1.º Simpósio sobre Questão Racial na Univasf debate reparação histórica e ações afirmativas para a população negra

Com o apoio do vereador Professor Gilmar-PT, o evento se consolidou como um espaço de luta, reconhecimento e construção coletiva de caminhos para a igualdade racial no Brasil

Por que a reparação à população negra continua necessária? Essa foi a questão central do 1º Simpósio sobre Questão Racial, realizado na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), entre os dias 13 e 15 de maio de 2025. Com o apoio do vereador Professor Gilmar Santos-PT, o evento foi promovido pelo Observatório de Políticas Afirmativas Raciais (Opará), em parceria com a Reitoria da Univasf e a Seção Sindical dos Docentes da Univasf (Sindunivasf).

Reunindo especialistas de diversas regiões do país, o simpósio debateu e propôs políticas de reparação histórica, com foco em ações afirmativas e na implementação de cotas no serviço público. A programação foi direcionada a gestores públicos, estudantes, professores/as, pesquisadores/as, representantes da sociedade civil e dos movimentos sociais antirracistas. O evento se consolidou como um espaço de luta, reconhecimento e construção coletiva de caminhos para a igualdade racial em Petrolina e no Brasil.

A coordenadora do evento, Ana Luísa Oliveira, destacou a importância da parceria com o Mandato Coletivo representado pelo Professor Gilmar, para aproximar o debate da realidade local. “O Mandato contribuiu também com a discussão sobre o nosso Estatuto da Igualdade Racial, aqui de Petrolina, trazendo um panorama dos desafios para pensar políticas públicas e reparação no âmbito municipal, o que é importante para contextualizar o debate aqui no Vale do São Francisco”, ressaltou.

Na manhã do dia 14, o professor Gilmar participou da mesa-redonda “Eficácia na implementação e reparação das vagas da Lei nº 12.990/2014 e outras ações afirmativas”. Durante a exposição, foram discutidos os desafios na execução da reserva de vagas para pessoas negras em concursos públicos federais, bem como estratégias para fiscalizar e garantir a efetivação desses direitos.

Durante sua participação, o vereador, que é autor do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa de Petrolina, o primeiro aprovado no estado de Pernambuco, reafirmou o compromisso do Mandato Coletivo com a luta antirracista e a construção de políticas públicas voltadas à população negra. “Nosso mandato segue firme na defesa da democracia, da justiça racial e da reparação histórica. É preciso que o poder público municipal, em todas as esferas, assuma essa responsabilidade. Quero parabenizar o Observatório Opará pela realização do simpósio, que se consolida como um espaço fundamental para o fortalecimento do debate e da mobilização por direitos”, destacou Gilmar.

Para Marina Helena Costa, psicóloga e pesquisadora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), as ações afirmativas são fundamentais para garantir o acesso da população negra ao ensino superior e fortalecer vínculos dentro da universidade. “É um espaço em disputa, que tem conflitos, mas onde conseguimos nos aquilombar, nos reconhecer e construir vínculos muito importantes, que vão além da comunicação entre áreas ou da produção de conhecimento científico e acadêmico”, destacou.

Inês Eugênia, estudante de Jornalismo, reforçou a importância das políticas de cotas para o acesso e a permanência de pessoas negras na universidade. “Como mulher negra e cotista, entendo o quanto essas políticas foram fundamentais para que eu pudesse ingressar no ensino superior, realizar minha formação e me preparar para o mercado de trabalho. Participando do simpósio, vi que em outras universidades isso nem sempre acontece. Por isso, é essencial garantir que mais pessoas tenham o mesmo acesso que eu tive”, afirmou.

Além das palestras e mesas-redondas, a programação contou com a apresentação de trabalhos científicos, cursos voltados à promoção da igualdade racial, trocas de experiências, feira cultural e atrações artísticas. 

A abertura do simpósio foi marcada por uma homenagem à artesã Ana das Carrancas, que recebeu o título de Doutora Honoris Causa In Memoriam, a maior honraria concedida pela Univasf, em reconhecimento à sua contribuição cultural para o semiárido brasileiro.

Nesta primeira edição do simpósio, representantes de entidades públicas e privadas de todo o país se mobilizaram com o objetivo comum de refletir e propor caminhos concretos para a reparação histórica da população negra no Brasil.

