Problemas no agendamento para vacinação em Petrolina leva Vereador Gilmar Santos a acionar MPPE

Na avaliação de Gilmar, o sistema de cadastramento promovido pelo Município é falho e isso tem aumentado a aflição e angústia da população

Na tarde desta quinta-feira (5/8), o Vereador Gilmar Santos-PT protocolou no Ministério Público de Pernambuco-MPPE um pedido de providência para que a Prefeitura de Petrolina garanta acesso democrático aos imunizantes contra a Covid-19.

A vacinação no município está ocorrendo por faixa etária e de forma decrescente. O problema é que a gestão municipal vem oferecendo vacina para novos grupos sem antes ter finalizado a faixa etária anterior. E este é um dos motivos que levaram Gilmar Santos a solicitar a mediação do MPPE.

O Município está chamando pessoas com idades inferiores sem ter esgotado a vacinação das pessoas com idades superiores, afrontando inclusive o plano global de combate a covid-19, que estipula que as pessoas de idades mais avançadas possuem maior propensão para desenvolver formas graves da enfermidade.

Na avaliação de Gilmar, o sistema de cadastramento promovido pelo Município é falho e isso tem aumentado a aflição e angústia da população. “Petrolina está vacinando as pessoas a partir de um cadastramento em site específico para essa finalidade, porém, são inúmeras as queixas em decorrência de não ser possível agendar pelo site. É relatado ainda situação de indivíduos que se cadastraram, mas ao chegarem para se vacinarem não estão com o respectivo nome na lista das pessoas vacinadas”, cita um trecho da peça.

Na petição,o parlamentar lembra que, na última segunda-feira (2/8), em entrevista à rádio local, o prefeito Miguel Coelho, quando questionado sobre falhas no sistema, respondeu que “se não for por agendamento, é fila por baixo do sol”. Declaração insensível para uma parcela significativa da população petrolinenses que ainda não deu início ao processo de imunização. 

Vale destacar que parte considerável da população não possui acesso à internet para uso doméstico. Em alguns casos a rede não oferece qualidade, o que distancia milhares de petrolinenses da finalização do cadastro.

A peça ainda reitera que o Município não demonstra ter o controle populacional das pessoas vacinadas, não confere como está gerindo a vacinação de todas as pessoas de determinada faixa etária. Não está demonstrado, por exemplo, quantos petrolinenses, na faixa dos 40 anos, ainda não tomaram a 1ª dose.

Na petição, o parlamentar pede que, diante de todo o exposto, vem requerer que o Ministério Público recomende o Município a dar publicidade de como está sendo realizado o controle de quantas pessoas de cada faixa etária faltam ser vacinadas. Além disso, que a prefeitura crie outras formas de cadastramento, não ficando restrito ao cadastramento pela internet, tendo em vista que inúmeras pessoas não possuem acesso à internet de qualidade.

A peça ainda sugere que quando for aberta a vacinação de uma faixa etária, àquelas pessoas das faixas etárias superiores sejam dispensadas de realizar o cadastramento, devendo apenas comprovar a idade através de documento.

Gilmar Santos apresenta proposta para melhorar acesso à vacina contra a Covid-19 em Petrolina

Uma das sugestões é sobre a criação de pontos de cadastramento nas Unidades básicas de Saúde, nos CRAS, em Escolas ou no Centro de Convenções

Gilmar Santos defende adoção de novas medidas para imunização em Petrolina

Com o objetivo de contribuir para o avanço da vacinação contra a Covid-19, em Petrolina-PE, o Vereador Gilmar Santos-PT, apresentou na manhã desta terça-feira (3), durante a sessão plenária da Casa Plínio Amorim, um requerimento (nº 395) com novas sugestões para a Secretaria Municipal de Saúde.

A primeira é para a criação de pontos de cadastramento nas Unidades básicas de Saúde, nos CRAS, em Escolas ou no Centro de Convenções para a população mais vulnerável, ou seja, quem não possui acesso à internet ou que tenha dificuldades na utilização de equipamentos eletrônicos.

Já a segunda versa sobre a imunização através dos grupos prioritários. Gilmar sugere que, a cada avanço na faixa etária, as pessoas que não conseguiram imunizantes sejam dispensadas do agendamento, e precisem apenas comparecer aos pontos de vacinação com documento de identidade, cartão SUS e comprovante de residência.

