“A manifestação, que faz parte de uma mobilização nacional do Dia de Luta em Defesa da Previdência, começou por volta das 9h na Praça do Bambuzinho e seguiu até a sede do INSS, na Rua Tobias Barreto. Cerca de 1000 pessoas participaram do ato”
Na manhã de hoje (22), o Mandato Coletivo do vereador professor Gilmar Santos (PT) participou de uma manifestação contra a reforma da previdência apresentada pelo Governo Bolsonaro.
A manifestação, que faz parte de uma mobilização nacional do Dia de Luta em Defesa da Previdência, começou por volta das 9h na Praça do Bambuzinho, Avenida Souza Filho, e os manifestantes caminharam até à sede do INSS, na Rua Tobias Barreto. Cerca de 1000 pessoas participaram do ato.
Para Gilmar, essa reforma significa uma ataque à dignidade da classe trabalhadora, pois, transfere para ela os déficits na economia, quando na verdade as empresas que tem dívidas enormes com o Estado não são cobradas da mesma forma. Segundo ele, somente a luta e a resistência podem impedir que essa proposta siga adiante.
“Estar nas ruas com a classe trabalhadora, estudantes e organizações populares foi fundamental para disparar a luta contra a reforma da previdência. A batalha para impedir que o governo Bolsonaro destrua a aposentadoria dos mais pobres se dará com muita mobilização e o dia de hoje foi uma demonstração de muita força, que deu energia para vencermos essa luta”.
Maria de Lourdes, agricultora e vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, disse que essa reforma representa uma perda de direitos, principalmente paras as mulheres que trabalham no campo.
“Elas hoje tem uma perda na reforma previdenciária porque a aposentadoria pode ser elevada para 60 anos ou para 20 anos de documentação rural. Se hoje a gente já sente dificuldade em organizar essa documentação do pessoal e já tem gente que fica de fora, se a reforma passar vai ser uma perversidade. São os trabalhadores do campo, agricultores e agricultoras que garantem a comida na mesa das cidades… Se o campo não planta, a cidade não janta” .
A professora da rede estadual da Bahia, Célia Rodrigues, disse que a realização do evento foi de muita importância para que a população unida possa assegurar o direito dos trabalhadores, principalmente daqueles que não tem boas condições de trabalho.
“Há grupos que serão ainda mais prejudicados, como os trabalhadores rurais, por exemplo, que pela própria condição de trabalho não será possível ter um tempo de trabalho tão longo. Para a educação também, para os professores que trabalham em péssimas condições. Acredito eu que seria impossível alguém estar dando aulas com 70 anos”.
Para Victor Menezes, estudante de ciências sociais, “Esse projeto do governo que visa acabar com a saúde do trabalhador, acabar com as formas elementares de vida desses indivíduos, principalmente os mais pobres, porque esse recorte tem um recorte de classe muito grande e que visa atingir principalmente a população mais pobre, a população negra da sociedade. Então estivemos juntos mais uma vez para estar combatendo ao máximo esse tipo de projeto, esse tipo retrocesso na nossa sociedade”.