Dilma responde artigo de Miriam Leitão: foi golpe de Estado travestido de impeachment

“Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado”, afirma Dilma Rousseff, em nota publicada em seu blog neste domingo, 24

Dilma Rousseff. Foto: Ricardo Borges

Miriam Leitão comete sincericídio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.

Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro “permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e terá sido.” O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes, por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar vacinas.

golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores continuaram adotando. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.

Dilma Rousseff
Via PT

A Cultura na centralidade política: democracia e direitos do povo brasileiro

Daniel Samam escreve sobre como “a Cultura deve adquirir uma centralidade política num projeto estratégico como condição vital para o desenvolvimento”

Arquimedes Santos/PMO

Em 1988, com a promulgação da Constituição cidadã, o Brasil tinha em mãos um projeto de país cujo pilar central era o combate às desigualdades, a soberania e o desenvolvimento. Entre idas e vindas, com avanços e retrocessos, seguimos esse projeto. No entanto, foi a partir de 2003, com Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016) na presidência, que aprofundamos o cumprimento da nossa Carta maior com o combate à miséria, desenvolvimento econômico com inclusão social e inserção soberana no mundo contemporâneo.

Esse ciclo foi interrompido por um processo violento de criminalização da política – sobretudo de perseguição ao Partido dos Trabalhadores – e de desnacionalização da economia a partir da Operação Lava Jato, que resultou no golpe institucional do impeachment sem crime de responsabilidade de Dilma e, posteriormente, na prisão política e injusta de Lula. Tal processo de ativismo judicial, de criminalização da atividade política e de desmonte do Estado proporcionou nas últimas eleições a chegada ao Palácio do Planalto de um grupo político com um projeto de poder obscurantista e autoritário representado em Jair Bolsonaro.

A conjuntura carregada de retrocessos e iminentes riscos à democracia coloca enormes desafios políticos aos setores democráticos e republicanos do país. A necessária reflexão sobre os acertos e erros experimentados no período democrático (1988-2016) e análise das medidas desferidas pelo estado de exceção (2015-2019), produzido pelo ativismo judicial dos próceres da Operação Lava Jato devem se articular com a construção de alternativa que resista aos ataques, impeça mais retrocessos e torne possível a concertação democrática do Brasil.

Nos malabarismos jurídicos da prisão política de Lula está o alerta de que caminhamos a passos largos para um estado policialesco e de exceção que põe em risco a democracia, as garantias fundamentais e direitos individuais e coletivos inscritos em nossa Constituição.

A luta pela libertação do presidente Lula, nossa maior liderança, vítima de arbitrária, injusta e cruel perseguição a partir do estado policialesco e de exceção implantado no Brasil, é fundamental. A luta pela liberdade de Lula está ligada de forma umbilical à luta pelos direitos individuais e coletivos do nosso povo. Até porque, seu legado e sua história vão nesse sentido. #LulaLivre é a luta pela liberdade de todo o povo brasileiro.

O enfrentamento do desafio colocado pela conjuntura fascistizante implica em saber combinar a resistência a partir da defesa da Constituição de 1988 e o de atualizar o projeto estratégico que dispute contra o projeto ultraliberal e de escancarado caráter fascista. Este desafio está colocado para todas as forças democráticas e terá centralidade na guerra cultural.

O processo de transformação democrática da sociedade brasileira igualmente deve entender o campo da Culturacomo componente fundamental da luta democrática pela hegemonia dos valores capazes de orientar a sociedade na construção de uma nação moderada, livre, fraterna, criativa e respeitosa com sua diversidade social e cultural.

Em suma, a Cultura deve adquirir uma centralidade política num projeto estratégico como condição vital para o desenvolvimento e para a transformação democrática da sociedade.

Hoje o Brasil vive sob um projeto de poder obscurantista e autoritário que ataca e deslegitima os direitos humanos, sociais e culturais. Tais ataques também revelam traços autoritários em todos os segmentos da sociedade brasileira, frutos do nosso cruel passado escravocrata, que ainda produz enormes, inaceitáveis e persistentes desigualdades, privilégios e violências.

