Gilmar Santos (PT) convida para lançamento oficial de Candidatura para eleições 2020

O lançamento acontecerá domingo, dia 27, de modo virtual por meio de uma Live que será transmitida em todas as nossas redes sociais do vereador às 16:00h

Foto: Fernando Pereira

É com imensa alegria que convidamos a todos, todas e todes para partilhar conosco de um momento tão singular: o lançamento oficial da nossa candidatura para as eleições municipais 2020, buscando a renovação do nosso Mandato Coletivo.

Por conta da pandemia da Covid-19 e pensando na proteção e saúde de cada um/a de vocês, o nosso lançamento acontecerá domingo, dia 27, de modo virtual por meio de uma Live que será transmitida em todas as nossas redes sociais (Instagram, Facebook e YouTube) às 16:00h.

Temos consciência de que o nosso Mandato é resultado do compromisso e dedicação de milhares de companheiros e companheiras que assumem conosco essa luta, por isso, contamos com a presença de todos/as que assim como nós sonham com uma Petrolina mais justa, inclusiva e igualitária. Lutamos pela renovação desse projeto porque sabemos que ele fez e fará ainda mais diferença na vida de muita gente. Esperamos poder fazer mais e melhor num segundo mandato.

Axé, meu povo! Contamos com vocês!

Acompanhe:
Onde? Em transmissão ao vivo nas nossas redes sociais (Facebook, Instagram e Youtube)
Quando? Domingo (27/09)
Que horas? às 16h

No espetáculo decadente da Lava Jato, mais um ator sai de cena. Confira o artigo

“O saldo da Lava Jato até aqui é trágico. Tendo alimentado a cena pública no Brasil, monopolizada pelo ódio nas ruas, por um lado, e pelo cinismo, por outro, a influência da operação sobre o Direito, sobre a política e sobre a economia é profunda, e é provável que levemos bastante tempo para conseguir rever os estragos”

Por Tânia Oliveria*

A saída de Deltan Dallagnol da operação Lava Jato marca um ciclo e abre uma série de questionamentos acerca da sobrevivência da investigação, que já dura mais de seis anos. É o mais importante fato desde que Sérgio Moro abandonou a operação para se tornar ministro de Estado.

Criada como “a maior operação de combate à corrupção”, a Lava Jato notabilizou-se pela prática de conduções coercitivas sem intimação prévia, delações premiadas com réus presos ou sob chantagem, vazamento de conteúdos de depoimentos e até mesmo de conversas privadas, prisões preventivas sem fundamentos e vazamentos ilegais.

Seus membros, longe de serem questionados, eram ovacionados. E passaram a operar em uma lógica totalmente midiática, de olho na aprovação popular e nos holofotes, com o total respaldo da grande imprensa, proferindo palestras, dando entrevistas e dialogando com as manifestações nas ruas.

A Lava Jato pretendeu, desde o início, que seu trabalho “purificasse” o Brasil, limpando o cenário político e promovendo um novo ordenamento no Direito Penal. Reside nesse objetivo aquilo que se percebe como o “messianismo” da operação e, em termos mais amplos, sua visão política, a auto idealização de seus membros como heróis nacionais.

Se houve, em qualquer momento, nobres intenções na Lava Jato de fazer investigação séria, elas não sobreviveram aos primeiros momentos. O que se viu, desde seu início, foram servidores públicos amesquinhados por convicções, sem respeitar limites elementares do devido processo e dos direitos dos acusados.

O esgarçamento foi de tal ordem que a Lava Jato alimentou a polarização política em curso no país, se colocando de um lado da disputa e traçando suas estratégias de ação, com datas para deflagrar etapas, vazar conteúdos, tudo de modo a influenciar e produzir resultados sociais e eleitorais.

A partir de junho de 2019, as conversas divulgadas entre os procuradores da República em Curitiba e o ex-juiz Sérgio Moro, que exteriorizaram um conluio persecutório entre acusação e juiz, fizeram com que a operação passasse a ser vista por diversos atores políticos, e por significativa parte da sociedade, com desconfiança.

Recentemente, a Lava Jato tem passado por uma turbulenta briga com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e teve importantes julgamentos e decisões revistas tanto no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), como no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que antes era absolutamente alinhado com as sentenças de Sérgio Moro, inclusive ampliando as penas aplicadas.

