Exposição “Carina, isso não é coisa de mulher” recebe moção de aplausos do Mandato Coletivo

A moção foi apresentada em reconhecimento ao trabalho de Carina Lacerda e pelo fortalecimento da participação de mais mulheres na produção e apresentação de seus trabalhos artísticos.

Exposição ‘Carina, isso não é coisa de mulher’/Acervo Pessoal

Em cartaz no Sesc Petrolina entre junho e agosto deste ano, a exposição “Carina, isso não é coisa de mulher”, da escultora, artista plástica e visual, Carina Lacerda foi agraciada com uma moção de aplausos da Câmara Municipal de Petrolina-PE. O reconhecimento, apresentado pelo Vereador Gilmar Santos-PT, foi aprovado por toda a Casa na sessão plenária desta quinta-feira (19).

Natural de Araripina-PE, Carina Lacerda, tem uma trajetória marcada pelo enfrentamento ao machismo no processo de aprendizagem do ofício de esculpir carrancas, atividade considerada tipicamente masculina.

Suas obras de artes em madeira tem o elemento feminino como uma das principais características e exemplifica a resistência e a trajetória que a levaram a ser conhecida como a artista popular das Carrancas de Peito. A ancestralidade sertaneja é outro elemento destacado nas obras. Além disso, por meio de seus trabalhos artísticos, Carina traz importantes temas políticos para o centro da discussão.

A exposição “Carina, isso não é coisa de mulher” teve sua abertura virtual realizada em 11 de junho de 2021, pelo canal do Sesc Pernambuco, no Youtube, e contou com visitas virtuais em 360°, para contemplar quem não pode se deslocar até a Galeria Ana das Carrancas, no SESC Petrolina, tendo em vista a necessidade da garantia do distanciamento social em decorrência da pandemia de Covid-19.

A moção foi apresentada em reconhecimento ao trabalho de Carina Lacerda e pelo fortalecimento da participação de mais mulheres na produção e apresentação de seus trabalhos artísticos.

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Com informações de SESC-PE

Mandato Coletivo participa do lançamento da programação da Aldeia do Velho Chico”

A 15ª edição do evento acontecerá entre os dias 16 e 31 de Agosto e conta com a participação de mais de cem artistas regionais e nacionais

Foto: Fernando Pereira

O mandato Coletivo participou, na manhã desta quinta-feira (08), do lançamento da programação comemorativa de 15 anos da Aldeia do Velho Chico, que acontecerá em Petrolina, Juazeiro (BA) e Lagoa Grande (PE), entre os dias 16 e 31 de agosto. Consolidado como importante projeto multicultural do Vale do São Francisco, a Aldeia é um desdobramento do Palco Giratório, maior projeto de artes cênicas em circulação no país, e contará com a participação de mais de cem artistas regionais e nacionais.

O homenageado desta edição será o Grupo TPA (Teatro Popular de Arte) de Petrolina, companhia que contribuiu para a construção do movimento teatral na região, com uma trajetória de mais de 30 anos. O tema escolhido para a edição é #SOMOSALDEIA, paradesignar um jeito de pensar coletivo que se desdobra a partir da diferença potencializada pela multiplicidade que a arte e a cultura na contemporaneidade propõem.

“O projeto solidificou uma política de cultura. Desde 2005, se a gente for fazer uma avaliação, a quantidade de grupos que surgiu a partir da expectativa do festival, para acolher suas produções, é muito grande. Percebemos ao longo dos anos o crescimento das linguagens artísticas, mostrando que é possível profissionalizar a arte. É o festival que tem trazido espetáculos atuais, contemporâneos, artistas que trazem outros modos de produzir. É um festival atento ao tempo, as discussões atuais, como: racismo, intolerância, violência contra a mulher, homofobia. Pensar isso dentro dos recortes curadoriais também são demandas deste festival, que acaba sendo também um lugar de educação através da arte”, destaca o supervisor de cultura do Sesc Petrolina, Jailson Lima.

Gilmar Santos, PT | Foto: Camila Rodrigues

Durante a sessão plenária de hoje, na Câmara Municipal de Vereadores, o vereador professor Gilmar Santos (PT) parabenizou o compromisso da equipe do SESC por resistir e perseverar em tempos tão difíceis e manter a realização de mais uma edição desse festival que é um dos maiores que se tem no estado de Pernambuco.