A construção da cultura cidadã, além de garantir cidadania e direitos, deve ser capaz de tornar hegemônicos os valores democráticos que devem viabilizar direitos e oportunidades iguais a todas e todos, respeitando as diferenças, reconhecendo as diversidades sociais e culturais, a pluralidade política e de opiniões e, sempre optar pela resolução pacífica dos conflitos na sociedade.

Por Daniel Samam, músico e educador, membro do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT).

Fonte/link: http://www.pt.org.br/a-cultura-na-centralidade-politica-democracia-e-direitos-do-povo-brasileiro/

O golpe do veneno

“A possibilidade de flexibilizar ainda mais o uso de agrotóxicos é uma decisão política que tem por base a extinção de todos os programas de distribuição de terra outrora bem-sucedidos. O plano é devolver para a elite do Brasil tudo que ela precisou compartilhar com os menos favorecidos: das cadeiras nas universidades as terras griladas, roubadas. O intento do governo Temer e seus aliados é criar um órgão que estará nas mãos das indústrias para regular o assunto”.  Por Márcia Lia*

“O Custo Humano dos Agrotóxicos” – Trabalho premiado do fotógrafo Pablo Piovano denunciando os efeitos da contaminação por agrotóxicos.

O presidente Michel Temer e a bancada ruralista estão empenhados em aprovar no Congresso o “pacote veneno”. Trata-se de um conjunto de 17 projetos de lei, todos apensados ao PL 6.299/2002, do senador e Ministro da Agricultura Blairo Maggi, que libera o uso de uma quantidade enorme de agrotóxicos para uso na agricultura, entre eles o glifosato. A liberação dos agrotóxicos é uma forma de comprar os votos da bancada ruralista que em troca tem garantido a permanência de Temer no poder.

Uma comissão especial de deputados aprovou, nesta segunda-feira (25), por 18 votos a nove, o projeto que regulamenta o uso de agrotóxicos no Brasil, também chamada de a “Lei do veneno”, pois libera substâncias comprovadamente causadoras de doenças graves como câncer,  má formação o feto e até mesmo mutação genética, como o glisofato, produzido pela Monsanto (empresa que hoje desenvolve parceria com a Prefeitura de Petrolina) e banido em diversos países da Europa. O texto ainda precisa passar pelo plenário da Câmara. Se aprovado, o projeto ainda volta ao Senado, porque houve alterações, antes de seguir para a sanção do presidente Michel Temer.

 

Entenda mais das implicações desse novo golpe na saúde, na política, na distribuição de renda dos brasileiros com a leitura deste artigo:

O golpe do veneno

Por Marcia Lia* 

O primeiro desafio no que diz respeito aos agrotóxicos é conseguirmos explicar às pessoas que eles se relacionam com uma imensa cadeia socioambiental. Afetam o meio ambiente, a agricultura, as relações sociais, a economia e a saúde pública. A política condecendente aos agroquímicos é parte de um jogo político que só beneficia meia dúzia de gigantes produtores enquanto criminaliza os movimentos sociais. O desmonte do Ministério do Desenvolvimento Agrário, junto à PEC 215 e o fortalecimento da bancada do ruralista deixam claro o que eles querem.

Com as políticas agrárias dos governos Lula e Dilma, a agricultura familiar começou a ganhar espaço. Assentamentos de todo o Brasil passaram a ter lugar na cadeira produtiva e comercial. E por causa da relação de respeito que os assentados e agricultores de comunidades rurais têm com a terra, essas produções são majoritariamente orgânicas porque as pessoas conhecem os efeitos negativos dos venenos. O Brasil foi capaz de superar a fome e a miséria graças a programas como o de alimentação escolar, usado como referência na ONU, bem como o Bolsa Família. Por meio desses programas, milhões de brasileiros passaram a ter alimentação saudável à mesa.

