Produção e comercialização de alimentos orgânicos e agrecológicos foram pauta da 5ª Edição do Coletivo na Rua

Ontem, dia 25 outubro, realizamos nossa quinta edição do Coletivo na Rua. “Alimentos orgânicos e a democratização da vida saudável – Comer também é um ato político!” foi o mote dos nossos debates nessa edição. Estiveram presentes no evento vários/as representantes do setor produtivo de alimentos orgânicos da nossa cidade.

Na oportunidade apresentamos nossa lei de nº 2.913/2017 que obriga os estabelecimentos de educação infantil e ensino fundamental públicos e privados a substituir alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis, prioritariamente de origem orgânica ou agroecológica. Lei que também prevê sua implementação de modo gradativo, num prazo de cinco anos, onde no primeiro (2018) o município deve adquiri 10% da merendar escolar nesses setores produtivos, e a partir do quinto ano deverá ser 50%.

Também foi pauta a construção da Central Municipal de abastecimento e comercialização de alimentos orgânicos, essa que já tem recursos garantidos por meio de uma emenda parlamentar do ex-deputado Federal Fernando Ferro (PT) vinda através de uma articulação do ex-vereador Geraldo Acerola (PT). Advertimos aos participantes que os prazos para execução desses recursos estão expirando, o que demanda mobilização social para que essa importante política pública se concretize.

Uma serie de outras questões foram levantadas como, por exemplo: A alta incidência de câncer em nossa cidade devido ao uso demasiado de agrotóxicos em nossas lavouras; a poluição do nosso ecossistema pelos resíduos da agricultura com veneno; a desmistificação da não acessibilidade econômica dos alimentos orgânicos; a falta de espaço midiático para as práticas produtivas da agricultura orgânica, entre outras.

Terminamos nossa roda de diálogos convictos da necessidade de potencializamos ainda mais a luta por uma outra política alimentar, afinal de contas, comer é sim um ato político!

 

Mandato Coletivo realiza 5º edição do projeto Coletivo na Rua

Dia 25 de outubro o Profº Gilmar Santos e sua equipe realizarão a 5ª Edição do Coletivo na Rua com a temática “Alimentos orgânicos e a democratização da vida saudável – Comer Também é um Ato Político!”. A plenária popular é um instrumento de escuta e debate do Mandato Coletivo e esta edição está sendo elaborada junto a setores estratégicos de produção e pesquisa sobre os alimentos orgânicos a fim de identificar as demandas acerca de políticas públicas que visem à democratização dos orgânicos.

A produção de alimentos subjugada a interesses meramente econômicos compromete a segurança na saúde alimentar de brasileiros e brasileiros que comem o que é ofertado no mercado em maior escala com maior incentivo do governo. A indústria do agronegócio dita regras alimentares e as formas de acesso ao que se come na mesa dos cidadãos sem sofrer grandes questionamentos, tamanho o poder que detém em lobbys e representações junto à mídia e aos poderes executivos, legislativo e judiciário. O agro é pop, já nos diz a Globo, “Pobre tem que comer alimento com agrotóxico”, já sentenciou Kátia Abreu, e substâncias identificadas como cancerígenas, como o Glisofato, ainda são usadas (e liberadas) no país que, diga-se de passagem, é o maior consumidor de agrotóxico do mundo e importa mais de 129 mil toneladas do veneno que em outros países da Europa já foi proibido.

Uma política pública deve em sua essência defender os interesses do coletivo e sendo o alimento a necessidade básica da vida humana, que se comece a pensar política pública comprometida com essa necessidade vital da humanidade: combater a fome, nutrir o corpo, produzir empregos e garantir saúde na mesa e no trabalho de mulheres, homens e crianças de Petrolina, buscar caminhos e meios sustentáveis de acesso ao consumo e à produção de alimentos livres de agrotóxicos, movimento possível que além duma vida saudável, garante melhor de distribuição de renda se pensarmos que é a agricultura familiar, maior geradora de empregos no ramo da agricultura e não agronegócio como anuncia a mídia, a grande protagonista desse processo de elaboração de um estilo de vida sustentável, democrático, solidário e socialmente justo.