6ª Edição do Coletivo na Rua vai ao João de Deus

Foto: Tassio Tavares

O anfiteatro da Praça da Juventude localizada no bairro João de Deus foi completamente ocupado na noite desta Quinta-feira (23/11) com a realização da 6ª edição do Coletivo na Rua, atividade desenvolvida pelo Mandato Coletivo do Vereador Gilmar Santos.

Com o tema “Extermínio da juventude negra: reaja ou será morto”, a atividade reuniu artistas, professores e lideranças comunitárias para discutir os problemas da violência e da segurança pública que têm vitimado dezenas de milhares de vidas de jovens negros em todo o país.

Foto: Tassio Tavares

Marcado por intervenções artísticas da banca Fogo no Munturo e do Núcleo Biruta de Teatro, ambos os grupos que atuam na periferia da cidade, nos bairros José e Maria e Rio Corrente, o coletivo trouxe para os presentes reflexões sobre a violência policial contra a população negra; a necessidade de se combater e enfrentar o racismo em todas as suas manifestações; e o histórico das lutas do povo negro na busca pela liberdade e pela garantia de direitos.

Além da música e do teatro, o coletivo buscou também problematizar a questão racial por meio de algumas falas. Contribuíram neste processo o Professor e Músico Maércio José, a integrante da Associação de Moradores do João de Deus, Ivanilde, o Educador Emanoel Lucas e o ativista Cícero do Carmo.

Foto: Tassio Tavares

Estas contribuições pontuaram diferentes aspectos do enfrentamento ao racismo, como o processo de empoderamento dos jovens negros e as lutas identitárias; as consequências do racismo para saúde da população negra, principalmente no que diz respeito a saúde mental; e críticas acerca das ações do poder público, inclusive municipal, que pela omissão e ausência contribui para a manutenção da situação de desigualdade e violência estabelecida.

O Vereador Gilmar Santos apresentou diversos dados sobre a violência contra a população negra, principalmente contra a juventude. Ele informou que segundo os dados do Atlas da Violência 2017, a cada 100 pessoas assassinas do Brasil, 71 delas são negras. Os dados reforçam as estatísticas desastrosas da política de segurança pública do país, que tem um caráter racista e discriminatório.

Foto: Tassio Tavares

Gilmar também aproveitou a oportunidade para comunicar à comunidade que apresentou recente Projeto de Lei para dar a quadra poliesportiva localizada naquela Praça, o nome do Jovem José Alex. Este foi morador do bairro João de Deus, violentamente assassinado aos 19 anos de idade após uma sessão de tortura no ano de 2010, por agentes da própria polícia civil. José Alex foi injustamente acusado de um crime que jamais cometeu como ficou provado após as investigações e a sentença judicial.

Colocar o nome de Alex, portanto, no equipamento público da comunidade é um ato simbólico para que ninguém esqueça o que lhe aconteceu. Afinal, seu caso é apenas mais um exemplo da violência cotidiana que atinge diariamente os jovens pobres e negros das periferias de todo o país. Importante afirmar que Alex não foi à única vítima naquela noite. Outro jovem, Diego, que estava com ele saindo do jogo de futebol e que também foi “confundido” com os assaltantes, foi barbaramente torturado, ameaçado e perseguido. Mas contrariando as estatistas, sobreviveu e enquanto sobrevivente carrega as marcas da violência e do racismo ainda imperante em nossa sociedade.

Foto: Tassio Tavares

Esta edição do Coletivo na Rua, que encerrou suas andanças pela cidade no ano de 2017, foi sem dúvida uma de suas maiores edições. E criou em todas e todos que fazem o mandato coletivo o desejo e a expectativa de colocar ainda mais o pé na estrada no próximo ano, tratando de temas que são cada vez mais imprescindíveis para a vida e a sobrevivência do povo trabalhador brasileiro.

Carregando cada vez mais alta a bandeira da participação e da coletividade, seguimos em marcha sempre congregando todas e todos que queiram fortalecer esta corrente.

 

6ª edição do Coletivo na rua tem data alterada para a próxima quinta-feira, 23

O Mandato Coletivo, do vereador Gilmar Santos e sua equipe,  realizará a 6ª edição do Coletivo na Rua, dentro da programação do Festival “Afrocoletividade”, no mês das consciências negras, intitulado “Reaja ou será morto/a: redução da maioridade penal, encarceramento e extermínio da juventude negra”. A ação será no dia 23/11, uma quinta-feira e se iniciará às 18h30min, contando com apresentações artísticas e participação de estudiosos e moradores em torno da temática.