Ao reunir diferentes setores da sociedade, o Observatório de Políticas Afirmativas Raciais (Opará) e o Mandato Coletivo reafirmam o compromisso coletivo com a construção de um futuro pautado na justiça social, no enfrentamento ao racismo estrutural e na garantia de uma igualdade racial que atenda, de fato, às necessidades e aos direitos do povo negro.

Por: Glícia Barbosa
Edição: Victória Santana

(ASCOM | Mandato Coletivo)

Professor Gilmar denuncia a doação de prédios abandonados pela Prefeitura para a Fundação Nilo Coelho

Durante sessão na Câmara de Petrolina, vereador do PT criticou duramente a transferência de imóveis públicos à Fundação ligada ao grupo político da gestão municipal, classificando a medida como injusta, antidemocrática e herdeira do coronelismo

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Petrolina realizada nesta terça-feira (29), o vereador Professor Gilmar (PT) fez duras críticas ao Projeto de Lei Nº 020/2025 e ao Projeto de Lei Nº 021/2025, ambos de autoria do Poder Executivo, que autorizam a concessão de uso gratuito de dois imóveis públicos à Fundação Nilo Coelho (FNC). Os projetos foram aprovados com 17 votos favoráveis. O Professor Gilmar foi contrário ao PL.

Os imóveis em questão são: o prédio da antiga biblioteca municipal, situado na Rua Aristarco Lopes, no centro da cidade; e o antigo banheiro público localizado na Orla Fluvial de Petrolina. Ambos os espaços encontram-se em situação de abandono há anos.

Para o vereador, a medida reforça um modelo de gestão que perpetua práticas antidemocráticas e oligárquicas, transferindo patrimônio público para entidades ligadas ao mesmo grupo político que comanda o Executivo. “É a repetição de uma velha prática em Petrolina, onde a Prefeitura doa espaços para a Fundação Nilo Coelho, esta constrói equipamentos e depois aluga para o próprio município. Isso é, no mínimo, injusto do ponto de vista do interesse público”, afirmou.

Gilmar citou como exemplo a Escola Municipal Monsenhor Bernardino, no bairro Vila Eulália. “O terreno foi doado à FNC, que construiu a escola, e hoje a Prefeitura paga aluguel. Em vez de fortalecer políticas públicas, a Prefeitura fortalece uma fundação privada com capital estimado em quase R$ 80 milhões, enquanto inúmeras instituições locais lutam por apoio e por uma sede própria”, denunciou.

Sobre o prédio da antiga biblioteca municipal, abandonado há mais de dez anos, Gilmar enfatizou: “O próprio texto do prefeito diz que o prédio está em total estado de abandono. Isso é um atestado de incompetência, de falta de compromisso com a cultura, com o bem público. Ao invés de revitalizar o espaço, a Prefeitura entrega à iniciativa privada, como se estivesse premiando o abandono”, declarou.

O vereador também denunciou a situação do antigo banheiro da Orla, construído na gestão do ex-prefeito Miguel Coelho. “Está tomado por lixo, fezes e urina. É dinheiro público jogado fora. E ao invés de recuperar o espaço, a Prefeitura o doa, porque não é capaz de administrar um banheiro público”, criticou.

Gilmar ainda questionou a escolha da Fundação Nilo Coelho, sem transparência ou consulta pública. Ele mencionou instituições como o Grupo Raros, formado por mães de crianças com síndromes raras, e a Associação de Amigos de Autistas, que há anos lutam por estrutura e espaço físico. “Nada contra a Fundação Nilo Coelho. O que precisamos discutir é o papel do poder público e o uso responsável do patrimônio público. Por que não debater com a população? Por que não fazer uma escuta pública envolvendo outras instituições que realmente necessitam de apoio? É inaceitável que se ignore quem realmente precisa, enquanto se beneficia quem já detém poder e patrimônio”, apontou.

Durante sua fala, o vereador fez duras críticas ao comportamento da base governista na Câmara, comparando a votação com práticas herdadas do coronelismo da República Velha. “É a mesma lógica do cabresto: o secretário de governo vigia os vereadores, pressiona, puxa pelo braço, para garantir que sigam a cartilha do coronel. É um ataque à democracia, à autonomia do Legislativo e à verdadeira representatividade que o povo espera”, concluiu.

Gilmar ainda reforçou seu compromisso com a fiscalização das ações do Executivo e com a defesa dos interesses da população, especialmente das periferias. “Meu voto é contra esse projeto, porque é contra esse modelo de cidade que continua tirando dos mais pobres para fortalecer os mais ricos. Precisamos romper com esse ciclo de desigualdade e injustiça”.

