Bancada do PT protocola ação no Conselho Nacional do Ministério Público contra Deltan Dallagnol

“Ação solicita a investigação das infrações disciplinares, práticas ilegais e ofensa aos princípios éticos na administração pública praticados pelo procurador Deltan Dallagnol”

Foto: Reprodução CNMP

A Bancada do PT na Câmara protocolou, nesta segunda-feira (29), ação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pedindo a investigação das infrações disciplinares, práticas ilegais e ofensa aos princípios éticos na administração pública praticados pelo procurador Deltan Dallagnol. Os fatos vieram à tona com os vazamentos de conversas de grupos do Telegram de procuradores da Lava Jato, divulgados pelo site The Intercept Brasil e outros veículos de imprensa. Além do líder Paulo Pimenta (RS), assinam a ação todos os deputados e deputadas do PT.

Os petistas pedem apuração do CNMP sobre três fatos. O primeiro é relativo ao pagamento de valores a Dallagnol por conta de palestra e gravação de vídeo promocional para a empresa Neoway (companhia de tecnologia). A empresa era investigada pela Operação Lava Jato, coordenada pelo próprio Dallagnol. O procurador recebeu pela palestra R$ 33 mil da Neoway, e ainda atuou para convencer outros procuradores sobre a importância de comprar produtos da empresa para uso da Lava Jato. Deltan chegou a gravar um vídeo enaltecendo os produtos de tecnologia em investigações, como softwares de análise de dados, comercializados pela empresa.

Nesse caso, a bancada petista afirma que “a confusão entre o interesse público e o privado é manifesta e estarrecedora”. A ação cita que o artigo 258 do Código Processo Penal determina que integrantes do Ministério Público (MP) se declarem suspeitos e se afastem de processos em que sua atuação possa ser questionada. Também menciona a Constituição Federal, no artigo 128, § 5º, que veda a carreira no MP “receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas”.

Encontro secreto

Outro pedido de investigação refere-se ao encontro secreto – remunerado por agência de palestras – entre o procurador e representantes de bancos e investidores do Brasil e do exterior. Segundo matéria do site The intercept Brasil, uma representante da XP Investimentos contatou o coordenador da força-tarefa da Lava Jato e prometeu que o bate-papo seria “privado, com compromisso de confidencialidade”.

Após aceitar o pedido, Dallagnol pediu que a XP conversasse com a agência que organizava os eventos pagos do procurador, a Star Palestras, que coordenou a contratação. O Intercept, com base nos chats secretos da Lava Jato, já revelou que Deltan Dallagnol disse ter faturado quase R$ 400 mil com palestras e livros em 2018. O procurador chefe da Lava Jato chegou a discutir com outros procuradores, no Telegram, sobre o potencial risco para suas imagens ao se sentarem com banqueiros, mas acabaram decidindo que valia a pena. “Achamos que há risco sim, mas que o risco tá bem pago rs”, disse Dallagnol.

Esse ato, segundo a ação impetrada pela Bancada do PT, agride diversos dispositivos legais. Entre eles a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei nº 8.625/93), que estabelece como deveres dos membros do MP “manter ilibada conduta pública e particular” e “zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções” (art. 43, I e II). Outro artigo da mesma lei (art. 44), que trata das vedações, impede membros do MP de “exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista”.

Por último, os petistas pedem ao CNMP apuração sobre a conduta desrespeitosa de Dallagnol em relação aos objetivos do Ministério Público, previstas na Constituição de 1988. A ação da Bancada do PT lembra que em um dos diálogos revelados pelo The Intercept Brasil, ao ser consultado por uma funcionária da XP Investimentos a respeito da decisão do STF de proibir conduções coercitivas, Dallagnol respondeu: “postei no tt de madrugada até… atacando pilares da LJ…como Fachin colocou, esse papo de garantias individuais é um discurso pra proteger oligarquias. Coisa de capitalismo de compadrio”.