A possibilidade de flexibilizar ainda mais o uso de agrotóxicos é uma decisão política que tem por base a extinção de todos os programas de distribuição de terra outrora bem-sucedidos. O plano é devolver para a elite do Brasil tudo que ela precisou compartilhar com os menos favorecidos: das cadeiras nas universidades as terras griladas, roubadas. O intento do governo Temer e seus aliados é criar um órgão que estará nas mãos das indústrias para regular o assunto – o que seria impensável em qualquer democracia! Querem reduzir nossa possibilidade de fiscalizar os impactos negativos que agrotóxicos geram a saúde tirando ou aparelhando a Anvisa e o Ibama na jogada. E é estrutural entender porque nós somos tão preocupados com esses químicos.

Os transgênicos foram desenvolvidos porque os agrotóxicos eram tão agressivos que matavam as pestes, mas também a plantação. Portanto, a Monsanto (que patenteou o glifosato sob o nome de Roundup) passou a desenvolver sementes mais fortes para aguentar a quantidade de veneno. O que a população não sabia na época, entretanto, era da nocividade dos herbicidas e outros químicos, bem como o próprio transgênico, que na cadeia ambiental afeta outras sementes de forma irreversível. No Brasil, a maior parte da plantação de soja é transgênica e, portanto, leva altíssimas quantidades de agrotóxico (incluindo outros químicos ainda mais tóxicos do que o glifosato). Hoje a toxicidade destes químicos é conhecida. Países sérios proíbem seu uso, como o Canadá, onde a Monsanto respondeu criminalmente por tentar subornar ministros. Sim, meus amigos e minhas amigas: não são apenas as grandes construtoras que têm por hábito comprar políticos e a corrupção não é exclusividade tupinikim.

O Brasil é o maior consumidor de fertilizantes químicos e agrotóxicos do mundo. Os milhões de litros que são utilizados anualmente vão para onde? Para o solo e para a água, contaminando tudo por um longo e ainda indeterminado tempo. Vejam: 70% da água utilizada no mundo têm como destino a irrigação. Isso quer dizer que quando se usa agrotóxico ele vai parar nos rios e outras fontes de água que depois retorna à plantação para receber mais uma dose de químicos. É um ciclo perigoso de envenenamento de um elemento do qual tanto dependemos para viver.

A ONU não sabe quanto há de água poluída no mundo, mas prevê que 40% da população viva em área com problemas relativos à água nos próximos anos. O Brasil, que abriga 13% do total deste líquido no mundo, está fazendo de tudo para tornar a água cada vez mais tóxica. Você percebe que cada dia mais pessoas ficam com câncer, e cada vez mais jovens? Isso é comprovadamente relacionado aos 5,2l de agrotóxico que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, os brasileiros consomem por ano. Em 2013, o Departamento de Águas da ONU afirmou, mais uma vez que os agrotóxicos são um grave problema de saúde pública, porque causam, além do câncer, problemas no sistema endócrino e hormonal de humanos e animais. Outras enfermidades como infertilidade, autismo, doenças autoimunes e problemas nos rins e fígado também estão relacionadas ao uso de agrotóxicos.

Aqui no estado de São Paulo nós não vamos dar trégua. Vamos continuar incentivando a agroecologia, a agricultura familiar e orgânica, e seguir dizendo ao estado que nós precisamos cuidar de nossa população. É mister defender a terra e o povo rural, os assentados e todos aqueles que vêm trabalhando há décadas por um modo de produção sustentável. Se não por empatia, por convencimento político, que seja pelo bom senso de entender que com tanto veneno nos grãos que exportamos e diante da tendência mundial de consumir orgânicos, logo não poderemos vender mais nada e as commodities serão seriamente afetadas. Mais.

Não dá pra aceitar que nos envenenem dia a dia sem nada dizer, sem um levante. E não descansaremos desta luta que se faz tão necessária, especialmente agora, que tentam tirar cada grão de vida que há em nós.