O local será a Praça da Juventude do bairro João de Deus. Através de projeto protocolado pelo vereador Gilmar Santos na manhã do dia 16/11(quinta-feira)  e conforme reivindicação dos moradores da comunidade, a quadra poliesportiva que se encontra na Praça levará o nome do jovem José Alex Soares da Silva. José Alex, um jovem negro da comunidade, acusado injustamente de assalto, foi cruelmente espancado e morto por policiais, acionados pela dona de um posto de gasolina quando voltava de um jogo de futebol no ano de 2010, juntamento com o amigo Diego Pereira, que sobreviveu ao crime e ainda reside no bairro.

O tema desta edição – “Reaja ou será Morto/a”, convoca a juventude negra a compreender a luta contra os contextos sociais, culturais e políticos que violentam e marginalizam as pessoas negras no país. O racismo institucionalizado pelo estado brasileiro revela-se nos números divulgados no Atlas da Violência 2017, documento aponta que os jovens negros entre 12 e 29 anos estão mais vulneráveis ao homicídio do que brancos na mesma faixa etária.  A cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil 71 são negras. Os assassinatos de jovens brancos diminuíram, ao passo que o de jovens negros aumentaram e o texto do documento diz: “ a juventude negra é assassinada no Brasil como se estivesse em uma situação de guerra”. Essa é a situação do racismo em nosso país.

A plenária popular é um espaço de debate e reflexão de pautas importantes para a vida em sociedade e que tem como objetivo estabelecer o diálogo entre a população e o Mandato Coletivo, a partir de demandas locais e questões de grande relevância para a cidade e seus moradores. Através do Coletivo na Rua é possível perceber maior apropriação dos cidadãos sobre o que é o mandato do vereador e o caráter coletivo de sua representatividade.

Ascom Mandato Coletivo –  Vereador Professor Gilmar Santos

 

Reaja ou será morto: 6º Coletivo na Rua abordará extermínio da juventude negra

O Mandato Coletivo, do vereador Gilmar Santos e sua equipe,  realizará a 6ª edição do Coletivo na Rua, dentro da programação do Festival “Afrocoletividade”, no mês das consciências negras, intitulado “Reaja ou será morto/a: redução da maioridade penal, encarceramento e extermínio da juventude negra”. A ação será no dia 23/11, uma quinta-feira e se iniciará às 18h30min, contando com apresentações artísticas e participação de estudiosos e moradores em torno da temática.

O local será a Praça da Juventude do bairro João de Deus. Através de projeto protocolado pelo vereador Gilmar Santos na manhã do dia 16/11(quinta-feira)  e conforme reivindicação dos moradores da comunidade, a quadra poliesportiva que se encontra na Praça levará o nome do jovem José Alex Soares da Silva. José Alex, um jovem negro da comunidade, acusado injustamente de assalto, foi cruelmente espancado e morto por policiais, acionados pela dona de um posto de gasolina quando voltava de um jogo de futebol no ano de 2010, juntamento com o amigo Diego Pereira, que sobreviveu ao crime e ainda reside no bairro.

O tema desta edição – “Reaja ou será Morto/a”, convoca a juventude negra a compreender a luta contra os contextos sociais, culturais e políticos que violentam e marginalizam as pessoas negras no país. O racismo institucionalizado pelo estado brasileiro revela-se nos números divulgados no Atlas da Violência 2017, documento aponta que os jovens negros entre 12 e 29 anos estão mais vulneráveis ao homicídio do que brancos na mesma faixa etária.  A cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil 71 são negras. Os assassinatos de jovens brancos diminuíram, ao passo que o de jovens negros aumentaram e o texto do documento diz: “ a juventude negra é assassinada no Brasil como se estivesse em uma situação de guerra”. Essa é a situação do racismo em nosso país.

A plenária popular é um espaço de debate e reflexão de pautas importantes para a vida em sociedade e que tem como objetivo estabelecer o diálogo entre a população e o Mandato Coletivo, a partir de demandas locais e questões de grande relevância para a cidade e seus moradores. Através do Coletivo na Rua é possível perceber maior apropriação dos cidadãos sobre o que é o mandato do vereador e o caráter coletivo de sua representatividade.