Segundo os deputados petistas, a declaração revela que o procurador chefe da Lava Jato “despreza por completo o compromisso da instituição da qual faz parte de defender as garantias individuais como norte de sua própria atuação”.

Pedido de providências ao CNMP

Diante dos fatos atribuídos ao procurador Deltan Dallagnol, os deputados petistas pedem ao Conselho Nacional do Ministério Público que “sejam apurados todos os fatos e instaurados processo administrativo disciplinar para aplicação de penalidade cabível”.

Os parlamentares solicitam ainda que o CNMP requisite ao procurador a lista dos clientes que contrataram suas palestras a partir de 2014, com cópias dos contratos, valores cobrados e respectivas declaração de recursos junto à Receita Federal. Também foi solicitado informações sobre palestras realizadas no mesmo período, com detalhamento de dia, mês, ano, horário, local e tema das palestras.

A ação também requer o número da conta em que foram realizados os depósitos dos recursos obtidos com as palestras, informações sobre eventuais despesas pagas a servidores públicos com estes recursos e se o MP pagou diárias nas viagens destinadas para proferir as palestras.

Por fim, na representação a Bancada do PT solicita que o CNMP requisite a XP Investimentos a lista de convidados da reunião secreta com a participação de Deltan Dallagnol. E como sugestão, o documento também pede ao CNMP a elaboração de Resolução do órgão para   obrigar membros do Ministério Público a divulgar diariamente pela rede mundial de computadores a agenda de compromisso públicos.

Fonte: PT na Câmara

Bolsonaro corta repasses de creches a ensino profissional; petistas protestam

Educação pública e de qualidade nunca foi prioridade para o (des) governo Bolsonaro

O esvaziamento das políticas da educação básica, com cortes de repasse de recursos em programas e projetos foi criticado por parlamentares da Bancada do PT na Câmara nesta segunda-feira (15). Em suas redes sociais eles destacaram dados obtidos por meio de Lei de Acesso à Informação, divulgados em reportagem de Paulo Saldaña da Folha de S.Paulo. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que a educação não é prioridade para o governo Bolsonaro e questionou se os cortes feitos nas universidades “não eram para priorizar a educação básica como o governo havia divulgado”.

A presidenta do PT nacional, Gleisi Hoffmann (PR)afirmou que os cortes deixarão a educação básica numa situação alarmante. “Insensibilidade de Bolsonaro/Weintraub afeta aulas de tempo integral, construção de creches, alfabetização e ensino técnico. Objetivo é destruir ensino público”, alertou Gleisi.

Para o deputado Waldenor Pereira (PT-BA)Bolsonaro é inimigo da educação e o desmonte promovido por seu governo afetará toda o ensino público do Brasil, desde o básico ao universitário, “a sua nova política agora destrói a educação em tempo integral, creches, alfabetização e ensino técnico”, protestou.

Margarida Salomão (PT-MG) enfatizou que é hipocrisia o governo ameaçar as universidades federais em nome da educação básica, mas a coloca com rigorosa “vilania”. Para a deputada do DF, Erika Kokay (PT), “o ministro da Educação, Abrahan Weintraub, assumiu a pasta promovendo cortes ideológicos nas universidades e dizendo que ia investir na educação básica. Mas o que a reportagem de hoje traz são dados que mostram que o ministério está completamente paralisado, sem gestão alguma”.

Cortes atingem de creche a educação profissional

Segundo a reportagem da Folha, o fomento para o ensino integral por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) neste semestre foi de R$ 343 milhões, 18% do previsto para todo o programa no ano.

Recursos para creches também foram reduzidos. Até abril, foram pagos R$ 10,3 bilhões para a continuidade da construção de unidades municipais por meio do programa Proinfância. O valor representa 13% do executado no mesmo período de 2018.

Nenhum repasse foi feito para as escolas dentro do Mais Alfabetização, criado em 2018 para ações como a adoção de professor extra.

