Bolsonaro foi citado por suspeito de matar Marielle Franco, revelam investigações

Investigações da Polícia Civil revelam que um dos suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi ao condomínio onde mora o ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos crimes. Na portaria, o suspeito teria dito que iria visitar Jair Bolsonaro, que também tem casa no local, mas estaria em Brasília no dia. Com a revelação, inquérito deve ser levado ao STF

Investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes revelaram que um dos suspeitos dos crimes citou Jair Bolsonaro. Com isso, as investigações devem ser levadas para o Supremo Tribunal Federal, por conta do foro privilegiado de Bolsonaro.

Segundo revelações do Jornal Nacional na noite desta terça-feira (29), a Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Sul do Rio, onde Bolsonaro tem casa e o policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle.

O porteiro contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Mas os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia.

Ainda de acordo com a reportagem do Jornal Nacional , às 17h10 da data do crime, ele escreve no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o visitante iria, a de número 58. Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime.

O porteiro contou que, depois que Élcio se identificou na portaria e disse que iria pra casa 58, ligou para a casa 58 para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar. Disse também que identificou a voz de quem atendeu como sendo a do “seu Jair” – ele confirmou isso nos dois depoimentos.

No registro geral de imóveis, consta que a casa 58 pertence a Jair Messias Bolsonaro. O presidente também é dono da casa 36, onde vive um dos filhos dele, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSL).

Como houve citação ao nome do presidente, a lei obriga o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação.

Fonte: Brasil 247

Indignado com manifestações durante o carnaval, Bolsonaro faz post com conteúdo pornográfico e é criticado na imprensa internacional

“O post polêmico não só escandalizou os brasileiros (oposição e apoiadores) como também repercutiu na imprensa internacional e analistas de diferentes áreas afirmam que a conduta constitui “quebra de decoro social”

Foto: OGlobo

O carnaval é uma das manifestações culturais mais populares no Brasil e esse ano as festividades foram marcadas por protestos em diversas cidades do país contra o atual presidente da república Jair Bolsonaro (PSL).

O presidente, de aparente má conduta, tem tido cada vez menos aprovação da população e inconformado com as manifestações postou na última terça-feira (05), em sua conta no twitter, um vídeo com conteúdo pornográfico em que dois homens dançam sobre um ponto de táxi em um bloco de rua no carnaval paulistano e um deles coloca o dedo no ânus e se abaixa para o outro urinar nele.

O presidente tuitou: “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões (sic)”.

O post polêmico não só escandalizou os brasileiros (oposição e apoiadores) como também repercutiu na imprensa internacional.

 

O Jornal americano The New York Times, publicou nesta quarta (06) uma matéria com o título “Presidente brasileiro posta vídeo com golden shower. Comentários jorram. O termo em inglês representa um trocadilho”.

O jornal lembra que a conta de Bolsonaro tem 3,4 milhões de seguidores e menciona que a postagem despertou reações de internautas, como a do senador Humberto Costa, que o chamou de “patético”, ou da cientista política Mara Telles, que sugeriu que o presidente teria quebrado o decoro do cargo.

Em sua edição espanhola, o diário “El País” publicou uma matéria intitulada “Bolsonaro twitta um vídeo obsceno do carnaval e desencadeia a polêmica no Brasil”.

O diário também comentou “a maior economia da América Latina, com seus 200 milhões de habitantes, assiste atônita a outro excesso de um político que havia abaixado o tom que caracterizou sua carreira política até a vitória eleitoral”.

Além desses veículos, o assunto também foi pautado nos jornais britânicos “The Guardian” e “The Independent”, no site francês “Le Monde”, no jornal mexicano “Excelsior”, no site de notícias argentino “Infobae” e no jornal paraguaiano “Última Hora”.

O twitter vem sendo a principal ferramenta de comunicação de Bolsonaro com a população, porém, pouco é mencionado na plataforma os projetos e ações de sua gestão. A reforma da previdência, por exemplo, foi pautada em apenas cinco posts do presidente desde o começo do ano.

