Simulação mostra como coronavírus circula em supermercado por vários minutos

Animação criada por especialistas serve de alerta para que as pessoas vejam a facilidade na propagação da covid-19. Outra simulação revela os perigos de correr ao ar livre.

Simulação mostra como o vírus circula pelos corredores de supermercados – Reprodução / Aalto University

Cientistas da Universidade Aalto, na Finlândia, criaram um vídeo impressionante que mostra como o novo coronavírus pode se espalhar por dois corredores de supermercados e infectar consumidores por vários minutos.

A animação criada pelos especialistas serve de alerta para que as pessoas conheçam os perigos da propagação da doença.

“Alguém infectado pelo coronavírus pode tossir e se afastar, mas deixa para trás uma nuvem com partículas extremamente pequenas carregando o coronavírus. Essas partículas podem acabar no trato respiratório de outras pessoas próxima”, diz o professor assistente da Universidade de Aalto, Ville Vuorinen.

Assista abaixo:

Os pesquisadores ressaltam que a gravidade da simulação reforça a necessidade de se ficar em casa. “Os resultados preliminares destacam a importância das recomendações de que você fique em casa se não estiver bem e mantenha distância física com todos. As instruções também incluem tossir na manga ou em um lenço de papel e cuidar de uma boa higiene das mãos.”


Perigos de correr ao ar livre

Um outro vídeo criado pela empresa de tecnologia de simulação Ansys mostra que quem realiza exercícios ao ar livre não está livre de contrair o novo coronavírus, mesmo se utilizar as diretrizes atuais de distanciamento social.


Outra simulação revela os perigos de correr ao ar livre durante a pandemia – Reprodução / Ansys

Na simulação é possível ver que as gotículas se espalham pelo ar por mais de um metro e meio durante caminhada, corrida ou passeio de bicicleta. Cientistas alegam que correr lado a lado com alguém pode ser mais seguro do que correr atrás de uma pessoa, para que você não entre em contato com nenhuma secreção.

Assista ao vídeo abaixo:

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Via Jornal O Dia
Fonte:
https://odia.ig.com.br/mundo-e-ciencia/coronavirus/2020/04/5897449-impressionante–simulacao-mostra-como-coronavirus-circula-em-supermercado-por-varios-minutos.html

Com foco nos mais pobres Gilmar Santos apresenta 12 propostas para auxiliar o Governo Miguel no controle do novo coronavírus em Petrolina

A grave crise de Saúde Pública que ameaça o Brasil em razão do Novo Coronavírus, e o risco de contaminação pelo Vírus H1N1, exige do Poder Público medidas que amenizem os efeitos sociais e econômicos aos mais carentes.

Vereador Professor Gilmar Santos – Líder do PT na Câmara Municipal de Petrolina-PE. Foto: Lizandra Martins

Em Petrolina-PE, de acordo com o balanço divulgado nesta sexta (20), dos 22 casos notificados como suspeitos para o novo coronavírus, sete foram descartados e 15 aguardam os resultados dos testes.

Diante da situação, o Vereador Professor Gilmar Santos, líder do PT na Câmara Municipal, apresentou ao Prefeito Miguel Coelho (MDB) uma série de medidas que podem ajudar Petrolina a conter o avanço da pandemia de coronavírus e os impactos motivados pelo distanciamento social recomendado para o controle do vírus.

As propostas apresentadas pelo vereador giram em torno de seis eixos: contratação e convocação de profissionais de saúde e de assistência social, auxílios às populações  mais vulneráveis e desassistidas de programas sociais, fortalecimento da agricultura familiar e do consumo de orgânicos, auxílio para micro e pequenos empreendedores, política de acesso à informação e a cultura durante a quarentena, e a revogação do Teto de Gastos. Confira:

1. Contratação temporária de novos servidores da área de saúde para dar cobertura a 180 áreas descobertas no município (com base na Lei nº 8.745/1993).

2. Contratação temporária de novos servidores da área de assistência social para atender milhares de famílias que já estão ou ficarão em situação de vulnerabilidade (Artigo 203 da Constituição Federal de 1.988).

3. Elevação de R$ 30 mil para R$ 1 milhão os recursos do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social, a fim de garantir aluguéis sociais e auxílio-moradia a famílias que não têm onde morar.

4. Viabilize cestas básicas (incluindo material de higiene) para todas as famílias que não sejam beneficiárias de programas sociais e não tenham rendimentos previstos para os próximos três meses (Incisos I e II do artigo 203 da Constituição Federal de 1.988).

