estado seja investir na repressão policial, muitas vezes de forma truculenta (contra os pobres, pretos e periféricos), como principal prioridade.

Transformar as polícias em principal resposta para esse caos social é colocar em risco toda a sociedade — inclusive a vida dos próprios policiais. Esses, quando transformados em “heróis” se vêm obrigados a resolver problemas que não são da sua responsabilidade. São servidores públicos, maioria de origem periférica, que também vivenciam condições precárias de trabalho. Quando se veem impotentes, incapazes de resolver esses problemas pelos meios legais, muitos adoecem ou passam a cometer ilegalidades, ao ponto de se envolverem até mesmo em grupos de extermínio; outros chegam a atentar contra a própria vida. Daí o motivo de termos no país a polícia que mais mata e a polícia que mais morre.

É diante desse cenário que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal reafirma o compromisso e abertura para o bom diálogo com a sociedade e todas as instituições interessadas em construir propostas e caminhos para a superação dessa triste realidade.

Aos familiares e amigos dos jovens Matheus e Lucas Levi, nossa solidariedade.

Continuaremos em luta para que Petrolina muito mais que uma referência econômica injusta, passe a ser um município-referência em igualdade de oportunidades e de cultura de paz.

Comissão de Direitos Humanos e Cidadania

Câmara Municipal de Petrolina

Jovens desaparecidos em Petrolina-PE: Comissão de Direitos Humanos se pronuncia sobre o caso

“Esperamos que não seja mais um caso de violência cometida pelo próprio Estado”, afirmou o presidente da comissão, Gilmar Santos.

foto: Ângela Santana

Familiares e amigos dos jovens Mateus Cerqueira (17) e Lucas Levi (20), desaparecidos desde a noite do último sábado (11), realizaram uma manifestação em frente a Câmara Municipal, na manhã de hoje (15), para pedir apoio da Casa Plínio Amorim, no acompanhamento do caso. Segundo informações dos familiares, os jovens foram vistos pela última vez durante uma abordagem do 2ª BIESP, no bairro Mandacaru 2, periferia  de Petrolina-P. A PMPE confirmou a abordagem através de uma nota enviada à imprensa, mas alegou que “eles foram liberados pelos policiais no local”.

Em entrevista ao Blog de Edenevaldo Alves, na manhã de hoje, Dona Elisete dos Santos, mãe do jovem Mateus Cerqueira, relatou o que viu, “a Biesp estava parada, os meninos passaram, eles perseguiram, jogaram os dois meninos dentro da mala do carro e deram sumiço até hoje”. A mãe afirmou ainda que em seguida, “os policiais retornaram ao local para pegar as bicicletas e disseram que era para o pessoal dizer que não viu nada”.

De acordo com a nota da PMPE, “está em andamento, no Batalhão, um procedimento investigatório interno para apurar as circunstâncias da referida abordagem policial. No que pese a possível conduta dos PMs com os familiares, o 2º BIEsp está aberto para receber denúncias acerca de conduta anti social de sua tropa”, diz a nota.

O Vereador Gilmar Santos, acompanhou a manifestação e se se colocou a disposição, enquanto presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), para acompanhar o caso. “Nós colocamos a disposição para que todos os processos investigativos sejam feitos. A gente assume, junto com esses familiares e amigos o compromisso de exigir justiça”, disse o parlamentar.

Diante da repercussão, a PM se pronunciou em nota sobre o caso. Confira na íntegra: “A Polícia Militar esclarece que segundo o efetivo do 2º Batalhão Integrado Especializado (BIEsp) que estava de serviço, no último sábado (11), a equipe patrulhava na região quando visualizou dois jovens e realizou a busca pessoal. Nada de ilícito foi encontrado e eles foram liberados pelos policiais no local. No entanto, na manhã do domingo (12), a Unidade recebeu um homem formalizando uma queixa sobre o desaparecimento dos dois. Está em andamento, no Batalhão,  um procedimento investigatório interno para apurar as circunstâncias da referida abordagem policial. No que pese a possível conduta dos PMs com os familiares, o 2º BIEsp está aberto para receber denúncias acerca de conduta anti social de sua tropa”.

foto: Ângela Santana

O vereador Gilmar Santos reiterou que é o papel da CDH acionar todos os órgãos que tenham responsabilidade com  direitos da população. Porém, lembrou que lamentavelmente em diversos casos de violação de direitos o Estado é principal violador: “esperamos que não seja mais um ato de violência cometido pelo próprio Estado”.