Por Victória Santana (ASCOM | Mandato Coletivo)

Mãe do Professor Gilmar é homenageada com as maiores honrarias da Câmara Municipal de Petrolina por sua trajetória de luta e solidariedade nas periferias

Aos 84 anos, Dona Diuza recebeu o Título de Cidadã Petrolinense e a Medalha Dom Malan em meio a música, poesia e reconhecimento por uma vida dedicada à transformação social

Na última sexta-feira (25), a Câmara Municipal de Petrolina concedeu à senhora Maria Diuza dos Santos, mãe do vereador Professor Gilmar-PT, as suas maiores honrarias: o Título de Cidadã Petrolinense e a Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan. A homenagem reconhece a trajetória de vida de Dona Diuza, marcada por resistência, solidariedade e compromisso com a coletividade, especialmente nas periferias da cidade, onde vive há mais de quatro décadas.

A cerimônia foi realizada na Associação das Mulheres Rendeiras do bairro José e Maria, local de luta, afeto e formação da homenageada, onde dedicou grande parte da vida ao fortalecimento de mulheres periféricas por meio do trabalho digno e da construção coletiva.

O evento lotou o espaço e emocionou a todos os presentes. Dona Diuza chegou no salão acompanhada de seus netos e familiares, em uma entrada marcada por grande comoção. Foi homenageada pelas amigas da Associação, Dona Santinha e Dona Angelita, além da roteirista Dione Carlos, que acompanhada pelo sanfoneiro Iván Greg, interpretou a música Maria Maria, celebrando sua trajetória de força e ternura. Antes do discurso oficial, a cerimônia foi encerrada com o vereador Professor Gilmar, seu filho e autor da proposição, recitando uma poesia autoral dedicada à mãe, um momento de intensa emoção e gratidão compartilhada com todos os presentes.

O coração que floresce

Na casa de Dona Diuza, as plantas têm nome, história e propósito. Cada vaso é um pequeno altar onde ela deposita o amor pela terra, o respeito ao tempo e a crença de que a natureza cura. Cultivar não é apenas uma ocupação, é labor, um gesto político, uma forma de cuidado e um jeito de existir no mundo. Como quem rega o futuro com as mãos que um dia enfrentaram a enxada, o fogo do fogão de feira, e as lágrimas silenciosas das perdas.

Maria Diuza dos Santos nasceu entre os ventos e veredas do sertão pernambucano, em 1940, no sítio Baixa Verde, povoado de Santa Filomena (Piauí), onde aprendeu desde cedo a transformar desafios em sabedoria. Casou-se com Euclides Paulo dos Santos, o conhecido e querido “Dió”, com quem construiu uma história de parceria, afeto e resistência. Dessa união nasceram oito filhos: Deomário, Vilanir, Francisca, Adercino, Gilberto, Gildenir, Alzenir e Gilmar. Criaram sete, pois o primogênito faleceu ainda bebê. Cada filho foi uma extensão do amor e da coragem desse casal que, fizeram da vida um exercício constante de entrega e luta.

As dificuldades de criar os filhos na roça, levaram o casal, em 1972, a migrar para Juazeiro, na Bahia. Lá, encontraram na feira uma nova forma de sustento, vendendo alimentos típicos e reafirmando a dignidade do trabalho popular. Em 1979, com a iminente ameaça do rompimento da barragem do São Geraldo, foram obrigados a recomeçar mais uma vez, agora em Petrolina, Pernambuco, onde se fixaram no bairro Jardim Maravilha e viveram por mais de 30 anos. Foi ali, entre barracas, panelas e redes estendidas, que a matriarca consolidou seu papel de referência comunitária e materna.

Filha da caatinga, criou seus filhos na labuta da feira do Ouro Preto, no bairro Jardim Maravilha, vendendo buchada, caldo de mocotó e sarapatel, e oferecendo, junto à comida, palavras de coragem e acolhimento. Não foi o sertão que a moldou com dureza, mas ela quem ensinou que, por trás da terra árida, há uma potência de vida esperando por cuidado, por mãos generosas, por fé. 

