13 anos do PAC: a iniciativa do governo Lula que levou o Brasil a outro patamar

Programa de Aceleração de Crescimento fez o país retomar investimentos em setores como energia, transporte, mobilidade urbana e saneamento

Brasil atravessou três décadas sem planejamento estratégico em infraestrutura de grande porte. A história começou a mudar quando Lula lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 22 de janeiro de 2007.

Através do programa, o país retomou investimentos em setores estruturantes como energiatransportemobilidade urbana e saneamento. Até 2015, o PAC executou cerca de R$ 1,9 trilhão em obras pelo Brasil.

“Aqui não se cresce sacrificando a democracia, não se fortalece a economia enfraquecendo o social, não se cria ilusões de distribuir o que não se tem, nem de gastar o que não se pode pagar. Aqui, o econômico, o político e o social estão plenamente enlaçados em um moderno projeto de nação.”

Por Instituto Lula


Fundação Internacional de Direitos Humanos concede prêmio a Lula

Em seu comunicado, a Fundação cita a homenagem em função da dignidade e natureza respeitosa, pacífica e democrática com que o ex-presidente enfrentou a perseguição judicial e política a que foi submetido, e que culminou em sua prisão política pelo período de 1 ano e 8 meses

Lula no circo voador (Foto: Ricardo Stuckert)

Fundação Internacional de Direitos Humanos acaba de anunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como homenageado pela instituição na edição 2020 do Prêmio Nicolás Salmerón, na categoria liberdade.

Em seu comunicado, a Fundação cita a homenagem em função da dignidade e natureza respeitosa, pacífica e democrática com que o ex-presidente enfrentou a perseguição judicial e política a que foi submetido, e que culminou em sua prisão política pelo período de 1 ano e 8 meses.

“Esta instituição sustenta que a raiz dessa perseguição política responde ao objetivo de concluir o incidente inconstitucional e não democrático realizado anteriormente contra a presidente Dilma Vana Rousseff, em um ato inequívoco chamado de lawfare, cujo objetivo final seria forçar e alterar ilegitimamente as eleições presidenciais de outubro de 2018”, afirmou a entidade ao anunciar o prêmio.

A Fundação Internacional de Direitos Humanos reconheceu ainda o legado de Lula no combate à fome e à miséria. “Em seu tempo como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu colocar três refeições diárias sobre a mesa de milhões de casas – tudo em tempo recorde sem precedentes na história do mundo – pelos mais ousados programa de emprego e segurança alimentar, com o resultado da remoção de cerca de 30 milhões de seres humanos da pobreza. Sua prisão arbitrária não apenas tentou contra sua reputação e liberdade pessoal, mas também contra a ordem constitucional e o progresso social do Brasil, não ‘apesar de’ tais realizações, mas ‘por causa de’ alcançá-las”, declarou o júri da entidade.

A premiação ocorre no próximo dia 24 de janeiro.

Fonte: Brasil 247

Especial Revista de Legado: O PT não quebrou o Brasil

Na primeira reportagem da série, dados mostram que com o PT o Brasil era a 5ª maior economia do mundo com reservas internacionais bilionárias e inflação controlada

Após o lançamento da revista ‘O partido que mudou o Brasil’ que traz o legado dos governos do PT, o partido incia agora uma série de reportagens que mostrarão os detalhes, números, gráficos de programas sociais, investimentos e melhorias em diversas áreas e que foram responsáveis por tornar o Brasil mais que uma potência e a 5ª economia do mundo, mas um país melhor para se viver, com mais direitos, com o povo mais feliz e fora do Mapa da Fome.

Os textos, construídos com coesão e clareza, foram feitos pelas ex-ministras Miriam Belchior, Tereza Campello e Sandra Brandão, e deixam claro o tamanho do legado deixado ao Brasil pelo Partido dos Trabalhadores. Trata-se, a bem da verdade, de um material urgente e necessário para mostrar que uma gestão pode, sim, incluir o povo nas decisões que norteiam o comando da nação. Clique e baixe a revista completa.

Confira aqui, nas redes e youtube do PT tudo sobre o capítulo dessa quinzena:

O PT não quebrou o Brasil

A primeira reportagem da série traz detalhes sobre o capítulo ‘O PT não quebrou o Brasil’, que explica com dados e gráficos que a narrativa de que o partido foi responsável por quebrar o país é uma farsa propagada por aqueles que querem arruinar as políticas sociais implementadas pelo PT.