*Márcia Lia é deputada estadual pelo PT de São Paulo

 

 

 

Vereador Sinézio Rodrigues, de Serra Talhada, presta solidariedade ao vereador Prof. Gilmar Santos

O vereador  Sinézio Rodrigues, de Serra Talhada, emite nota de solidariedade ao vereador Prof. Gilmar Santos e repudia a agressão deferida pelo Deputado Gonzaga Patriota ao parlamentar na manhã de hoje (08/04).  Em sua nota, ele diz: “Externo minha solidariedade ao vereador e companheiro Gilmar Santos, ao mesmo tempo em que repudio e lamento a postura do deputado Gonzaga Patriota.”

Saiba mais: http://gilmarsantos.org/2018/04/08/deputado-gonzaga-patriota-agride-fisicamente-o-vereador-gilmar-santos/ 

Sinézio é líder do PT na Câmara Municipal de Serra Talhada, membro da executiva municipal do PT , membro do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores e pré-candidato a deputado estadual pela sigla.

Leia a nota na íntegra:

Nota de Solidariedade ao Vereador Gilmar Santos – PT/ Petrolina

Foi com surpresa que recebi a notícia de uma agressão sofrida pelo vereador Gilmar Santos, do PT de Petrolina, cometida pelo deputado federal Gonzaga Patriota, do PSB.

Gilmar tem tido um posicionamento crítico e combativo na defesa dos trabalhadores e dos direitos históricos do povo brasileiro; e não se furta de apresentar as suas posições nos diversos espaços em que atua, nos movimentos sociais e, principalmente, no parlamento municipal de Petrolina.

Externo minha solidariedade ao vereador e companheiro Gilmar Santos, ao mesmo tempo em que repudio e lamento a postura do deputado Gonzaga Patriota.

Gonzaga, deputado federal há 28 anos, apoiou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e atualmente é um apoiador do desgoverno Temer. Sua atitude revela o destempero de quem apoia um presidente imposto a quem o povo repudia.
Gilmar Santos merece nossa solidariedade e respeito. Aqueles que agridem lutadores pela democracia merecem nosso repúdio!

Serra Talhada, 08/04/2018
Sinézio Rodrigues
Vereador do PT em Serra Talhada.

O que já fez Sérgio Moro diretamente pela população de Petrolina para merecer um título de cidadão?

 

Tramita na Câmara Municipal de Petrolina o Projeto de Decreto Legislativo de nº 005/2018, de autoria do vereador Ronaldo Silva (PSDB), que objetiva conceder Título de Cidadão Honorário de Petrolina ao juiz da vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro.

Juiz responsável pela operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção envolvendo empresários e políticos junto à Petrobrás, Moro tornou-se figura midiática, com total apoio dos oligopólios da comunicação, em particular, da Rede Globo, a qual deu apoio e fez grande propaganda do filme “Polícia Federal – a lei é para todos”, com destaque para o personagem do magistrado.

O Dr. Moro é, também, alvo de críticas contundentes por parte dos mais renomados juristas e advogados, jornalistas e ativistas políticos que veem nas suas ações julgamentos parciais e partidários, já que membros PT, como é o caso do ex-presidente Lula, têm sido processados e condenados com grande agilidade e dedicação por parte do juiz de Curitiba, mesmo diante de ausência de provas sobre os supostos crimes imputados ou pelas frágeis e contraditórias argumentações. Por outro lado, a aproximação “amigável” do juiz com políticos do PSDB é causa de grande desconfiança sobre possíveis favorecimentos ou vistas grossas aos tucanos, já que nenhum político desse partido foi processado ou condenado por Moro.

https://falandoverdades.com.br/ligacoes-da-lava-jato-com-psdb-dem/

Conforme disponível na enciclopédia livre, Wikipédia, “cidadania honorária é um título de honraria que uma pessoa de importância recebe da Câmara Municipal de uma cidade (…) para que se lhe conceda tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele (homenageado) fez, sem visar lucros, interesses pessoais ou profissionais, em defesa do povo do Município que lhe concedeu tal cidadania”.

