Sem esperanças com Bolsonaro, povo hoje escolheria Haddad presidente

Dias depois do Vox Populi provar saudade que Brasil sente de Lula, Datafolha escancara arrependimento de quem trocou ex-ministro consagrado pelo despreparado ex-deputado

Prestes a completar um ano, a disputa eleitoral de 2018 ainda reverbera de maneira espantosa na avaliação dos brasileiros que foram às urnas sob contexto inédito na história do país. Influenciados pela produção em massa de fake news e impedidos de votar no franco favorito a vencer o pleito em todos os cenários, os eleitores que optaram por Jair Bolsonaro (PSL) demonstram profundo arrependimento diante do trágico cenário político em curso.

As consequências dos catastróficos oito primeiros meses do atual governo são sintomáticas: dois dias depois da pesquisa Vox Populi revelar que, para 62% dos trabalhadores e trabalhadoras, durante os governos de Lula havia“melhores condições de vida: emprego, maior renda, menor inflação e acesso a bens”, outro levantamento deixou claro que o eleitor desavisado hoje optaria por Fernando Haddad em detrimento ao representante do neoliberalismo entreguista e subserviente.

Segundo uma pesquisa do Datafolha, publicada nesta segunda-feira (2), se o segundo turno da eleição para presidente da República fosse neste momento, Haddad seria eleito com 42% dos votos, contra 36% de Bolsonaro.

Mais do que mera avaliação hipotética, os dados revelados pelo instituto de pesquisa reiteram o profundo descontentamento gifsex.blog da população com um governo que retira direitos a toque de caixa, descumpre a promessa de renovação na política lançando mão de práticas ultrapassadas, destrói a soberania nacional, a Amazônia,  e ataca violentamente adversários políticos, movimentos sociais, minorias, negros, índios e mulheres. Em suma, um quadro anticivilizatório por completo.

Tanto que, segundo a mesma pesquisa, a reprovação do presidente subiu de 33% para 38% em relação ao levantamento anterior do instituto, feito no início de julho, Mas não só. Ao avaliar ponto a ponto, a imagem do atual mandatário da República está em ruínas em diversos aspectos – 1/3 das 2.878 pessoas ouvidas, por exemplo, acham que a sua postura não condiz com a de um presidente.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo

Em entrevista, Haddad destaca que militará na resistência democrática

Candidato do PT à presidência nas eleições de 2018, Haddad reafirmou que seguirá na luta em defesa dos direitos sociais e civis.

Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo (Folha de São Paulo, 26/11), o ex-prefeito e ex-candidato à Presidência da República pelo PTFernando Haddad, destaca que a extrema direita no Paísbuscou e conquistou mais espaço na políticabrasileira nesta eleição. Haddad, entretanto, afirma que militará em defesa dos direitos sociais e civis, na resistência democrática contra os retrocessos patrocinados pelo Consórcio Temer/Bolsonaro. A luta, de todos, é contra o autoritarismo que deve crescer e ameaçar o Estado Democrático de Direito.

 

Leia a entrevista completa:

Fernando Haddad (PT-SP) diz que há dois anos previa que a “extrema direita” teria espaço na política nacional. Afirma que errou em uma previsão: a de que João Doria (PSDB-SP) lideraria esse campo como um “PSDB bolsonarizado”. Em sua primeira entrevista desde a eleição, Haddad afirma que não pretende dirigir o PT nem sua fundação, mas que militará pela formação de frentes em defesa dos direitos sociais e civis. Para ele, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que o país vive num sistema híbrido, em que o autoritarismo cresce dentro das instituições democráticas.

O resultado das eleições deste ano já foi definido como tsunami, implosão do sistema. Qual é a sua visão, de quem foi o derrotado?

– [sorrindo] Antes de mim tiveram uns 12 [derrotados], né?

O senhor personificou a derrota.

– Há dois anos, eu te dei uma entrevista. E talvez tenha sido um dos primeiros a dizer: “É muito provável que a extrema direita tenha espaço na cena política nacional”. Eu dizia: “Existe uma onda que tem a ver com a crise [econômica] de 2008, que é a crise do neoliberalismo, provocada pela desregulamentação financeira de um lado e pela descentralização das atividades industriais do Ocidente para o leste asiático”. Os EUA estavam perdendo plantas industrias para a China. E a resposta foi [a eleição de Donald] Trump. Isso abriria espaço para a extrema direita no mundo. Mas a extrema direita dos EUA não tem nada a ver com a brasileira. Trump é tão regressivo quanto o Bolsonaro. Mas não é, do ponto de vista econômico, neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos [Bolsonaro] é neoliberal.

