Vereador Gilmar Santos denuncia gestão municipal por descumprimento da Lei de acesso à Informação

“Esperávamos maior compromisso do Poder Executivo quanto aos canais de diálogo com o Legislativo para a construção de propostas que auxiliem a nossa população, especialmente os mais vulneráveis”, cita o Vereador em um trecho da denúncia

Foto: Camila Rodrigues

Em resposta à postura negligente da gestão Miguel Coelho em não atender as solicitações enviadas pelo Mandato Coletivo, o Vereador Gilmar Santos (PT) encaminhou na quinta (21), uma denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), onde pede a abertura de investigação para apurar a postura de seis secretarias do governo. Baseada na LAI, Lei de Acesso à Informação, a denúncia levou em consideração a ausência de resposta, por parte da administração municipal, à nove ofícios, protocolados entre março a maio deste ano.

A pandemia do novo coronavírus acentuou ainda mais as necessidades da saúde pública e da assistência social no município de Petrolina. Preocupado com o aumento de casos na cidade, em 29 de abril, o Mandato Coletivo sugeriu a instalação de pias de higienização próximo a agências bancárias e locais de aglomeração, mas até o fechamento deste texto, 21 dias depois de encaminhado, a Secretaria de Infraestrutura não havia dado nenhum parecer. Enquanto isso, o número de casos confirmados em Petrolina aumentou consideravelmente. São nove novos casos, somando 179 contaminados e 6 óbitos, segundo o boletim divulgado ontem (21), a Secretaria Municipal de Saúde.

“O comportamento negligente, de precário compromisso com as informações solicitadas são recorrentes, por parte da Gestão, e ocorrem desde o início do nosso mandato”, afirmou o vereador se referindo às indicações e ofícios não respondidos.

Gilmar lamenta que, em um momento tão crítico, a Gestão do “Novo Tempo” continue com os mesmos comportamentos de antes. “Esperávamos maior compromisso do Poder Executivo quanto aos canais de diálogo com o Legislativo para a construção de propostas que auxiliem a nossa população, especialmente os mais vulneráveis, diante de elevados desafios. Nos deparamos, lamentavelmente, com a mesma postura alheia e violadora do interesse público”, cita um trecho da denúncia.

Entre as solicitações estão: a regularização abastecimento de água – N3 e N4 e comunidades diversas das áreas irrigadas e de sequeiro; explicações sobre recursos investidos nas obras em andamento no CMEI Nestor Cavalcanti, localizado na Vila Eduardo; e o processo construção e de entrega de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, para famílias carentes.

Além disso, no mês passado, Gilmar Santos enviou à Secretaria de saúde mais um pedido de informações sobre as ações para o enfrentamento à pandemia no município. O documento solicita cópia do plano de contingência adotado pela pasta, critérios para testagem, quantitativo de insumos e equipamento, entre outras.

Confira abaixo a lista com os ofícios, datas de envio e  para qual secretaria foi encaminhado:

1- Enviado em 24 de março para as Secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento urbano – Sugestão de propostas para diminuir impactos da pandemia;

2- Enviado em 06 de abril para a Secretaria de Agricultura e CODEVASF – Solicitando a regularização abastecimento de água – N3 e N4, e demais comunidades afetadas;

3- Enviado em 14 de abril para as Secretarias de educação e de Infraestrutura – Solicitando de informações sobre a obra em andamento no CMEI Nestor Cavalcanti, localizado na Vila Eduardo;

4- Enviado em 21 de abril para a Secretaria de Habitação – Solicitando informações sobre o Minha Casa, Minha Vida, na tentativo de acompanhar a construção e o processo de entrega de unidades habitacionais para famílias carentes;

5- Enviado em 27 de abril para a Secretaria de Saúde – Solicitando informações sobre as ações para o enfrentamento a pandemia como, por exemplo, o plano de contingência, critérios para testagem, quantitativo de insumos e equipamento, entre outras;

6- Enviado em 29 de abril para a Secretaria de Infraestrutura e Compesa – Solicitando a instalação de pias de higienização em locais que fossem identificados como pontos de aglomerações, a exemplo das agências da Caixa Econômica Federal.