De acordo com a Istoé, “Analistas de diferentes áreas ouvidos pelo Estado afirmaram que a conduta constitui “quebra de decoro social” porque “não corresponde à liturgia do cargo” e pode ter reflexos na imagem do País no exterior e na aprovação das reformas para que a economia volte a crescer”.

Atitudes como essa só comprovam a ignorância política de Bolsonaro –assim como sua falta de ética-, pois, o carnaval é um dos eventos que movimenta e fortalece a economia no país em diversos setores como o de Turismo e negócios.

O post além de ter conteúdo inapropriado, relaciona o carnaval brasileiro à pornografia e à desordem, deixando de ressaltar a beleza de nosso povo e o caráter político do evento.

A escola de samba Mangueira, por exemplo, recontou a história do Brasil a partir de heróis negros e índios, homenageando também a vereadora do PSOL Marielle Franco, morta em março do ano passado. A mangueira foi a campeã do Carnaval de 2019 no Rio de Janeiro e conquistou o seu 20º título.

Para o carnavalesco Leandro Vieira, que assinou o enredo “História pra ninar gente grande”, o desfile da Mangueira “É um recado político para o país todo, que tem que entender que isso aqui é importante. É um recado político também para o presidente mostrar que o carnaval é isso aqui. O carnaval é a festa do povo. O carnaval é cultura popular. O carnaval não é o que ele acha que é. O carnaval é isso. E ele deveria mostrar para o mundo o carnaval da Mangueira. O carnaval da arte, o carnaval da luta, o carnaval do povo, o carnaval da cultura popular.

Fonte: G1, Istoé.

Negras e negros temem mais retrocessos com Bolsonaro

Depois de conquistas durantes os governos do PT, retrocessos registrados na administração de Temer tendem a piorar com a posse de Jair Bolsonaro.

 

Neste 20 de novembro de 2018, Dia daConsciência Negra, a população negra brasileira não tem nada a comemorar. Depois de 14 anos de avanços conquistados com muita luta durante os governos democráticos e populares do PT, os retrocessos registrados no governo do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) tendem a se intensificar com a posse, em janeiro de 2019, do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Enquanto os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff tinham consciência da dívida histórica que o país tem com a população negra, Temer e Bolsonaro ignoram temas como combate a discriminação e injustiça racial.

Uma das primeiras medidas de Temer foi acabar com o status de ministério da Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), criada por Lula, em 2003, primeiro ano do seu governo. Já Bolsonaro deu diversas declarações desrespeitosas, tratando os negros brasileiros com desprezo e falta de consideração.

Mas, o movimento e os trabalhadores e trabalhadoras negras não se deixam intimidar e prometem não largar a mão de ninguém, organizar a resistência e a luta por direitos e respeito independentemente das ideias reacionárias do novo presidente.

“Nós temos um desafio muito grande que é como a gente vai fazer o enfrentamento a tudo isto que está colocado”, diz a secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Nogueira.

A luta e as conquistas do movimento negro

A criação da SEPPIR nasceu do reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro brasileiro e foi uma das principais conquistas da população negra depois de mais de 500 anos de história do Brasil.

Considerada um marco na promoção dos direitos de igualdade de oportunidades,saúdeeducação e à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana, a SEPPIR trouxe outras vitórias para a população negra, como o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Estatuto da Igualdade Racial, Cotas Raciais nas Universidades Públicas e no serviço público federal, a Lei nº 10.639, que altera a grade curricular para inserir nas escolas públicas e privadas o ensino da história e da cultura da África e dos afrodescendentes, entre outras.

Para secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Reis Nogueira, o Estado compreendeu com Lula qual era o seu papel no combate ao racismo e na construção da igualdade racial, pautas mínimas para a garantia da democracia e justiça social.

