Projeto do executivo chega de última hora à Câmara Municipal. Oposição protesta e se retira da sessão

“Esse projeto chegou ao meu gabinete minutos antes de eu me dirigir a esse plenário. Ou seja, os vereadores de oposição não tinham a menor ideia desse projeto”

Foto: Hyarlla Wany

Durante a sessão plenária de hoje (21), os vereadores da bancada de oposição manifestaram repúdio e se retiraram da votação do projeto de lei, da autoria do Executivo Municipal, que chegou de última hora na Câmara. O projeto solicitava à Casa o remanejamento dos 60 milhões de reais do projeto de pavimentação da cidade para o setor de Turismo.

Além de ter sido entregue aos parlamentares pouco antes da sessão começar, as comissões de Justiça e Redação e de Finanças deram o parecer e o presidente da câmara, Osório Siqueira, pôs em votação, contrariando o que reza o regimento interno da casa.

“Esse projeto chegou ao meu gabinete minutos antes de eu me dirigir a esse plenário. Ou seja, os vereadores de oposição não tinham a menor ideia desse projeto (…) Eu quero saber se essa Casa vai ignorar a nossa prerrogativa de ter conhecimento  desse projeto, de estudar, de esclarecer à população que tipo de ameaça seja esse projeto que chegou aqui. Tudo isso vai ser retirado da gente agora? Isso aqui vai virar um faz de conta? A gente não vai ter mais tempo hábil para estudar, avaliar, informar a população e em seguida tomar um posicionamento?” Questionou o vereador professor Gilmar Santos (PT).

Gilmar também explicou os motivos da bancada de oposição ter se posicionado contra a aprovação do projeto anterior e contra esse remanejamento de verba.

“Esse projeto faz parte do pedido do prefeito a essa Casa para que autorizasse a tomada desse dinheiro junto à Caixa Econômica. Sessenta milhões para a pavimentação. Só que esses sessenta milhões foram autorizados por essa Casa sem que houvesse um projeto pra pavimentação. A oposição votou contra porque não tinha nenhuma rua apresentada no tal projeto de pavimentação, não tinha uma informação sequer de que o povo foi consultado (…) Aí chega nessa pressa do Prefeito Miguel Coelho e seu grupo político, o pedido pra que os sessenta milhões sejam remanejados para obras de turismo e outros equipamentos, sem que essa Casa discuta. Senhor presidente (…) Colocar esse projeto agora é uma traição ao voto, ao crédito que o povo depositou em cada um de nós” concluiu.

Por consenso, a bancada de oposição (Paulo Valgueiro (MDB), Professor Gilmar Santos (PT), Domingos de Cristália (PSL), Cristina Costa (PT), Elismar Gonçalves (MDB); exceto Gabriel Menezes (PSL), que não compareceu à sessão) se retirou do plenário por entender que não houve tempo hábil para uma análise do projeto.

Por fim, a lei foi aprovada, o que é não é novidade, tendo em vista que a bancada governista é maioria no Legislativo.

 

STF debate criminalização da homofobia

Duas ações questionam omissão do Congresso ao legislar sobre tornar crime a homofobia e a transfobia. Sessão foi suspensa e Corte começará a votação nesta quinta

Foto: El País

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a discutir nesta quarta-feira, 13 de fevereiro, as ações que questionam se o Congresso Nacional foi omisso ao legislar sobre a criminalização da homofobia e da transfobia. As entidades, frentes parlamentares e instituições presentes puderam se pronunciar contra ou a favor das ações, mas a votação no Supremo ainda não começou. O ministro Celso de Mello, que presidiu o debate, suspendeu a sessão por volta de 17h30 e anunciou uma sessão extraordinária nesta quinta para que os ministros possam votar. As ações, apresentadas gifscollection pelo Partido Popular Socialista (PPS) e outra da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), pedem que o STF reconheça a omissão do Congresso ao legislar sobre o tema. Também reivindicam que a Corte criminalize os atos de discriminação e violência contra homossexuais e transexuais e os enquadrem como crime de racismo até que o Legislativo decida sobre o tema. Os relatores são os ministros Edson Fachin e Celso de Mello.