O ano de 2015 tem sido usado para construir essa mentira. Em 2015, obstáculos e pautas-bomba impediram importantes ações do governo e criaram a sensação de crise que viabilizou o golpe que interrompeu o governo Dilma.

Porém, uma avaliação simples dos dados dos anos de governo do PT mostra que a história é muito diferente: foi um período de crescimento, estabilização das finanças públicas e dos preços, de elevação inédita da confiança dos investidores no Brasil, de inclusão social e de aumento da riqueza do país.


Os governos Lula e Dilma conseguiram construir uma forte reserva internacional de R$ 380 bilhões

A seguir, alguns dos principais pontos que mostram definitivamente que o PT não quebrou o Brasil:

Mais crescimento para os brasileiros

Durante os governos do PT, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em média, 2,9% ao ano. O bom desempenho econômico permitiu uma inédita ampliação do PIB per capita, que saltou de R$ 26,6 mil para R$ 36,96 mil. Foi a partir desse grande crescimento que o Brasil chegou a ser a 5ª maior economia do mundo, com distribuição de renda e inclusão social.

Inflação sob controle e maior poder de compra

Ao contrário do que se tenta espalhar, o PT sempre manteve o compromisso com o controle da inflação. Durante seus governos, Lula e Dilma conseguiram manter a meta da inflação em 12 deles, com exceção de 2015, ano em que a desvalorização cambial e a alta de preços administrados (como energia e combustíveis) resultaram em elevação de preços de caráter temporário, normalizados já em 2016.


Com o PT, o povo brasileiro aumentou seu poder de compra como nunca visto em épocas anteriores.

Sem dívida externa

Durante os governos do PT, o Brasil conseguiu pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) todos os empréstimos realizados por governos anteriores. Além disso, em 2009, o país emprestou US$ 10 bilhões para a instituição, tornando-se um dos 47 países credores. O país deixou de ter como um fator de risco o endividamento externo e passou a ser visto como credor no mercado internacional. Essa conquista é uma das muitas heranças dos governos do PT.

Aumento de investidores e reserva internacional

Com uma economia sólida e um ambiente de crescimento econômico, os investidores externos começaram a aumentar no país. Além disso, os governos Lula e Dilma conseguiram construir uma forte reserva internacional de R$ 380 bilhões. Essas reservas funcionam como um verdadeiro colchão protetor para a economia, reduzem os impactos de crises internacionais no país e até hoje ajudam a salvar as contas do Brasil.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Nota do Partido dos Trabalhadores à Cia Biruta de Teatro e ao Vereador Gilmar Santos (PT), vítimas de agressão policial

“Esses fatos devem ser tratados pelas autoridades competentes nos rigores que a gravidade exige e ter seus responsáveis punidos sem que caia no esquecimento do tempo sem as devidas soluções”

O Partido dos Trabalhadores, diretório Municipal de Petrolina, vem a publico externar a nossa indignação e solidariedade aos militantes da Cia Biruta de Teatro, bem como o Companheiro Vereador Gilmar Santos, que foram impedidos de exercer o direito democrático de expressão cultural e manifestação legitima de combate ao racismo por meio da cultura, pela a desastrosa e desnecessária de alguns policiais do 2º Biespe durante o encerramento da semana da consciência negra ontem no bairro Rio corrente.

E altamente grave que o estado brasileiro que deveria usar os seus instrumentos de combate ao crime e a violência, use esses instrumentos para promover o que deveria ser combatido. Dessa forma repudiamos veementemente a ação desses policiais, ao mesmo tempo em que cobramos do governo do estado de Pernambuco uma postura firme na apuração desse triste episodio protagonizado por alguns policiais da policia militar do estado.

Casos como este e o que ocorreu com a estudante Camila Roque da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco – UESPE são fatos que não podem ser repetidos, porem o que vemos é que num curto espaço de 15 dias acontecem duas ações extremamente graves de agressão e truculência de policiais ao atuar cidadãos e cidadãs em seu pleno direito de ir vir e de liberdade de expressão e do pensamento. Não bastasse a repetição dos fatos, verifica-se que ambos têm aspectos racistas por se tratar de pessoas de cor da pele negra e estarem em atividades combate aos crimes de racismo, violando assim profundamente os direitos fundamentais básicos do ser humano.