“A participação efetiva do poder público foi fundamental, mas as entidades do movimento negro nacional organizado também participaram, e esse passou ser o espaço de construção de debate coletivo no movimento apontando para o governo políticas de promoção da igualdade racial que nós gostaríamos de ver inserida na República”, afirmou Júlia.

Desigualdade continua

Mesmo com todas as conquistas a desigualdade continua. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que leva em consideração critérios como educação, expectativa de vida e renda per capita, ao ser desmembrado por grupo racial, demonstra que há um abismo de 61 países entre o Brasil negro e o Brasil branco.

No ranking de qualidade de vida, os brancos ficam em 46º lugar e os negros em 107º lugar, pior que todos os países africanos, inclusive a Nigéria e a África do Sul.

“Só com a maior participação do Estado com mais políticas afirmativas é que poderíamos acabar com a desigualdade racial, mas o que estamos vendo é a proximidade de mais retrocessos. Com Temer já foi um desastre para a população negra, com Bolsonaro a tendência é piorar”, afirmou Júlia.

Uma onda de retrocessos

Segundo Júlia, Bolsonaro já deu sinais de mais retrocessos que ameaçam ainda mais a população negra. Antes mesmo de ser candidato, o deputado Bolsonaro votou a favor de projetos de retirada de direitos, como a reforma Trabalhista, e votou contra a PEC das domésticas, que garantiu um mínimo de direitos para a categoria, formada em sua grande maioria por mulheres negras.

Durante a campanha, em suas redes sociais e em entrevistas para uma parte da mídia comercial, Bolsonaro prometeu diminuir ou acabar com as cotas raciais nas universidades, reduzir maioridade penal, reverter regularização de terras quilombolas, dar carta branca para policiais matarem e disse, também, que iria romper com a Organização das Nações Unidas (ONU), o que significaria romper todos os tratados internacionais de direitos humanos.

“Todas as medidas anunciadas pelo presidente eleito vão afetar diretamente a vida da população negra, que já é a que mais morre, a mais encarcerada, a que mais fica desempregada, a mais analfabeta e a que tem renda menor e trabalho precário”, afirmou a secretária de Combate ao Racismo da CUT.

Além disso, também nas redes sociais, o presidente eleito mostrou por meio de posts como ele alimenta a cultura da violência racista.

“Eu fui em um ‘quilombola’ em Eldorado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas [unidade de medida para peso de gado]. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais”, disse Bolsonaro, aos risos do público durante uma palestra.

Ao tratar do tema educação, Bolsonaro defendeu sem constrangimento a meritocracia. O candidato já havia exposto sua opinião durante sua vida parlamentar:

“Negro? Qual a diferença minha pra um negro? Ele é inferior a mim? O Joaquim Barbosa chegou lá como? O Obama chegou lá como? É mérito! Se nós queremos democracia, meritocracia, né? Tem que ser desta forma.”

No país, os negros representam 54% da população, segundo dados de 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No grupo dos 10% mais pobres, os negros representam 75% das pessoas, mas entre o 1% mais rico, somam apenas 17,8% dos integrantes.

“Não tem como tratar igual os desiguais. A história do Brasil nos mostra que quem tem dinheiro paga as escolas de seus filhos e prepara estas crianças para disputar as vagas nas universidades públicas. E o pobre que não tem o ensino adequado quando chega para disputar a universidade ele vai pagar, porque ele não tem como disputar com quem se preparou”, destacou Júlia.

Em mais de 80 páginas do plano de governo do então candidato, Jair Bolsonaro, a equipe dele não cita em nenhum momento as palavras negro, negra, indígena, etnia e raça, muito menos existem propostas de políticas de ações afirmativas.

“Em 518 anos de história, houve apenas um pequeno intervalo de 14 anos em que a população negra teve seus direitos reconhecidos e acesso a cidadania. O que nos preocupa com o novo governo é que os retrocessos sejam enormes e a desigualdade aumente ainda mais”, finalizou Júlia.

