Correndo trecho: Em busca de investimentos para Petrolina, Vereador Gilmar Santos cumpre agenda no Recife

Gilmar esteve na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, na superintendência do DNIT/PE, se reuniu com presidente do IPA e participou do XVI Encontro do PT-PE

Em viagem à capital Pernambucana desde o último domingo (15), o vereador de Petrolina e pré-candidato a Deputado Estadual Gilmar Santos-PT segue correndo trecho.

A primeira atividade da agenda foi o XVI Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), onde foi definida a tática eleitoral e a confirmação do nome da Deputada Teresa Leitão-PT/PE para concorrer ao Senado na chapa de Lula. Também foi definida a lista oficial de pré-candidatos a deputados estaduais e federais, entre os quais está o nome do Vereador Gilmar e de Patrick Araújo-PT, ambos de Petrolina, além da chapa e aliança com a Frente Popular de Pernambuco.

Na manhã desta segunda-feira (16), Gilmar esteve com chefe de gabinete do secretário estadual de Desenvolvimento Agrário (SDA), Saulo Cabral, e com o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Weidson Marinho, para solicitar a liberação de recursos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O Programa é responsável pela promoção do acesso à alimentação e incentivo à agricultura familiar, e garante verbas do Governo Federal aos estados e municípios.

Weidson Marinho/IPA e Gilmar Santos/Assessoria

Na oportunidade, Gilmar protocolou um pedido de informações sobre a distribuição dos recursos do programa, tendo em vista que para este ano não existe previsão de repasses para Petrolina. O município ficou fora da lista do Governo de Pernambuco depois de solicitar recursos diretamente ao Governo Federal. O pedido, no valor de R$ 1,2 milhões, chegou a ser aprovado através de uma Portaria, mas o Ministério da Cidadania voltou atrás.

“Até o momento Petrolina não terá recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos, ou seja, o município não terá recursos para comprar alimentos de pequenos agricultores e consequentemente deixará os centros de Referência de Assistência Social (Cras) desabastecidos”. Se essa situação não for revertida, o consumo e a venda de orgânicos no município sofrerá impacto.

Gilmar Santos também esteve com na Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Pernambuco (DNIT/PE), para solicitar agilidade na liberação de recursos para a construção de retorno na Av. Sete de Setembro, no trecho entre os bairros Ouro Preto e Jardim Maravilha. A Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (Ammpla) já enviou o projeto ao órgão, porém a autorização da obra e a liberação dos recursos dependem do aval do superintendente regional.

Gilmar Santos solicita agilidade na construção do retorno da Av. 7 de Setembro

II Semana da Agroecologia começa nesta terça-feira (01) em Petrolina

“O evento tem como objetivo promover e ampliar o debate sobre a agroecologia e produção orgânica em todo o Vale do São Francisco, afim de estimular e garantir a segurança alimentar e nutricional de produtores e consumidores da região”

Começa nesta terça-feira (01), e segue até o dia 05 de outubro, a “II Semana da Agroecologia: Produção Orgânica e Segurança Alimentar”, em Petrolina,  

O evento que tem como objetivo promover e ampliar o debate sobre a agroecologia e produção orgânica em todo o Vale do São Francisco, afim de estimular e garantir a segurança alimentar e nutricional de produtores e consumidores da região, vai contar com oficinas, mesa redonda, lançamento de livro e debates.

A Semana da Agricultura Orgânica e Agroecológica está instituída no calendário do município através da LEI Nº 2.986/17, da autoria do vereador professor Gilmar Santos (PT), que desde o início do seu mandato vem acompanhando a pauta dos produtores e comerciantes de alimentos orgânicos e agroecológicos compreendendo a importância da produção e do consumo de alimentos saudáveis, cultivados sem uso de veneno (agrotóxicos).

“Essa segunda edição da Semana Municipal faz parte da resistência e das lutas de produtores, pesquisadores, consumidores e diversas organizações comprometidas com a produção de alimentos que respeitam a natureza, que valorizam a vida em todos os sentidos e fortalecem estilos de vida comprometidos com a história das comunidades tradicionais, com a geração atual e com as gerações futuras. Queremos muito a nossa região com mais saúde, mais produção da agricultura familiar e menos veneno e desigualdades!”, enfatizou Gilmar.

O primeiro momento do evento acontecerá amanhã (01) a partir das 07h30, na horta comunitária do bairro João de Deus com o “Intercâmbio de Saberes” mediado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa Sertão Agroecológico da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). A programação é totalmente gratuita e aberta a toda comunidade.