Esses fatos devem ser tratados pelas autoridades competentes nos rigores que a gravidade exige e ter seus responsáveis punidos sem que caia no esquecimento do tempo sem as devidas soluções.

Por fim, ressaltamos a importância do estado para a vida de todos, sobre tudo daqueles que mais precisam do amparo das politicas publicas e reafirmamos a necessidade do bom funcionamento dos aparelhos públicos para a garantia do bem estar social, bem como, reconhecer que atos cometidos por maus policiais não podem ser generalizados a toda policia militar do estado, onde policiais passam por varias situações de tensões no dia-a-dia do exercício da função, as precárias condições de trabalho, com salários que não condizem com a realidade do profissional e da função, mas mesmo assim garantem a segurança dos pernambucanos, com muita dedicação e dignidade.

Partido dos Trabalhadores
Diretório Municipal

Nota do PT sobre invasão à embaixada da Venezuela no Brasil

“Instamos a todos os partidos políticos democratas , as organizações da sociedade civil e movimentos sociais brasileiros a denunciar internacionalmente e pressionar o governo brasileiro a respeitar as normas internacionais”

O Partido dos Trabalhadores repudia energicamente a invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília, numa ação violenta de milicianos com a cumplicidade do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Trata-se de grave violação da Convenção de Viena e das normas internacionais de convivência entre os países. Exigimos do governo brasileiro a imediata desocupação da Embaixada e a garantia da vida e integridade dos funcionários venezuelanos e suas famílias que ali estão.

Este ato de vandalismo político e diplomático caracteriza uma provocação irresponsável e perigosa exatamente no dia em que Brasília recebe os chefes de estado e de governo dos países Brics que reconhecem a legitimidade do governo eleito da Venezuela.

Instamos a todos os partidos políticos democratas, as organizações da sociedade civil e movimentos sociais brasileiros a denunciar internacionalmente e pressionar o governo brasileiro a respeitar as normas internacionais.

Comissão Executiva Nacional PT

Nota de repúdio contra os ataques à deputada Marília Arraes

“A luta que temos pela frente é grande demais para que possamos permitir que interesses pessoais, pontuais, que não são aqueles coletivos, partidários, nos tirem do caminho e do lado certo da história”

O Partido dos Trabalhadores tem na sua democracia interna uma de suas maiores riquezas.

E é justamente em nome dessa democracia que estranhamos e repudiamos as recentes declarações do companheiro de partido Dilson Peixoto, que hoje ocupa o cargo de secretário de Desenvolvimento Agrário e Agricultura de Pernambuco, atacando a deputada federal Marília Arraes (PT-PE).

Ataques pessoais, descabidos e que vão frontalmente de encontro ao trabalho, empenho e importância de Marília não só para nosso partido, mas para Pernambuco e para o Brasil.

A luta que temos pela frente é grande demais para que possamos permitir que interesses pessoais, pontuais, que não são aqueles coletivos, partidários, nos tirem do caminho e do lado certo da história.

Brasília, 8 de outubro de 2019.

Nota do Partido dos Trabalhadores

Com apoio do PT, Câmara aprova idade menor para aposentadoria de professor

“O texto-base da Reforma da Previdência previa 58 anos para educadores e 55 para educadoras. A maioria dos parlamentares da Bancada do PT usou a tribuna para defender os docentes e minimizar danos aos educadores, exigindo que professoras se aposentem com 52 anos e professores com 55 anos”

Em prol da Educação, o plenário da Câmara conseguiu reduzir danos aos professores e professoras aprovando por 465 votos favoráveis e apenas 25 contrários, destaque do PDT, apoiado pelos partidos de Oposição (PTPCdoBPSBPSOLe Rede), que reduz a idade mínima paraaposentadoria dos profissionais da educação infantil e do ensino básico que estão na ativa. O texto altera a regra de transição para os educadores que trabalham na rede privada e na rede federal, reduzindo em três anos a idade mínima para aposentadoria, permitindo que professoras se aposentem com 52 anos e professores com 55 anos.