Trump apoia Bolsonaro.

– Ele precisa que nós sejamos neoliberais para retomar o protagonismo no mundo, e tirar a China. Está havendo, portanto, um quiproquó: os EUA negam o neoliberalismo enquanto não nos resta outra alternativa a não ser adotá-lo.

E por quê?

– A crise mundial acarretou a desaceleração do crescimento latino-americano e a consequente crise fiscal. No continente todo houve a ascensão de governos de direita —no caso do Brasil, de extrema direita.

Por que o centro político não conseguiu responder a essa crise?

– Eu imaginava [há dois anos] que o [João] Doria, que é essencialmente o Bolsonaro, fosse ser essa figura [que se elegeria presidente]. Achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são.

O quê?

– O Bolsonaro. Já o Doria seria um PSDB bolsonarizado, mas com aparência tucana. Eu apostava nele.

E por que não no Lula?

– Eu já fazia a ressalva: “Eu não sei o que vão fazer com o Lula”. Está claríssimo que, se não tivessem condenado o Lula num processo frágil, que nenhum jurista sério reconhece como robusto, ele teria ganhado a eleição. Eu fiz 45% dos votos [no segundo turno]. Ele teria feito mais de 50%.

Mas isso inverte todo o seu raciocínio sobre a ascensão da direita.

– O Lula tem um significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido nesse país. Ele teria força para conter essa onda. Eu dizia: “Tem que ver se vão deixar o Lula concorrer e como o Ciro vai se posicionar”. O Lula foi preso e o Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma coalizão com o PT.

Ele diz que foi traído miseravelmente pelo partido.

– Ele não quis fazer [a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira [Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: “Nós não queremos ser os continuadores do lulismo. Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria”. Palavras dele. Eles não queriam ser vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto.

Mas o Lula estava disposto a passar o bastão?

– Sempre depende dos termos da conversa, que não aconteceu.

Ciro diz que sim e que até foi convidado para fazer o papel lamentável que o senhor fez.

– Não houve uma reunião entre o Ciro e o Lula. No final, [quando ficou claro que Lula não poderia concorrer], ele foi sondado por mim e por todos os governadores do PT. Eu sou amigo, gosto do Ciro. Mas ele errou no diagnóstico. E pode voltar a errar se entender que isolar o PT é a solução para o seu projeto pessoal. O PT elegeu uma bancada expressiva, quatro governadores, fez 45% dos votos no segundo turno, 29% no primeiro. É até hoje o partido de centro-esquerda mais importante da história do país.

Outras legendas repetem que o PT não abre mão da hegemonia.

– O PT é um player no sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado.

O senhor disse em 2016 que o PT não teria mais a hegemonia da esquerda.

– O próprio Lula considerava o [então governador de PE] Eduardo Campos candidato natural para receber apoio do PT em 2018, se tivesse aceitado ser vice da Dilma [em 2014].

Todos dizem que não confiam no PT.

– Política é feita de confiança. E de risco, né?

O PT é o mais forte partido de centro-esquerda. Ao mesmo tempo, sofre rejeição que daria a ele pouca perspectiva de vitória.

– Aí entramos nas questões circunstanciais da eleição, com episódios importantes. O atentado [contra Bolsonaro] deu a ele uma visibilidade maior do que a soma de todos os outros candidatos. Houve efetivamente intensa mobilização de recursos não contabilizados para [financiar] o disparo de notícias falsas sobre mim. Houve a ausência do Bolsonaro nos debates. E eu penso que teria sido importante que os democratas tivessem se unido no segundo turno.

O que aconteceu?

– Olha, eu não consegui falar com o Ciro até hoje. Sobre ele e o Fernando Henrique Cardoso [que também se recusou a dar apoio ao PT], eu diria, a favor deles: os dois tinham três governadores [em seus próprios partidos] disputando a eleição fazendo campanha para o Bolsonaro. O PDT [de Ciro] é um partido de esquerda, “pero no mucho”.

E a partir de agora?

– Eu já tentei falar com o Cid [Gomes, irmão de Ciro]. Falei com o PDT, com o PC do B e o PSB. É obrigação nossa conversar. Entendo que devemos trabalhar em duas frentes: uma de defesa de direitos sociais, que pode agregar personalidades que vão defender o SUS, o investimento em educação, a proteção dos mais pobres. A outra, em defesa dos direitos civis, da escola pública laica, das questões ambientais.