Dallagnol foi, desde o início, o coordenador da equipe da força-tarefa da Lava Jato. Símbolo da juventude que fez o coletivo ser chamado de “os meninos de Curitiba”, ele ganhou milhares de reais com palestras pagas, inclusive nos horários de expediente, para planos de saúde, para empresas do mercado financeiro, da indústria e do comércio; assinou um acordo ilegal com a Petrobras – posteriormente anulado pelo STF – para criar uma Fundação com vistas a gerir um fundo privado de 2,5 bilhões de reais; manteve-se, todo o tempo, ativo nas redes sociais, opinando, inclusive, sobre as escolhas de dirigentes das Casas legislativas, em evidente atuação política. A sucessão de ilegalidades praticadas pelo coordenador da força-tarefa é grande.

Natural, portanto, que com a guerra declarada entre Bolsonaro e Moro, com a saída deste último do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, com o decorrente acirramento do conflito entre o procurador Geral da República nomeado por Bolsonaro e sua equipe com a força-tarefa da Lava Jato, tenha se intensificado o tensionamento para que o Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP pautasse as representações contra Dallagnol. A mais antiga delas, do bizarro PowerPoint usado para apresentar a denúncia contra o ex-presidente Lula, foi alcançada pela prescrição e arquivada. Duas outras ainda são ou seriam pautadas.

O que tudo indica é que Deltan Dallagnol se rendeu ao fato inexorável de que a operação que o alçou ao “estrelato” é um espetáculo em decadência, que não mais existirá no formato de outrora; que seus seguidores nas redes foram reduzidos com a queda de Sérgio Moro, em decorrência da ligação de ambos, e que se torna cada dia mais temerário pra ele continuar à frente do cargo.

Tendo conseguido até o presente se livrar de punições, Deltan está pressionado e enfraquecido politicamente. E o que me parece evidente é que foi forçado a reconhecer isso e se retirar, por enquanto, da cena política nacional.

O saldo da Lava Jato até aqui é trágico. Tendo alimentado a cena pública no Brasil, monopolizada pelo ódio nas ruas, por um lado, e pelo cinismo, por outro, a influência da operação sobre o Direito, sobre a política e sobre a economia é profunda, e é provável que levemos bastante tempo para conseguir rever os estragos.

De todo modo, nossa comemoração da saída de Deltan Dallagnol da coordenação da força-tarefa da operação Lava Jato deve ser cautelosa.

Primeiro porque por trás dessa queda de braço com o PGR há a manipulação política descarada em favor de Jair Bolsonaro na briga com Sérgio Moro.

Desse modo, quando Aras afirma que é preciso “corrigir os rumos”, é preciso acompanhar, com lentes de alto grau, se estamos falando do cumprimento de leis, de regras de convivência e de procedimentos determinados, que recomendam que convicções são, com alguma frequência, óbices à busca da verdade.

Se estamos tratando da necessária prática democrática e republicana que a Lava Jato escancaradamente burlou ou estamos apenas mudando o elenco do espetáculo.

* Membra da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD

Fonte: Comitê Lula Livre

Sobre o tema de Redação do ENEM 2019

O tema da redação do ENEM deste ano nos faz essa provocação: como democratizar o acesso ao cinema no Brasil. E nós devolvemos essa provocação com outras: as nossas escolas discutem e valorizam os nossos artistas e suas produções culturais? As nossas escolas estudam e discutem políticas públicas de cultura? Talvez tenhamos nessas respostas um misto de filmes de ficção, comédia, drama e terror.

Imagem: Reprodução

O tema de redação do ENEM deste ano, “democratização do acesso ao cinema no Brasil”, cumpriu as previsões do que preconiza o exame: apresentar situação-problema que desafie a atenção, leituras e análises de professores e estudantes sobre conjunturas e desafios postos à nossa sociedade. Nesse caso, as políticas de cultura dedicadas ao cinema nacional. Saber que um dos textos-base é de autoria do Jean-Claude Bernardet (‘ ‘O que é cinema”), nos traz uma emoção à parte — ao final do texto você vai entender.

Quando falamos em políticas de cultura, estamos tratando de um conjunto de ações pensadas, planejadas, articuladas com os mais diversos sujeitos e instituições ligadas aos seguimentos interessados na sua implementação. Infelizmente, no Brasil, essas políticas ou não existem ou,
quando existem, são construídas com pouco aprofundamento democrático, e tantas vezes marginalizadas pelo interesse de governos autoritários, muitas vezes, mais preocupados em agradar o mercado que democratizar direitos culturais da nossa população.

O tema da redação do ENEM deste ano nos traz alguns lembretes: de que forma estamos tratando a cultura brasileira nas nossas escolas? Além de estudar símbolos, histórias de personalidades e movimentos artísticos, estamos discutindo como o Estado, os governos, e a própria sociedade, estão tratando os nossos bens e produções culturais? Pensamos politicamente aquilo que estudamos?