Mesmo diante das maiores dificuldades, nunca abandonou seu profundo compromisso com o amor cristão e a solidariedade. Era conhecida por abrir as portas de sua casa a quem precisasse, gente de Petrolina e de longe, acolhendo, ofertando teto, alimento e palavra amiga, como quem estende um pedaço do próprio coração. Sua religiosidade a guiou pelas missas no bairro Ouro Preto, pelos projetos comunitários, e pelo cuidado com a saúde por meio das plantas medicinais, numa parceria com as Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Entre folhas, orações e partilhas, Dona Diuza fez da fé um gesto diário, uma prática viva, ensinando que a palavra de Jesus é sobre cuidar, amparar, dividir o pouco para multiplicar esperança.

No coração de Dona Diuza também floresce a luta constante e fecunda das Mulheres Rendeiras. Desde 2009, ao lado de Angelita e Santinha, ela forma um trio formoso e “quente”, como dizem, tecendo dignidade com as próprias mãos. Na Associação das Mulheres Rendeiras do bairro José e Maria, um quilombo urbano onde, há 27 anos, mulheres transformam o que parece pouco em abundância, Diuza cultiva mais que plantas: cultiva vidas. Lá, entre linhas, agulhas e sonhos, ela fortaleceu gerações de mulheres periféricas, bordando autonomia, trabalho digno e construção coletiva no tecido da resistência.

Não por acaso, Dona Diuza é mãe de Gilmar Santos, Professor Gilmar, que entre os encontros da Pastoral da Juventude do Meio Popular e as partilhas com a mãe, aprendeu que política se faz com gente, com solidariedade, com abraço e com coragem. Sua luta pelas periferias, pelo povo preto, pelas mulheres e pela justiça social é o reflexo vivo do legado materno que carrega. É como se cada passo dado por Gilmar na Câmara, cada lei proposta, cada denúncia feita nas ruas de Petrolina, fosse também um desdobramento das lições que aprendeu com ela: lutar, acolher, resistir. A mata que Oxóssi protege é a mesma que Dona Diuza cultiva no coração, com folhas, orações e gestos de amor.

Essa mesma mulher sertaneja e periférica, que caminhou lado a lado com as Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que abriu as portas de casa para gente de perto e de longe, é agora reconhecida como símbolo de cidadania e dignidade. O título que Petrolina entrega a Dona Diuza é mais do que uma honraria: é o reconhecimento de que sua história borda, com delicadeza e coragem, o tecido da memória coletiva do povo dessa terra. Com a entrega da Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan, a Câmara reconhece não apenas sua trajetória, mas a de tantas outras mulheres que, como ela, movem este país com afeto, resistência e luta.

Por Victória Santana e Glícia Barbosa (ASCOM | Mandato Coletivo)
Fotos: Lizandra Martins

Superlotação no HU escancara omissão da Prefeitura, denuncia Professor Gilmar

Dados alarmantes apresentados pelo Superintendente do Hospital revelaram que mais de 68% dos pacientes são internados em leitos improvisados por falta de estrutura do município


Durante a sessão desta terça-feira (22), a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Petrolina foi ocupada pelo Superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Petrolina), Julianelli Tolentino, que apresentou um panorama alarmante da atual situação da unidade. Com 148 leitos ativos, o HU chegou a registrar 194 pacientes internados em um único dia em 2024, revelando um aumento em 68,4% dos pacientes atendidos em leitos extras, como corredores e espaços improvisados, cenário que tem sido constante desde 2017.

O HU-Petrolina, gerido pela EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), é referência em atendimentos de média e alta complexidade e atende uma rede macrorregional que abrange 53 municípios da Bahia e Pernambuco. Porém, segundo dados apresentados por Julianelli, a maioria esmagadora dos atendimentos vem de Petrolina, que, sozinha, respondeu por cerca de 10 mil dos 11.867 atendimentos realizados no primeiro quadrimestre de 2024, sendo a maioria destes, de baixa complexidade.

Julianelli destacou que no primeiro quadrimestre de 2025, 69% dos atendimentos no HU também são de baixa complexidade, demanda que o hospital não tem estrutura para atender, o que compromete diretamente os atendimentos de alta complexidade, especialidade da unidade. Ele reforçou que a solução passa pela ampliação da rede municipal e maior eficiência na gestão das políticas públicas voltadas para a saúde em Petrolina.

Diante desse cenário, o Professor Gilmar (PT), vereador e líder da oposição na Câmara, elogiou a transparência da gestão do HU, mas foi direto em sua cobrança à prefeitura: “Como é que um município que vive falando em ‘força política’ não tem sequer estrutura para fazer uma sutura? A população está sendo obrigada a procurar o HU por falta de atendimento básico nos postos de saúde dos bairros.”