O texto-base da Reforma da Previdência aprovado nesta semana previa 58 anos para educadores e 55 para educadoras. A maioria dos parlamentares da Bancada do PT usou a tribuna para defender os docentes e pedir a aprovação do destaque para minimizar danos aos educadores, que na proposta de Bolsonaro perderam o direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho.

Ao encaminhar o voto favorável do PT, a deputada Professora Rosa Neide (MT) destacou que se dirigia a cerca de 2,5 milhões de trabalhadores da educação que perderam muito com a Reforma da Previdência. Ela destacou que a categoria é majoritariamente composta por mulheres, 85% dos profissionais da educação básica e praticamente 100% na educação infantil. “Peguei na mão de crianças para ensinar a ler e a escrever, sei que, depois do tempo de 25 anos, é quase impossível trabalhar emocional e fisicamente. A mulher dá o corpo, a alma e a vida para pegar na mão das crianças, levá-las ao banheiro, alimentá-las e ensiná-las a ler e a escrever”, afirmou emocionada.

Rosa Neide pediu sensibilidade de todos para resguardar minimamente os direitos dos profissionais da educação nessa transição dos critérios para aposentadoria. “O PT tem entre as suas principais bandeiras a educação, por isso, apoiamos o destaque do PDT, construindo com as minorias e com o grupo de Oposição para evitar mais danos ainda aos professores e professoras”, completou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que também é professora, afirmou que o destaque minimizava os prejuízos da transição para os professores. “Esta reforma já tirou dos educadores brasileiros a aposentadoria especial daqueles que permanecem em sala de aula por 25 anos, e esse era o único direito estabelecido. Mas aqui, agora, nós teremos condições de resgatar pelo menos um pouco dos direitos, reduzindo a idade que será exigida para a aposentadoria dessa categoria”. Ela reconhece que isso não retorna ao que tínhamos antes da votação dessa reforma. “Não retorna há duas noites, mas certamente que esse plenário precisa dar um símbolo real do discurso que normalmente se faz de que a educação e os educadores devem ser priorizados no Brasil”, pediu.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) lamentou a retirada da aposentadoria especial para professores e professoras nesta reforma do Bolsonaro. “Uma professora com 25 anos de sala de aula já merecia a sua aposentadoria, assim como o professor com 30 anos. O destaque é para minimizar os efeitos, para que pelo menos na regra de transição a professora possa se aposentar com 52 anos e o professor com 55 anos, após 25 e 30 anos de trabalho. Então, o destaque está minimizando apenas esse trabalho tão importante para o País”, argumentou.

Zeca Dirceu (PT-PR) fez um apelo para que não fosse mantida a “crueldade” que está estabelecido nessaReforma da Previdência em relação à educação. “Nenhum país do mundo conseguiu avançar bastante na educação sem valorizar os professores e as professoras. E o texto-base que, infelizmente, foi aprovado não leva isso em consideração, não leva em consideração a importância do professor, da professora e da garantia de uma aposentadoria justa. Por isso, vamos avançar e amenizar um pouco, trazendo de volta direitos aos nossos educadores”, argumentou.

O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) enfatizou que a aprovação do destaque era fundamental para impedir retrocessos e reconhecer a importância dessa categoria, e o deputado Airton Faleiro (PT-PA) pediu sensibilidade com a educação.

Erro gravíssimo

Na avaliação do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o governo Bolsonaro e sua base aliada cometeram um erro gravíssimo ao destruir, ao acabar com a aposentadoria especial para professores e professoras. Com aprovação da redução da idade mínima na transição estamos reduzindo os danos”, frisou.

O deputado Helder Salomão (PT-ES), além de avaliar que a proposta do governo Bolsonaro é um ajuste fiscaldisfarçado de Reforma da Previdência, “uma maldade contra o povo brasileiro”, destacou que a aprovação do destaque, ao menos, amenizava os prejuízos para os professores. “Esse governo penaliza os que deveriam ser mais valorizados”, completou.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) citou a importância da correção que foi feita na aprovação do destaque. “Os professores e professoras estão sendo duplamente atacados nesta reforma e agora, foi corrigido pelo menos a idade mínima na regra de transição, em reconhecendo o papel estratégico que esses educadores têm para construir a Nação com a qual nós sonhamos”, argumentou.