Como sabemos, as manifestações artísticas e culturais do nosso país sempre sofreram intervenções de governos. Em muitos casos, ou foram usadas como meio de manutenção da ordem, ou foram perseguidas por representarem uma ameaça a essa mesma ordem. Com o cinema não foi diferente.

Quantos cineastas não tiveram seus filmes censurados durante a ditadura militar? Quantos não foram obrigados a mudarem o conteúdo dos seus filmes para agradar governos ou setores da elite nacional? Quantos não desistiram de produzir por falta de apoio governamental, ou por não se submeterem aos caprichos empresariais? Por falta de investimentos públicos milhares de salas de cinema pelo país foram apropriadas, entre os anos 90 e 2000, por igrejas neopentescostais. Quantas vezes estudamos isso nas nossas escolas?

Por saber da força da cultura e, particularmente, o potencial transformador do cinema, um governo de viés fascista, truculento, orientado pelo que existe de pior em temos de violência política, como é o do Bolsonaro, não poderia deixar de atacar alvo tão ameaçador. O desmonte da Agência Nacional de Cinema (ANCINE), com perseguições, exonerações, censuras e cortes de investimentos é uma das provas mais concretas.

Enquanto alguns dormem, e outros não querem perceber ou não querem discutir o potencial da nossa cultura, artistas, produtores, fazedores e trabalhadores do seguimento continuam resistindo com os seus trabalhos e projetos. Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles e a equipe do premiadíssimo filme, “Bacurau”, não nos deixam mentir. Em Petrolina e Juazeiro, diversos cineastas e ativistas, antigos e novos, fazem parte dessa luta. O Cine Clube Cine Raiz, de Chico Egídio e Lizandra Martins; o Cine Papelão da Associação das Mulheres Rendeiras, do bairro José e Maria; os filmes, projetos e oficinas de audiovisual de Robério Brasileiro e Fernando Pereira, são exemplares.

Temos cineastas com filmes muito bem aceitos e até premiados, como “Necropólis”, dirigido por Ítalo Oliveira e produzido pela NU7 produções. E o que dizer do “Nuvem Negra”, de Flávio Andradee, que recebeu indicações e premiações em mais de 10 festivais nacionais e internacionais. A emoção de que falava no início desse texto é que o ator principal do filme de Flávio é, exatamente, o Jean-Claude Bernardet, um dos mais importantes críticos de cinema do nosso país, a quem tive a oportunidade de conhecer durante as gravações do filme.

A maior parte desses artistas só conseguiu desenvolver os seus projetos porque recebeu algum apoio governamental. Ainda é muito pouco, mas esse pouco pode virar nada diante da atual conjuntura, dominada por gente de estupidez que duvidamos ver até mesmo nas telas de cinema. O governo de Petrolina jamais cogitou qualquer apoiou, nem mesmo quando foram receber prêmios. As nossas escolas têm dado conta disso?

O tema de redação do ENEM deste ano nos faz essa provocação: como democratizar o acesso ao cinema no Brasil. E nós devolvemos essa provocação com outras: as nossas escolas discutem e valorizam os nossos artistas e suas produções culturais? As nossas escolas estudam e discutem políticas públicas de cultura? Talvez tenhamos nessas respostas um misto de filmes de ficção, comédia, drama e terror. Penso que se faz necessário enfrentar essa “Bacurau”, nem que para isso tenhamos que perder a paz.

Gilmar Santos é professor de História, Filosofia e Sociologia do Impulso Vestibulares e Concursos, e vereador em Petrolina-PE.

Mandato Coletivo Realiza 8ª edição do Coletivo na Rua

Com o tema De Mãos Dadas Com a Periferia: Ser Coletivo é Ser Solidário, a atividade contou com palestra sobre cuidados, medicamentos e medicina natural, massoterapia, assessoria jurídica, consulta de iridologia, atividade de empoderamento feminino e muito mais! Veja vídeo

Foto: Tassio Tavares

O espaço de convivência do Residencial Monsenhor Bernardino ficou movimentado na noite dessa sexta-feira (31) com a realização da 8ª edição do Coletivo na Rua, atividade desenvolvida pelo Mandato Coletivo do vereador professor Gilmar Santos (PT).

Com o tema De Mãos Dadas Com a Periferia: Ser Coletivo é Ser Solidário,  a atividade contou com palestra sobre cuidados, medicamentos e medicina natural, massoterapia, assessoria jurídica, consulta de iridologia, atividade de empoderamento feminino, apresentações musicais e teatrais, roda de capoeira Angola, diálogo sobre Lúpus, cinema, degustação de produtos orgânicos e veganos, contação de histórias e muito mais.

