URGENTE: Agricultores podem ser retirados das terras em que estão trabalhando

Reunidos neste exato momento na sede da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – CODEVASF, o Vereador Gilmar Santos e a Vereadora Cristina Costa, junto a lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar – SINTRAF, buscam uma saída para a absurda situação em que os trabalhadores do Projeto Pontal foram colocados.
Alvos de uma Ação de Reintegração de Posse movida pela CODEVASF, os trabalhadores que deram uma função social a terra, produzindo em um lugar que até então se encontrava improdutivo, estão ameaçados de perder tudo aquilo que plantaram e construíram unicamente para atender a sanha do agronegócio e da especulação sobre a terra.
Não foram poucas as tentativas de resolução do conflito. Só nestas últimas semanas, representantes dos trabalhadores conseguiram se reunir até mesmo em Brasília com o Ministro da Integração Nacional. A reunião, que inicialmente apontou para uma saída positiva para os agricultores, terminou sendo completamente desarticulada por representantes da elite agrária da própria cidade de Petrolina.
Os trabalhadores, que desejam unicamente o direito de poder plantar e cultivar para sobreviver, na iminência de acordar com a Polícia Federal batendo em suas portas para cumprir o mandado de reintegração, marcharam na manhã desta Segunda-feira (04/09) para a sede da CODEVASF, mais uma vez em busca de uma solução para o problema.
Neste exato momento, enquanto este texto é escrito e os representantes dos trabalhadores juntos aos parlamentes comprometidos com a luta conversam com o superintendente da CODEVASF, novo mandado de reintegração de posse é expedido, agora para o prédio da própria companhia, com prazo e desocupação de 24 horas.
Trata-se de absurdo inominável. Retirar arbitrariamente os trabalhadores da terra em que estão trabalhando e quando estes buscam seus direitos, a resposta é interdição do diálogo e impedimento do direito de resistência.
Acreditamos na justeza da luta dos trabalhadores do campo e de todos aqueles que defendem o direito a terra. Toda solidariedade aos agricultores do Pontal e estaremos firmes travando o bom combate.