Também defenderam a correção da idade mínima para aposentadoria de professores as deputadas petistas Margarida Salomão (MG)Benedita da Silva (RJ)Natália Bonavides (RN)Erika Kokay (DF)Rejane Dias (PI), e os deputados do PT Alexandre Padilha (SP)Bohn Gass (RS)Carlos Veras (PE)Frei Anastácio (PB)Leonardo Monteiro (MG), Rui Falcão (SP)Vicentinho (SP) e Zé Neto (BA).

Fonte: PT na Câmara

Em entrevista, Haddad destaca que militará na resistência democrática

Candidato do PT à presidência nas eleições de 2018, Haddad reafirmou que seguirá na luta em defesa dos direitos sociais e civis.

Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo (Folha de São Paulo, 26/11), o ex-prefeito e ex-candidato à Presidência da República pelo PTFernando Haddad, destaca que a extrema direita no Paísbuscou e conquistou mais espaço na políticabrasileira nesta eleição. Haddad, entretanto, afirma que militará em defesa dos direitos sociais e civis, na resistência democrática contra os retrocessos patrocinados pelo Consórcio Temer/Bolsonaro. A luta, de todos, é contra o autoritarismo que deve crescer e ameaçar o Estado Democrático de Direito.

 

Leia a entrevista completa:

Fernando Haddad (PT-SP) diz que há dois anos previa que a “extrema direita” teria espaço na política nacional. Afirma que errou em uma previsão: a de que João Doria (PSDB-SP) lideraria esse campo como um “PSDB bolsonarizado”. Em sua primeira entrevista desde a eleição, Haddad afirma que não pretende dirigir o PT nem sua fundação, mas que militará pela formação de frentes em defesa dos direitos sociais e civis. Para ele, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que o país vive num sistema híbrido, em que o autoritarismo cresce dentro das instituições democráticas.

O resultado das eleições deste ano já foi definido como tsunami, implosão do sistema. Qual é a sua visão, de quem foi o derrotado?

– [sorrindo] Antes de mim tiveram uns 12 [derrotados], né?

O senhor personificou a derrota.

– Há dois anos, eu te dei uma entrevista. E talvez tenha sido um dos primeiros a dizer: “É muito provável que a extrema direita tenha espaço na cena política nacional”. Eu dizia: “Existe uma onda que tem a ver com a crise [econômica] de 2008, que é a crise do neoliberalismo, provocada pela desregulamentação financeira de um lado e pela descentralização das atividades industriais do Ocidente para o leste asiático”. Os EUA estavam perdendo plantas industrias para a China. E a resposta foi [a eleição de Donald] Trump. Isso abriria espaço para a extrema direita no mundo. Mas a extrema direita dos EUA não tem nada a ver com a brasileira. Trump é tão regressivo quanto o Bolsonaro. Mas não é, do ponto de vista econômico, neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos [Bolsonaro] é neoliberal.

Trump apoia Bolsonaro.

– Ele precisa que nós sejamos neoliberais para retomar o protagonismo no mundo, e tirar a China. Está havendo, portanto, um quiproquó: os EUA negam o neoliberalismo enquanto não nos resta outra alternativa a não ser adotá-lo.

E por quê?

– A crise mundial acarretou a desaceleração do crescimento latino-americano e a consequente crise fiscal. No continente todo houve a ascensão de governos de direita —no caso do Brasil, de extrema direita.

Por que o centro político não conseguiu responder a essa crise?

– Eu imaginava [há dois anos] que o [João] Doria, que é essencialmente o Bolsonaro, fosse ser essa figura [que se elegeria presidente]. Achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são.

O quê?

– O Bolsonaro. Já o Doria seria um PSDB bolsonarizado, mas com aparência tucana. Eu apostava nele.

E por que não no Lula?

– Eu já fazia a ressalva: “Eu não sei o que vão fazer com o Lula”. Está claríssimo que, se não tivessem condenado o Lula num processo frágil, que nenhum jurista sério reconhece como robusto, ele teria ganhado a eleição. Eu fiz 45% dos votos [no segundo turno]. Ele teria feito mais de 50%.

Mas isso inverte todo o seu raciocínio sobre a ascensão da direita.