Por CUT

Nota do PT: Cai a máscara de Sérgio Moro

Ao aceitar convite para ser ministro de Bolsonaro, parcialidade e intenções políticas de juiz ficam ainda mais claras “aos olhos do Brasil e do mundo”

Ao aceitar o convite para ser ministro da Justiça deJair Bolsonaro, Sérgio Moro revelou definitivamente sua parcialidade como juiz e suas verdadeiras opções políticas. Sua máscara caiu.

Moro foi um dos mais destacados agentes do processo político e eleitoral. Desde o começo da Operação Lava Jato agiu não para combater a corrupção, mas para destruir a esquerda, o Partido dos Trabalhadores e o governo que dirigia o país. Todas as suas ações foram meticulosamente pensadas para influenciar nesse sentido.

Em 2016 gravou e vazou ilegalmente conversas privadas da presidenta da República; condenou Lula, sem provas e por “atos indeterminados”; fez malabarismo judicial para descumprir a ordem de soltura do TRF 4; manipulou o calendário do processo para impedir um depoimento de Lula, no qual poderia se defender e divulgou uma delação mentirosa de Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

As decisões arbitrárias, ilegais e parciais de Sergio Moro levaram o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos da ONU a abrir um procedimento formal sobre o processo contra Lula, além de determinar a garantia dos direitos políticos de Lula, o que foi desrespeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em clara desobediência aos tratados internacionais vigentes.

Moro sempre foi um juiz parcial, sempre agiu com intenções políticas, e isso fica evidenciado aos olhos do Brasil e do mundo, quando ele assume um cargo no governo que ajudou a eleger com suas decisões contra Lula e a campanha de difamação do PT que ele alimentou, em cumplicidade com a maior parte da mídia.

O juiz que atuou tão fortemente contra Lula é o mesmo que beneficiou os verdadeiros corruptos da Petrobrás e seus agentes, que hoje gozam de liberdade ou prisão domiciliar, além dos milhões que acumularam, em troca de depoimentos falsos, de claro cunho político.

Essa nomeação, cujo convite fora feito antes do primeiro turno, como revela o vice- presidente General Mourão, hoje na Folha de São Paulo, é mais um sinal de que o futuro governo pretende instalar um estado policial no Brasil.

O PT conclama os democratas, os que defendem a Constituição e o estado de direito, a reforçar a campanha Lula Livre, por meio de um julgamento justo e do respeito às convenções internacionais assumidas soberanamente pelo Brasil, assim como cobra do Conselho Nacional de Justiça – CNJ que paute imediatamente a representação contra Sérgio Moro, que se encontra no plenário desde o ano de 2016, pelos desvios de sua função e a parcialidade na sua atuação.

Comissão Executiva Nacional do PT 

Fonte: http://www.pt.org.br

 

Nordeste garante Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra Jair Bolsonaro

Dos nove estados da região, Haddad ganhou em oito; Ciro Gomes (PDT) venceu no Ceará

Haddad e Bolsonaro disputarão o segundo turno das eleições no dia 28 de outubro / Divulgação/montagem

Com o total de urnas apuradas, os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) estão confirmados na disputa do segundo turno das eleições presidenciais 2018. O candidato da extrema direita é o primeiro colocado, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro atingiu 46,03% dos votos válidos e Haddad, 29,28%. Ciro Gomes (PDT) é o terceiro colocado, com 12,47% dos votos, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), com 4,76%. Votos brancos chegaram a 2,65%, nulos 6,14% e a abstenção ficou em 20,32% entre os eleitores aptos a votar.

A região Nordeste foi a que mais deu votos ao candidato petista. Dos nove estados da região, Fernando Haddad ganhou em oito, tendo perdido somente no estado do Ceará, onde Ciro Gomes se manteve na liderança. “O Nordeste tem sido a vanguarda da política brasileira, porque pode salvar o Brasil de ter um fascista na Presidência da República”, analisa o cientista político Francisco Fonseca.