“Estamos acompanhando uma série de críticas contra o sistema da prefeitura. Compreendemos que existem grandes dificuldades em relação ao recebimento das doses dos imunizantes disponibilizados, o que prejudica grandemente o andamento do programa de imunização. Porém, mesmo com essas dificuldades, temos visto um avanço significativo nas faixas etárias que podem receber o imunizante”, pontuou (confira no vídeo).

Para Gilmar, a vacinação dos grupos etários é importante, entretanto, segundo ele, em Petrolina, a baixa quantidade de imunizantes não tem sido condizente com a frequência e com os quantitativos recebidos dos imunizantes e isso tem gerado muitas críticas da população como um todo.

O problema do agendamento é ainda mais grave para a parcela da população mais vulnerável que não tem acesso a equipamentos eletrônicos e/ou internet. E essa parcela da população que mais têm apresentado críticas.

No município a idade mínima está na casa dos 30 anos, porém é comum encontrar relatos de pessoas que integram os grupos das demais idades mas que não conseguem realizar o agendamento.

Quanto ao novo sistema de agendamento para a vacinação contra a Covid-19, anunciado pelo Prefeito, e lançado na manhã desta quarta-feira (4), Gilmar Santos solicitou que a equipe de saúde garanta esforços para que o processo de vacinação seja retomado sem falhas e com celeridade.

Após surto de covid-19, Gilmar Santos questiona medidas preventivas adotadas pela Case de Petrolina

A medida vem após a imprensa local noticiar um surto com pelo menos 18 menores contaminados com a covid-19; a proposição foi aprovada por 15 votos

Gilmar Santos questiona medidas preventivas adotadas pela Case de Petrolina/Internet

Preocupado com a situação de jovens usuários do Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) de Petrolina, o vereador Gilmar Santos (PT) quer informações sobre as ações preventivas por parte da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. A preocupação do edil também foi direcionada ao juiz Marcos Bacelar, representantes do Poder Judiciário, para que haja fiscalização no local.

Nesta manhã desta quinta-feira (20), Gilmar apresentou um Requerimento solicitando respostas sobre os cuidados adotados para prevenção da contaminação por covid-19 na unidade. A medida vem após a imprensa local noticiar um surto com pelo menos 18 menores contaminados com a covid-19.

Além das ações preventivas, Gilmar questiona se está havendo testagem periódica dos demais presentes na unidade. O pedido foi analisado e aprovado por 15 votos.

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Via Assessoria
Com informações de Blog Waldiney Passos

Covid-19: Mandato Coletivo defende inclusão dos profissionais de farmácia no grupo prioritário para vacinação

“Os profissionais que trabalham nas farmácias expõem-se desde o início da pandemia diariamente a um risco elevado de contaminação, tendo em vista a altura de suas atividades”, defendeu Gilmar

Em um requerimento (nº 157/2021) apresentado na sessão desta terça-feira (20), o Vereador Gilmar Santos-PT, solicitou a inclusão de trabalhadores de farmácias no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19. A solicitação, direcionada à Secretaria de de Saúde de Petrolina, foi aprovada pela maioria dos vereadores da Câmara.

No cenário pelo qual o país atravessa, uma das principais questões que afligem a população brasileira é a vacinação. A população tem acompanhado com muita preocupação processo da vacinação.

“Compreendemos que a gestão municipal tem feito um esforço para garantir da forma mais rápida possível a vacinação da população petrolinense. Entretanto, entendemos que alguns profissionais precisam ser incluídos nos grupos prioritários do plano municipal de vacinação”, disse Gilmar (confira no vídeo).

A exposição dos profissionais no atendimento ao público foi a principal justificativas apresentada pelo parlamentar. “Os profissionais que trabalham nas farmácias expõem-se desde o início da pandemia diariamente a um risco elevado de contaminação, tendo em vista a altura de suas atividades. Além disso, mesmo nos momentos de isolamento mais duro esses profissionais estiveram sempre em atividade e assim continuam, mesmo com novo acirramento do isolamento, tendo em a essencialidade da atuação”, defendeu.

