Com o Lula, as ruas do Brasil são trincheiras de resistência

 

 

Quando a casa grande constatou que as políticas sociais implementadas pelos governos Lula e Dilma, bem como a inflexibilidade da presidenta em negociar recursos públicos com achacadores, inviabilizaria, através do voto, qualquer retomada ao poder da direita neoliberal e inescrupulosa, políticos de todas as correntes oportunistas e corruptas articularam-se com setores empresariais, midiáticos e do judiciário para golpear um governo democraticamente eleito.  

De lá pra cá, o Brasil vem sendo derretido numa fornalha devoradora, alimentada com sangue, suor e ilusões, mantida sob a égide de uma legião de políticos canalhas, sendo Michel Temer seu pseudo comandante, revelando cenas de um cretinismo nunca antes imaginado, nem mesmo na história do suspeito PMDB.

A narrativa do golpe tem no seu enredo a destruição do Partido dos Trabalhadores, bem como a perseguição e prisão do mais popular e influente líder político do Brasil atual: Luís Inácio Lula da Silva. Para eliminar o PT e o Lula, as elites conservadoras utilizam todos os artifícios possíveis e impossíveis. Da manipulação de informações ao abuso de poder, dos ataques nas redes sociais ao pacote de maldades do governo-ilegítimo, dos discursos de ódio aos processos jurídicos mais bizarros, onde for possível atacar o PT e o Lula, direitistas de todos os recantos aproveitam ou criam oportunidades.

O que havia de estado democrático, de acordos internacionais para afirmação das dignidades e universalização dos direitos humanos, de credibilidade das instituições, resta muito pouco no país. A grande verdade é que os ataques ao PT e ao ex-presidente não passam de pretexto para se destruir todas as conquistas da classe trabalhadora brasileira, e isso o Lula já entendeu há um bom tempo, por isso convoca todas e todos a fazerem o que as elites não suportam, e que ele faz com paixão: disputar a política nas ruas, sentindo a emoção do povo, abraçando e olhando de pertinho a gente do país real.

A caravana do Lula pelo Nordeste causa verdadeiro pavor a uma série de sujeitos que ganharam vida na conjuntura recente: golpistas, coxinhas, bolsomitos, fascistas, legião de indivíduos que insistem em transformar o país em um abismo sem fim. Paneleiros, seguidores do pato amarelo, patriotas da camisa CBF, internautas do MBL, gente da massa raivosa que segue Dória, Bolsonaro, Alckmin, Aécio ou Marina, todos apoiadores do golpe contra a o governo Dilma. Muitos deles fingem não acreditar que conseguiram elevar para pior o que acusavam como “governo mais corrupto da história desse país”. Porém, para agravar ainda mais a situação, essa gente silenciou diante do circo de horrores promovidos pelo governo Michel Temer e continua vociferando contra o PT e o Lula como forma de confundir a população brasileira sobre os verdadeiros protagonistas dessa tragédia.

Todos esses representantes da direita, dos mais moderados aos mais fascistas, nem mesmo juntos, conseguem despertar 10% da paixão que o povo expressa pelo presidente Lula. Nem movendo todas as estruturas do capital, da grande mídia golpista, conseguem 1/4 da vibração que Luís Inácio causa sobre o imaginário popular. 

Portanto, ir às ruas, animar o povo para a disputa, debater um projeto de nação que empodere mais e mais a classe trabalhadora, derrotar os golpistas de plantão, devolver a dignidade e soberania ao Brasil, é tarefa não apenas do Lula, mas de todos e todas que entenderam, somente a política é o caminho para evitar que milhões de vidas sejam sacrificadas pelos coveiros do capital. Com o Lula, as ruas do Brasil são trincheiras de resistência.

Por Gilmar Santos.