5. Ao comprar cestas básicas, priorizar alimentos produzidos pela agricultura familiar e/ou vendidos por pequenos comerciantes.

6. Comprar produtos de produtores orgânicos que se organizam através da Associação de Produtores Orgânicos do Vale do São Francisco (APROVASF), fazendo valer a Lei Municipal N° 2.913/2017.

7. Garantia de transporte, apoio logístico e segurança sanitária para que feirantes continuem vendendo seus produtos de forma domiciliar (Artigo 7º da Constituição Federal de 1.988).

8. Reversão das dívidas milionárias dos hospitais e clínicas particulares do município em serviços imediatos à população que não dispõe de plano de saúde, caso a doença se alastre. (artigo 196 da Constituição Federal de 1.988).

9. Garantia do serviço de acesso à internet gratuita para todas as comunidades e famílias carentes do município durante o período de isolamento recomendado pelas autoridades de saúde.

10. Publicação de editais Culturais para que artistas desenvolvam trabalhos e transmitam pela internet, garantindo ao povo o acesso à cultura em um tempo tão difícil. Esta medida foi lançada pelo Governo do Maranhão e reproduzida por outras cidades do país.

11. Solicitação, junto aos deputados federais e senadores para que o governo Bolsonaro revogue a Emenda 95/2016, que determina o congelamento dos investimentos em saúde e educação.

12. Remanejamento dos recursos previstos para a festa do São João para a área da saúde e assistência social.

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A população negra e o coronavírus

Convém, urgentemente, diante desse quadro de iminente pandemia, ficarmos atentos com o tratamento que será dado aos nossos idosos negros, crianças negras e, principalmente, aqueles que porventura encontram-se já doentes em face dos problemas originários do nosso percurso de discriminação racial que marcou e marca ainda as relações raciais.

Foto: Carta Capital

Recente reportagem no The New York Times, feita pelo jornalista John Eligon, chamou atenção para o risco do extermínio de populações negras e latinas, sobretudo as mais pobres, em razão da ausência de um atendimento adequado das mesmas pelos nossos sistemas de saúde.

“Não apenas as taxas desproporcionalmente altas de doenças e enfermidades entre essas populações as tornam particularmente vulneráveis ​​se infectadas pelo vírus, mas morar em prédios de apartamentos densos e usar transporte público também pode aumentar o risco de transmissão”, diz a reportagem.

É sabido, que os nossos sistemas de saúde devolvem para a população negra um tratamento não-isonômico, ao qual podemos definir como uma das manifestações necropolíticas do racismo institucional. Assim, podemos definir o racismo institucional como práticas não isonômicas realizados pelos Estados onde a população negra se faz presente, especialmente na política institucional dos órgãos, entidades e serviços delegados de saúde.

Foto: Nelson Almeida/AFP

Convém, urgentemente, diante desse quadro de iminente pandemia, ficarmos atentos com o tratamento que será dado aos nossos idosos negros, crianças negras e, principalmente, aqueles que porventura encontram-se já doentes em face dos problemas originários do nosso percurso de discriminação racial que marcou e marca ainda as relações raciais no Brasil, EUA e tantos outros países.

Assim, não entendemos a lentidão pela qual o governo brasileiro encontra-se no momento para fazer frente a tais ameaças, que, indubitavelmente, ponham em risco a população negra. Ora, o genocídio da população negra pode tomar contornos dramáticos se não forem tomadas as devidas providências acautelatórias para frear o triste evento do coronavírus.

Por fim, registre-se, também, a conduta de nossas autoridades para com a população negra, se confirmarem a iminente omissão, os nossos movimentos negros, em suas diversas facetas, terão que denunciar tais omissões institucionais aos organismos internacionais. Há, sem sombra de dúvidas, uma situação na qual a população negra mais pobre, que ainda é a maioria em nosso país, possa sofrer danos irreversíveis em sua vida cotidiana.

*Via Portal Geledés
Lúcio Antônio Machado Almeida
Professor Universitário. Doutor e Mestre em Direito pela UFRGS.

Em audiência pública de prestação de contas, Gilmar Santos (PT) denuncia graves problemas da saúde, mas secretária defende qualidade e atribui problemas à crise nacional

“A secretária está correta ao atribuir o agravamento dos problemas da saúde pública à crise pela qual passa o país. Ela só se esqueceu ou não quis dizer é que a força política do governo municipal, a exemplo do senador Fernando Bezerra e do deputado Fernando Filho, votou a favor da PEC que congela os investimentos da saúde por 20 anos”, pontuou o parlamentar

Foto: Ângela Santana

O vereador professor Gilmar Santos (PT) participou, nesta sexta-feira (30), da audiência pública de apresentação do 1º Relatório Detalhado Quadrimestral (RDQ) de 2019, pela Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina, referente à prestação de Contas do período de janeiro a abril deste ano. O balanço foi apresentado pela secretária Magnilde Albuquerque.

