Aumenta adesão à Greve Geral contra reforma da Previdência

Aumenta a adesão à greve nacional contra a reforma da Previdência que o ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) quer aprovar a qualquer custo ainda este mês. Se aprovada, a reforma acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros que terão dificuldades para cumprir as novas regras que Temer quer impor.

Depois de várias tentativas frustradas, a nova proposta do governo, que prevê aumento da idade mínima de concessão da aposentadoria para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos para os homens, deve ser votada no dia 19, 20 ou 21 de fevereiro na Câmara dos Deputados, se a base aliada garantir os 308 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional.

“Não votaram até agora porque não têm votos. Os deputados estão com medo de aprovar essa proposta nefasta e não serem reeleitos”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, a campanha “se votar, não volta”, feita sem recursos, que contou apenas com o trabalho incansável e determinação da militância e dos dirigentes que foram a aeroportos, as bases dos deputados e em todos os espaços públicos onde eles estiveram nos últimos meses fez mais efeito do que a montanha de dinheiro que o governo distribuiu e que as campanhas milionárias do Temer nas rádios e TVs.

“Temos de aumentar ainda mais a pressão nos deputados. Quem aprovar o fim da aposentadoria pode vestir o pijama pois pra Brasília não volta. Nunca mais vai ser eleito”.

Independentemente do dia em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) colocar a proposta em votação, o dia 19 é dia de parar Brasil, disse Vagner.

E em todo o Brasil, as CUTs estaduais já estavam organizadas e mobilizadas para lutar contra mais esse retrocesso. Muitas assembleias já foram feitas e atos marcados.

Agenda de atos:

São Paulo

Várias categorias já realizaram assembleias e decidiram cruzar os braços no dia 19. Entre elas, motoristas de ônibus – que já marcaram nova assembleia no dia 16 para organizar a paralisação -, e professores das redes estaduais e municipais. Outras categorias que já haviam fechado posição pela greve, caso a reforma entrasse em votação, como metroviários e bancários, vão realizar assembleias para ratificar a decisão.

Na capital paulista, tem ato público marcado para às 16h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.

No ABC, já aprovaram a greve em assembleia popular metalúrgicos, bancários, servidores e químicos, entre outras categorias.

Pernambuco

Já realizaram assembleias os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde e Previdência do Serviço Público Federal de Pernambuco. Em Recife, tem ato público marcado para às 15h, no Parque 13 de Maio.

Bahia

Em Salvador, será realizada uma plenária no próximo dia 15 para discussão dos pontos onde serão realizados atos, panfletagens e caminhadas. Já tem confirmação de paralisação de petroleiros, químicos, rodoviários, professores, bancários, servidores e metalúrgicos, entre outras categorias.

Atos também são organizados nas cidades de Juazeiro, Paulo Afonso, Vitória da Conquista, Itapetininga, Itabuna e Ilheus.

Sergipe

Em Sergipe, foi realizada uma assembleia geral unificada e os servidores públicos aprovaram por unanimidade a participação na greve geral do dia 19/2.

Aprovaram greve no dia 19 os servidores organizados no SINTESE (professores), SINDASSE (Assistentes Sociais), SINDINUTRISE (Nutricionistas), SINPSI (Psicólogos), SINDIJOR (Jornalistas), SINDIJUS (Judiciário), GRUPO ATITUDE (Trabalhadores da Saúde), SINDIFISCO (Auditores), SINTRASE (Servidores), SINTER, SINTASA (Saúde), SINPOL (Policiais), SENGE (Engenheiros) e o Sindicato dos Enfermeiros.

Ceará

Haverá atos e paralisações em todas as regiões do estado, sendo a maior delas marcada no Centro de Fortaleza. A partir das 9h haverá uma caminhada pelas ruas do Centro com concentração na Praça da Bandeira.

Piauí

Em Teresina, tem ato marcado para às 8h, na Praça Rio Branco

Rio Grande do Norte

Em Natal, tem ato a partir das 14h, em frente a Agência do INSS, Rua Apodi, 2150 – Tirol.

Distrito Federal

As ações acontecerão durante todo o dia, culminando numa atividade conjunta entre os sindicatos e os movimentos sociais no final da tarde, a partir das 17h, no Museu da República, em Brasília.

Minas Gerais

Os professores da rede estadual também sinalizaram que vão aderir à paralisação.

Santa Catarina

Municípios de todo o Estado se unirão à luta contra a reforma da Previdência. O SINTE/SC está orientando que todos os trabalhadores e trabalhadores da rede estadual de educação paralisem completamente as atividades nas escolas e participem de atos e mobilizações em suas cidades.

Em Florianópolis, o transporte coletivo ficará paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também vão aderir à greve em defesa da aposentadoria.

A partir das 9h, a CUT e demais centrais sindicais e entidades farão um arrastão no centro da capital para fechar o comércio e os bancos. A partir das 16h, acontecerá um grande ato na Praça de Lutas, que terminará com uma passeata até a agência do INSS.

Em Criciúma, haverá um ato acontecerá a partir das 8h, em frente à agência do INSS.

Haverá mobilização também em Araranguá, Blumenau, Chapecó e Joinville .

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, a mobilização começará antes do sol nascer. Às 5h, haverá concentração junto do Monumento ao Laçador, seguida de caminhada até o saguão de embarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Às 7h, concentração na Estação Rodoviária, onde serão também distribuídos panfletos para esclarecer a população sobre as mentiras espalhadas pelo governo e pela mídia tradicional.

Às 8h30, haverá marcha até o prédio do INSS, na Travessa Mário Cinco Paus, ao lado do Mercado Público, no centro da cidade. Lá, será realizado um grande ato público em defesa da Previdência e denunciando os deputados que estão se posicionando a favor dessa reforma do golpista Temer.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, tem ação no aeroporto Santos Dumont de manhã, no embarque dos deputados; e, às 16h, tem ato na Candelária. 

Por CUT