O Brasil Alfabetizado, de bolsas para jovens e adultos, parou. Em 2018 foram atendidos 114 municípios. Neste ano, só um —e por decisão judicial.

Outra prioridade do governo, a educação profissional, passou por esvaziamento sem iniciativas de expansão. O total de alunos no Pronatec caiu 58% de 2018 para 2019.

Fonte: PT na Câmara, com Revista Forum

Com apoio do PT, Câmara aprova idade menor para aposentadoria de professor

“O texto-base da Reforma da Previdência previa 58 anos para educadores e 55 para educadoras. A maioria dos parlamentares da Bancada do PT usou a tribuna para defender os docentes e minimizar danos aos educadores, exigindo que professoras se aposentem com 52 anos e professores com 55 anos”

Em prol da Educação, o plenário da Câmara conseguiu reduzir danos aos professores e professoras aprovando por 465 votos favoráveis e apenas 25 contrários, destaque do PDT, apoiado pelos partidos de Oposição (PTPCdoBPSBPSOLe Rede), que reduz a idade mínima paraaposentadoria dos profissionais da educação infantil e do ensino básico que estão na ativa. O texto altera a regra de transição para os educadores que trabalham na rede privada e na rede federal, reduzindo em três anos a idade mínima para aposentadoria, permitindo que professoras se aposentem com 52 anos e professores com 55 anos.

O texto-base da Reforma da Previdência aprovado nesta semana previa 58 anos para educadores e 55 para educadoras. A maioria dos parlamentares da Bancada do PT usou a tribuna para defender os docentes e pedir a aprovação do destaque para minimizar danos aos educadores, que na proposta de Bolsonaro perderam o direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho.

Ao encaminhar o voto favorável do PT, a deputada Professora Rosa Neide (MT) destacou que se dirigia a cerca de 2,5 milhões de trabalhadores da educação que perderam muito com a Reforma da Previdência. Ela destacou que a categoria é majoritariamente composta por mulheres, 85% dos profissionais da educação básica e praticamente 100% na educação infantil. “Peguei na mão de crianças para ensinar a ler e a escrever, sei que, depois do tempo de 25 anos, é quase impossível trabalhar emocional e fisicamente. A mulher dá o corpo, a alma e a vida para pegar na mão das crianças, levá-las ao banheiro, alimentá-las e ensiná-las a ler e a escrever”, afirmou emocionada.

Rosa Neide pediu sensibilidade de todos para resguardar minimamente os direitos dos profissionais da educação nessa transição dos critérios para aposentadoria. “O PT tem entre as suas principais bandeiras a educação, por isso, apoiamos o destaque do PDT, construindo com as minorias e com o grupo de Oposição para evitar mais danos ainda aos professores e professoras”, completou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que também é professora, afirmou que o destaque minimizava os prejuízos da transição para os professores. “Esta reforma já tirou dos educadores brasileiros a aposentadoria especial daqueles que permanecem em sala de aula por 25 anos, e esse era o único direito estabelecido. Mas aqui, agora, nós teremos condições de resgatar pelo menos um pouco dos direitos, reduzindo a idade que será exigida para a aposentadoria dessa categoria”. Ela reconhece que isso não retorna ao que tínhamos antes da votação dessa reforma. “Não retorna há duas noites, mas certamente que esse plenário precisa dar um símbolo real do discurso que normalmente se faz de que a educação e os educadores devem ser priorizados no Brasil”, pediu.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) lamentou a retirada da aposentadoria especial para professores e professoras nesta reforma do Bolsonaro. “Uma professora com 25 anos de sala de aula já merecia a sua aposentadoria, assim como o professor com 30 anos. O destaque é para minimizar os efeitos, para que pelo menos na regra de transição a professora possa se aposentar com 52 anos e o professor com 55 anos, após 25 e 30 anos de trabalho. Então, o destaque está minimizando apenas esse trabalho tão importante para o País”, argumentou.

