Após articulação do vereador Professor Gilmar e dos movimentos sociais antirracistas, Petrolina terá representantes na etapa estadual da Conferência de Igualdade Racial, em Gravatá

Mais uma vez Petrolina ficou de fora da realização da Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial. Um dos principais motivos para isso foi a ausência de um Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, estrutura essencial para a realização da conferência e também para a construção e fiscalização de políticas públicas voltadas à população negra, indígena, cigana e demais comunidades tradicionais.
Diante da omissão do poder público, o Mandato Coletivo do Professor Gilmar Santos (PT), em articulação com movimentos sociais antirracistas, comunidades tradicionais e lideranças populares, garantiu a presença de Petrolina na Etapa Intermunicipal Sertão da 5ª Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (V CONEPIR/PE), realizada no último dia 2 de julho, em Serra Talhada. Os/as representantes de Petrolina foram eleitos/as delegados/as e representarão o município na etapa estadual da conferência, que acontece em agosto, na cidade de Gravatá.
Autor do primeiro Estatuto de Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa de Pernambuco, aprovado em 2020 na cidade de Petrolina, o Professor Gilmar reforça que a ausência da conferência no município escancara o racismo institucional da gestão. “A ausência de um conselho de igualdade racial é mais uma prova de que não há vontade política de incluir nosso povo na construção de políticas públicas. Mas nós não vamos permitir que continuem nos excluindo das decisões que impactam diretamente nossas vidas. Seguiremos indo onde for preciso para garantir reparação, justiça social e igualdade”, enfatizou o vereador.

No município mais de 70% dos/as moradores/as se declaram pretos/as ou pardos/as, segundo o Censo 2022 do IBGE. A omissão da Prefeitura impediu que a maioria da população petrolinense participasse oficialmente da construção das políticas públicas pela igualdade racial. Com o tema “Igualdade racial e democracia: reparação e justiça social”, a etapa intermunicipal reuniu representantes de diversos municípios dos sertões pernambucanos, também prejudicados pela ausência das conferências municipais.
Representando Petrolina pelo coletivo Mulheres de Bamba, a monitora de capoeira Mariane Nunes, conhecida como “Delicada”, destacou que a participação foi mais um passo importante na luta coletiva. “Nossas pautas estão diretamente ligadas às questões raciais e à luta do povo negro no Brasil. Saímos daqui muito felizes com o resultado que, com certeza, vai impactar diretamente a nossa luta, que é cotidiana”, afirmou.
O Mandato Coletivo reforça que o enfrentamento ao racismo estrutural e às injustiças sociais não pode ser pontual, mas deve ser compromisso constante do poder público. Desde o início do seu Mandato, o Professor Gilmar segue na luta para garantir que o município avance em ações concretas voltadas às populações historicamente marginalizadas, especialmente as que vivem nas periferias.

Por Glícia Barbosa
Edição: Victória Santana
(ASCOM | Mandato Coletivo)