A pergunta que não quer calar:  afinal, o que fez realmente o juiz Sérgio Moro pelo município de Petrolina? Quais são as suas grandes obras em prol da população local?   Até onde se sabe o meritíssimo juiz nunca pisou os pés em Petrolina. Seria o título uma forma de satisfação pessoal ou partidária do “nobre” edil? Não seria mais digno ao vereador mover esforços e apresentar projetos que beneficiem a maior parte da nossa população, tão injustiçada?

Ferrenho opositor do PT e do presidente Lula, o vereador Ronaldo Silva (PSDB), é o típico tucano aecista que estufa o peito e se autodefine “homem de bem”. Ele se  destaca em vociferar discursos de ódio contra a honra e dignidade do ex-presidente. Acusações do tipo “chefe de quadrilha” e “pior ladrão da história do Brasil”, frases escaldadas em preconceitos, cretinismo político e mentiras, faz parte do seu receituário verborrágico. Basta saber que a maior parte dos dados e informações apresentados pelo raivoso edil são retiradas de fake news fabricadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL), produtores das notícias mais falsas das redes sociais desde o impeachment da presidente Dilma. O movimento já apoiou Aécio, Temer, e Bolsonaro, sempre instigando ódio e difamações. Inspiração de sobra para um vereador pouco dedicado aos estudos legislativos, com favorecimentos familiares na gestão municipal e de questionável produtividade.

https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/348435/USP-denuncia-maiores-produtores-de-fake-news-MBL-lidera-lista.htm

Ronaldo é apadrinhado político de Guilherme Coelho (PSDB), empresário, político de fracassada trajetória e herdeiro da oligarquia que mais se aproveitou de recursos do Estado brasileiro para Pernambuco. Deputado federal durante um curto período do governo golpista de Temer, do qual é aliado, Coelho fez grande campanha e comemorou a liberação de agrotóxicos até então  proibidos pela ANVISA, como é caso do Benzoato de Emamectina, com efeitos neurotóxicos comprovados, podendo causar intoxicação hepática, comprometer o sistema circulatório e imunológico. Tudo em nome da lucratividade para os produtores da fruticultura do Vale do São Francisco, região com grande índice de câncer — inclusive o maior hospital para tratamento da doença é administrado por outro oligarca da família.

Ao tomar conhecimento que o ex-presidente Lula seria homenageado com o título Doutor Honoris Causa, concedido pela UNIVASF, apressou-se em articular movimentos contrários e mover ação para impedir o ato de reconhecimento por todas as obras que Petrolina recebeu durante o governo do petista, em particular as que beneficiaram a universidade. Vale saber que o povo não é besta, para desespero do vereador tucano, Lula continua sendo o favorito para as eleições de 2018.

https://www.cartacapital.com.br/politica/mais-da-metade-da-populacao-desaprova-moro-aponta-pesquisa-ipsos

A onda de ódio na qual surfa o vereador tucano é a mesma que surfou Aécio e demais golpistas: uma legião de aproveitadores que derrubaram a presidenta honesta e transformam o país em colônia de ladrões que contribuem para elevar a violência e os níveis de miséria da população. Será que a justiça de que tanto fala Ronaldo, para limpar o país da corrupção, chegará à Câmara Municipal? Quem terá o seu ladrão de estimação?

Enquanto isso não acontece, um juiz parcial e partidário, que nunca pisou o pé na cidade ou fez qualquer ação direta pelo município, receberá título da maioria dos vereadores de Petrolina – gente que vive aprovando projetos sem qualquer respeito  aos fundamentos constitucionais; que  votam contra interesses da população; que esbanja autoritarismo, preconceitos e injustiças. Gente que não suportaria um mês de transparência nas prestações das contas municipais.

 

Por Gilmar Santos – vereador do PT/Petrolina.