COVID-19: Conheça o Programa ‘Petrolina pela Vida’, apresentado pelo Vereador Gilmar Santos

Entre os objetivos do programa estão o fortalecimento de ações de prevenção e controle contra a COVID-19 e a redução dos efeitos sociais e econômicos agravados pela pandemia do novo coronavírus, em áreas de maior número de contaminações, tendo como público alvo a população que vive em situação de vulnerabilidade sanitária e social

Foto: Iury Aragão

Visando criar uma política pública voltada à prevenção, controle de contaminações e redução dos efeitos causados pela pandemia da Covid-19, o Vereador Gilmar Santos (PT), protocolou esta semana um Projeto de Lei (PL nº 058/2021) na Câmara Municipal de Petrolina. A proposta está em tramitação e deve ser votada nas próximas sessões após parecer das comissões da Casa.

Se aprovado, o “Programa Petrolina pela Vida”, será uma espécie de orientação para o que poder público municipal possa desenvolver ações efetivas de prevenção e controle de infecções por Covid-19.

Desde que a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, o Brasil chegou, até a presente data, ao triste cenário de mais de 11 milhões de pessoas infectadas e mais de 280 mil mortos. É de longe, a pior tragédia humana da história do país desde os processos genocidas de escravização indígena e africana.

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, na manhã de ontem (17), Petrolina tem 18.057 confirmações da doença, com 15.971 curas e 236 mortes.

PETROLINA PELA VIDA

Um dos objetivos da proposta é amenizar os efeitos sociais e econômicos, agravados pela pandemia no novo coronavírus, em áreas de maior número de contaminações, tendo como público alvo a população que vive em situação de vulnerabilidade sanitária e social.

Dividido em dois capítulos, onde o primeiro versa sobre medidas de prevenção e controle, e o segundo sobre medidas de assistência social e econômica, o PL aborda uma série de ações e propostas que, se aplicadas pela gestão municipal, podem frear o aumento do número de casos de Covid-19 em Petrolina.

PREVENÇÃO E CONTROLE

Na perspectiva de garantir maior democratização, transparência e assertividade das ações desenvolvidas pelo programa, o PL autoriza a prefeitura de Petrolina a incluir nos órgãos e comitês de enfrentamento à covid-19 a participação de membros dos conselhos de saúde, educação, assistência social, além de representantes de associações comunitárias, instituições ou órgãos que possam contribuir com o fortalecimento das ações e políticas públicas.

Foto: divulgação/Internet

De caráter autorizativo, a proposta traz uma série de medidas que podem ser adotadas pela gestão. Confira:

  1. Notificação para quem circular pelas ruas do município, espaços públicos, transporte público coletivo, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços sem o uso de máscara (exceto quando estiverem em refeição);
  2. Notificação para estabelecimentos públicos, privados, industriais, sociais e religiosos que não disponibilizem álcool em gel e borrifadores com álcool, ambos 70%, além de pias, com água e sabão;
  3. Notificação para estabelecimentos que permitam o acesso de pessoas sem o uso de máscara protetora;
  4. Notificação para estabelecimentos que não controlem a quantidade de pessoas no local, de acordo com as normas municipais;
  5. Obrigatoriedade do controle de acesso, com fiscalização e aferição de temperatura, em todos os estabelecimentos públicos e privados;
  6. Notificação para servidores públicos que, em serviço, não façam uso de máscara ou cobertura facial sobre boca e nariz;
  7. Intensificação da fiscalização em toda a cidade, especialmente nas periferias urbanas e rurais;
  8. Locação de imóveis ou espaços públicos, para pessoas que não consigam manter o isolamento de sua família na residência própria.

De acordo com o PL, em caso de desobediência ou reincidência por parte de servidores municipais, o agente público deverá multar o infrator, conforme determinação do poder Executivo. As pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social, estariam dispensadas de multa ou notificação.

No caso de desobediência por parte de proprietários de estabelecimentos comerciais, caberia ao município a aplicação de multa e a cassação do alvará de funcionamento. Já em casos de infrações registradas em estabelecimentos públicos, o responsável sofreria medidas administrativas.

Em outro ponto, o PL apresenta uma série de ações educativas e de sensibilização social, que podem ser adotadas pela gestão municipal. Uma delas é a produção de conteúdos multimídias digitais, cuja finalidade é alertar a população acerca da importância de medidas preventivas e as penalidades para quem descumprir. O uso de carros de som também é apresentado como uma possibilidade de comunicação.