– O Lula tem um significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido nesse país. Ele teria força para conter essa onda. Eu dizia: “Tem que ver se vão deixar o Lula concorrer e como o Ciro vai se posicionar”. O Lula foi preso e o Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma coalizão com o PT.

Ele diz que foi traído miseravelmente pelo partido.

– Ele não quis fazer [a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira [Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: “Nós não queremos ser os continuadores do lulismo. Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria”. Palavras dele. Eles não queriam ser vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto.

Mas o Lula estava disposto a passar o bastão?

– Sempre depende dos termos da conversa, que não aconteceu.

Ciro diz que sim e que até foi convidado para fazer o papel lamentável que o senhor fez.

– Não houve uma reunião entre o Ciro e o Lula. No final, [quando ficou claro que Lula não poderia concorrer], ele foi sondado por mim e por todos os governadores do PT. Eu sou amigo, gosto do Ciro. Mas ele errou no diagnóstico. E pode voltar a errar se entender que isolar o PT é a solução para o seu projeto pessoal. O PT elegeu uma bancada expressiva, quatro governadores, fez 45% dos votos no segundo turno, 29% no primeiro. É até hoje o partido de centro-esquerda mais importante da história do país.

Outras legendas repetem que o PT não abre mão da hegemonia.

– O PT é um player no sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado.

O senhor disse em 2016 que o PT não teria mais a hegemonia da esquerda.

– O próprio Lula considerava o [então governador de PE] Eduardo Campos candidato natural para receber apoio do PT em 2018, se tivesse aceitado ser vice da Dilma [em 2014].

Todos dizem que não confiam no PT.

– Política é feita de confiança. E de risco, né?

O PT é o mais forte partido de centro-esquerda. Ao mesmo tempo, sofre rejeição que daria a ele pouca perspectiva de vitória.

– Aí entramos nas questões circunstanciais da eleição, com episódios importantes. O atentado [contra Bolsonaro] deu a ele uma visibilidade maior do que a soma de todos os outros candidatos. Houve efetivamente intensa mobilização de recursos não contabilizados para [financiar] o disparo de notícias falsas sobre mim. Houve a ausência do Bolsonaro nos debates. E eu penso que teria sido importante que os democratas tivessem se unido no segundo turno.

O que aconteceu?

– Olha, eu não consegui falar com o Ciro até hoje. Sobre ele e o Fernando Henrique Cardoso [que também se recusou a dar apoio ao PT], eu diria, a favor deles: os dois tinham três governadores [em seus próprios partidos] disputando a eleição fazendo campanha para o Bolsonaro. O PDT [de Ciro] é um partido de esquerda, “pero no mucho”.

E a partir de agora?

– Eu já tentei falar com o Cid [Gomes, irmão de Ciro]. Falei com o PDT, com o PC do B e o PSB. É obrigação nossa conversar. Entendo que devemos trabalhar em duas frentes: uma de defesa de direitos sociais, que pode agregar personalidades que vão defender o SUS, o investimento em educação, a proteção dos mais pobres. A outra, em defesa dos direitos civis, da escola pública laica, das questões ambientais.

O PT dificilmente poderia liderar essas frentes.

– Não é uma questão de liderar. O PT tem que ajudar a organizar. No Brasil está sendo gestado o que eu chamo de neoliberalismo regressivo, decorrente da crise econômica. É uma onda diferente da dos anos 1990. Ela chega a ser obscurantista em determinados momentos, contra as artes, a escola laica, os direitos civis. É um complemento necessário para manter a agenda econômica do Bolsonaro, que é a agenda [do presidente Michel] Temer radicalizada. Essa agenda não passa no teste da desigualdade. Tem baixa capacidade de sustentação. Mas, acoplada à agenda cultural regressiva, pode ter uma vida mais longa. Pode ter voto. Teve voto. Essa pauta mobiliza as pessoas criando inclusive ficções. Eu permaneci à frente do MEC por oito anos. As expressões “ideologia de gênero” e “ escola sem partido” não existiam. Era uma agenda de ninguém. Ela foi criada, ou importada, como um espantalho para mobilizar mentes e corações.

