Dia Nacional de Tereza de Benguela: Conheça mais sobre a líder quilombola que foi considerada rainha e é lembrada no dia 25 de julho

Tereza foi uma líder quilombola, que viveu durante o século 18 e hoje é símbolo de resistência


A ilustração, do século 19, foi adotada por organizações do movimento negro para representar Tereza (Foto: Wikimedio Communs)

25 de julho, no Brasil, é estabelecido como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data, marcada em 2014, com a Lei nº 12.987/2014 , celebra as lutas e das conquistas de mulheres negras e questiona reflexões sobre de como estruturas sociais e políticas que prejudicam a vivência das mulheres negras. Conheça mais sobre a ex-escrava que virou rainha e hoje é símbolo de resistência colonial.

Não há registros de onde ou quando Tereza nasceu. Sua história começa a ser montada quando seu marido José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho, foi assassinado, no século 18, e Tereza, assumiu e se tornou líder do local. Durante seu governo, o espaço, também era conhecido como Quilombo do Quariterê, hoje atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, era uma comunidade unida de negros e indígenas.

Segundo estudos da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Tereza navegava com grandes barcos pelos rios do pantanal. E todo era chamada de“Rainha”. Sua liderança também se destacou pela criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Era cultivado o algodão, para produção de tecidos, milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.

“Governava esse quilombo a modo de parlamento, tendo para o conselho uma casa destinada, para a qual, em dias assinalados de todas as semanas, entrava os deputados, sendo o de maior autoridade…Isso faziam, tanto que eram chamados pela rainha, que era a que presidia e que naquele negral Senado se assentava, e se executava à risca, sem apelação nem agravo,” grava registros no Anal de Vila Bela do ano de 1770.

A líder comandava, além da estrutura política, a econômica e administrativa do quilombo. Os objetos de ferro, antes utilizados para prender a comunidade negra eram transformados em instrumentos de trabalho.

O quilombo, segundo os textos, resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho. A população, 79 negros e 30 índios, morta ou aprisionada. Já sobre Tezera, existem duas versões, segundo a UFRB: ela teria se suicidado depois de ser capturada por bandeirantes ou que ela teria sido assassinada e teve a cabeça exposta no centro do Quilombo.

Fonte: Redação O Povo


#Julho das Pretas: Saúde da Mulher Negra em Petrolina é tema de live no Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latino-americana e Caribenha

A live, organizada pelo Mandato Coletivo, será realizada no próximo sábado (25) e contará com a participação da médica da atenção básica e plantões de emergência clínica, Carol Aquino, da doula e consultora em aleitamento materno e educadora perimetral, Danny Silva e de Jonalva Paranã, que é psicóloga e especialista em Saúde da Família e Vigilância em Saúde.

O Mandato Coletivo realizará, no próximo sábado (25), às 17h, uma live que abordará A Saúde da Mulher Negra em Petrolina-PE. A atividade faz parte da programação do Mandato na campanha Julho das Pretas: “A vida de meninas e mulheres negras importam”, que acontece anualmente em alusão ao dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latino-americana e Caribenha, e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

O principal objetivo da Campanha é evidenciar o debate sobre as políticas públicas de enfrentamento ao racismo, aos preconceitos e a todas as formas de violação de direitos, reafirmando o protagonismo e a participação das mulheres negras nos espaços políticos, atuando em defesa da vida e do direito dessas mulheres e meninas.

A luta antirracista é uma das principais bandeiras do Mandato Coletivo, que é representado e composto majoritariamente por pessoas negras que promovem durante todo o ano ações de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, como por exemplo, a “Campanha vidas negras importam: parem de nos matar”, que vinha sendo realizada nas escolas públicas estaduais de Petrolina; o projeto de Lei que prevê regulamentação em âmbito municipal do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa; a Lei que institui o Novembro Negro no calendário oficial do município, entre outras atividades educativas que vem sendo transmitidas virtualmente após a pandemia da covid-19.

A live que será apresentada pela radialista e integrante do Mandato, Ângela Santana, será transmitida em todas as redes sociais do Mandato e contará com a participação da médica da atenção básica e plantões de emergência clínica, Carol Aquino, da doula e consultora em aleitamento materno e educadora perimetral, Danny Silva e de Jonalva Paranã que é psicóloga e especialista em Saúde da Família e Vigilância em Saúde.

Fique Atento+

Quando? Sábado, dia 25

Que horas? às 17h

Onde?  Nas redes sociais do Mandato Coletivo (Instagram, Facebook e YouTube)

Veja as demais atividades realizadas durante a campanha+

Chame Gente: Racismo estrutural e direitos da população negra

Chame Gente: Nelson Mandela

“Racismo Estrutural e Direitos da População Negra” é o tema de hoje (15) no programa Chame Gente

Esta edição, que faz parte da agenda do Mandato Coletivo no Julho das Pretas, será transmita ao vivo hoje (15) às 18h no instagram do Mandato

Márcia Guena – professora, jornalista e representante da Frente Negra do Velho Chico, e Fátima Silva – assistente social com especialização em Crianças e Adolescentes em situação de risco e formação em Terapia Familiar, são as convidadas do Chame Gente de hoje (15). Elas irão bater um papo sobre racismo estrutural e direitos da população negra com o vereador Gilmar Santos (PT), que apresenta o programa. Esta edição faz parte da agenda do Mandato Coletivo no Julho das Pretas: Mulheres e meninas negras importam, e será transmitida ao vivo às 18h no instagram do Mandato.

A História do Brasil é marcada por profundas violências e desigualdades que sacrificaram, principalmente, a vida e a dignidade da população negra, tendo na escravidão o seu maior fundamento. Infelizmente, os resquícios desse período ainda se fazem presentes em nossa sociedade através das mais variadas formas de racismo, discriminação, intolerância e exclusões da população negra do acesso a direitos básicos e a espaços de poder, geralmente ocupados por brancos e seguimentos da elite que mantém estruturas históricas do racismo que mata e violenta negros e negras todos os dias no nosso país (onde a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado) e no nosso município, que tem amplo histórico de violência policial contra a população negra e periférica.

Segundo o 13º Anuário da Violência, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no ano passado (2019), 75,4% das vítimas pelas polícias brasileiras eram pessoas negras. Uma outra pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, aponta que a população preta ou parda em Pernambuco é a população mais afetada pelo desemprego e é também a mais afetada com a pandemia do novo coronavírus; a cada três pessoas negras hospitalizadas, há uma morte por SRAG causada pelo coronavírus; já entre brancos, há uma morte a cada 4,4 hospitalizações, conforme aponta pesquisa da Agência Pública.

Frente a esses e tantos outros dados de violência e negação de direitos à população negra, entendemos como necessária e urgente a discussão sobre o assunto, visando sempre a melhoria e implantação de políticas públicas direcionadas que atuem na garantia de direitos e de combate à discriminação racial.

Você não querer perder esse debate, não é? Então anota aí!

Quando: Hoje, às 18h

Onde acompanhar? Na página do Instagram do Mandato Coletivo: @vereadorgilmarsantosoficial