O PT dificilmente poderia liderar essas frentes.

– Não é uma questão de liderar. O PT tem que ajudar a organizar. No Brasil está sendo gestado o que eu chamo de neoliberalismo regressivo, decorrente da crise econômica. É uma onda diferente da dos anos 1990. Ela chega a ser obscurantista em determinados momentos, contra as artes, a escola laica, os direitos civis. É um complemento necessário para manter a agenda econômica do Bolsonaro, que é a agenda [do presidente Michel] Temer radicalizada. Essa agenda não passa no teste da desigualdade. Tem baixa capacidade de sustentação. Mas, acoplada à agenda cultural regressiva, pode ter uma vida mais longa. Pode ter voto. Teve voto. Essa pauta mobiliza as pessoas criando inclusive ficções. Eu permaneci à frente do MEC por oito anos. As expressões “ideologia de gênero” e “ escola sem partido” não existiam. Era uma agenda de ninguém. Ela foi criada, ou importada, como um espantalho para mobilizar mentes e corações.

Por PT na Câmara, com informações da Folha

Gleisi: Resistência começa contra aliança entre Bolsonaro e Temer

Presidenta Nacional do PT anuncia uma série de agendas para evitar retrocessos e a primeira luta será barrar a reforma da Previdência ainda este ano

Paulo Pinto

Presidenta Nacional do PT anuncia uma série de agendas para evitar retrocessos e a primeira luta será barrar a reforma da Previdência ainda este ano

Menos de dois dias após o fim das Eleições, o governo eleito já deu início à articulação para dar continuidade à agenda de retrocessos colocada em prática pelo golpista Michel Temer como a reforma da Previdência. E barrar a movimentação do radical da extrema-direita para acelerar medidas, que sequer foram debatidas com a população, será a prioridade imediata das bancadas do PT, conforme antecipou nesta terça-feira (3) a presidenta do partido, a senadora Gleisi Hoffmann. “A primeira resistência agora é impedir que a aliança entre Temer e Bolsonaro retire direitos da população brasileira”.

Durante o pronunciamento concedido logo após reunião da Comissão Executiva Nacional do Partido em São Paulo, Gleisi também enalteceu a militância e a postura propositiva de Fernando Haddad, a quem chamou de grande liderança do partido ao lado de Lula. “O PT, apesar de não ter conquistado à Presidência, demonstrou resistência e sai fortalecido. O papel do Haddad, agora mais do que nunca, é de extrema relevância em todo o cenário nacional (…) A defesa da liberdade do ex-presidente Lula também seguirá no centro da nossa luta “, completou.

Fernando Haddad participa da reunião da Executiva do PT. Foto: Paulo Pinto

Sobre a reforma da Previdência, a preocupação é ainda mais urgente, já que o extremista do PSL deixou claro que irá se aproximar do governo ilegítimo antes mesmo do dia 1º de janeiro para “aprovar alguma coisa do que está em andamento lá, como a reforma da Previdência, se não o todo, parte do que está sendo proposto”.

Para Gleisi, barrar novamente a proposta que afetaria a aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras é a primeira grande luta que será travada pela oposição contra o futuro governo. “Já fizemos isso antes e faremos de novo porque consideramos que a reforma retira direitos do povo brasileiro. Ela não tem o apoio popular. A proposta não foi debatida pela população nem pelo Temer, nem pelo Bolsonaro. Ela não está no programa de governo do candidato, ela não foi levada a debate. Portanto, não há legitimidade nem dele, nem de Temer para aprovar uma reforma desta envergadura”, avaliou a presidenta.

Outras pautas também preocupam Gleisi: uma delas é a sessão onerosa do Pré-sal que está no Senado. “Estão fazendo articulação de conluio entre os governos de Temer e Bolsonaro para que a entrega do patrimônio que pertence aos brasileiros seja aprovada o mais rápido possível.  Nós achamos que este projeto é um crime de lesa-pátria contra a soberania nacional e os interesses do Brasil”.

Autoritarismo e violência

O discurso de ódio foi a marca registrada de Jair Bolsonaro durante a campanha e suas implicações futuras também despertaram resposta imediata das bancadas do PT no Congresso. Com vasto histórico de ataques a gays, negros, mulheres, pobres e nordestinos, Bolsonaro ampliou a sua violência verbal ao prometer acabar com os movimentos sociais do país.