“É uma oportunidade para os artistas apresentarem seus trabalhos, de desenvolvimento da economia criativa, mas também de aquecimento do comércio, dos serviços e do turismo da nossa região. Aproveitamos para parabenizar também os amigos e amigas do Teatro Popular de Artes pelos seus 30 anos de dedicação e belíssimos trabalhos. Essa é uma homenagem justíssima” disse em entrevista.

Na oportunidade, o parlamentar que também é autor da LEI Nº 2.904/2017 – que oficializa e incluiu o festival no calendário oficial do município de Petrolina, disse que “Ao apresentarmos a lei que inclui o Aldeia no calendário das festividades municipais demos prova do nosso compromisso com a pauta da cultura e ao mesmo esperamos que a gestão municipal invista cada vez mais nos trabalhos dos nossos artistas. Queremos mais cultura nas nossas periferias. Com isso teremos mais paz, mais saúde e oportunidades para a nossa população”.

ALDEIA DO VELHO CHICO: SAIBA MAIS!

Foto: Fernando Pereira

A abertura acontecerá no dia 16 de agosto, a partir das 15h, no Sesc Petrolina, com a Mostra Pedagógica das Oficinas que terão início no dia 12/8, seguida pelo Painel de Visualidades da Aldeia, apresentação do Reisado da Comunidade Quilombola Mata de São José (Orocó-PE) e Maracatu Beira-rio (Petrolina). Logo depois, às 17h, o tradicional cortejo Abre Alas pro Velho Chico parte do Sesc e vai percorrer as principais ruas do centro comercial da cidade com a Frevuca, até a Orla. A partir das 18h, a programação acontecerá no palco montado na Orla de Petrolina, com apresentações do Reisado da Comunidade Quilombola do Lambedor (Lagoa Grande-PE), São Gonçalo de Amarante de Zezinho do Vira Beiju (Petrolina), Quadrilha Explode Coração (Petrolina) e Quadrilha Buscapé (Juazeiro-BA). Os shows musicais serão abertos às 19h30 com a cantora caruaruense Gabi da Pele Preta e logo depois o grupo Mande in Quebrada (Juazeiro-BA). A noite de abertura será encerrada com o show Tecnomacumba, da cantora maranhense Rita Beneditto.

Até o dia 31 diversas atrações se revezarão na Aldeia, que contará com espetáculos musicais no Teatro Dona Amélia com a cantora Mariana Aydar (São Paulo –SP),  que se apresentará no dia 23, às 20h30, e a cantora pernambucana Alessandra Leão, no dia 29/8, às 20h30. Os cantores Larissa Luz (Salvador-BA) e Almério (Caruaru-PE), farão seus shows no Virarte, no último dia do festival. Com apresentações em Petrolina, em Juazeiro e Lagoa Grande, a programação ainda contará com grandes apresentações de teatro, como “Se eu fosse Iracema”, do 1Comum Coletivo (Rio de Janeiro-RJ), que integra o projetoPalco Giratório. As crianças também terão espaço na grade do Aldeia com espetáculos voltados especialmente para elas, como “Estelita entre fadas e outros bichos”, da Trup Errante (Petrolina-PE). 

O último dia do festival (31/8) começará às 16h, com a intensa programação do Virarte. Além dos cantores Larissa Luz e Almério, o encerramento do festival contará com apresentações teatrais e de dança.  Durante o Virarte, o Mercado Cultural vai funcionar no corredor do Sesc comercializando diversos produtos. A programação completa da Aldeia do Velho Chico pode ser conferida no site do Sesc Pernambuco (www.sesc.org.br) .

Foto: Fernando Pereira

Toda a programação do Aldeia do Velho Chico é gratuita, com exceção dos espetáculos realizados no Teatro Dona Amélia, que terão ingressos vendidos a R$ 20 (Inteira) e R$ 10  (Meia). Trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo têm desconto, pagando apenas R$ 5. Para o show  de Mariana Aydar  o ingresso custa R$ 30 se for comprado antecipadamente, R$ 40 (Inteira), R$ 20 (Meia) e R$10 (Trabalhadores do Comércio e dependentes). Este ano, Para ter acesso à programação do Virarte o público pode optar por pagar R$10 ou doar 2 Kg de alimento não perecível que será doado ao Banco de Alimentos do Sesc Petrolina. Um programa de responsabilidade social do Sesc que atua para diminuir o abismo da desigualdade social no país, minimizando os efeitos da fome e da desnutrição.