 

Outros links:

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2017/05/apos-depoimento-de-lula-jurista-pede-que-artigo-de-moro-seja-retirado-de-livro-em-sua-homenagem

 

https://falandoverdades.com.br/em-livro-122-juristas-denunciam-e-provam-que-moro-condenou-lula-sem-provas/

https://www.ocafezinho.com/2015/11/30/juristas-britanicos-denunciam-abusos-de-sergio-moro/

Família Marinho usa Jornal Nacional para mobilizar apoio pró-intervenção

Um ditado popular bem conhecido por aqui é “nunca cuspa no prato em que você comeu“. Digamos que trata-se de uma maneira bem tosca de dizer que é preciso sempre manter a gratidão para os que te ajudaram. Nos “dez mandamentos” da Família Marinho, este talvez seja o número um.

As organizações Globo cresceram de mãos dadas com a ditadura militar. Ela serviu ao projeto de unificação nacional promovido pelos generais do “Brasil grande“. Foi a correia de transmissão e legitimação do poder autoritário e se beneficiou disso.

Representante genuína da elite política e econômica, a Família Marinho nunca vacilou em se posicionar na cena política alinhada a esses interesses, que na esmagadora maioria das vezes não é o interesse da população, e nem do país. Democracia, liberdade, direitos sociais, distribuição de renda, soberania, não são objetivos que constem dos mandamentos da Globo, e nem da elite nacional.

Então, não é de se espantar o apoio da Família à intervenção militar no Rio de Janeiro, manifesto em editorial do jornal O Globo – o porta-voz oficial dos Marinho – nesta terça-feira (20): “Intervenção é oportunidade para sanear instituições (…) Sanear essas instituições (polícia militar, civil, e segurança pública) é fundamental para que as ações coordenadas entre as forças federais e as polícias do estado possam surtir efeito, o que não vinha acontecendo. Mas é preciso que elas sejam duradouras. Operações tópicas, realizadas no varejo, já se mostraram ineficazes. Podem funcionar por algum tempo mas, quando as forças se retiram, tudo volta a ser como era antes. Portanto, não se pode cometer o mesmo erro“.

Já preparava esta coluna para falar de como a Rede Globo, através de seus telejornais – particularmente o Jornal Nacional – criou um clima de terror que certamente impulsionou a intervenção. O editorial só veio confirmar o que já estava evidente – a organização que apoiou a ditadura militar, apoia a intervenção militar no Rio de Janeiro.

A história vai mostrar se este apoio foi apenas passivo ou ativo. Infelizmente, sabe-se que, sai presidente, entra presidente (me refiro aos da República mesmo), a Globo tem sido uma eminência com presença constante no Palácio do Planalto (primeiro o pai, Roberto Marinho, agora os filhos). Por isso, duvido que uma decisão como esta, a de decretar uma intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, sede das Organizações Globo, tenha sido tomada sem que os chefões do maior grupo de comunicação do Brasil tenham sido consultados.

Um telejornal focado na violência carioca

Para não suscitar dúvidas: é claro que há uma crise social gravíssima no Rio de Janeiro. Essa crise social, por questões históricas, geográficas e populacionais criou as condições para a consolidação de um sofisticado sistema criminoso. A falência do Estado, a inépcia dos governos, a falta de uma política de segurança pública são um alimento para a violência na capital fluminense.

E, esse cenário foi piorado diante de um governo federal que congela gastos por 20 anos e impõe uma agenda de desmonte dos serviços públicos. Vale lembrar que o Rio de Janeiro é uma cidade com forte presença de equipamentos públicos federais (por ter sido até a década de 50 a sede do governo federal). A devassa contra a Petrobras também impacta fortemente a dinâmica da economia no Rio de Janeiro e tudo isso é preciso se avaliar quando se discute os problemas do Rio.

Mas, esta situação de crise social e violência não é, nem nunca foi exclusiva do Rio de Janeiro. O Brasil possui 27 Estados e em todos eles – e em alguns até mais do que no Rio – os índices de violência são alarmantes.

Segundo dados do 11º Anuário de Segurança Pública, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no final de setembro de 2017, o estado do Rio de Janeiro ocupava o 10º lugar no ranking dos estados mais violentos do país (se considerada a taxa de assassinatos por 100 mil habitantes). Em números absolutos, o Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, atrás da Bahia. Já, se olharmos apenas para os municípios, a capital fluminense não aparece nem mesmo entre as 30 cidades com maior taxa de homicídios no país, segundo o Atlas da Violência publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, em 2016.