Para isto, já articula para colocar em prática mais um absurdo: transformar qualquer movimento ou manifestação em ato de terrorismo. “Isso é uma tragédia nas liberdades dos movimentos populares e isso nos preocupa muito. Vamos nos colocar contrários e esperamos que esta seja a movimentação de todos os partidos”, prosseguiu Gleisi.

Reunião da executiva nacional com Haddad. Foto: Paulo Pinto

Para enfrentar a anunciada violência do próximo governo, o PT pretende criar uma rede democrática de proteção solidária que envolve diversas frentes da sociedade: “Vamos organizar todos os advogados do partido e todos aqueles que militam na área de direitos humanos. Vamos fazer um convite a juízes pela democracia para que possamos ter a resposta pronta para denunciar violações aos direitos humanos e civis e também à liberdade de expressão”.

Proteção a Lula

Grande parte do ódio disseminado pelo candidato do PSL tem como alvo o ex-presidente Lula, que deixou o cargo com mais de 85% de aprovação e revolucionou o Brasil. Diante das ameaças, outra decisão extraída após a reunião com a Executiva Nacional do PT foi a criação de uma corte de solidariedade democrática pela liberdade de Lula.

“Nós nos preocupamos muito com isso. O último discurso do candidato eleito não tem a ver com os direitos das pessoas: ele disse que quer deixar Lula apodrecer na cadeia. Tememos até pela vida do ex-presidente. Ele tem que ter seu processo julgado de forma justa. Ninguém pode decidir o que fazer com ele antes do seu processo ser julgado de forma justa. É isto que vamos fortalecer em nossa luta”.

A corte de solidariedade também passa pela criação de observatório internacional. “Queremos que o mundo olhe para a nossa população indígena, para a nossa população negra, para os LGBTs, para os movimentos sociais e que a gente também tenha a quem recorrer internacionalmente e garantir o direito de liberdade de expressão, integridade dos jornalistas, enfim para tudo aquilo que construímos a partir da Constituição de 1988”, concluiu Gleisi.

Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias

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Pesquisa FSB/Pactual: Bolsonaro cai 3% e Haddad oscila 1% para cima na votação espontânea

É o primeiro declínio do militar reformado – fora da margem de erro – desde o início da série, em 25 de agosto. Haddad saiu de 3% e foi a 18% em menos de um mês.

Bolsonaro e Haddad. Foto: Montagem

Pesquisa realizada pelo Instituto FSB, realizada no fim de semana e divulgada nesta segunda-feira (1º), mostra uma queda de 3 pontos porcentuais, de 31% para 28%, do candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), na intenção de voto espontânea – em que não são revelados os nomes dos candidatos. É o primeiro declínio do militar reformado – fora da margem de erro, de 2 p.p. – desde o início da série, em 25 de agosto. Fernando Haddad (PT) oscilou um ponto positivo. Desde que assumiu a cabeça de chapa da coligação, em lugar do ex-presidente Lula, no dia 11 de setembro, o petista saiu de 3% e foi a 18%.

Ainda na votação espontânea, Geraldo Alckmin (PSDB) subiu 3 pontos e foi a 7%, empatando com Ciro Gomes (PDT), que manteve o porcentual da pesquisa anterior, na terceira colocação. João Amoêdo (Novo) tem 3%, Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos) marcam 1%. Mesmo fora da disputa, neste cenário, o ex-presidente Lula (PT) é lembrado por 2% dos eleitores pesquisados.

Encomendada pelo BTG Pactual, a pesquisa de intenção de voto estimulada – em que aparecem os nomes dos candidatos – mostra que Bolsonaro oscilou 2 pontos para baixo, de 33% para 31%, e Haddad oscilou um para cima, de 23% para 24%. Pelo cálculo dos votos válidos, segundo a BTG Pactual, Bolsonaro caiu 3 pontos, de 38% para 35%, enquanto Haddad oscilou de 26% para 27%.

