O Mandato Coletivo é também lugar de mulher!

Ainda vivemos em uma sociedade marcada pelo machismo, sexismo e de controle patriarcal. As mulheres tem sido, de modo sistemático e compulsório, excluídas dos lugares de fala e deliberação política. Mesmo assim, suas vozes ecoam nos lugares de resistência, lutando pela não subalternização de suas existências.

São muitas as companheiras que compõem as fileiras do nosso Mandato Coletivo. Trabalhadoras, negras, intelectuais, mães, donas de casa, periféricas, camponesas, professoras, artistas, empregadas domésticas, lésbicas, religiosas, quilombolas, jovens, adultas, idosas, comunicadoras e cuidadoras. Mulheres que são atravessadas por identidades, responsabilidades, utopias e opressões. Sujeitas que cortam um dobrado no exercício da descoberta do ser para si. Mulheres que lutam pelas inúmeras possibilidades de serem mulheres; no plural, assim como a diversidade de arranjos identitários possíveis a estes seres.

Neste 08 de março gostaríamos de nos colocar do lado de todas as companheiras de lutas, erguendo os punhos no sinal de rejeição a todas as formas de violências sofridas por elas. Entendemos que historicamente as mulheres têm sido violentadas por uma política de domínio dos homens, de extermínio das outras racionalidades possíveis. Compreendemos que o espaço legislativo que ocupamos deve colaborar para promoção de uma sociedade mais equânime, amplificando vozes por muito tempo silenciadas. Acreditamos  que mais mulheres devam ocupar o legislativo.

O dia das mulheres deve ser uma data onde todos os holofotes estejam voltados para suas bandeiras de lutas, para as violências e opressões ainda sofridas por elas. Mas todos os dias devem ser de engajamento cotidiano na promoção de relações sociais mais justas e democráticas para todxs.

Estaremos em luta junto a elas até que todas sejam livres!