2ª reunião da Bancada de Oposição de Petrolina será realizada nesta quinta (14)

As transmissões ao vivo estão sendo feitas pelo perfil Oficial do grupo, no Facebook; a primeira reunião foi na terça (12) e contou com todos os parlamentares que compõem a bancada;

Agendada para esta quinta (14), a Bancada de Oposição de Petrolina se reúne pela segunda vez a partir das 9 da manhã. A transmissão é feita pela Página Oficial da Bancada de Oposição. O grupo tem a expectativa de dar continuidade às reuniões até que as atividades legislativas sejam restabelecidas.

Diante de quase dois meses de suspensão das atividades da Câmara Municipal de Petrolina-PE, os vereadores decidiram adotar o sistema de videoconferência para retomarem discussões pertinentes para a cidade.

Durante as reuniões, os parlamentares debatem assuntos relevantes que podem nortear a população e a gestão municipal no enfrentamento à crise sanitária e social causada pelo Novo Coronaírus (COVID-19).

As tentativas para a retomada das sessões

Recentemente, no dia 4 de maio, os cinco parlamentares da oposição e 4 da situação enviaram uma solicitação à Mesa Diretora, sugerindo a retomada das sessões por meio de videoconferência, durante o período de isolamento social. Outro ofício, encaminhado pelo Vereador Professor Gilmar (PT), no dia 28 de abril, também sugeriu a sessões de forma virtual.

Apesar da circular divulgada hoje (13), pela presidência da Casa Plínio Amorim, onde pede a participação dos 23 vereadores para a apreciação de dois projetos do executivo, os ofícios do Vereador Gilmar e da Bancada ainda aguardam um parecer da Mesa Diretora.

“O cenário pelo qual passa o país obriga que todas e todos que desempenham funções públicas, utilizem suas atividades da forma mais eficiente possível, no intuito de garantir o bem-estar da população”, destacou Gilmar Santos, em um trecho do documento.

Formada pelos vereadores Professor Gilmar Santos (PT), Cristina Costa (PT), Elismar Gonçalves (PODEMOS), Gabriel Menezes (PSL) e Paulo Valgueiro (PSD), a Bancada de Oposição solicitou à presidência da Câmara a adoção de uma medida que já vem sendo praticada por Casas Legislativas de outros municípios de Pernambuco, como na Câmara de Cabo de Santo Agostinho-PE e do Recife, além de Juazeiro-BA, município vizinho.

Nestes casos, o uso dessas ferramentas tecnológicas têm possibilitado a apreciação e votação de projetos, indicações, requerimentos e medidas de enfrentamento à crise da COVID-19.

Os parlamentares compreendem e entendem a necessidade de obedecer às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de distanciamento social para evitar a propagação do Novo Coronavírus, mas apostam na tecnologia como um caminho para dar continuidade ao trabalho do legislativo, de forma a não adiar ainda mais as discussões de pautas importantes para o município.

As sessões ordinárias foram suspensas no dia 16 de março, por meio da Portaria nº 1.600/2020, com sucessivas prorrogações, levando em consideração os Decretos Estaduais e Municipais que estabeleceram medidas temporárias para enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19).

Estados do Nordeste lançam aplicativo “Monitora Covid-19”para mapear informações sobre a doença na região

A ideia é localizar pessoas que estão contaminadas antes que elas precisem ser internadas. Assim, é possível tratá-las com antecedência tentando evitar mais ocupação de leitos nos hospitais. Outra tentativa é quebrar o circuito de contaminação.

Foto: Governo do Maranhão

O Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do consórcio formado pelos estados do Nordeste criou um sistema para “caçar” o vírus em vez de esperar que suspeitos de contaminação busquem os serviços de saúde. O projeto, impulsionado com o slogan “atacar o Covid-19 onde ele nos ataca” tem como ponto central um aplicativo que permite com que as pessoas descrevam se possuem os sintomas da doença. Os dados são armazenados e médicos prestam atendimento à distância a quem necessite. Quando vários relatos chegam de uma mesma região em determinada cidade, equipes de saúde vão ao local. Além de examinarem e testarem pessoas que possam estar contaminadas, elas procuram por quem teve contato com gente contaminada e possa ter sido infectado.

A ideia é localizar pessoas que estão contaminadas antes que elas precisem ser internadas. Assim, é possível tratá-las com antecedência tentando evitar mais ocupação de leitos nos hospitais. Outra tentativa é quebrar o circuito de contaminação.