Confira aqui a programação completa.

Projeto de Lei de Gilmar Santos e Maria Elena organiza e fortalece feiras e estabelecimentos que comercializam produtos orgânicos e agroecológicos em Petrolina-PE

“Nós não queremos veneno e agrotóxico. Nós queremos saúde e bem-estar para o nosso povo”

Foto: Hyarlla Wany

Nesta terça-feira (28), foi posto para votação na Câmara Municipal de Petrolina, o Projeto de Lei nº 137/2019, da autoria dos vereadores Gilmar Santos (PT) e Maria Elena (PSB), que regulamenta as feiras de produtos orgânicos e agroecológicos e dispõe sobre a comercialização desses produtos.

De acordo com os parlamentares, a proposta surgiu como fruto de uma demanda apresentada por diversos produtores orgânicos, que narraram as dificuldades para conseguir comercializar seus produtos, como, por exemplo, a precariedade do funcionamento das feiras, a concorrência com falsos produtos orgânicos e a cobrança de valores por parte de atravessadores.

A iniciativa, que representa o resultado da ponderação de interesses plurais, busca beneficiar tanto os consumidores, que terão uma maior segurança ao adquirir produtos orgânicos em feiras exclusivas; quanto os órgãos de fiscalização agropecuária e de controle urbano, que contarão com mais um instrumento de fiscalização; e, sobretudo, os produtores orgânicos, que com a comercialização regulada estarão protegidos por lei. Além disso, o PL procura estimular a agricultura orgânica, que traz benefícios de ordem social, ambiental e de saúde, em razão da não utilização de agrotóxicos durante a produção.

Foto: Hyarlla Wany

Em 2017, Gilmar acompanhou representantes da Associação dos Produtores e Produtoras Orgânicos do Vale do São Francisco (APROVASF) em uma visita ao Secretário de Desenvolvimento Econômico e Agrário, na época, José Batista da Gama, para apresentar uma das maiores demandas desses produtores da região, que é a Construção da Central de Comercialização de orgânicos, que é fruto de uma iniciativa do ex-deputado federal Fernando Ferro (PT), mas que até o momento da visita ainda não havia sido iniciada. Só em novembro no ano passado (2018) é que a Prefeitura de Petrolina e a 3ª Superintendência Regional da Codevasf assinaram a ordem de serviço para construção da obra que deve ser nos próximos meses.

O edil, que desde o início do seu mandato vem acompanhando a pauta dos produtores e comerciantes de alimentos orgânicos, explicou que o PL regulariza não apenas as atividades na feira como também nos estabelecimentos do comércio. Além disso, também reforçou a importância da instituição da mesma na região.

“Hoje nós temos um governo federal liberando uso de uma média de 197 agrotóxicos que antes não eram permitidos e, lamentavelmente, nós vivemos em uma região que é referência no uso desses defensivos. Dessa forma, o dado que a gente tinha antes, de que cada brasileiro consome anualmente cerca de 06 litros de veneno, será drasticamente elevado (…) e aí nós vamos precisar de mais hospital de câncer. Não é isso que nós queremos. Nós queremos é mais agricultores orgânicos, agroecológicos, sendo apoiados pelos governos municipal, estadual e federal. Queremos mais políticas públicas para que a nossa população se conscientize de que é melhor consumir alimentos orgânicos, sem veneno. Nós vamos pagar muito menos, vamos prevenir várias doenças, vamos garantir mais saúde ao solo e ao rio São Francisco. Assim teremos uma sociedade mais saudável, consumindo alimentos de qualidade” disse.

A presidente da APROVASF, Maria Alzira, disse que aprovação do PL representa o reconhecimento do trabalho dos agricultores e comerciantes de alimentos orgânicos, assim como é um marco histórico na luta da associação que há anos vem pleiteando espaço no comercio regional.

“Esse projeto que os vereadores trouxeram para a câmara garante legitimidade aos nossos produtos comercializados, e representa uma conquista, porque essa é uma luta de muitos anos. Isso é também um reconhecimento de que estamos fazendo o trabalho certo, e a nossa tendência é sempre crescer” afirmou.

De acordo com Júlio Militão, que é diretor de comercialização APROVASF, o PL, que foi construído de forma coletiva, abrindo espaço para que os produtores e comerciantes discutissem suas demandas, formaliza e protege o trabalho que há anos vinham desenvolvendo.

“São de vinte anos de luta desse grupo aqui no Vale do São Francisco, e cada dia se consolida mais. Agora o poder legislativo formalizou aquilo que a gente vinha fazendo sem proteção para que juntos busquemos o melhor para a comunidade” disse.