Gilmar reforçou que a principal causa da superlotação no HU é a ausência de um hospital de barreiras ou unidades de retaguarda no município. “O SUS, esse sistema extraordinário, precisa funcionar efetivamente, e o primeiro espaço onde ele deve funcionar é através da educação básica, e o município é quem deve cumprir esse papel. Se a maioria dos pacientes que dão entrada no HU são de Petrolina, o município não está cumprindo o seu papel. Precisamos de um hospital de barreiras”, voltou a cobrar.

Outro ponto importante apresentado pelo superintendente foi o impacto positivo da atuação política no fortalecimento da estrutura hospitalar. Ele anunciou que, graças à maior emenda parlamentar da história do HU, fruto do mandato do senador Humberto Costa (PT), o hospital está adquirindo mais de 110 novos aparelhos, incluindo um craniotomo e novos sistemas de climatização.

Julianelli Tolentino apresentando relatório na Tribuna Livre (Foto: Nilzete Brito)


Além disso, Julianelli destacou a construção de um novo hospital universitário em Paulo Afonso (BA), também fruto de ação do Governo Federal, conduzido pelo Presidente Lula-PT, que terá um investimento de R$ 165 milhões. Segundo ele, essa nova unidade vai ajudar a desafogar o HU de Petrolina, que hoje absorve grande parte da demanda da região, permitindo que o atendimento na cidade seja mais qualificado e com maior conforto para os pacientes.

O Professor Gilmar, que tem realizado uma agenda de reuniões com o Secretário Municipal de Saúde João Luís, reforçou seu compromisso com a saúde pública: “Nosso mandato está nas ruas, fiscalizando diariamente, principalmente nas periferias. Não vamos aceitar que a população continue sofrendo por falta de atendimento básico. O HU precisa de apoio, e o povo precisa de dignidade.”

Por Victória Santana (ASCOM | Mandato Coletivo)

Professor Gilmar apresenta Projeto de Lei para garantir auxílio-alimentação a trabalhadores da educação em Petrolina

A proposição atende reivindicações da categoria e denuncia a falta de condições básicas enfrentadas por educadores da rede pública municipal


Em mais uma iniciativa de valorização da educação pública e de cuidado com quem constrói o futuro do município, o vereador Professor Gilmar (PT) apresentou nesta terça-feira (22/04) à Câmara Municipal de Petrolina o Projeto de Lei Nº 039/2025, que autoriza o Poder Executivo a instituir o auxílio-alimentação para todos os profissionais da rede pública municipal de ensino, incluindo efetivos, contratados e temporários.

A proposta é fruto do diálogo constante que o mandato do Professor Gilmar mantém com a categoria. “Recebemos diversas denúncias de que muitos professores e trabalhadores da educação estão enfrentando dificuldades para garantir alimentação adequada durante a jornada de trabalho. Isso é grave. Estamos falando de profissionais que muitas vezes dedicam o dia inteiro à escola e, ainda assim, passam por situações constrangedoras e até humilhantes por não terem acesso a uma refeição digna”, afirmou o vereador.

De acordo com o projeto, caberá à Prefeitura regulamentar a forma de concessão, o valor e os critérios do benefício, respeitando a legislação vigente e a disponibilidade orçamentária. O auxílio tem como objetivo principal melhorar as condições de trabalho, fortalecer o cuidado com os profissionais e garantir mais dignidade à rotina desses educadores.

“Estamos nos solidarizando com a categoria e, ao mesmo tempo, chamando a atenção da gestão municipal: é urgente garantir condições mínimas para que nossos educadores trabalhem com dignidade”, reforçou o Professor Gilmar.

O PL agora seguirá para tramitação na Câmara. “Esperamos que em breve ele seja aprovado e que o município assuma esse compromisso com aqueles que tanto contribuem para a formação de nossas crianças e jovens”, disse o parlamentar, acrescentando que a categoria pode contar com o apoio firme e contínuo do Mandato Coletivo.