No cenário estimulado, Alckmin aparece numericamente à frente de Ciro Gomes – 11% a 9%. Em seguida estão Amoêdo, com 5%, Marina, 4%, Meirelles e Álvaro Dias, 2%, e Cabo Daciolo, 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Segundo turno

Em uma simulação de segundo turno, Haddad e Bolsonaro aparecem em situação de empate técnico, com o militar reformado 1 ponto porcentual acima do petista – 43% a 42%. Nas outras simulações de segundo turno, Bolsonaro só vence a candidata da Rede, Marina Silva, por 44% a 39%. Contra Alckmin, Bolsonaro fica numericamente atrás – 42% a 41% – e na disputa com Ciro também, empatado no limite da margem de erro – 45% a 41%.

Voto Útil

O Instituto FSB ainda pesquisou o número de eleitores que estaria disposto a mudar seu voto para impedir um candidato que não gosta de ganhar as eleições. No levantamento, 67% dos eleitores que votam em Ciro Gomes estariam dispostos a fazer esta mudança. Em seguida, está o eleitorado de João Amoêdo, 51%. Daqueles que votam em Haddad, 46% disseram que poderiam trocar pelo “voto útil”. Na sequência vêm os eleitores de Meirelles (45%), Marina (44%), Álvaro Dias e Alckmin (42%). Entre os Bolsonaristas, 34% disseram que poderiam mudar para um “voto útil”, a menor taxa entre os candidatos.

Desconhecimento

Apenas 5% dos eleitores disseram que não conhecem Bolsonaro. O porcentual é a metade daqueles que afirmam desconhecer Haddad. Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e Guilherme Boulos (PSol) são os menos conhecidos – 56%, 55% e 51%, respectivamente.

Quanto ao índice de rejeição, a liderança é de Marina Silva. A candidata da Rede é rejeitada por 56% dos eleitores. Alckmin, (51%), Haddad (50%), Eymael e Bolsonaro (49%)vêm na sequência. O menor índice de rejeição é de Amoêdo – 33%.

O Instituto FSB entrevistou 2.000 eleitores com idade a partir de 16 anos nas 27 Unidades da Federação (Ufs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pontos, com intervalo de confiança de 95%.

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Ibope: Haddad avança ainda mais e chega a 22%; Bolsonaro estaciona com 28%

Mais uma vez, petista foi o que mais cresceu nas intenções de voto: foi de 19% para 22%, se isolou de Ciro Gomes (PDT), que manteve os 11% da última pesquisa, e se aproximou de Jair Bolsonaro (PSL), que parou nos 28%

Foto: Ricardo Stuckert

Nova pesquisa Ibope para a presidência divulgada na noite desta segunda-feira (24) mostra que o candidato do PT, Fernando Haddad, segue subindo nas intenções de voto. O petista, mais uma vez, foi o que mais cresceu: no último levantamento, da semana passada, ele tinha 19% e, agora, está com 23%. Já Jair Bolsonaro (PSL), que segue liderando, ficou com os mesmos 28% de intenções de voto da última pesquisa.

O terceiro lugar, Ciro Gomes (PDT), também não apresentou crescimento e manteve os mesmos 11% do último levantamento. Geraldo Alckmin (PSDB), oscilou dentro da margem de erro de 7% para 8% e Marina Silva (Rede), oscilou negativamente de 6% para 5%.

O Ibope entrevistou 2.506 pessoas entre 22 e 23 de setembro em 178 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Confira, abaixo, a íntegra do resultado do levantamento.

Jair Bolsonaro (PSL): 28%

Fernando Haddad (PT): 22%

Ciro Gomes (PDT): 11%

Geraldo Alckmin (PSDB): 8%

Marina Silva (Rede): 5%

João Amoêdo (Novo): 3%

Alvaro Dias (Podemos): 2%

Henrique Meirelles (MDB): 2%

Guilherme Boulos (PSOL): 1%

Cabo Daciolo (Patriota): 0%

Vera Lúcia (PSTU): 0%

João Goulart Filho (PPL): 0%

Eymael (DC): 0%

Branco/nulos: 12%

Não sabe/não respondeu: 6%

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Revitalização do Rio São Francisco e Educação foram motes principais do discurso de Haddad em visita a Juazeiro, BA e Petrolina, PE

Uma multidão acompanhou o petista e comitiva em caminhada de Juazeiro para Petrolina, lotando a Ponte Presidente Dutra

Foto: Chico Egídio

Domingo, 23, uma multidão acompanhou a visita do presidenciável Fernando Haddad e comitiva ao Vale do São Francisco nas cidades de Juazeiro, BA e Petrolina, PE. Em ambas cidades uma das falas do petista se reportou a revitalização do rio São Francisco, começando pelas suas nascentes. “Viemos ao Nordeste nos comprometer às margens do Rio São Francisco de que nós não vamos parar de investir no rio. Não é só levar água para outros estados é cuidar das nascentes, porque se não cuidar das nascentes o rio vai morrer. Então é preciso ter consciência ambiental, consciência educacional”, disse.

