“Nos solidarizamos com quem tanto lutou por uma UNIVASF pública, democrática, gratuita, inclusiva e de qualidade; e repudiamos toda e qualquer expressão de autoritarismo, oportunismo e golpismo que assaltam a sua dignidade”, cita um trecho da nota
O Vereador Professor Gilmar Santos, junto ao Mandato Coletivo, vem expressar solidariedade à todos e todas que integram a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) que, através de consulta popular e voto da maioria dos membros do Conselho Universitário (Conuni), no mês de Novembro de 2019, em um processo democrático, transparente e reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), escolheram o professor Télio Leite e a professora Lúcia Marisy, respectivamente, como Reitor e Vice-reitora para a nova gestão do período 2020-2024 dessa universidade que é um patrimônio do povo sanfranciscano, nordestino e brasileiro e que se encontra ameaçada por artimanhas autoritárias e golpistas.
Ao mesmo tempo, vimos repudiar o comportamento do grupo de professores e servidores derrotados no pleito eleitoral e que, não sabendo conviver com as regras democráticas, apelou para uma ação judicial vergonhosa, com mero intuito de impedir a nomeação dos eleitos e, consequentemente, tirar proveito de articulações políticas indecorosas junto ao governo federal, já que boa parte dos seus membros tem total alinhamento ideológico e partidário com o Sr. Ministro da Educação, Abraham Weintraub e com o Sr. Presidente da República, Jair Bolsonaro.
O grupo derrotado conseguiu o que tanto queria: governar a UNIVASF através de indicação e arranjos políticos antidemocráticos. O Sr. Paulo Cesar Fagundes Neves, indicado pelo MEC como Reitor pró tempore, desde 09 de Abril de 2020, incorpora na sua atuação o perfil de um interventor, autoritário e incapaz de dialogar com qualquer pessoa ou e espaços políticos orientados pela democracia e autonomia universitárias.
Prova desse autoritarismo ocorreu quando o Sr. “Interventor”, ao indicar os seus pró-reitores e demais servidores para órgãos administrativos, não aceitou qualquer escuta ou participação do Conselho Universitário, principal instância de decisão da universidade. O que imperou foi a escolha de sujeitos alinhados político e ideologicamente com o bolsonarismo, de baixa e questionável competência para exercerem as funções a que foram destinados. Conforme manifestações públicas da comunidade acadêmica, o desrespeito do “Interventor” ao Conuni só tem se aprofundado nas últimas semanas.
Por ser um espaço que abriu portas para milhares de filhos e filhas de trabalhadores; para pessoas das nossas periferias, negros e negras; para trabalhadores rurais, ribeirinhos, quilombolas, indígenas; por oferecer diversos serviços e programas que beneficiam a população em geral, tendo no Hospital Universitário Dr. Wahshington Antonio de Barros (HU) seu maior exemplo; a UNIVASF está ameaçada, na sua democracia, na sua produção científica, nos seus recursos públicos, na sua missão de servir ao nosso povo, principalmente, aos que se encontram em situação de maior vulnerabilidade social.
Por esses e outros motivos, nos solidarizamos com quem tanto lutou por uma UNIVASF pública, democrática, gratuita, inclusiva e de qualidade; e repudiamos toda e qualquer expressão de autoritarismo, oportunismo e golpismo que assaltam a sua dignidade.
Vereador Professor Gilmar Santos (PT)
Mandato Coletivo