Por fim, Gilmar, também autor da lei Nº 2.913/2017, que dispõe sobre a inserção de produtos orgânicos e agroecológicos na merenda escolar, parabenizou pesquisadores, professores e comerciantes da área, a APROVASF, o Núcleo de Agroecologia da UNIVASF, e afirmou que o projeto é uma conquista “do trabalho dedicado, aguerrido, de toda essa comunidade que vem lutando pelo bem-estar da população e do meio ambiente”.

*** O PL foi aprovado por unanimidade dos 20 parlamentares presentes na votação.

Produção e comercialização de alimentos orgânicos e agrecológicos foram pauta da 5ª Edição do Coletivo na Rua

Ontem, dia 25 outubro, realizamos nossa quinta edição do Coletivo na Rua. “Alimentos orgânicos e a democratização da vida saudável – Comer também é um ato político!” foi o mote dos nossos debates nessa edição. Estiveram presentes no evento vários/as representantes do setor produtivo de alimentos orgânicos da nossa cidade.

Na oportunidade apresentamos nossa lei de nº 2.913/2017 que obriga os estabelecimentos de educação infantil e ensino fundamental públicos e privados a substituir alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis, prioritariamente de origem orgânica ou agroecológica. Lei que também prevê sua implementação de modo gradativo, num prazo de cinco anos, onde no primeiro (2018) o município deve adquiri 10% da merendar escolar nesses setores produtivos, e a partir do quinto ano deverá ser 50%.

Também foi pauta a construção da Central Municipal de abastecimento e comercialização de alimentos orgânicos, essa que já tem recursos garantidos por meio de uma emenda parlamentar do ex-deputado Federal Fernando Ferro (PT) vinda através de uma articulação do ex-vereador Geraldo Acerola (PT). Advertimos aos participantes que os prazos para execução desses recursos estão expirando, o que demanda mobilização social para que essa importante política pública se concretize.

Uma serie de outras questões foram levantadas como, por exemplo: A alta incidência de câncer em nossa cidade devido ao uso demasiado de agrotóxicos em nossas lavouras; a poluição do nosso ecossistema pelos resíduos da agricultura com veneno; a desmistificação da não acessibilidade econômica dos alimentos orgânicos; a falta de espaço midiático para as práticas produtivas da agricultura orgânica, entre outras.

Terminamos nossa roda de diálogos convictos da necessidade de potencializamos ainda mais a luta por uma outra política alimentar, afinal de contas, comer é sim um ato político!

 

Estudo mostra que agricultura orgânica pode alimentar população mundial inteira

Você já deve ter ouvido falar que os agrotóxicos são usados para aumentar a produção na agricultura. O argumento sempre aparece em conversas sobre sustentabilidade na produção de alimentos, como se fosse a única maneira possível de manter estes 7 bilhões de humanos alimentados na Terra. A boa notícia é que dá sim para manter todo mundo de barriga cheia sem recorrer a pesticidas.

Quem comprova isso é o estudo “Agricultura Orgânica para o Século 21”, realizado pela Universidade Estadual de Washington (EUA) e publicado pela revista Nature em fevereiro de 2016. A pesquisa foi liderada pelo professor de Ciência do Solo e Agroecologia, John Regalnold, em conjunto com o doutorando Jonathan Wather. A conclusão? A agricultura orgânica poderia ser usada para alimentar toda a população do mundo.

O relatório foi além ao mostrar que os orgânicos não são apenas suficientemente produtivos para cumprir essa tarefa, mas também rentáveis. Eles ainda melhoram as condições ambientais e a qualidade de vida dos trabalhadores rurais. Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou centenas de outras pesquisas já realizadas sobre o tema, buscando avaliar se a agricultura orgânica seria capaz de ser sustentável produtiva, econômico, social e ambientalmente.

Os sistemas agrícolas orgânicos produzem rendimentos mais baixos em comparação com a agricultura convencional. No entanto, eles são mais rentáveis e amigáveis com o meio ambiente e fornecem alimentos iguais ou mais nutritivos que contêm menos (ou nenhum) resíduos de pesticidas quando comparados com a agricultura convencional“, detalha o resumo do estudo.

Os pesquisadores sugerem ainda que a melhor solução seria combinar a agricultura orgânica com tecnologias de plantio modernas. Entre elas, pode-se destacar técnicas como rotação de culturas, gestão natural de pragas e adubação do solo com o uso de compostagem.

Fonte: Redação Hypeness