Atenção à Saúde, política de imunização e lockdown

Visando garantir melhores condições para os serviços de saúde, o Projeto de Lei propõe que a Secretaria de Saúde intensifique a vigilância em saúde ativa, com o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e reforço de recursos humanos das Equipes de Saúde da Família. Além disso, de acordo com o texto, a ampliação do número de profissionais de saúde da vigilância em saúde seria uma forma de realizar identificação de novos casos de forma mais rápida.

Senar/PE leva ações de saúde gratuitas à população rural de Petrolina |  Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
Foto: Divulgação/Internet

Neste sentido, o vereador propõe a ampliação do número de testes rápidos e diagnóstico para todos os sintomáticos e pessoas com as quais o paciente teve contato. Ao assegurar o isolamento dos casos confirmados, a Secretaria de Saúde passaria a ter maior controle sobre novos casos.

O projeto prevê ainda o reforço das Equipes da Atenção Primária de Saúde, atuar na prevenção e promoção da saúde, assegurando a continuidade da assistência e educação em saúde sexual e reprodutiva (com acesso aos métodos anticoncepcionais), pré-natal, puerpério, saúde da mulher, da criança e do adolescente, adulto e idoso, acompanhamento das pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

Para as unidades básicas de saúde o PL prevê um rigoroso controle de acesso dos usuários, suspeitos ou confirmados. A medida funcionaria a partir das seguintes medidas:

  1. Ampliação do quadro de servidores da saúde;
  2. Instalação de tendas para garantir distanciamento, segurança sanitária e conforto aos usuários;
  3. Organização das unidades básicas de saúde com marcadores de distanciamento;
  4. Disponibilizar álcool em gel e borrifadores com álcool, ambos do tipo 70%, suficientes para garantir a higienização tanto dos servidores quanto dos usuários;
  5. Garantia de equipamentos de proteção individual (EPIs), adequados e suficientes contra infecções, para todos os servidores que atuam na rede municipal de saúde;
  6. Distribuição gratuita de máscaras para os usuários nas unidades básicas de saúde;
  7. Formação de um comitê popular com a participação de agentes comunitários de saúde e comunitários dos bairros para desenvolverem ações de prevenção e controle, conforme orientações da Secretaria de Saúde.

No caso de pacientes infectados que estiverem sendo atendidos nas unidades hospitalares, o projeto prevê a garantia de acolhimento e acompanhamento humanizado, inclusive com visitas virtuais por parte dos familiares. A estruturação de um ambulatório para acompanhamento e assistência das pessoas com sequelas da COVID também integra a proposta.

Em caso de ocupação de leitos superior a 90%, o município teria autorização para desenvolver lockdown em dias determinados por orientação da secretaria municipal de saúde. Sobre a política de imunização, a proposta do vereador versa sobre o desenvolvimento articulações políticas e sociais para a aquisição de vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ou órgãos internacionais reconhecidos pela OMS.

ASSISTÊNCIA SOCIAL E ECONÔMICA

Novo auxílio emergencial deve começar a ser pago em abril  - Rafael Henrique/Getty Images

A fim de reduzir os efeitos sociais da pandemia sobre a população em situação de maior vulnerabilidade, cadastrados ou não no Cadastro Único do município, o Projeto de Lei autoriza o poder executivo a realizar as seguintes medidas:

  1. Elaboração de um Programa de Renda Básica Emergencial que assegure o pagamento mensal de uma renda para auxiliar pessoas em situação de extrema pobreza nos custos com as suas necessidades básicas, fazendo distinção com base nas condições sociais de cada beneficiado;
  2. Ampliação do número de servidores das áreas de assistência social e psicologia para garantir maior organização, agilidade e qualidade nos serviços aos usuários dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS);
  3. Garantia de equipamentos de proteção individual e locais adequados para a todos os servidores da Assistência Social que atuem no atendimento à população;
  4. Adequação de salas de aulas de escolas municipais enquanto espaços para atendimento individualizado aos usuários dos CRAS;
  5. Apoio a ações comunitárias de solidariedade (doação de cestas básicas, alimentação pronta para consumo e máscaras);
  6. Mobilização de profissionais voluntários e construção de uma rede de atendimento para pessoas adoecidas mentalmente;
  7. Criação e divulgação de conteúdos informativos multimídia sobre os serviços de assistência social e de saúde mental disponíveis no município;
  8. Ampliação dos serviços de assistência social à população em situação de rua e às famílias que residem em ocupações (distribuição de materiais de higiene, alimentação e acompanhamento psicológico);
  9. Construção e execução de programas de moradias populares em parceria com iniciativas comunitárias, a exemplo de mutirões;
  10. Articulação junto aos órgãos federais para autorizar a ocupação de casas ou apartamentos dos residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida, que estão desocupados. O público alvo seriam famílias em situação de vulnerabilidade social que estejam cadastradas junto à Secretaria de Habitação ou ao Cadúnico e que não tenham casa própria, conforme sorteio realizado pela Caixa Econômica;
  11. Estímulo e apoio a produção de alimentos agroecológicos nas zonas urbanas e rurais por agricultores familiares, como também a formação de cozinhas comunitárias organizadas pela sociedade civil;
  12. Mapeamento da população em situação de extrema pobreza no município para identificação de marcadores sociais (raça, gênero, ocupação, moradia, formação), tendo como finalidade a formulação de políticas públicas adequadas no enfrentamento ao cenário de pandemia;
  13. Desenvolvimento de ações que promovam e assegurem a inclusão digital de estudantes e professores da rede pública municipal, com distribuição de equipamentos tecnológicos e de internet, para que possam desenvolver suas atividades por modo remoto;
  14. Ampliação das ações de enfrentamento e prevenção à violência doméstica e o feminicídio;
  15. Adoção de medidas que possibilitem o aumento da oferta de horários do transporte coletivo, com a intenção de reduzir as aglomerações e circulação do vírus;
  16. Suspensão, por três meses, da cobrança de tributos e negativação do nome dos devedores;

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Bolsonaro coloca em risco a vida dos brasileiros ao declarar que não vai comprar a vacina chinesa, acusam petistas

Em inúmeras mensagens pelo Twitter, os parlamentares afirmaram que a decisão de Bolsonaro coloca em risco a saúde da população brasileira em uma atitude irresponsável, apenas por conta de disputas políticas e preferências ideológicas

Foto: Rodrigo Nunes/MS

Parlamentares da Bancada do PT reagiram com indignação e revolta, nesta quarta-feira (21), à decisão anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro de não mais adquirir 46 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantã, de São Paulo, e que está em fase final de testes. Em inúmeras mensagens pelo Twitter, os parlamentares afirmaram que a decisão Bolsonaro coloca em risco a saúde da população brasileira em uma atitude irresponsável, apenas por conta de disputas políticas e preferências ideológicas.

Na noite desta terça-feira (21), horas após o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, ter anunciado a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac (da China), o presidente Bolsonaro afirmou em sua página no Facebook que o Brasil não irá adquirir a “Vacina da China”. A declaração ocorreu em resposta a uma seguidora dele na rede social que pediu a exoneração do ministro da Saúde acusando-o de ser “traíra” e “cabo eleitoral do Doria (governador de SP)”.

Segundo o site de notícias especializado em política, Poder360, Bolsonaro enviou mensagens na manhã desta quarta-feira (21), ao ministro com o seguinte teor: “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria (governador de São Paulo) sobre a covid-19”. A Coronavac está na terceira e última fase de testes e, segundo o instituto Butantã, a segurança da vacina já está comprovada.

O líder da Bancada do PT, deputado Enio Verri (PR), disse que a atitude de Bolsonaro o caracteriza como um “irresponsável, inconsequente, temerário e até mesmo um moleque”. “Assim pode se qualificar Bolsonaro ao retroceder da decisão de comprar 46 milhões de doses da vacina contra a COVID-19. Será que algum “terceiro” dos EUA determinou que ele assim agisse?”, indagou.

Já a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também rechaçou a postura de Bolsonaro. Segundo ela, Bolsonaro agiu como um “Presidente estúpido, ignorante e irresponsável”. “Trata ideologicamente assunto de saúde pública. Faz disputa política em cima da vida das pessoas, espalhando mentira e medo. Vai fazer o quê? Esperar a sobra de alguma vacina americana?!”, perguntou.