Em um ano, Bolsonaro exclui 1 milhão de beneficiários do Bolsa Família

São 13 milhões de famílias atendidas, mesma cobertura de 2010, quando havia metade do desemprego atual, diz ex-ministra

Comunidade da Rocinha, localizada na Zona Sul da cidade (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Em um ano, o governo de Jair Bolsonaro excluiu do programa Bolsa Família um milhão de beneficiários. No primeiro semestre de 2019 eram 14,3 milhões de famílias, número que caiu para 13,5 milhões em setembro. A expulsão dessas famílias ocorreu no mesmo período em que a situação econômica do país caminhou ainda mais para trás e a vulnerabilidade social aumentou.

“Em 2019 voltamos ao patamar de nove anos atrás, de 2010. Só que hoje a economia vai mal, o desemprego é o dobro do que era há 9 anos, com muita precarização. Nesse cenário, um milhão de famílias que se enquadram nos requisitos do programa estão fora, tentando entrar, mas o programa está congelado”, afirma a ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo de Dilma Rousseff (PT), a economista Tereza Campello.

Na avaliação dela, com as mudanças anunciadas no dia 8, o governo pretende aumentar a exclusão de famílias. “Excluir ainda mais a população cada vez mais empobrecida, que está sem trabalho, fazendo bico, com a comida mais cara. Estamos falando de tirar dessas famílias R$ 190, o que faz muita falta. O que esse governo precisa é criar empregos”.

A ex-ministra chama a atenção também para o fim de políticas articuladas com o Bolsa Família, como o Programa de Aquisição de Alimentos, para construção de cisternas e o Pronatec, que permitiam a emancipação de muitas famílias.

“No comando do Bolsa Família desde o governo de Michel Temer, o ministro Osmar Terra falou diversas vezes que havia zerado a fila de ingresso no programa, porém sem mostrar os números. Mas o que se sabe é que a porta está fechada para um milhão de famílias”, ressaltou.

Fome Zero

Em 9 de  janeiro de 2004, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 10.836/2004, que criou o Bolsa Família – maior programa de transferência de renda do mundo. O programa é resultado de debates com sociedade civil, ativistas e especialistas, a partir da experiência do programa Fome Zero.

Até o final de 2014, foram atendidas 14 milhões de famílias, o que permitiu retirar da miséria 36 milhões de pessoas. Em 2014, foram inseridos no mercado de trabalho 75% dos beneficiados, e 1,69 milhão de famílias procuraram voluntariamente os centros de referência em assistência social para abrir mão do benefício, pois já teriam elevado sua renda.

Fonte: Brasil de Fato

Após 3 anos de cobranças do vereador Gilmar Santos, prefeitura reinaugura Biblioteca Municipal

“Finalmente, após esses 3 anos de cobranças e denúncias do nosso mandato, teremos de volta esse equipamento tão importante para estudantes, professores e cidadãos em geral que querem desenvolver suas leituras, pesquisas ou estudos diversos”, afirmou o parlamentar

Foto: Jonas Santos

A nova estrutura da Biblioteca Municipal Cid Carvalho, que estava em reforma há mais de 3 anos, será finalmente reinaugurada nesta quarta-feira (15) na avenida Pres. Tancredo Neves, Maria Auxiliadora. 

Desde o início de seu mandato, em 2017, o vereador Gilmar Santos vem cobrando explicações à gestão municipal sobre a reforma do equipamento que teve início na gestão anterior e que até então não havia sido entregue. 

No dia 05 de setembro, data em que se comemora o dia o Dia Municipal do Livro, Leitura e da Literatura, em Petrolina, onde se celebra o nascimento do escritor petrolinense Antônio de Santana Padilha, o parlamentar ressaltou a importância da data para o fortalecimento da educação e da cultura, criticou e cobrou mais uma vez da gestão a entrega da Biblioteca Municipal, visto que diversos estudantes, professores, pesquisadores estavam desamparados pela ausência desse equipamento público cultural de pesquisa e educação.