Família Marinho usa Jornal Nacional apoio pró-intervenção

Mas quem vê o Jornal Nacional pensa exatamente o contrário disso. Para a principal vitrine jornalística do país, a violência do país praticamente se restringe ao Rio de Janeiro.

Assisti pacientemente a todas as reportagens sobre violência veiculadas pelo JN de 01 de janeiro até 16 de fevereiro de 2018, dia em que o desgoverno Temer decretou a intervenção militar no Rio. Em 41 edições do JN, apenas 8 não abordaram temas relativos à violência e segurança. Das outras 33, dez não trataram de questões envolvendo o Rio de Janeiro. Vale registrar que até 9 de janeiro, uma greve da polícia militar no Rio Grande do Norte mereceu a atenção do noticiário. Outro assunto foi a crise envolvendo os presídios de Goiás no início do ano.

Ou seja, de 41 edições do Jornal Nacional, vinte e três trouxeram reportagens sobre a violência do Rio de Janeiro. Na maioria delas, o tom das matérias eram dramáticos, com uma narrativa que destoa do tratamento dado aos demais casos de violência.

A Globo enquadrou este carnaval carioca como o mais violento dos últimos anos. Apesar dos casos mostrados pelo noticiário da emissora – arrastões na praia e roubos de turistas – não ser diferente do que se passou em outros estados. Nenhuma reportagem da emissora buscou mostrar a violência durante o carnaval em Salvador, Recife, Olinda, São Paulo – isso para citar apenas quatro cidades que tiveram grandes blocos de rua.

Ao escolher o Rio de Janeiro como capital da violência e ocultar da sua cobertura os casos de violência que acontecem no restante do país, a Globo criou uma narrativa de pânico e sublinhou na sua cobertura a falta de ação e comando para enfrentar o “crime organizado” no Rio de Janeiro.

O tom de cobrança de ações efetivas estava subjacente a toda a cobertura. Até desembocar no anúncio da intervenção. No dia 16 de fevereiro, mais da metade do tempo do JN foi dedicado ao decreto de Temer. Entre os parlamentares, especialistas e pessoas ouvidas sobre a medida, praticamente todos avalizaram a decisão do governo federal.

As considerações e ponderações, quando apareciam, não eram para alertar para os perigos à democracia ou aos direitos das pessoas, mas sim para os limites da intervenção. A única posição contrária, foi a leitura no final da reportagem pela apresentadora Renata Vasconcelos, em segundos, da posição da ONG Human Rights Watch.

A intervenção militar na segurança pública no Rio de Janeiro pode até não ter – diretamente – o envolvimento da família Marinho. Mas, indiretamente, é certo que o tratamento dispensado pela Rede Globo à cobertura da violência no Rio contribuiu para essa decisão. Que, como já foi amplamente dito, tem graves consequências para a democracia e provavelmente não vai resolver a situação dramática da violência no Rio de Janeiro que sim, precisa de respostas na área da segurança, mas precisa em primeiro lugar de respostas políticas e econômicas para recuperar o papel do Estado como indutor da economia, para gerar empregos e renda e reduzir a situação de penúria do povo fluminense.

A Globo demorou exatos 49 anos para fazer o seu “mea culpa” por ter apoiado a ditadura que se instalou com o golpe de 1964. Em editorial publicado no dia 31 de agosto de 2013, o jornal finaliza afirmando que “À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”

Ao que parece, precisaram menos de cinco anos para que a Família Marinho mudasse sua opinião e se esquecesse do que escreveu. Ou, talvez, aquele editorial foi apenas uma posição bastante oportuna para o momento político e não revelasse, de fato, a opinião do grupo.

Talvez daqui a 50 anos vejamos outro “mea culpa” por aí, isso se as Organizações Globo ainda existirem.

fonte: https://www.pragmatismopolitico.com.br