Foto: Tassio Tavares

Nessa edição do Coletivo na Rua foi enfatizada a importância de levar às comunidades periféricas, além do compromisso na luta por direitos, uma rede de diálogo, solidariedade e afeto construída junto a diversos parceiros e parceiras que assumem junto ao Mandato Coletivo a construção de uma cidade mais democrática.

Foto: Tassio Tavares

“Nós queremos dialogar com essa comunidade sobre a importância da política enquanto instrumento de transformação, instrumento de diálogo constante em defesa da qualidade de vida dessa comunidade, mas, acima de tudo, de empoderamento, de informação. É através desse dialogo que nós transformamos a politica em um instrumento também de afeto, de cuidado com as nossas comunidades. Nós trazemos essa possibilidade para que essa comunidade possa ser telki.club escutada e que a gente possa responder através da boa politica, das indicações na câmara municipal, garantindo, não apensas nessa comunidade, mas a toda cidade, mais justiça social, mais igualdade e mais inclusão”, afirmou Gilmar.

Foto: Tassio Tavares

O evento iniciou as atividades do Coletivo na Rua deste ano, anunciando suas andanças pelas periferias da cidade para debater sobre temas de interesse da população, bem como levar atividades de cultura e lazer para essas comunidades.

Veja o vídeo dessa edição!

Em sessão solene pela passagem do Dia Internacional da Mulher, Mandato Coletivo exige mais recursos para políticas da Defesa da Mulher

“Não pensar nos descasos com o saneamento básico, saúde, educação e políticas culturais é o que sustenta as violências contra as mulheres. Violência física, moral psicológica e financeira”

Foto: Hyarlla Wany

Aconteceu nesta terça-feira (12), na Casa Plínio Amorim, a sessão solene pelo Dia Internacional da Mulher, onde foi lançada oficialmente a Comissão dos Direitos da Mulher, presidida pela vereadora Cristina Costa (PT). A Comissão que surge como ferramenta de proteção e combate à violência contra a mulher é a primeira do tipo em todo o Pernambuco.

Durante o evento também foi oficializado o funcionamento da Patrulha da Mulher (lei nº 3020/2018) no município, que tem como objetivo agir na proteção, monitoramento e acompanhamento das mulheres vítimas de violência.

Além dos parlamentares, a sessão contou também com a participação de representantes de instituições e movimentos sociais para debater projetos, leis e demais políticas públicas voltadas para a mulher.

Foto: Ângela Santana

A representante do Mandato Coletivo do vereador professor Gilmar Santos (PT) e integrante da comunicação da Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, Laiane Santos, disse que a política feita de mulheres para mulheres é fundamental, pois, só estando nesse papel é possível pensar ações que beneficiem as mesmas.

“…Elas dizem Não aos cortes sociais nas políticas que prejudicam primeiramente as mulheres periféricas, em sua maioria negra. O dia da mulheres serve para nos questionarmos: Como estão as creches e as escolas dos filhos dessas mães? Como estão as condições de trabalho das mulheres? E o porquê de ser apenas 16 mil reais de recursos municipais destinados ao programa de geração de rendas às mulheres vítimas de violência em Petrolina? Não pensar nos descasos com o saneamento básico, saúde, educação e políticas culturais é o que sustenta as violências contra as mulheres. Violência física, moral psicológica e financeira”, disse Laiane em entrevista com a equipe.

Foto: Ângela Santana

O Vereador professor Gilmar Santos (PT), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, também participou da sessão e reforçou a importância de espaços de debate sobre esse tema no município e alertou a comunidade presente para a política produzida pelo presidente da República e como essa política interfere diretamente na vida das mulheres.

“Nós estamos vivenciando em nosso país um momento de profunda violência na forma como a política tem se colocado. Hoje nós temos um presidente da República que de forma declarada é um inimigo das mulheres, porque através do seu discurso de ódio, através da banalização do feminicídio, através da forma excludente como planeja esse governo, retira a participação das mulheres de todas as políticas públicas necessárias. Nós temos uma grande violência e uma cumplicidade com todas as violências que aparecem no nosso cotidiano” Disse Gilmar.

Além disso, o parlamentar trouxe essas expectativas para a realidade da cidade e de como existe contradição nas ações de determinados políticos que se apresentam enquanto defensores dos direitos da mulher, mas que compactuam com projetos que negligenciam as mesmas enquanto mães, trabalhadoras, estudantes etc.