Por Victória Santana (ASCOM/Mandato Coletivo)

Professor Gilmar cobra da gestão municipal a construção de banheiros e bebedouros públicos em Petrolina

Vereador questiona repasse de bem público à Fundação Nilo Coelho e denuncia negligência com estrutura que deveria garantir serviços básicos à população

Foto: Nilzete Brito

Durante a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (15), o vereador Professor Gilmar Santos (PT), representante do Mandato Coletivo, voltou a cobrar da Prefeitura de Petrolina a instalação de banheiros e bebedouros públicos em locais de grande circulação da cidade.

Por meio do Requerimento nº 0173, o parlamentar solicitou ao prefeito Simão Durando informações detalhadas sobre a quantidade, o funcionamento e a localização atual desses equipamentos. A demanda é direcionada à Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, comandada por Rodrigo Jacobina.

O vereador questiona se há previsão para a instalação ou ampliação de banheiros e bebedouros, especialmente em áreas como o centro da cidade, terminais de ônibus, orla, praças e feiras livres.

“Estamos em um dos municípios mais quentes do país. Petrolina tem a terceira maior população de Pernambuco e uma grande parcela vive em situação de pobreza ou extrema pobreza. Muitas pessoas precisam se deslocar para o centro, mas quando procuram um bebedouro público, simplesmente não encontram”, destacou o Professor Gilmar.

Ele lembrou que esta é a quinta vez que faz a solicitação, sem resposta efetiva da gestão municipal. O vereador também criticou a decisão da Prefeitura de doar à Fundação Nilo Coelho um imóvel público na orla que deveria funcionar como banheiro, mas foi inaugurado e logo abandonado. Agora, a estrutura será repassada para funcionar como loja de artesanato.

“Por que é a Fundação Nilo Coelho que vai receber essas doações? Como funciona esse critério? A população precisa de equipamentos públicos básicos. Com todo respeito ao trabalho que a Fundação desenvolve, ela já administra diversos empreendimentos”, questionou Gilmar.

Ao encerrar sua fala, o vereador pediu à gestão do prefeito Simão Durando que assegure o direito à cidade, garantindo o acesso a banheiros e bebedouros públicos e tratando os investimentos em infraestrutura com mais responsabilidade e compromisso social.

Por Glícia Barbosa
Edição: Victória Santana
ASCOM Mandato Coletivo

Nota Pública de Repúdio às declarações do Deputado Antônio Coelho e do vereador Dhiego Serra

O  Mandato Coletivo, representado pelo Vereador Professor Gilmar Santos, vem a público manifestar total repúdio às declarações infelizes e ofensivas do deputado estadual Antônio Coelho e do vereador Dhiego Serra (PL), que atacaram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), classificando seus integrantes como “vagabundos” e “bandidos”, além de acusarem o movimento de promover invasões de terras.

É fundamental reafirmar que o MST atua dentro dos marcos legais e constitucionais. A Constituição Federal, em seu artigo 184, determina que a União poderá desapropriar, por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social. Portanto, a luta do MST por terra, dignidade e justiça social é legítima, necessária e amparada pela nossa Carta Magna.

Ao contrário do que foi afirmado pelos parlamentares, o MST tem um histórico reconhecido de luta pela terra e por direitos, sendo hoje um dos maiores produtores de alimentos sem uso de agrotóxicos do país. Aqui na região do Vale do São Francisco, especialmente nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, diversos assentamentos conquistados por meio da luta do MST produzem alimentos que chegam às mesas de milhares de famílias, inclusive à mesa do Sr. Antônio Coelho e do Sr. Diego Serra.

É contraditório que o deputado Antônio Coelho, em declaração ao Blog Nossa Voz, tenha afirmado que “invadir terras, seja produtiva ou não, é uma violência contra a democracia e uma usurpação da autoridade do Estado brasileiro”. Violência contra a democracia é, na verdade, abandonar os mais de 40 mil eleitores de Petrolina que confiaram em seu mandato para assumir uma secretaria em outra cidade, revelando total desrespeito ao compromisso público assumido. 

Violência contra a democracia é apoiar Jair Bolsonaro, ex-presidente inelegível investigado por envolvimento em atentados golpistas contra as instituições do país, associação criminosa, incitação ao crime e falsificação de documentos, que por sinal teve seu pai, Fernando Bezerra Coelho, como líder no Senado. Ao invés de atacar movimentos populares que lutam por justiça social, o deputado deveria voltar sua crítica a quem, de fato, ameaça a ordem democrática e os direitos do povo brasileiro.