“Um software faz a análise de risco e classifica essa pessoa como sem risco, risco muito pequeno, risco médio ou risco muito grande. Esses dados são gerenciados por um outro programa que permite que a gente saiba onde essa pessoa está, a idade, o sexo, é tudo anônimo, a gente não tem informação pessoal. E se essa pessoa recebe um grau médio ou grave, ela recebe o telefonema de um médico”, explicou o médico e cientista brasileiro renomado internacionalmente Miguel Nicolelis. Ele é um dos coordenadores do comitê científico.

Imagem da captura de tela

“O médico faz um exame mais detalhado pelo telefone do histórico dessa pessoa e passa um tratamento caseiro. Ou, se for uma coisa muito séria, já referencia essa pessoa para o centro de saúde mais próximo dela. Ao mesmo tempo, esse dado entra em tempo real na nossa análise e permite que a gente, se tiverem muitos caos nessa vizinhança, nessa cidade, na periferia de alguma cidade grande do Nordeste, direcione médicos, recursos de equipamentos, insumos médicos para ir para essa localidade, isolar essas pessoas e começar a rastrear os contatos dessas pessoas para que a gente vá de encontro ao vírus onde ele nos ataca, nas casas das pessoas, nas comunidades. Então, é um sistema interligado de telecomunicação, análise em tempo real e entrega de serviços médicos pra evitar uma sobrecarga dos serviços médicos terciários”, completou Nicolelis.

Segundo o cientista, o método pode atenuar nos estados do nordeste o problema das subnotificações que atinge todo o país por conta da carência de testes, já que será possível localizar mais suspeitos de contaminação e usar os testes disponíveis de maneira otimizada.

Por enquanto o sistema está disponível de forma completa para Bahia, Sergipe, Maranhão, Piauí e Paraíba, mas será estendido aos outros estados da região. Até a última sexta-feira, o aplicativo tinha 60 mil usuários. Nicolelis está fazendo uma campanha parta atingir 100 mil nesta semana e um milhão de pessoas no total. “Porque são mais de 57 milhões de pessoas no Nordeste. Se tivermos 1 milhão, estimamos que teremos uma boa cobertura estatística no Nordeste”, afirmou o cientista.

Na análise de 8 mil dados iniciais, o coordenador do comitê científico identificou uma concentração de casos no sul da Bahia e comunicou o governo local no último domingo (3). Além do novo sistema, o comitê também usa modelos matemáticos para fazer projeções do que pode ocorrer em cada estado nordestino. Esse método previu, por exemplo, aumento de casos no Maranhão e no Sergipe, com os governos locais sendo avisados.

Nicolelis avalia que nas cidades em que mais de 80% dos leitos de enfermaria e de UTIs estiverem ocupados antes de a curva de contaminação chegar ao pico não sobram muitas opções a não ser o lockdown, adotado por determinação da Justiça do Maranhão em quatro cidades do Estado, incluindo a capital, São Luís. “Estou muito preocupado porque a gente viu a Itália, uma coisa muito chocante. Estou preocupado que a gente passe o número de mortes da Itália nesse período aqui. É muito provável. Não dá pra falar (com exatidão quando isso deve acontecer), mas nas próximas oito semanas, que a gente entra no inverno. Acho que o número de (mortes por Covid-19 no Brasil) pode passar o da Itália. Torço para que não. Os cientistas nunca torcem para estarem errados, mas, nas últimas semanas, eu torço para estar errado. Todos os dias”, declarou.

O cientista justifica sua declaração com o fato de muitas cidades estarem chegando na saturação de seus leitos e pela velocidade da contaminação. “O Brasil estava dobrando o número de casos a cada oito dias na última vez que olhei. Veja, nós passamos de 100 mil casos oficiais, o que é praticamente quase um milhão de casos reais. A subnotificação está na ordem de 10”, disse. Nesse cenário, ele opina que as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo provavelmente vão ter que adotar o lockdown como maneira de tentar conter a transmissão do vírus.

Boletim divulgado nesta segunda (4) pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontava a Itália com 28.884 mortes por Covid-19. Já o relatório do Ministério da Saúde distribuído no mesmo dia apontava 7.321 óbitos no Brasil pela doença.

Palmeirense fanático, Nicolelis fez um apelo aos torcedores brasileiros, em especial aos nordestinos, antes de encerrar a entrevista. “Deixa eu até deixar uma mensagem aqui. Estou tentando ver se alavanco as torcidas de futebol do Nordeste, do Brasil para nos ajudar nessa campanha para fazer o pessoal do Nordeste a baixar o aplicativo. Afinal de contas, as torcidas têm impacto tão tremendo na vida de quase todo mundo que se pudessem nos ajudar seria sensacional. Estou tentando alavancar essa campanha nas redes sociais. Sei que o Ceará e o Bahia já estão aderindo”, afirmou o cientista. A ferramenta pode ser baixada por meio deste link.