Haddad, que é professor e que foi Ministro da Educação no governo do ex-presidente Lula por 7 anos, destacou que a educação é o caminho para que o povo se desenvolva. “A gente tem que continuar educando a nossa gente oferecendo oportunidade de trabalho e oportunidade de educação, com trabalho e educação todo povo se desenvolve. Ninguém quer mais guerra, nós queremos paz, nós queremos voltar a ser feliz de novo. O Brasil tem as bases para voltar a sonhar e realizar, porque o Brasil sempre sonhou, mas com Lula realizou e a gente quer voltar a sonhar com esse Brasil que a gente acredita, mas não é um Brasil para um terço das pessoas, é um Brasil para todo mundo”, afirmou.

Foto: Chico Egídio

O presidenciável se referiu a uma visita que fez ao vale do são Francisco há mais de dez anos, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando decidiram construir a Universidade federal do Vale do São Francisco (Univasf) na cidade de Petrolina com campus em Juazeiro.  Segundo ele começou ali uma época de ouro do acesso à educação superior no país, iniciou a interiorização da educação, contou também com o Prouni, que permitiu que 4 milhões de brasileiros filhos de trabalhadores e trabalhadoras pudessem entrar em uma universidade, coisa que não era comum no Brasil do século e 20. “Infelizmente o Brasil atrasou muito o acesso à educação superior e se não fosse um nordestino sem curso superior isso estava não teria acontecido até hoje, essa é que é a verdade”.

Conforme Haddad no governo do ex-presidente Lula o pobre teve acesso não só na universidade. “O pobre entrou no avião, o pobre entrou no restaurante, o pobre entrou no banco, o pobre entrou em todo canto, porque o pobre se tornou cidadão como tem que ser e no mercado de trabalho e no mercado de consumo. Foram 20 milhões de empregos em 12 anos, ou seja, nós não estaríamos vivendo a crise que estamos vivendo hoje se não tivesse sido sabotado por esses golpistas que estão no poder”, pontuou.

Foto: Chico Egídio

O presidenciável se comprometeu com o resgate dos programas sociais que segundo ele fizeram a história da recuperação e emancipação do povo. “Ninguém quer mais guerra, nós queremos paz, nós queremos voltar a ser feliz de novo. O Brasil tem as bases para voltar a sonhar e realizar, porque o Brasil sempre sonhou, mas com Lula realizou e a gente quer voltar a sonhar com esse Brasil que a gente acredita, mas não é um Brasil para um terço das pessoas, é um Brasil para todo mundo”, disse.

Foto: Chico Egídio

Fernando Haddad ainda criticou as declarações de um candidato a vice que afirmou que a delinquência no país é por que as mães e as avós estão educando sozinha. “O investimento que nós fizemos na família é um investimento que vai superar todas as dificuldades e se tem uma mãe sozinha nós vamos cuidar, vamos acolher, vamos respeitar e não estimular mais preconceito porque 46% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres e o Minha Casa Minha Vida, agricultura familiar, o Bolsa Família todos tiveram foco na mulher porque elas muitas vezes carregam nas costas uma 3 a 4 jornadas de trabalho. Vamos cuidar das nossas mulheres, das mulheres negras porque são as mais descuidadas desse país, vamos cuidar do país inteiro, nós não temos o direito de deixar ninguém para trás. Esse Brasil é rico não precisamos ninguém passar fome, porque é um direito de cada brasileiro e brasileira”, concluiu.

Foto: Chico Egídio

Haddad estava acompanhado da esposa Ana Estela, do governador da Bahia, Rui Costa (PT), Governador do Piauí, Wellington Dias (PT), do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e a candidata a vice-governadora em Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), de senadores de deputados federais, estaduais, vereadores, entre ouros.