Zeca Dirceu (PT-PR) fez um apelo para que não fosse mantida a “crueldade” que está estabelecido nessaReforma da Previdência em relação à educação. “Nenhum país do mundo conseguiu avançar bastante na educação sem valorizar os professores e as professoras. E o texto-base que, infelizmente, foi aprovado não leva isso em consideração, não leva em consideração a importância do professor, da professora e da garantia de uma aposentadoria justa. Por isso, vamos avançar e amenizar um pouco, trazendo de volta direitos aos nossos educadores”, argumentou.

O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) enfatizou que a aprovação do destaque era fundamental para impedir retrocessos e reconhecer a importância dessa categoria, e o deputado Airton Faleiro (PT-PA) pediu sensibilidade com a educação.

Erro gravíssimo

Na avaliação do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o governo Bolsonaro e sua base aliada cometeram um erro gravíssimo ao destruir, ao acabar com a aposentadoria especial para professores e professoras. Com aprovação da redução da idade mínima na transição estamos reduzindo os danos”, frisou.

O deputado Helder Salomão (PT-ES), além de avaliar que a proposta do governo Bolsonaro é um ajuste fiscaldisfarçado de Reforma da Previdência, “uma maldade contra o povo brasileiro”, destacou que a aprovação do destaque, ao menos, amenizava os prejuízos para os professores. “Esse governo penaliza os que deveriam ser mais valorizados”, completou.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) citou a importância da correção que foi feita na aprovação do destaque. “Os professores e professoras estão sendo duplamente atacados nesta reforma e agora, foi corrigido pelo menos a idade mínima na regra de transição, em reconhecendo o papel estratégico que esses educadores têm para construir a Nação com a qual nós sonhamos”, argumentou.

Também defenderam a correção da idade mínima para aposentadoria de professores as deputadas petistas Margarida Salomão (MG)Benedita da Silva (RJ)Natália Bonavides (RN)Erika Kokay (DF)Rejane Dias (PI), e os deputados do PT Alexandre Padilha (SP)Bohn Gass (RS)Carlos Veras (PE)Frei Anastácio (PB)Leonardo Monteiro (MG), Rui Falcão (SP)Vicentinho (SP) e Zé Neto (BA).

Fonte: PT na Câmara

PT se prepara para monitorar ataques de Bolsonaro à democracia

Parlamentares, dirigentes do PT, da Fundação Perseu Abramo e do Instituto Lula se reuniram nesta segunda-feira (14) em Brasília

Reunião em Brasília. foto: PT na Câmara

Em reunião na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (14), parlamentares e dirigentes do PT, da Fundação Perseu Abramo e do Instituto Lula avançaram na elaboração de uma metodologia de trabalho que norteará as ações de monitoramento do governo Bolsonaro e de resistência aos ataques à democracia e aos trabalhadores que ele promoverá através das suas medidas ultraneoliberais e de natureza fascista.

Algumas das ações serão realizadas em conjunto com outros partidos do campo progressista, caso do Observatório da Democracia, projeto que será coordenado de forma conjunta por sete fundações partidárias.

Após a reunião, a presidenta do PT, senadora  Gleisi Hoffmann (PT-PR), explicou que o encontro discutiu a atuação do partido em relação à atual conjuntura política. “Debatemos sobre como nós vamos atuar, como um partido que já foi governo, e, portanto, conhece a máquina pública, que tem responsabilidade sobre políticas públicas, sabe das necessidades de se ter um rumo na economia que ajude o povo a melhorar de vida, ter emprego e salário. Como vamos atuar de maneira organizada e qualificada no sentido de fazer oposição e propor alternativas”, disse a presidenta, que foi eleita deputada federal em outubro.