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Via Perrone/ColunaUOL
fonte: https://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/05/cientista-explica-metodo-de-comite-nordestino-para-cacar-novo-coronavirus/

Vereador Gilmar Santos propõe ação conjunta para instalação de pias comunitárias em Petrolina-PE

A proposta orienta que locais de maior aglomeração devem receber os equipamentos de higienização; “A gestão municipal precisa garantir mecanismos que busquem garantir mais segurança sanitária para a população”, defendeu o Gilmar

Buscando aumentar as possibilidades de higiene das pessoas em pontos de aglomeração e diminuir as chances de contaminação pelo novo Coronavírus, o Vereador Prof. Gilmar Santos (PT), encaminhou na terça-feira (29), uma proposta voltada para a instalação de pias higienizadoras em locais públicos de Petrolina-PE. O documento foi enviado à Gerência Regional da Compesa e à Secretaria Municipal de Infraestrutura, Mobilidade e Serviços Públicos do município, e aguarda uma posição dos órgãos.

O Mandato Coletivo propõe os equipamentos de higienização sejam instalados nas proximidades das agências da Caixa Econômica Federal, no ponto de atendimento montado no Centro de Convenções,  e no Mercado Turístico. Além disso, tendo em vista o decreto estadual 48.969 de 23 de abril de 2020, que permitiu o funcionamento de lojas de tecidos e aviamentos, e em outros pontos, o ofício solicita que seja verificado possíveis pontos de aglomeração para a implantação desta ação.

“Temos visto durante as últimas semanas a repetição de uma triste cena: o desespero para garantir o auxílio emergencial tem levado milhares de petrolinenses à Caixa Econômica Federal, o que vem gerando diariamente aglomerações que expõe as pessoas e os coloca em risco eminente de contaminação”, disse o parlamentar em um trecho do documento.

Para Gilmar, a prefeitura não tem como controlar as aglomerações porque ele é consequência das dificuldades de acesso ao aplicativo do ‘Auxilio Emergencial’ e dos problemas e falhas no repasse de informações através dos canais oficiais do Governo Federal. “Entretanto, independente disso, a gestão municipal precisa assegurar mecanismos que busquem garantir mais segurança sanitária para a população”, frisou.

A proposta foi baseada em uma iniciativa da Prefeitura de Juazeiro-BA, e de dezenas de municípios brasileiros, que instaram pias, nos pontos onde tem havido aglomerações em razão da necessidade das pessoas precisarem se deslocar em busca de informações e saques do auxílio emergencial.

Vale ressaltar que na quarta-feira (30), o colega vereador Paulo Valgueiro, líder da bancada de oposição, participou de uma reunião com representantes da Caixa Econômica Federal, com o objetivo de cobrar providências no sentido do cumprimento do afastamento nas filas pela Guarda Civil, bem como a instalação de toldos, banheiros, pias e cadeiras.

Vereador Gilmar Santos propõe realização de sessões por videoconferência na Câmara de Vereadores de Petrolina

“É fundamental que a Câmara Municipal dê uma resposta à sociedade, justificando os votos recebidos por cada Vereador e Vereadora, bem como os altos salários recebidos por cada um, cada uma, para desempenhar as atividades que o povo petrolinense espera de seus legisladores”, disse Gilmar

Foto: Camila Rodrigues

Na manhã desta terça-feira, 28, o vereador professor Gilmar Santos, PT, encaminhou ofício ao presidente da Câmara Municipal de Petrolina, Osório Siqueira, MDB, sugerindo que as sessões da casa Plínio Amorim fossem realizadas de forma virtual, ou seja, por vídeo conferência.

Gilmar destacou no documento que o cenário pelo qual passa o país obriga que todas e todos que desempenham funções públicas, utilizem suas atividades da forma mais eficiente possível, no intuito de garantir o bem-estar da população. O caso do Poder Legislativo não pode ser excluído desse cenário. É imprescindível que parlamentares de todos os níveis estejam em constante fiscalização das medidas de combate à pandemia da COVID-19, em cada local onde atuam.

