Ao contrário do que divulga as propagandas do governo de Pernambuco, a educação não tem sido uma das prioridades em nosso Estado. Há algumas semanas, um grupo de estudantes do Colégio Estadual Antonio Padilha fizeram protesto na Gerência Regional de Educação (GRE) denunciando a falta de professores/as em alguns dos componentes curriculares. Os/as estudantes do terceiro ano do ensino médio eram os/as que mais se diziam insatisfeitos/as com a situação, haja vista a eminência do ENEM e vestibular.
Hoje, 15 de setembro, a vez foi das merendeiras das escolas estaduais de Petrolina ocuparem a GRE para demonstrarem a insatisfação da categoria com o estado de coisas da educação pública de Pernambuco. O protesto foi motivado pelo atraso dos salários e pela precarização das condições de trabalho nas unidades de ensino.
Nosso mandato esteve acompanhando o movimento e dialogamos com as/os presentes sobre suas pautas reivindicatórias. O vereador Gilmar Santos (PT) expressou seu apoio à luta das merendeiras afirmando: “a união e organização do movimento é de fundamental importância para que a sociedade e, principalmente, o governo, saibam que sem vocês as nossas escolas não podem funcionar, e por isso deve garantir as melhores condições de trabalho. Contem com o nosso mandato para fortalecer essa luta”.
Segundo as manifestantes, já são quatro meses sem recebimento dos salários, o que tem inviabilizando, inclusive, a realização das suas atividades nas unidades onde trabalham. Há funcionárias que gastam todos os dias cerca de sete reais em transporte para chegarem aos postos de trabalho. Algumas delas são as únicas provedoras da família, sem o recebimento dos salários não conseguem arcar com as despesas básicas, inclusive de alimentação.
Segundo João Soares, presidente do Sindicato de Locação de Mão de Obra (SIEMACO), a empresa terceirizada Liber teve o convênio encerrado no mês de abril, a não existência de uma empresa substituta fez com que a Secretaria Estadual de Educação mantivesse as funcionárias contratadas sobre o regime de Prestação de Serviço Temporária (PST). Em agosto, a empresa Premius foi conveniada para prestação desses serviços. As funcionárias reclamam junto ao sindicato o pagamento dos salários do período de maio a julho, de responsabilidade direta da Secretaria de Educação, e o mês de agosto de responsabilidade nova empresa terceirizada. Além disso, elas denunciam que não foram feitos exames admissionais e não foram disponibilizados todos os equipamentos necessários para realização dos serviços de cozinha (botas e toucas, por exemplo). Ao fim dos protestos foi constituída uma comissão com representantes do sindicato, merendeiras e GRE para discutir a questão.
O Mandato Coletivo está acompanhando essa luta! Qualidade na Educação se faz com respeito a todos/as trabalhadores/as públicos!