Manuela D’Avila (PCdoB), candidata a vice de Haddad não participou da visita, segundo a organização do evento ela estava em outra agenda no Rio Grande do Norte.

https://pontocritico.org/

 

 

Ibope: Haddad dispara, chega a 19% e se isola na segunda colocação

Mais uma vez, candidato do PT foi o que mais apresentou crescimento e atingiu um patamar, inclusive, mais alto que no último Datafolha. Bolsonaro oscilou 2 pontos e os demais candidatos apresentaram quedas ou se mantiveram estáveis

Foto: Divulgação/Coligação “O Povo Feliz de Novo”

Nova pesquisa eleitoral do Ibope para a presidência divulgada nesta terça-feira (18) confirma a curva ascendente de Fernando Haddad (PT), oficializada há exatamente uma semana. O novo levantamento mostra, novamente, que o petista foi o que mais apresentou crescimento com relação à última pesquisa, chegando aos 19% e se isolando na segunda colocação. No estudo anterior, Haddad tinha 8% – cresceu 11 pontos em 7 dias.

O primeiro colocado, Jair Bolsonaro (PSL), oscilou 2 pontos, dentro da margem de erro, com relação à última pesquisa e agora aparece com 28%. Ciro Gomes (PDT), que estava tecnicamente empatado com Haddad em segundo lugar, se manteve estável e, agora, diante do crescimento do petista, figura na terceira colocação, com 11%. Geraldo Alckmin (PSDB) aparece na nova pesquisa em quarto lugar com 7% e Marina Silva (Rede) em quinto, com 6%.

A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Confira a lista completa

Jair Bolsonaro (PSL): 28%

Fernando Haddad (PT): 19%

Ciro Gomes (PDT): 11%

Geraldo Alckmin (PSDB): 7%

Marina Silva (Rede): 6%

Alvaro Dias (Podemos): 2%

João Amoêdo (Novo): 2%

Henrique Meirelles (MDB): 2%

Cabo Daciolo (Patriota): 1%

Vera Lúcia (PSTU): 0%

Guilherme Boulos (PSOL): 0%

João Goulart Filho (PPL): 0%

Eymael (DC): 0%

Branco/nulos: 14%

Não sabe/não respondeu: 7%

O Ibope ouviu 2.506 eleitores entre os dias 16 e 18.

Confirmação de tendência

A tendência de evolução na candidatura de Fernando Haddad (PT) já havia se manifestado no último levantamento Datafolha, divulgado na sexta-feira (14). O petista tinha sido o candidato que mais cresceu nas intenções de voto. Ele tinha pulado de 9% para 13%, chegando ao mesmo índice de Ciro Gomes (PDT), que, no entanto, se manteve estável.

Jair Bolsonaro (PSL) aparecia em primeiro, subindo de 24% para 26%. Nas demais colocações, Geraldo Alckmin (PSDB) atingiu 9%; Marina Silva (Rede), 8%; Álvaro Dias (Podemos): 3%; Henrique Meirelles (MDB): 3%; João Amoêdo (Novo): 3%; Cabo Daciolo (Patriota): 1%; Guilherme Boulos (PSOL): 1%; Vera Lúcia (PSTU): 1%; João Goulart Filho (PPL): 0%; Eymael (DC): 0%; Branco/nulos: 13%; Não sabiam/não responderam: 6%.

A pesquisa foi feita entre quinta (13) e sexta-feira (14), com 2.820 eleitores, e a margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Ibope anterior

O crescimento de Haddad já podia ser notado na última pesquisa Ibope, do dia 11.  O levantamento anterior apontou que Jair Bolsonaro (PSL) estava em primeiro, com 26%; Ciro Gomes (PDT), com 11%; Marina Silva (Rede), 9%; Geraldo Alckmin (PSDB), 9%; Fernando Haddad (PT), que até a manhã do dia da divulgação da pesquisa ainda não havia sido oficializado como candidato, subiu de 6% para 8% e foi o único, além de Bolsonaro, que apresentou crescimento. Em síntese: Ciro, Marina, Alckmin e Haddad estavam empatados tecnicamente em segundo lugar, pela margem de erro.

Demais colocações: Alvaro Dias (Podemos): 3%; João Amoêdo (Novo): 3%; Henrique Meirelles (MDB): 3%; Vera Lúcia (PSTU): 1%; Cabo Daciolo (Patriota): 1%; Guilherme Boulos (PSOL): 0%; João Goulart Filho (PPL): 0%; Eymael (DC): 0%; Branco/nulos: 19%; Não sabiam/não responderam: 7%.

 

 

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Haddad dispara, vai a 17% e se consolida na segunda posição

Pesquisa feita pelo CNT/MDA e mostra o crescimento impressionante do candidato em apenas 7 dias de seu registro oficial no TSE.