O vereador concorda que as medidas de distanciamento social ainda são o meio mais eficaz de combate ao vírus, e que foi fundamental a suspensão das sessões legislativas no município, por conta das constantes aglomerações durante as sessões. Contudo, após um longo período sem a realização das sessões, avalia que é fundamental que importantes discussões sejam retomadas pelos Vereadores de Petrolina.

Nesse sentido, solicitou à Presidência da Casa Plínio Amorim que retome os trabalhos da Câmara Municipal de Petrolina, utilizando os recursos tecnológicos necessários para a realização de sessões plenárias virtuais, uma vez que ainda não é possível relaxar com as medidas de segurança que garantam um adequado isolamento social. Importante frisar que um retorno às atividades presenciais colocaria em risco a saúde e a vida de todos os envolvidos, em especial, tendo em vista que vários funcionários e Vereadores fazem parte de grupo de risco para a COVID-19.

Gilmar ainda destacou: “ é fundamental que a Câmara Municipal dê uma resposta à sociedade, justificando os votos recebidos por cada Vereador e Vereadora, bem como os altos salários recebidos por cada um, cada uma, para desempenhar as atividades que o povo petrolinense espera de seus legisladores”.

O parlamentar espera sensibilidade e compreensão do vereador Osório Siqueira demais membros da Casa Plínio Amorim, para garantir ao povo o devido acompanhamento do trabalho dos Vereadores, assim como as ações desenvolvidas pelo Poder Executivo para o combate ao novo Corona Vírus, aliado com a garantia das medidas de segurança, ainda tão necessárias.

Com o avanço da COVID-19 em Petrolina Vereador Gilmar Santos solicita informações sobre profissionais de saúde afastados e ações da SeSau durante a Pandemia

“Tomamos conhecimento de que diversos profissionais de saúde estão sendo afastados por suspeita ou confirmação de contaminação por covid-19. Solicitamos essas informações e esperamos que elas se tornem públicas para que a nossa população saiba exatamente o que está acontecendo no município”

Foto: Camila Rodrigues

Buscando compreender como tem funcionado as ações da Secretaria de Saúde de Petrolina-PE, no enfrentamento à pandemia da Covid-19, neste sábado (25), o Vereador Professor Gilmar Santos (PT) solicitou informações da pasta através de ofício. No documento, o parlamentar pede, entre outras coisas, que seja apresentado o plano de contingência da secretaria, com todas as ações detalhadas.

Na noite da sexta-feira (24), a Prefeitura Municipal confirmou mais dois casos positivos da Covid-19. Com esta atualização, subiu para 27 o número de casos confirmados. São mais duas pessoas que testaram positivo para a doença na cidade nas últimas 24 horas.

Diante do aumento do número de casos e do estágio de transmissão comunitária, levando em consideração as modalidades de testagem que estão sendo realizadas, o vereador solicita do município, informações detalhadas sobre os critérios utilizados para a testagem de pacientes considerados suspeitos, e que apresente qual a fundamentação para estes critérios. E destaca ainda que os dados devem compreender todo o período de isolamento social.

“Tomamos conhecimento de que diversos profissionais de saúde estão sendo afastados por suspeita ou confirmação de contaminação por covid-19. Solicitamos essas informações e esperamos que elas se tornem públicas para que a nossa população saiba exatamente o que está acontecendo no município”, afirma Gilmar Santos.

Preocupado com o contingente de profissionais de saúde atuando no enfrentamento à crise, o parlamentar solicitou a lista de funcionários contratados em atuação, com detalhes sobre as jornadas de trabalho, locais, condições de atuação e propostas de remuneração. Além disso, pediu que o município divulgue se há, e quais o número, de profissionais de saúde afastados do trabalho por confirmação ou suspeita de Covid-19.

Outro ponto do documento pede o detalhamento financeiro com indicação de fontes orçamentárias, ou seja, lista de insumos, equipamentos, instalações e locações, concernente ao enfrentamento da pandemia. 

O parlamentar relembra que dos 62 enfermeiros e enfermeiras aprovados em concurso público no início de 2019, somente 10 foram convocados até essa data, segundo informações da própria SeSau. “Para nós é um absurdo. Agora, mais do que nunca, esses profissionais precisam está atuando na rede municipal de saúde”, defende Gilmar.