A aldeia do Velho Chico conta com o apoio do Instituto Federal do Sertão Pernambucano – IFSertão, TV Grande Rio, Janela 353, Vapor do Vinho, Café de Bule e JB Hotel.

Aldeia Vale Dançar começa nesta segunda (16)

O evento, em sua décima primeira edição, homenageará um dos grupos pioneiros de dança do Vale do São Francisco, o Batuk-ajé

Reprodução

A dança vai tomar conta do Sertão do São Francisco a partir desta segunda-feira (16/4) com a décima primeira edição da Aldeia Vale Dançar – Festival de Dança do Vale do São Francisco. A programação, que integra as ações do projeto nacional Palco Giratório, acontece em Petrolina e em Juazeiro (BA) até o dia 28 de abril. Na grade, ações formativas, espetáculos de dança, shows, lançamento de livros, debates, exposição, além do intercâmbio entre artistas.

Com o tema “Um batuque que ecoou”, a Aldeia presta homenagem este ano ao grupo Batuk-ajé, um dos pioneiros da cena da dança no Vale do São Francisco. Fundado em 1984, na Escola Otacílio Nunes de Souza, o grupo durou 10 anos, e foi responsável pela descoberta de muitos talentos, além de inspirar a criação da Cia de Dança do Sesc Petrolina.

A programação acontecerá no Sesc, no Espaço Cubículo e CEU das Águas, em Petrolina, e no Espaço Filhos de Zaze, em Juazeiro.  A abertura será no dia 16, às 19h, no Teatro Dona Amélia, com a exposição “Batuques de uma história” e o Show “Um batuque que ecoou” com Camila Yasmine e Eugênio Cruz com a participação de alguns integrantes do grupo Batuk-ajé. Na mesma noite, também no teatro, o cantor Rubi (São Paulo) se apresenta às 20h30.

A Aldeia Vale Dançar é a única no Brasil com programação totalmente voltada à dança. Nesta edição, traz a Petrolina no dia 23 de abril, às 20h30, no Teatro Dona Amélia, o espetáculo “Looping: Bahia Overdub” (BA), e no dia 24, acontecerá a oficina “Looping e Overdub: pensamento sonoro e pensamento coreográfico”, das 9h às 13h. À tarde, às 16h, o Pensamento Giratório com Felipe Assis (BA) e mediação de André Vitor Brandão.

No dia 25, a Aldeia recebe a oficina “Relações estabelecidas entre corpo e espaço” com o Ateliê do Gesto, de Goiania (GO), das 9h às 13h, no Sesc Petrolina. No dia 26, o grupo apresenta a montagem “O Crivo” no Teatro Dona Amélia, às 20h30, e no dia 27, às 16h, acontecerá o Pensamento Giratório com o Ateliê do Gesto e o Coletivo Trippé, do Vale do São Francisco.

O encerramento será no dia 28 de abril e contará com o “OverDança”, 12 horas ininterruptas de dança, festival de coreografias, intervenções, mercado cultural, música com a DJ Laís Bione (Juazeiro) e show do grupo Não Recomendados (São Paulo), formado pelo trio de cantores e compositores Caio Prado, Daniel Chaudon e Diego Moraes.

Parte da programação é gratuita, exceto as que acontecem no Teatro Dona Amélia, com ingresso a R$ 2 (comerciário), R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira).  Para o Overdança o ingresso custa R$ 5 ou 1 kg de alimento não-perecível.

Serviço: Aldeia Vale Dançar

Data: De 16 a 28 de abril

Locais: Teatro Dona Amélia (Rua Pacífico da Luz, 618, Centro, Petrolina); Espaço Cultural Filho de Zaze (Avenida Dom José Rodrigues, 566, Quidé, Juazeiro-BA);  CEU das Águas (Rua do Tamarindo, Rio Corrente, Petrolina); e Espaço Cubículo (Rua João Alfredo, 2031 -Centro).

Informações: (87) 3866-7454