Fonte: El País

Projeto de Lei que reestrutura Conselho de Educação aguarda votação na Câmara Municipal de Petrolina há 8 meses

A questão é gravíssima, pois todas as decisões da pasta de educação estão sendo tomadas sem que o Conselho (inexistente) seja consultado e/ou informado.

A sessão legislativa do dia 31 de outubro (terça-feira), na Casa Plínio Amorim foi marcada por denuncia gravíssima que interfere seriamente no funcionamento do Sistema Municipal de Educação de Petrolina.

Por meio de um requerimento proposto pelos vereadores Paulo Valgueiro (MDB) e Gilmar Santos (PT), ambos da bancada de oposição, a senhora Magda Feitosa, representando o Fórum Municipal de Educação, fez uso da tribuna para apresentar o Projeto de Lei Nº 041/ 2018, que reestrutura o Conselho Municipal de Educação. Este que é um instrumento extremamente necessário ao monitoramento do funcionamento do Sistema.

Segundo a interlocutora do Fórum, o referido projeto foi elaborado logo após o fim da antiga gestão do Conselho, foi amplamente discutido com os setores da sociedade e encaminhado ao poder executivo. A reformulação da lei se fez necessário principalmente pela necessidade de inclusão de questões que se referem ao monitoramento do Plano Municipal de Educação, o que não estava previsto na lei anterior. Ainda segundo ela, o executivo mandou o projeto para o legislativo no mês de março, mesmo assim os parlamentares, especialmente os que compõem a comissão de educação, ainda não tinham se manifestado sobre o assunto, denunciou.

O clima da sessão era de constrangimento e demonstração de desconhecimento das leis que regem a educação em nosso país. O líder da bancada de situação Aero Cruz (PSB) chegou a questionar de que forma o Conselho Municipal da Educação poderia interferir nas questões das escolas que compõem a rede privada. Não sabendo ele que todas as escolas do município, públicas ou privadas, devem seguir as mesmas diretrizes, ser regulamentadas e monitoradas pelos mesmos órgãos de controle. O vereador parecia não está atento ao que se falava na tribuna.

A questão é gravíssima, pois todas as decisões da pasta de educação estão sendo tomadas sem que o Conselho (inexistente) seja consultado e/ou informado. Magda Feitosa ainda lembrou que são três conselhos necessários na educação: o conselho da merenda, o conselho do FUNDEB e o conselho de educação, os dois primeiros precisam do terceiro para funcionar haja vista que eles destinam cadeiras para este.

A vereadora Cristina Costa (PT) disse que tinha conhecimento do projeto de lei, no entanto, salientou que tinham partes do texto que precisavam ser melhores debatidas, lembrou ainda que tinha se licenciado durante o período de campanha eleitoral a que concorria ao cargo de deputada estadual. Os demais membros da comissão não fizeram contribuições significativas sobre o assunto ao longo da sessão.

O vereador Paulo Valgueiro lembrou da importância do Conselho como instância de controle social. O Vereador Gilmar Santos considerou um absurdo a mesa diretora da Câmara não ter pautado o projeto, segundo ele todas as questões da educação municipal devem ser acompanhadas pelo conselho, inclusive o concurso público que não atende as demandas reais da falta de professores/as efetivos/as na rede. A comissão de educação marcou uma reunião aberta para o dia 07/11 com a secretária de educação onde será discutido o projeto de lei em questão.

Nesta sessão a Câmara Municipal de Petrolina mais uma vez demostrou sua negligência com as questões de interesses educacionais. Nesta mesma sessão, sem debate, aprovaram um projeto de lei de aumento tributário, este encaminhado pelo executivo e arbitrariamente imposto pela mesa diretora. Os vereadores Paulo Valgueiro, Gilmar Santos e a vereadora Cristina Costa protestaram e não participaram da votação.

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