“Nosso objetivo é fazer uma intervenção que possa, ao mesmo tempo, denunciar o que está errado, mas também dizer que esse país tem alternativa. E nós tínhamos começado a construir essa alternativa, que era de um desenvolvimento sustentável e de melhoria da condição de vida do povo brasileiro”, acrescentou a parlamentar.

O líder do PT na Câmara, deputado  Paulo Pimenta (PT-RS), considera que o partido terá que atuar de forma unificada com os demais partidos que defendem a democracia e os avanços sociais obtidos ao longo dos últimos anos. “O enfrentamento ao fascismo que tomou de assalto o governo brasileiro demandará toda a unidade da esquerda e dos setores democráticos. Discutimos nesta reunião caminhos e meios para denunciar e resistir aos ataques contra os direitos da sociedade brasileira”, afirmou o deputado em sua conta no Twitter.

Além de Gleisi e Pimenta, participaram da reunião os deputados  Carlos Zarattini (PT-SP),  Enio Verri (PT-PR),  José Guimarães (PT-CE), Leo de Brito (PT-AC),  Paulo Teixeira (PT-SP) e  Pedro Uczai (PT-SC); o deputado eleito e ex-presidente do partido,  Rui Falcão (PT-SP), o senador  Humberto Costa (PT-PE), o ex-ministro  Aloizio Mercadante, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann.

Fernando Haddad será convidado para se somar ao coletivo, que funcionará a partir de 10 grupos de trabalho temáticos. Segundo a presidenta Gleisi Hoffmann, três assuntos serão prioridade já para o mês de fevereiro: reforma da previdência, segurança pública e privatizações.

 

Por Rogério Tomaz Jr., do PT na Câmara

“Escola sem Partido” é derrotado na Câmara pela esquerda

Bancada do PT e de outras legendas defenderam a liberdade para professores e estudantes. Eduardo Bolsonaro ficou desolado

Foto: Lula Marques

A comissão especial na Câmara dos Deputados que debateu o projeto conhecido como “ Escola sem Partido” teve os trabalhos encerrados sem conseguir aprovar a matéria. A resistência da bancada do PT e de outros partidos que defendem a liberdade para professores e estudantes se mostrou mais forte do que o interesse da ampla maioria da base governista – e fundamentalista – que dominou a comissão especial.

Parlamentares, estudantes, professores, gestores e defensores da educação livre celebraram intensamente a vitória, garantida quando o presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), anunciou que não vai mais convocar reuniões do colegiado para este ano. Um dos principais defensores do projeto, apelidado de “Escola da Mordaça” pelos setores democráticos da sociedade, é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que não escondeu o desânimo diante da derrota e foi flagrado pelas lentes fotógrafo Lula Marques.

Lula Marques

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), integrante da comissão especial, comemorou a “vitória da resistência” alcançada pela oposição. “É uma resistência pela liberdade, pela Constituição, pela liberdade de cátedra e pela liberdade pedagógica”, comemorou Rosário, que tratou o projeto como “um atentado, uma mentira que tirava da escola a liberdade”.

O simbolismo da resistência, especialmente das parlamentares mulheres, também foi valorizado pela deputada Erika Kokay (PT-DF). “Se os nossos mandatos servirem apenas para impedir que eles concretizem essas maldades contra a educação brasileira, eles já servem para muita coisa”, disse Erika, que revelou ter sido alvo de muitos ataques dos deputados defensores do projeto na comissão.

Foto: Lula Marques

“Eu sofri uma série de ofensas pessoais, morais, uma série de ameaças, mas tenho a convicção muito grande de que a sociedade percebeu a importância da nossa luta aqui. Os parlamentares que não vieram aqui na comissão para dar quórum fizeram isso porque sentiram a pressão dos educadores e educadoras, mas também do conjunto da sociedade”, afirmou Erika.

Com o final da legislatura, o projeto (PL 7180/14) será arquivado e, para ser novamente apreciado pela Câmara, a comissão terá que ser recriada e realizar novamente o trâmite regimental.

 

Por PT na Câmara