Por sua vez, o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), destacou que “a ignorância de Bolsonaro vai continuar ceifando vidas”. Ele disse ainda que “negar a compra da vacina mais avançada até o momento é mais um dos seus crimes de responsabilidade”. “Irresponsável, ele deixa a ideologia se sobrepor ao cuidado com a saúde dos brasileiros. Não vamos aceitar!”.
Em outro tuíte, Guimarães cita que a atitude de Bolsonaro é passível de impeachment. Ele aponta que o Artigo 4º da Constituição Federal diz que: “São crimes de responsabilidade os atos (…) que atentarem contra (…) a segurança interna do país”. “O que está faltando para afastar o presidente que coloca em xeque a saúde do povo que deveria amparar?”, observou.

Já o ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) classificou a atitude de Bolsonaro como “xenofobia ideológica” e de desrespeito a instituições públicas responsáveis pela análise da vacina chinesa. “Bolsonaro cria uma nova guerra da vacina, colocando sua xenofobia ideológica à frente da análise técnica da ANVISA e da credibilidade de uma instituição do SUS, como o Butantan”, disse.

O ex-ministro, que é médico, também questionou a falta de coerência de Bolsonaro ao declarar que “não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem”. “Falou o presidente que estocou 9 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina sem eficácia comprovada cientificamente, porque aceita o que não serve para o Trump”, ironizou Padilha.

Leia abaixo outras declarações de repúdio de parlamentares petistas sobre a decisão de Bolsonaro:

Deputada Maria do Rosário (RS) – “Inacreditável. Ministério da Saúde fecha compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, e imediatamente Bolsonaro anuncia que a compra não será feita. Para agradar seus seguidores e não irritar Trump, mais vidas serão perdidas. Até quando o Brasil vai suportar isto?”.

Deputado Bohn Gass (RS) – “Um governo que, por preconceito ideológico, briga até com vacina é, sim, um governo genocida. Bolsonaro deve ser posto fora e pagar por seus crimes”.

Deputado Rogério Correia (MG) – “Muito grave esta decisão do energúmeno. A Câmara Federal precisa interferir e definir pela vacina. Por divergências políticas não se pode negar ao povo o direito à proteção e à vida!”.

Deputada Professora Rosa Neide (MT) – “É mais um erro de Jair Bolsonaro politizar uma vacina que sequer está pronta. O presidente governa contra a saúde do nosso povo. Genocida!”.

Deputado Helder Salomão (ES) – “Ignorante e irresponsável que trata com ideologia um assunto de saúde pública! Bolsonaro ataca a China, cancela acordo feito por Pazuello e diz que não comprará vacina chinesa”.

Deputado Odair Cunha (MG) – “Bolsonaro está mais preocupado com a narrativa que a base dele pode interpretar do que com a saúde do nosso povo e da nossa gente. É um governo claramente genocida!”

Deputado Henrique Fontana (RS) – “Bolsonaro é um irresponsável. Desautorizou o Ministério da Saúde, que anunciou acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, e comunicou seus ministros que não comprará a vacina chinesa. Faz disputa política em cima da vida das pessoas”.

Deputado Alencar Santana Braga (SP) – “Um chefe de milícia que fraudou a eleição de 2018 decidiu que 212 milhões de pessoas no Brasil não terão acesso a uma vacina para protegê-las de uma doença mortal”.

Deputado Valmir Assunção (BA) – “Esse teatrinho de Bolsonaro sobre a vacina chinesa já está manjado. Agora, vender soja pode, não é? Saúde pública não é brincadeira! O Planalto precisa levar a Pandemia a sério”.

Deputada Erika Kokay (DF) – “É inaceitável Bolsonaro ideologizar e politizar o debate sobre a vacina chinesa para agradar seus seguidores. Quem tratou o povo brasileiro como cobaia foi o Bolsonaro. O presidente nunca se guiou pela ciência. Sempre agiu como charlatão, vendendo solução milagrosa!”.

Deputado Reginaldo Lopes (MG) – “A irresponsabilidade do presidente o faz politizar uma vacina. As vidas que precisam ser salvas não podem esperar!”.

Deputada Benedita da Silva (RJ) – “Assumir o risco de ficar sem vacina é um problema enorme, que vai expor milhões de pessoas e deixará nossas crianças sem assistência. É inadmissível que Bolsonaro e Crivella sejam contra algo que é bom para o povo”.

Deputado Paulo Teixeira (SP) – “Bolsonaro desautoriza as tratativas em relação a vacina. Um criminoso! Vamos resolver a disponibilização da vacina apesar e por cima dele”.

Fonte: PT na Câmara