Segundo Sérgio Amadeu, sociólogo e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), não é uma surpresa que, diante da forte concentração dos meios de comunicação nas mãos da elite escravocrata, um candidato com traços fortemente autoritários ganhe força nessas eleições. “Na história da política brasileira, você tem um eleitorado extremamente autoritário. É preciso lembrar que esse é o país que tentou matar os negros e branquear a nação”, apontou.

Para o jurista Pedro Serrano, novas formas de autoritarismo tem ganhado espaço em muitos países, com certa roupagem democrática, o que também ajuda a explicar o alto índice de votação do candidato da extrema direita. “Nós vivemos uma nova forma de autoritarismo no século 21. Não são governos e Estados de exceção, mas de um autoritarismo líquido, disperso, e que implica em medidas de exceção na democracia”, diz Pedro Serrano.

De acordo com Fonseca, a polarização deve se intensificar no segundo turno eleitoral pelo perfil dos dois candidatos. “Essa eleição coloca em lados opostos barbárie e civilização. Bolsonaro é o candidato dos grandes empresários, antipopular e que sempre votou contra os trabalhadores”.

O jornalista Paulo Moreira Leite criticou a ausência do candidato do PSL nos debates eleitorais, e destacou a importância do segundo turno para a discussão de projetos. “Vamos ver se o Bolsonaro vai participar de algum debate no segundo turno. Porque ele é um candidato fraco. Não é uma questão de concordar ou não com as ideias dele, mas a única coisa que ele articula bem são os próprios preconceitos”.

Outro jornalista, o fundador do site Opera Mundi, Breno Altman, afirmou que estará nas mãos da candidatura petista, promover um debate programático, obrigando Bolsonaro a se posicionar. “Fernando Haddad precisa forçar o debate para retirar dele essa construção de que ele é o antissistema. Ele é o candidato mais duro do ‘supersistema’. É preciso ir para o centro da discussão, e o centro da discussão é a agenda econômica e social”, afirmou.

Por Leonardo Fernandes

http://www.brasildefato.com.br

 

 

Ibope: Haddad dispara, chega a 19% e se isola na segunda colocação

Mais uma vez, candidato do PT foi o que mais apresentou crescimento e atingiu um patamar, inclusive, mais alto que no último Datafolha. Bolsonaro oscilou 2 pontos e os demais candidatos apresentaram quedas ou se mantiveram estáveis

Foto: Divulgação/Coligação “O Povo Feliz de Novo”

Nova pesquisa eleitoral do Ibope para a presidência divulgada nesta terça-feira (18) confirma a curva ascendente de Fernando Haddad (PT), oficializada há exatamente uma semana. O novo levantamento mostra, novamente, que o petista foi o que mais apresentou crescimento com relação à última pesquisa, chegando aos 19% e se isolando na segunda colocação. No estudo anterior, Haddad tinha 8% – cresceu 11 pontos em 7 dias.

O primeiro colocado, Jair Bolsonaro (PSL), oscilou 2 pontos, dentro da margem de erro, com relação à última pesquisa e agora aparece com 28%. Ciro Gomes (PDT), que estava tecnicamente empatado com Haddad em segundo lugar, se manteve estável e, agora, diante do crescimento do petista, figura na terceira colocação, com 11%. Geraldo Alckmin (PSDB) aparece na nova pesquisa em quarto lugar com 7% e Marina Silva (Rede) em quinto, com 6%.

A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Confira a lista completa

Jair Bolsonaro (PSL): 28%

Fernando Haddad (PT): 19%

Ciro Gomes (PDT): 11%

Geraldo Alckmin (PSDB): 7%

Marina Silva (Rede): 6%

Alvaro Dias (Podemos): 2%

João Amoêdo (Novo): 2%

Henrique Meirelles (MDB): 2%

Cabo Daciolo (Patriota): 1%

Vera Lúcia (PSTU): 0%

Guilherme Boulos (PSOL): 0%

João Goulart Filho (PPL): 0%

Eymael (DC): 0%

Branco/nulos: 14%

Não sabe/não respondeu: 7%

O Ibope ouviu 2.506 eleitores entre os dias 16 e 18.