“Finalmente, após esses 3 anos de cobranças e denúncias do nosso mandato, teremos de volta esse equipamento tão importante para estudantes, professores e cidadãos em geral que querem desenvolver suas leituras, pesquisas ou estudos diversos. Porém, é lamentável que para a nossa Biblioteca Municipal e para tantos outros equipamentos e direitos culturais essa gestão que se diz do Novo Tempo só venha funcionar nesse último ano. Nosso compromisso é de continuarmos acompanhando sobre a qualidade dessa nova gestão da Biblioteca e mais, vamos solicitar informações sobre todos os recursos investidos para a qualificação desse equipamento. Esperamos que a nossa população volte a fazer bom uso do novo acervo e das novas instalações anunciadas pelo governo”, afirmou Gilmar.

Espaço da vida e território de luta

“Está nas cidades a última barreira de resistência à barbárie instaurada no país”


É preciso, desde já, começar a fortalecer as candidaturas populares / Rodrigo Clemente/PBH

Este ano as prefeituras e câmaras de vereadores estão no centro da disputa do poder político. É a primeira eleição pós-Bolsonaro e o que está em jogo não são apenas projetos administrativos para a as cidades, mas a consolidação da escalada da extrema direita no país. As novas administrações municipais podem ser o início da retomada da resistência ou a pedra tumular da democracia brasileira.

Engana-se quem pensa que no município se joga apenas a partida da segunda divisão da política, da economia e da cultura, no sentido amplo da palavra. A vida está nas cidades. E também a última barreira de resistência à barbárie que se estabeleceu no país. Por isso é preciso, desde já, começar a fortalecer as candidaturas populares a partir de um calendário próprio de mobilização.

Muitas análises otimistas veem na dificuldade em aprovar projetos no Legislativo ou na ação por vezes restritiva do Judiciário, uma reação, ainda que limitada, aos extremismos do governo federal. A postura diversionista e irresponsável do presidente e seus agentes mais destacados tem contribuído para essa falsa impressão, como se o poder central exibisse uma soma de derrotas fruto da vitalidade institucional. Entretanto, o atraso avança.

Muito do projeto entreguista em economia, exterminador em direitos, reacionário em costumes e autoritário em política espera eleição municipal para dar a volta nessa visão ingênua e equivocada, mantida em alta pela mídia corporativa, que tenta se livrar de sua culpa atávica com a situação. Algumas das propostas mais extremistas do neofascismo em estado de consolidação no país vão se dar no âmbito das políticas públicas do município.

Uma simples análise da composição do legislativo municipal e das prefeituras em todo o país mostra um cenário tomado pelo conservadorismo e afeito ao jogo populista da direita mais raivosa e inconsequente. São as administrações municipais e bancadas de vereadores ligadas às religiões neopentecostais, à dependência da ação das milícias, aos interesses corporativos menores e às práticas assistencialistas desmobilizadoras.

Mas não é só isso. Há um esquema orquestrado que parte das forças políticas conservadoras em jogar para as cidades a aprovação de medidas que não foram alcançadas de forma plena nos estados e no país. Ou seja, para cada derrota registrada pelo governo federal e pelos estados, se apresenta uma reestruturação da mesma pauta a partir das políticas públicas municipais. São muitas as frentes.

Como a implementação da escola sem partido nas escolas municipais, que se tornou realidade em muitas administrações, inclusive em Belo Horizonte. Ou a privatização de serviços públicos, abrindo espaço para a entrada da iniciativa privada em áreas estratégicas e natureza social. E ainda a moralização das relações sociais, a intolerância em direitos humanos e a censura, como temos acompanhado em várias cidades.

A onda regressiva de base municipal segue com as propostas de higienização social e práticas dirigidas para extirpar a diversidade cultural, sem falar do fechamento dos espaços públicos para manifestações culturais e políticas. Um território sem vida inteligente, sem criatividade, sem pluralismo, sem passeatas e sem carnaval. Sem gente.  