Na ocasião, Gilmar apresentou à secretária graves problemas na área da saúde, oriundas de denuncias apresentadas ao Mandato Coletivo tanto em visitas às comunidades e às unidades básicas de saúde, quanto no gabinete parlamentar. Dentre essas queixas, está a situação dos Residenciais Vivendas I e II, que não tem equipamento público de saúde e dos bairros Dom Avelar e São Joaquim que, a partir da organização do atendimento elaborada pela gestão municipal transferiu pessoas de 11 ruas do Dom Avelar para serem atendidas na Unidade do bairro São Joaquim, que além de ser muito distante das residências não possui condições adequadas para um atendimento de qualidade, tais como médico efetivo, salas para os diferentes tipos de atendimento (vacinas, curativos, consultas etc), atendimento pediátrico e odontológico.

Em sua participação, o vereador informou que foi até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apresentar Representação que exige a tomada das providências necessárias para que a população do bairro Dom Avelar seja atendida integralmente na Unidade Básica de Saúde do bairro, bem como a melhoria de condições para o atendimento na Unidade do São Joaquim.

Ao responder os questionamentos do vereador, Magnilde fez menção à crise econômica/política que atravessa o país para justificar os problemas na área da saúde do município e defendeu a qualidade e avanço dos serviços que vem sendo prestados. Além disso, culpabilizou a gestão anterior pela forma como deixou a saúde do município, entre elas a ausência de equipamentos de saúde nos Residenciais do Minha Casa, Minha Vida, a exemplo do Vivendas.

Diante do posicionamento da secretária, questionamos ao vereador se achava plausíveis os argumentos apresentados pela gestora, ao que ele respondeu: “a Secretária está correta ao atribuir o agravamento dos problemas da saúde pública à crise pela qual passa o país. Ela só se esqueceu ou não quis dizer é que a força política do governo municipal, a exemplo do senador Fernando Bezerra e do deputado Fernando Filho, votou a favor da PEC que congela os investimentos da saúde por 20 anos. Eles são os grandes responsáveis por esse agravamento. E mais, é importante que ela e sua equipe vá debater diretamente com a população as demandas da sua pasta. Com certeza vai encontrar realidade bem diferente do que aponta os seus relatórios”.

Ao se referir sobre a fala da secretária quanto aos Residenciais do MCMV, o vereador acrescentou: “criticar a gestão anterior por não ter cumprido suas responsabilidades sobre os Residenciais do MCMV não pode justificar a falta de investimentos da gestão nessas comunidades. Ora, quando foi para construir grandes obras, a exemplo da duplicação da Sete de Setembro, a força política funcionou e a obra saiu em meses. Por que não usaram essa mesma força durante esses dois anos e meio para a construção de unidades de saúde nessas comunidades tão carentes”.

Rogério Silva| Foto: Hyarlla Wany

A audiência também abriu espaço para participação popular onde algumas lideranças comunitárias, a exemplo de Pedro Japão, presidente da associação dos moradores dos bairros Mandacaru e Parque Mandacaru, e Rogério Silva, comunitário do bairro Dom Avelar. Japão cobrou da secretária mais atenção para a melhoria do atendimento da UBS do bairro Mandacaru que, segundo ele, ainda deixa muito a desejar. Já Rogério Silva ratificou as denúncias do vereador Gilmar com relação às mudanças feitas pela secretaria no atendimento do bairro Dom Avelar, deslocando moradores de 11 ruas do bairro para serem atendidos na unidade do bairro São Joaquim.

“Existem moradores de ruas que estão apenas a 300 metros da unidade de saúde do bairro Dom Avelar e que agora tem que se deslocar quase 4 mil metros de distância em ruas intransitáveis, de difícil acesso e correndo risco de assalto, além dos cadeirantes e idosos com problemas de locomoção, para serem atendidas na Unidade de Saúde do São Joaquim”, pontuou.

Os vereadores da bancada governista defenderam a secretária e criticaram as cobranças do vereador Gilmar Santos, porém, contraditoriamente, apontaram uma série de problemas e pediram providências imediatas à gestora.

Ao final, a secretaria reconheceu os problemas dos bairros Dom Avelar e São Joaquim, denunciados por Gilmar, e se comprometeu em fazer as devidas correções.