Greve geral: os gritos de “Fora Temer”, “Fora Golpista” e “Nenhum direito a menos” percorrem a cidade de Petrolina e chegam até a câmara de vereadores.Veja o vídeo

 

O ato em Petrolina compôs a articulação nacional da Frente Brasil Popular pela Greve Geral e teve a iniciativa e apoio de 30 entidades representativas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais,  como o Sindsemp – Sindicado dos Servidores Municipais, do Sintepe – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, STR – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina,  o MST – Movimento dos Sem-terra, a Consulta Popular, a Associação de Mulheres Rendeiras do José e Maria,  o Levante Popular da Juventude, o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, a Marcha Mundial das Mulheres, a Rede de Mulheres Negras, o SINDUnivasf – Seção Sindical dos Docentes da Univasf, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) , a UESP -União do Estudantes Secundaristas de Petrolina, Bancários, partidos PSOL, PT, PCdoB, PCB, representações da juventude, UJS – União dos Jovens Socialistas, UJC – União dos Jovens Comunistas, JAE Juventude da Articulação de Esquerda – dentre outros.

A mobilização se concentrou a partir das 8h:30min na praça do Bambuzinho, e também contou com a participação de parlamentares do PT, o dep. Estadual Odacy Amorim, a vereadora Cristina Costa, o vereador Gilmar Santos e a vereadora do recife Marília Arraes, que desde ontem está na cidade cumprido uma agenda política que se estenderá a outras cidades do sertão. Os discursos denunciaram a farsa do golpe, a manipulação da mídia acerca dos acontecimentos políticos e econômicos, aos retrocessos nos direitos de trabalhadoras e trabalhadores e à necessidade de mobilização e luta popular para reverter o processo de dominação das elites que vêm atacando os direitos sociais do povo brasileiro com as propostas da PEC do Teto que congela nos gastos públicos em saúde, educação e ação social por 20 anos, aprovada em dezembro do ano passado e as reformas trabalhista e da previdência, em tramitação na câmara e no senado federal, contanto, inclusive, com o apoio do grupo político que administra hoje a cidade de Petrolina.

 

A manifestação saiu em passeata pela avenida Guararapes, parou em frente à Prefeitura de Petrolina e seguiu em direção a casa Plínio Amorim, onde, à revelia da greve, acontecia uma audiência pública requerida pelo vereador Ronaldo Souza sobre o polêmico projeto de interligação das bacias do Rio Tocantins e o Rio São Francisco. Estavam presentes para o debate vereadores, lideranças políticas e sindicais e os deputados Odacy Amorim, Gonzaga Patriota e Lucas Ramos. Com a manifestação, o presidente da Câmara de Vereadores, Osório Siqueira em sua primeira participação em audiência pública neste ano de 2017  foi obrigado a interromper a sessão e demonstrou descontentamento com a população presente, alegando ser de grande importância o debate sobre o Rio São Francisco neste dia e ignorando a urgência do tema trazido pelos manifestantes, as reformas que  tratam direitos determinantes para  gerações de brasileiras e brasileiros que compõem a base da pirâmide social e que estão no momento em tramitação na câmara de deputados e no senado federal. Não oferecendo o microfone aos manifestantes, preferiu encerrar a audiência.

 

Foto: Larissa Mota Calixto

 

Foto: Larissa Mota Calixto

 

Foto: Larissa Mota Calixto

 

A mobilização no dia de hoje já ganha repercussão nacional com o vídeo postado pela nossa página e compartilhado pela Mídia Ninja. Nos fizemos presentes na audiência pública com o intuito de contribuir com o debate que sobre o Rio São Francisco, porém a ação dos manifestantes representa para nós do Mandato Coletivo o anseio do povo em ser ouvido e se sentir representado nos espaços que decidem sobre suas vidas. Sabemos que o governo golpista e suas reformas são um atentado à democracia e à dignidade do povo trabalhador brasileiro e, portanto, é nosso dever apoiar a causa dos manifestantes.

 

Assessoria Mandato Coletivo – Vereador Prof. Gilmar Santos