O impacto das ações contra a liberdade em suas diversas formas são muito evidentes quando partem do governo federal, recebendo com isso a resposta de parte sociedade, da imprensa e até mesmo dos déspotas esclarecidos. No dia a dia das cidades, no entanto, em meio a problemas que parecem mais graves, passam por ações pontuais e de menor monta, quase como uma característica dos costumes locais.

Quando elas se juntam, entretanto, conformam a atmosfera de retrocesso que vai se naturalizando pelo país afora. Pode ser uma bienal de livros que proíbe livros que tratam do amor entre pessoas do mesmo sexo; um festival de teatro que veta peças que questionam dogmas religiosos por pressão da Igreja; ou um show musical que cala a voz de indignação dos cantores. Cada ação que afronta a liberdade se torna paradigma para outra com a mesma inspiração.

Além do campo dos valores e da vida comunitária, há uma nítida intenção do capital em se assenhorar das políticas públicas que hoje são exercidas em grande parte pelo município, sobretudo saúde, educação, transporte e obras públicas. São setores vistos como altamente lucrativos, uma vez que conjugam potencial ilimitado de negócios, obrigatoriedade de consumo e reserva de mercado. Sem falar os constantes embates em torno dos planos diretores e do planejamento urbano, em conluio permanente com a especulação imobiliária.

A eleição para prefeitos e vereadores parece estar ainda muito longe e tudo indica que há problemas mais urgentes nesse momento. Mas a responsabilidade das forças populares com a disputa nos municípios é enorme. Já está na hora de propor o debate nos territórios, de construir propostas coletivas e democráticas, de disputar as narrativas e o poder nas cidades. Há uma dupla tarefa em jogo: resistir e avançar. 

Colunista: João Paulo Cunha |Edição: Elis Almeida

Agora é LEI: Eventos públicos patrocinados ou organizados em parceria com o poder público municipal são obrigados a veicular mensagens contra todas as formas de violência

De autoria do vereador Gilmar Santos, a LEI tem como objetivo combater a cultura de violência e comprometer o município com a proteção, inclusão e respeito à dignidade das população marginalizadas, que são também os principais alvos da violência

Foto: Camila Rodrigues

A Lei nº 3.276/2019, da autoria do vereador professor Gilmar Santos (PT), que estabelece a obrigatoriedade, por parte do município, de veicular mensagens contra as mais diversas formas de violência em eventos públicos patrocinados ou organizados em parceria com o poder público municipal, foi sancionada pelo poder executivo e divulgada no Diário Oficial (Edição 2.312) no dia 27 de dezembro.A proposta foi apresentada pelo parlamentar e votada na Casa Plínio Amorim no dia 17 do mesmo mês.

Com o objetivo de promover o trabalho de afirmação da cidadania e de fortalecimento dos laços sociais e direito à vida e bem de todos, como previsto na Constituição Federal, a LEI surge como aparto de garantia dos direitos das populações socialmente marginalizadas, que também são os principais alvos da violência, inclusive institucional. Segundo os dados divulgados pelo IPEA (2019), 65.602 casos de homicídios foram registrados no Brasil só em 2017, sendo as maiores vítimas a população negra, mulheres e LGBT’s.

De acordo com Gilmar, as lutas dessas populações exigem maior compromisso do Estado e do município no combate à cultura de violência e com a proteção, inclusão e respeito à dignidade dessas pessoas, sendo, a proposição da Lei, parte do seu compromisso, enquanto parlamentar, com a promoção e luta em defesa dos direitos humanos.

“É uma conquista de todas as pessoas que assumem compromisso na luta pela promoção e defesa dos direitos humanos, por uma cultura de paz no nosso município. É preciso dar um basta às violências tão presentes na nossa sociedade. Infelizmente quando crianças, pessoas negras, LGBTs, mulheres vão aos eventos municipais, recebemos denúncias de que são violentadas e, alguns das vezes, pelos próprios agentes de segurança pública. A lei vem no sentido de mudar essa realidade. Esperamos que os cidadão e cidadãs fiscalizem e exijam o seu cumprimento juntamente conosco”, pontuou o parlamentar após sanção da LEI.