A crise da pandemia e a violência contra a mulher

Mulheres, fiquem em casa, sigam à risca o isolamento social e ajudem a combater o coronavírus – mas não deixem de denunciar a violência doméstica

Foto Reprodução/Internet

A pandemia da Covid-19, provocada no mundo inteiro pelo novo coronavírus, evidenciou um fato que é estruturado na sociedade e leva milhares de mulheres à morte. Trata-se da violência contra a mulher – ou, neste caso específico, da violência doméstica.

Segundo a Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, cresceu em 9% a violência contra a mulher depois do isolamento social. No último dia 6 de abril, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, faz um apelo global para que se protejam mulheres e crianças, dada a exacerbação da violência pelo confinamento.

A preocupação é real e emergencial para nós, brasileiras e brasileiros, já que somos o quinto país no Ranking Mundial de Mortes de Mulheres. É inquestionável a necessidade do confinamento, mas é também inquestionável, sob este novo contexto, a coexistência de dois fenômenos que afetam historicamente a vida das mulheres: a relação de opressão sobre o gênero e a construção das masculinidades.

Mas o que é gênero? É um conjunto de relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem o que significa ser mulher ou homem na vida social. Nas sociedades em geral, as relações de gênero, quando desiguais, tendem a aprofundar outras desigualdades sociais e a discriminação de classe, raça, idade, orientação e identidade sexual, etnia, deficiência, língua ou religião, dentre outras.

Podemos resgatar, neste momento de crise pandêmica e, por consequência, econômica, a afirmação histórica da pensadora francesa e ativista Simone de Beauvoir (1908-1986): “Basta uma crise política, econômica e religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados”. Em nossos dias, tudo decai com mais força sobre a vida das mulheres. E pior: lá na ponta no confinamento de estruturas periféricas, quando desagregamos a mesma informação por raça/cor, são as mulheres negras que mais morrem.

“Não é a violência que cria a cultura”, afirma a socióloga Luiza Bairros, ex-ministra da SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). “É a cultura que define o que é violência. Ela é que vai aceitar violências em maior ou menor grau, a depender do ponto em que nós estejamos enquanto sociedade humana, do ponto de compreensão do que seja a prática violenta ou não.”

Por isso, precisamos informar e formar. Em 2019, houve 3.739 homicídios dolosos de mulheres – uma queda de 14,1% em relação a 2018. Apesar disso, houve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídios – crimes de ódio motivados pela condição de gênero. É uma questão cultural que se fortalece por séculos.

Numa condição de confinamento como a que temos agora, emerge a reatividade, as relações tóxicas, que viram pavio de pólvora e se desdobram em xingamentos, empurrões, humilhações e violência física seguida muitas vezes de morte. Tanto que as denúncias já cresceram, conforme dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), órgão ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Nos primeiros 16 dias de março – ou seja, na fase pré-isolamento social –, a Ouvidoria teve uma média diária de 3.045 ligações recebidas e 829 denúncias registradas. Já no período imediatamente posterior ao isolamento, de 17 a 25 de março, houve 3.303 ligações e 978 denúncias registradas. Direitos conquistados voltaram a sucumbir!

O Pacto de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher – que previa orçamento e ações governamentais voltadas a políticas públicas para as mulheres – se esvaiu. Esse retrocesso ocorre justamente quando precisamos, mais que nunca, de equipamentos de proteção à mulher, como Centros de Referência, Casa Abrigos, Casa da Mulher Brasileira e Delegacias de Defesa da Mulher. Sob isolamento, as brasileiras não podem prescindir de equipamentos com capacidade de acolhimento e atendimento.

Para que o Estado enfrente a violência contra a mulher, é fundamental a intensificação de ações em rede, com foco em três pilares: Proteção (assistência/atendimento), Prevenção (educação de gênero, autonomia e empoderamento) e Punição (acesso à Justiça e ampliação dos direitos). Em briga de marido e mulher, mete-se a colher, sim. Sem sororidade e empatia, mulheres e homens, em sua diversidade e pluralidade, não alcançarão um mundo de paz.

Em caso de violência doméstica, denuncie por telefone (através do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher), pela internet (no site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos) ou pelo aplicativo (app) Direitos Humanos BR (que está disponível para os sistemas Android e iOS). No site da Ouvidoria, além do registro das ocorrências, a plataforma também permite o envio de vídeos, fotos e áudios.