Confirmação de tendência

A tendência de evolução na candidatura de Fernando Haddad (PT) já havia se manifestado no último levantamento Datafolha, divulgado na sexta-feira (14). O petista tinha sido o candidato que mais cresceu nas intenções de voto. Ele tinha pulado de 9% para 13%, chegando ao mesmo índice de Ciro Gomes (PDT), que, no entanto, se manteve estável.

Jair Bolsonaro (PSL) aparecia em primeiro, subindo de 24% para 26%. Nas demais colocações, Geraldo Alckmin (PSDB) atingiu 9%; Marina Silva (Rede), 8%; Álvaro Dias (Podemos): 3%; Henrique Meirelles (MDB): 3%; João Amoêdo (Novo): 3%; Cabo Daciolo (Patriota): 1%; Guilherme Boulos (PSOL): 1%; Vera Lúcia (PSTU): 1%; João Goulart Filho (PPL): 0%; Eymael (DC): 0%; Branco/nulos: 13%; Não sabiam/não responderam: 6%.

A pesquisa foi feita entre quinta (13) e sexta-feira (14), com 2.820 eleitores, e a margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Ibope anterior

O crescimento de Haddad já podia ser notado na última pesquisa Ibope, do dia 11.  O levantamento anterior apontou que Jair Bolsonaro (PSL) estava em primeiro, com 26%; Ciro Gomes (PDT), com 11%; Marina Silva (Rede), 9%; Geraldo Alckmin (PSDB), 9%; Fernando Haddad (PT), que até a manhã do dia da divulgação da pesquisa ainda não havia sido oficializado como candidato, subiu de 6% para 8% e foi o único, além de Bolsonaro, que apresentou crescimento. Em síntese: Ciro, Marina, Alckmin e Haddad estavam empatados tecnicamente em segundo lugar, pela margem de erro.

Demais colocações: Alvaro Dias (Podemos): 3%; João Amoêdo (Novo): 3%; Henrique Meirelles (MDB): 3%; Vera Lúcia (PSTU): 1%; Cabo Daciolo (Patriota): 1%; Guilherme Boulos (PSOL): 0%; João Goulart Filho (PPL): 0%; Eymael (DC): 0%; Branco/nulos: 19%; Não sabiam/não responderam: 7%.

 

 

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Quando apontado como candidato de Lula, Haddad assume segundo lugar, diz XP/Ipespe

Haddad atinge 14% das intenções de votos quando identificado como o candidato apoiado por Lula

Lula e Haddad. Foto: Ricardo Stuckert

Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (7) mostra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) atingindo 14% das intenções de votos quando identificado como o candidato apoiado por Lula. A transferência de votos do ex-presidente ao seu vice é de 35%, suficiente para alcançar a segunda posição da disputa, a 6 pontos percentuais do líder Bolsonaro, e em empate técnico no limite da margem de erro com Ciro Gomes, que aparece com 10% nesta simulação alternativa.

O levantamento com Haddad tendo apoio de Lula. Foto: XP/Ipespe

O levantamento foi a campo após cinco dias de campanha no rádio e na televisão. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança da corrida presidencial com 23% das intenções de voto, mesmo patamar registrado no levantamento anterior, mas a sua rejeição subiu a 62%.

Apesar de deter cerca de 40% do horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, Alckmin aparece com apenas 8% das intenções de votos. Para alguns analistas políticos, Alckmin agora também deverá enfrentar dificuldades para reconquistar apoio de antigos eleitores tucanos que hoje declaram apoio a Bolsonaro, após ataque sofrido pelo parlamentar ontem, em Juiz de Fora (MG). O parlamentar é o principal herdeiro do desencanto de eleitores antilulistas com o PSDB.

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