 

Com menos de uma semana de campanha, o candidato do PT à presidente da República, Fernando Haddad, disparou na preferência do eleitorado e já tem 17,6% das intenções de voto, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (17/09).

O índice coloca Haddad na segunda posição isolada, bem à frente do terceiro colocado, o pedetista Ciro Gomes, que tem 10,8%. Atrás de Ciro aparecem Geraldo Alckmin (PSDB) com 6,1%, Marina Silva (REDE) com 4,1% e João Amoedo (NOVO) com 2,8%. Na primeira posição está Jair Bolsonaro (PSL), com 28,2%.

No levantamento anterior, de agosto, Haddad não constava da lista de candidatos da CNT/MDA. Não há, portanto, comparativo em relação ao petista. Em relação aos demais, Ciro e Bolsonaro subiram e os outros oscilaram na margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais.

No cenário da pesquisa, os eleitores mais convictos são os de Haddad e Bolsonaro. Dos que declaram voto no petista, 75,4% dizem ser uma decisão definitiva. No candidato da extrema-direita, o índice é 78,2%. Em Ciro, é 49,1%.

As simulações de segundo turno mostram empate técnico nos enfrentamentos entre Haddad x Bolsonaro (35,7% a 39%) e entre Ciro x Bolsonaro (36,1% a 37,8%).

A pesquisa 2.002 eleitores entre 12 e 15 de setembro. Está registrada no TSE sob o número BR-04362/2018.

 

Fonte: https://lula.com.br 

“Nosso nome agora é Haddad”: em carta, Lula e PT indicam candidato

Anúncio foi feito nesta terça (11), em um ato emocionante em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba com a presença de líderes e militantes

“Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será reconhecida minha inocência. E nesse dia estarei junto com Haddad para fazer o governo do povo”. Mesmo diante de injustiças incontornáveis e do silêncio do STF, Lula e o Partido dos Trabalhadores optaram por respeitar o prazo imposto pelo TSE.

Daqui para frente, Fernando Haddad e Manuela D’Àvila andarão pelo país levando a mensagem de Lula e do 13 como candidatos a presidente e vice, respectivamente.

O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (11), em um ato emocionante em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba. Coube à presidenta Gleisi Hoffmann apresentar a decisão de Lula e a posição do partido, sem jamais deixar de lado a indignação.

“Hoje é um derradeiro, um dia determinado pela Justiça. Mas não é um dia de derrota. Mas dor, indignação e revolta, que são o fermento da nossa luta. E é desse fermento que aceitamos o desafio do presidente Lula, de não deixar o povo brasileiro sem alternativas”, disse.

Ricardo Stuckert

Carta de Lula

Amigo e companheiro de Lula há muitos anos, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh leu uma carta na qual o ex-presidente formalizou seu apoio irrestrito à nova chapa. Num texto longo e emocionado, ele reafirma sua indignação diante da prisão política e do desrespeito do país ao clamor internacional e da ONU.

“Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa família, mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as acusações, denunciei as mentiras e abusos em todos os tribunais”, escreveu.

Em mensagem de esperança, Lula garantiu que ele, Haddad, Manuela farão o que for preciso para retomar o projeto que fez o país feliz por tantos anos, construindo um futuro ainda melhor. Onde todos tenham oportunidades e ninguém tenha privilégios. “Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad.”

Leia o texto na íntegra aqui.

Lealdade e resistência

Bastante emocionado, Haddad encerrou o ato fazendo um discurso firme sobre o compromisso selado com Lula. “Sinto a dor de muitos brasileiros e brasileiras que hoje vão receber a noticia de que não vai poder votar naquele que subiria a rampa do Planalto. É uma dor sentida pelo povo mais pobre desse pais, que sabe o que representou os nosso governo.”

Também criticou as manobras das elites e do complexo midiático-judicial no golpe que derrubou a presidenta e encarcerou o maior líder popular vivo do país. “O que incomodou foi que uma pessoa sem diploma superior, mas com gana, conseguiu fazer o que eles não fizeram em 500 anos.”

“Eles nos batem mas a gente levanta. Já somos milhões de Lulas e seremos mais. Nós não vamos aceitar o Brasil do século XX, XIX, XVIII. Nós deixamos de sonhar para realizar o sonho. Você está sentindo a dor que eu estou sentindo, mas não é para voltar para casa. É para ir para a rua porque nós vamos ganhar esta eleição.”

Da Redação Agência PT de Notícias

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