Mulheres, fiquem em casa, sigam à risca o isolamento social e ajudem a combater o coronavírus – mas não deixem de denunciar a violência doméstica contra vocês próprias ou contra outras mulheres. A busca de apoio nos equipamentos públicos especializados é sempre a melhor opção. Ou, como afirma uma ótima campanha nas redes sociais, “mulher, ficar em casa não significa ficar calada”.

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Por Flávia Costa
Via Portal Vermelho

Irresponsabilidade de Bolsonaro pode resultar em mais mortes

Bolsonaro voltou a desafiar as orientações do próprio Ministério e da OMS saindo às ruas de Brasília. Embaixada da Alemanha recomendou aos seus cidadãos deixar imediatamente o Brasil devido ao agravamento da pandemia no país.

Imagem: Bruno Caramori

O embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, orientou seus cidadãos a deixar imediatamente o Brasil devido ao agravamento da situação da pandemia de coronavírus. Em carta enviada aos alemães em trânsito no país, a embaixada adverte que “o risco de ficar infectado e adoecer está aumentando”, e que, por conta disso, haverá dificuldade para conseguir os cuidados médicos adequados. A embaixada recomendou que os cidadãos “não esperem mais tempo e saiam urgente”. “É sua responsabilidade deixar o país agora e voltar para a Alemanha”, recomenda o embaixador.

O alerta do embaixador da Alemanha é reflexo do afrouxamento do isolamento social verificado nesta semana, resultado da pressão do governo federal, particularmente do presidente Bolsonaro. Repetindo o que havia feito ontem, nesta sexta-feira Bolsonaro voltou a circular pelas ruas de Brasília desafiando as orientações do Ministério da Saúde, da OMS e de especialistas. Entre o aplauso de apoiadores e “panelaços” críticos, posou para “selfies” e apertou mãos, sem observar distanciamento e uso de máscara. Em nome da disputa política com os governadores, além do mau exemplo, Bolsonaro colocou mais uma vez em risco a saúde dos cidadãos.

“Pessoas em todo Brasil estão achando que acabou o distanciamento social” postou o cientista Miguel Nicolelis em sua conta do Twitter. Advertindo que muita gente retornou às ruas em São Paulo, Nicolelis alertou que “estamos semeando uma hecatombe”. “Algo nunca jamais visto no Brasil”, disse ele. “Essa mudança de postura é consequência das falas e atitudes de Bolsonaro contra as medidas de isolamento”, afirmou a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). “Se houver descontrole nas mortes, saberemos de quem é a culpa”, frisou. Desde o início da epidemia, Bolsonaro tem minimizado o número de mortes pelo Covid-19.

As previsões do próprio Ministério da Saúde e o que vem ocorrendo em outros países apontam para uma próxima e dramática realidade, contrariando a necrofilia contábil de Bolsonaro. No dia 22 de março, ironizando a projeção feita por especialistas, ele disse que as mortes pelo novo coronavírus ficariam abaixo das 796 vítimas da gripe H1N1 registradas no ano passado. No final desta semana, o número de mortos pela Covid-19 no Brasil deve ultrapassar mil óbitos, com a curva de contaminação e mortes apontando para cima. Na última coletiva do Ministério da Saúde, os técnicos da pasta reafirmaram que o “pico” da curva ocorrerá na virada do mês de abril para o mês maio.

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Via Partido dos Trabalhadores
Fonte:
https://pt.org.br/irresponsabilidade-de-bolsonaro-pode-resultar-em-mais-mortes/

Simulação mostra como coronavírus circula em supermercado por vários minutos

Animação criada por especialistas serve de alerta para que as pessoas vejam a facilidade na propagação da covid-19. Outra simulação revela os perigos de correr ao ar livre.

Simulação mostra como o vírus circula pelos corredores de supermercados – Reprodução / Aalto University

Cientistas da Universidade Aalto, na Finlândia, criaram um vídeo impressionante que mostra como o novo coronavírus pode se espalhar por dois corredores de supermercados e infectar consumidores por vários minutos.

A animação criada pelos especialistas serve de alerta para que as pessoas conheçam os perigos da propagação da doença.

“Alguém infectado pelo coronavírus pode tossir e se afastar, mas deixa para trás uma nuvem com partículas extremamente pequenas carregando o coronavírus. Essas partículas podem acabar no trato respiratório de outras pessoas próxima”, diz o professor assistente da Universidade de Aalto, Ville Vuorinen.