Reafirmamos, com firmeza, nossa solidariedade ao MST e a todas as famílias assentadas que lutam diariamente por uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável. Somente por meio da reforma agrária, da democratização da terra e da valorização do trabalho no campo, poderemos superar os históricos atrasos sociais e construir um projeto de desenvolvimento que contemple a todos e todas com dignidade e justiça social.

Viva a luta do MST! Viva a reforma agrária!

Mandato Coletivo do Professor Gilmar Santos – Vereador de Petrolina

Professor Gilmar reforça compromisso com a educação em reunião com a secretária Rosane Costa

Saúde mental dos/as servidores/as, Plano de Cargos e Carreiras e segurança nas unidades escolares estiveram entre os principais temas discutidos

O Mandato Coletivo, representado pelo vereador Professor Gilmar (PT-PE), se reuniu na última segunda-feira (31) com a secretária municipal de Educação, Rosane Costa, para mais uma rodada de diálogo em defesa da educação pública de qualidade. O encontro abordou pautas urgentes apresentadas pela comunidade escolar, com foco na valorização profissional, infraestrutura e garantia de direitos.

A reunião teve início com questionamentos sobre os recentes processos seletivos da rede municipal, especialmente os realizados para o programa Nova Semente. O vereador denunciou possíveis indicações políticas feitas por aliados do governo em algumas unidades, levantando preocupações sobre a transparência nas contratações. Em resposta, a secretária reconheceu que parte das vagas ainda são preenchidas por cargos comissionados e informou que o programa passará por reformulações jurídicas, com previsão de substituição gradual por servidores/as concursados/as.

Outro ponto central da conversa foi a atualização do Plano de Cargos e Carreiras dos profissionais da educação, em vigor desde o ano 2000. “Estamos falando de mais de 15 anos de defasagem, em que os trabalhadores vêm sendo desvalorizados”, criticou Gilmar. A secretária respondeu que uma comissão do Sindicato dos Servidores Municipais está responsável por elaborar uma nova proposta, que deverá ser analisada pela gestão municipal.

Sobre o Plano Municipal de Educação (PME), que previa o cumprimento de metas entre 2015 e 2025, a secretária informou que, com autorização do Ministério da Educação, o prazo foi prorrogado até 2026. Apesar disso, o Mandato Coletivo reforçou a urgência em garantir concursos públicos e valorização dos/as profissionais, como condição para o cumprimento das metas e melhoria da qualidade do ensino

Durante a reunião, a secretária anunciou que entre 2025 e 2026, 20 novos equipamentos educacionais — entre escolas, creches, unidades de tempo integral e centros esportivos — devem ser entregues à população, com recursos federais e contrapartida do município.

A saúde mental dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação também foi debatida com preocupação. O vereador relatou denúncias de assédio moral, perseguições e sobrecarga de trabalho enfrentadas por servidores/as. “Essa realidade precisa mudar com urgência”, afirmou Gilmar. A secretária se comprometeu com a criação de uma ouvidoria específica da pasta e a implantação de um centro de apoio psicológico para os/as profissionais da rede.

O Mandato também cobrou a reabertura da escola da comunidade de Cruz de Salinas, atualmente fechada. Segundo a secretária, o levantamento realizado pela Secretaria identificou número insuficiente de estudantes para a formação de turmas regulares na unidade.

Outro tema abordado foi a situação do Museu do Sertão, fechado para reforma desde outubro de 2024. Gilmar destacou a importância do espaço para a valorização da história e da cultura regional e cobrou agilidade na reabertura. De acordo com Rosane Costa, parte do museu já está acessível ao público e a reabertura completa está prevista para o próximo ano, com a conclusão das obras.

A segurança da unidade da Nova Semente Pingo de Sabedoria, no bairro Dom Avelar, foi uma das pautas mais sensíveis. A escola sofreu cinco arrombamentos em 2024 e já foi invadida duas vezes em 2025, mesmo após a instalação de cercas elétricas, serpentinas e câmeras de segurança. O vereador cobrou maior articulação da Prefeitura com os órgãos de segurança pública do município e do estado para conter os ataques.

O Mandato Coletivo, construído com as vozes da população negra e periférica — a que mais sofre com as desigualdades e violências do sistema — segue firme na defesa dos trabalhadores da educação e na luta por uma escola pública, democrática e de qualidade para todas e todos.