Por PT na Câmara, com informações da Folha

Nota do PT: Cai a máscara de Sérgio Moro

Ao aceitar convite para ser ministro de Bolsonaro, parcialidade e intenções políticas de juiz ficam ainda mais claras “aos olhos do Brasil e do mundo”

Ao aceitar o convite para ser ministro da Justiça deJair Bolsonaro, Sérgio Moro revelou definitivamente sua parcialidade como juiz e suas verdadeiras opções políticas. Sua máscara caiu.

Moro foi um dos mais destacados agentes do processo político e eleitoral. Desde o começo da Operação Lava Jato agiu não para combater a corrupção, mas para destruir a esquerda, o Partido dos Trabalhadores e o governo que dirigia o país. Todas as suas ações foram meticulosamente pensadas para influenciar nesse sentido.

Em 2016 gravou e vazou ilegalmente conversas privadas da presidenta da República; condenou Lula, sem provas e por “atos indeterminados”; fez malabarismo judicial para descumprir a ordem de soltura do TRF 4; manipulou o calendário do processo para impedir um depoimento de Lula, no qual poderia se defender e divulgou uma delação mentirosa de Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

As decisões arbitrárias, ilegais e parciais de Sergio Moro levaram o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos da ONU a abrir um procedimento formal sobre o processo contra Lula, além de determinar a garantia dos direitos políticos de Lula, o que foi desrespeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em clara desobediência aos tratados internacionais vigentes.

Moro sempre foi um juiz parcial, sempre agiu com intenções políticas, e isso fica evidenciado aos olhos do Brasil e do mundo, quando ele assume um cargo no governo que ajudou a eleger com suas decisões contra Lula e a campanha de difamação do PT que ele alimentou, em cumplicidade com a maior parte da mídia.

O juiz que atuou tão fortemente contra Lula é o mesmo que beneficiou os verdadeiros corruptos da Petrobrás e seus agentes, que hoje gozam de liberdade ou prisão domiciliar, além dos milhões que acumularam, em troca de depoimentos falsos, de claro cunho político.

Essa nomeação, cujo convite fora feito antes do primeiro turno, como revela o vice- presidente General Mourão, hoje na Folha de São Paulo, é mais um sinal de que o futuro governo pretende instalar um estado policial no Brasil.

O PT conclama os democratas, os que defendem a Constituição e o estado de direito, a reforçar a campanha Lula Livre, por meio de um julgamento justo e do respeito às convenções internacionais assumidas soberanamente pelo Brasil, assim como cobra do Conselho Nacional de Justiça – CNJ que paute imediatamente a representação contra Sérgio Moro, que se encontra no plenário desde o ano de 2016, pelos desvios de sua função e a parcialidade na sua atuação.

Comissão Executiva Nacional do PT 

Fonte: http://www.pt.org.br

 

Haddad dispara, vai a 17% e se consolida na segunda posição

Pesquisa feita pelo CNT/MDA e mostra o crescimento impressionante do candidato em apenas 7 dias de seu registro oficial no TSE.

 

Com menos de uma semana de campanha, o candidato do PT à presidente da República, Fernando Haddad, disparou na preferência do eleitorado e já tem 17,6% das intenções de voto, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (17/09).

O índice coloca Haddad na segunda posição isolada, bem à frente do terceiro colocado, o pedetista Ciro Gomes, que tem 10,8%. Atrás de Ciro aparecem Geraldo Alckmin (PSDB) com 6,1%, Marina Silva (REDE) com 4,1% e João Amoedo (NOVO) com 2,8%. Na primeira posição está Jair Bolsonaro (PSL), com 28,2%.

No levantamento anterior, de agosto, Haddad não constava da lista de candidatos da CNT/MDA. Não há, portanto, comparativo em relação ao petista. Em relação aos demais, Ciro e Bolsonaro subiram e os outros oscilaram na margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais.

No cenário da pesquisa, os eleitores mais convictos são os de Haddad e Bolsonaro. Dos que declaram voto no petista, 75,4% dizem ser uma decisão definitiva. No candidato da extrema-direita, o índice é 78,2%. Em Ciro, é 49,1%.

As simulações de segundo turno mostram empate técnico nos enfrentamentos entre Haddad x Bolsonaro (35,7% a 39%) e entre Ciro x Bolsonaro (36,1% a 37,8%).

A pesquisa 2.002 eleitores entre 12 e 15 de setembro. Está registrada no TSE sob o número BR-04362/2018.

 

Fonte: https://lula.com.br