Assista abaixo:

Os pesquisadores ressaltam que a gravidade da simulação reforça a necessidade de se ficar em casa. “Os resultados preliminares destacam a importância das recomendações de que você fique em casa se não estiver bem e mantenha distância física com todos. As instruções também incluem tossir na manga ou em um lenço de papel e cuidar de uma boa higiene das mãos.”


Perigos de correr ao ar livre

Um outro vídeo criado pela empresa de tecnologia de simulação Ansys mostra que quem realiza exercícios ao ar livre não está livre de contrair o novo coronavírus, mesmo se utilizar as diretrizes atuais de distanciamento social.


Outra simulação revela os perigos de correr ao ar livre durante a pandemia – Reprodução / Ansys

Na simulação é possível ver que as gotículas se espalham pelo ar por mais de um metro e meio durante caminhada, corrida ou passeio de bicicleta. Cientistas alegam que correr lado a lado com alguém pode ser mais seguro do que correr atrás de uma pessoa, para que você não entre em contato com nenhuma secreção.

Assista ao vídeo abaixo:

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Via Jornal O Dia
Fonte:
https://odia.ig.com.br/mundo-e-ciencia/coronavirus/2020/04/5897449-impressionante–simulacao-mostra-como-coronavirus-circula-em-supermercado-por-varios-minutos.html

Pandemia: racismo estrutural e o silêncio da imprensa

O racismo estrutural atinge frontalmente a maioria da população pobre, destinatária das consequências nefastas durante a pandemia – portanto, o debate que cruza as condições econômicas com a raça não deveria ser silenciado.

Foto: Internet

Nestes tempos de pandemia, a preocupação com a covid-19 tem feito com que vários especialistas, governantes e jornalistas discutam diariamente, na imprensa, medidas para que o sistema de saúde brasileiro não entre em colapso, visando a diminuição da propagação do vírus e políticas para amparar as famílias atingidas com o isolamento social. No caso desta demanda, não me lembro de ter presenciado tamanha preocupação com a pobreza como está sendo agora. Isso é ótimo, mas tenho ressalvas sobre a maneira pela qual estão conduzindo a discussão. Não há abordagem das questões raciais como elemento fundamental na pobreza da população, sendo que a premissa do debate deveria ser o reconhecimento de que os mais desfavorecidos, economicamente, têm a pele negra. O racismo estrutural atinge frontalmente a maioria da população pobre, destinatária das consequências nefastas durante a pandemia – portanto, o debate que cruza as condições econômicas com a raça não deveria ser silenciado.

O momento é dramático. Nesse sentido, é primordial desenvolver uma nova consciência social, carregada de olhares humanos que reconheçam as mazelas dos negros. Estamos numa situação em que nossos corpos irão ocupar a maioria das valas nos cemitérios do país. Assim sendo, é dever da imprensa amplificar a negligência do Estado no combate ao racismo estrutural, pois a omissão tem permitido a manutenção do privilégio de uma minoria branca, resultando na eliminação dos direitos dos negros. Moramos nas periferias das cidades, ausentes de condições estruturais para cumprir as orientações de higiene como pedem as autoridades de saúde neste período de isolamento social − que, por sinal, tem acarretado outras consequências. Para se ter uma ideia, álcool em gel na periferia é luxo. O racismo estrutural responde pela quantidade monumental de negros ocupando o mercado de trabalho informal, no qual somente temos renda se estivermos trabalhando. No mercado de trabalho formal, estamos na lista de potenciais demitidos com a crise instalada – isso porque somos a classe dos trabalhadores mais explorados. E cabe lembrar que, antes da pandemia, dados do IBGE apontavam que 64% dos desempregados eram negros. Imagine como serão os números depois da pandemia.

Concordamos com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as ações promovidas pelos governos no combate à covid-19. Alertamos apenas a imprensa sobre o quanto é importante, no debate público, demonstrar que o racismo criou estruturas discriminatórias, sendo responsável por esses milhares de famintos que pedem socorro. Não basta lançar luz sobre os mais pobres e não reconhecer as raízes da opressão. A sociedade precisa tomar um choque de realidade e fazer uma autoavaliação das próprias práticas racistas. Decerto que, em algum momento, a pandemia será superada e os negros seguirão sobrevivendo com as permanentes dificuldades. Ou plantamos a semente que colocará um fim à seletividade humana em função da cor da pele ou continuaremos sendo uma sociedade que não aprende com a história.

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Ricardo Corrêa
Via Observatório da Imprensa