Por Glícia Barbosa
Editado por Victória Santana
(ASCOM/Mandato Coletivo)

Nota de Repúdio do Partido dos Trabalhadores de Petrolina

A direção municipal do Partido dos Trabalhadores em Petrolina manifesta seu veemente repúdio à decisão da maioria dos membros da Câmara Municipal de Vereadores que, neste dia 3 de abril, concedeu a Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan ao indivíduo investigado pelo Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro.

Na semana em que se marca o 61º aniversário do golpe de 1964, que instaurou uma ditadura militar responsável por sequestros, torturas e assassinatos de brasileiras e brasileiros, a Câmara Municipal de Petrolina toma uma decisão que macula sua própria imagem e a memória daqueles que lutaram contra o regime autoritário.

É inaceitável que uma figura repugnante, recentemente tornada réu pelo STF por tentativa de golpe de Estado, receba qualquer honraria da comunidade petrolinense. Tal ato desconsidera os princípios democráticos e afronta a justiça.

Não podemos esquecer as inúmeras vidas perdidas em nossa cidade durante a pandemia de Covid-19, em decorrência do negacionismo propagado pelo então presidente. Os votos favoráveis à concessão dessa honraria a Bolsonaro representam um escárnio para com essas vítimas, seus familiares e amigos, demonstrando insensibilidade diante da dor coletiva.

Compreendemos que, diante da iminente responsabilização judicial do ex-presidente, medidas desesperadas para manter uma falsa imagem de um conservadorismo de extrema-direita possam ser adotadas por seus aliados. Contudo, tais manobras não apagarão os fatos e as graves acusações que pesam sobre ele.

Reiteramos nosso repúdio à decisão da maioria da Câmara de Vereadores e, ao mesmo tempo, saudamos a postura do vereador Gilmar Santos e de todos aqueles que se mantêm firmes na defesa da democracia, da paz, da justiça social e de um futuro mais promissor para o povo brasileiro.

Reafirmamos que, assim como não haverá anistia para os golpistas, o povo brasileiro e petrolinense também não perdoará aqueles que atentam contra a democracia e os direitos conquistados com tanta luta.

Sem anistia para os golpistas!
Bolsonaro na cadeia!

Partido dos Trabalhadores, Petrolina.
03 de abril de 2025

Nota de Repúdio do Mandato Coletivo à homenagem concedida à Jair Bolsonaro na Câmara Municipal

“Homenagear alguém que ameaçou as instituições e tentou usurpar o poder por meios ilegais é um ato inaceitável e vergonhoso, que fere os princípios republicanos e o respeito à ordem constitucional”

O Mandato Coletivo, representado pelo vereador Professor Gilmar (PT) manifesta seu profundo repúdio à decisão da Câmara Municipal de Petrolina de conceder a Medalha de Honra ao Mérito Dom Malan ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A honraria, a mais alta do legislativo municipal, foi aprovada por 21 votos favoráveis, com apenas um voto contrário do Professor Gilmar (PT), nesta quinta-feira, 03/04.

Consideramos essa decisão um grave equívoco e um desrespeito à história, à democracia e à dignidade do nosso povo. Jair Bolsonaro, ao longo de sua trajetória política, tem sido conhecido por declarações e atitudes que atentam contra os direitos humanos, a Constituição e os valores democráticos. Seu governo foi marcado por discursos de ódio, ataques à ciência e à imprensa, além de declarações misóginas e de incentivo à violência.

Causa ainda mais preocupação o fato de que vereadoras da Casa Legislativa, Cláudia Ferreira (DC), Maria Elena de Alencar (União Brasil) e Rosarinha Coelho (União Brasil), que formam a Comissão das Mulheres, tenham apoiado essa homenagem, desconsiderando os recorrentes posicionamentos do ex-presidente que desqualificam e ameaçam os direitos das mulheres. É fundamental que agentes públicos tenham mais compromisso com a luta pela igualdade e o respeito à dignidade de todas as pessoas.

Além disso, Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e responde a investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, incitação ao crime e falsificação de documentos. Homenagear alguém que ameaçou as instituições e tentou usurpar o poder por meios ilegais é um ato inaceitável e vergonhoso, que fere os princípios republicanos e o respeito à ordem constitucional.

O Mandato Coletivo reafirma sua posição intransigente na defesa da democracia, da justiça social e dos direitos da população. Seguiremos lutando contra qualquer tentativa de legitimação de figuras e práticas que representam retrocessos para o nosso país e para a democracia.

Mandato Coletivo
Petrolina, 03 de abril de 2025.