“Nós tivemos essa Casa aprovando uma lei da chamada “ideologia de gênero” para perseguir e atacar a dignidade de todas vocês mulheres; Essa aprovação é uma expressão de como não se compreendeu a luta das mulheres. Tivemos essa Casa aprovando também a lei da Escola Sem Partido, para perseguir professores e professoras. Para a nossa felicidade, uma mulher que estava em exercício no mandato, resolveu vetar totalmente esse projeto de lei. Porém, esse projeto ainda está nessa Casa para que os vereadores derrubem esse projeto. Se nós não tivermos coerência na nossa ação enquanto Parlamentares, nós ficaremos aqui apenas fazendo homenagens, que são importantes; mas não podemos homenagear essas atrocidades que infelizmente atropelam todas as conquistas importantes que vocês, mulheres, tiveram até então (…) Todos aqueles representantes da sociedade que votaram pelo congelamento dos recursos na educação e na saúde por vinte anos, são cumplices do feminicídio. Todos aqueles que votaram pelos cortes nos programas de moradia como o “Minha Casa, Minha Vida”, todos aqueles que hoje fragilizam o Bolsa Família, todos aqueles que de alguma maneira dificultam o desenvolvimento da educação democrática, aqueles que contribuem para a perseguição dos professores e professoras, são cúmplices do feminicídio” Disse.

Por fim, Gilmar finalizou sua fala dando exemplos de como o descaso na educação, no transporte, na saúde, na pavimentação etc atinge de forma direta as mulheres de Petrolina, bem como, cobrou ao poder executivo mais investimento nas políticas públicas voltadas para a mulher.

“Vale lembrar das mães, das mulheres dos Residenciais do “Minha Casa, Minha Vida” que não tem transporte, educação, que não tem assistência de saúde suficiente; das mulheres que estão nas ocupações no João de Deus em busca de moradia; das mulheres que estão na fruticultura tendo contato cotidiano com agrotóxicos, com veneno depois as levam para o Hospital do Câncer. É essa a luta necessária! O governo Miguel Coelho precisa colocar mais dinheiro no orçamento de políticas públicas para as nossas mulheres. A forma concreta de enfrentar essa luta é através do recurso público” Conclui.

Nota do PT: Cai a máscara de Sérgio Moro

Ao aceitar convite para ser ministro de Bolsonaro, parcialidade e intenções políticas de juiz ficam ainda mais claras “aos olhos do Brasil e do mundo”

Ao aceitar o convite para ser ministro da Justiça deJair Bolsonaro, Sérgio Moro revelou definitivamente sua parcialidade como juiz e suas verdadeiras opções políticas. Sua máscara caiu.

Moro foi um dos mais destacados agentes do processo político e eleitoral. Desde o começo da Operação Lava Jato agiu não para combater a corrupção, mas para destruir a esquerda, o Partido dos Trabalhadores e o governo que dirigia o país. Todas as suas ações foram meticulosamente pensadas para influenciar nesse sentido.

Em 2016 gravou e vazou ilegalmente conversas privadas da presidenta da República; condenou Lula, sem provas e por “atos indeterminados”; fez malabarismo judicial para descumprir a ordem de soltura do TRF 4; manipulou o calendário do processo para impedir um depoimento de Lula, no qual poderia se defender e divulgou uma delação mentirosa de Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

As decisões arbitrárias, ilegais e parciais de Sergio Moro levaram o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos da ONU a abrir um procedimento formal sobre o processo contra Lula, além de determinar a garantia dos direitos políticos de Lula, o que foi desrespeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em clara desobediência aos tratados internacionais vigentes.

Moro sempre foi um juiz parcial, sempre agiu com intenções políticas, e isso fica evidenciado aos olhos do Brasil e do mundo, quando ele assume um cargo no governo que ajudou a eleger com suas decisões contra Lula e a campanha de difamação do PT que ele alimentou, em cumplicidade com a maior parte da mídia.

O juiz que atuou tão fortemente contra Lula é o mesmo que beneficiou os verdadeiros corruptos da Petrobrás e seus agentes, que hoje gozam de liberdade ou prisão domiciliar, além dos milhões que acumularam, em troca de depoimentos falsos, de claro cunho político.

Essa nomeação, cujo convite fora feito antes do primeiro turno, como revela o vice- presidente General Mourão, hoje na Folha de São Paulo, é mais um sinal de que o futuro governo pretende instalar um estado policial no Brasil.

O PT conclama os democratas, os que defendem a Constituição e o estado de direito, a reforçar a campanha Lula Livre, por meio de um julgamento justo e do respeito às convenções internacionais assumidas soberanamente pelo Brasil, assim como cobra do Conselho Nacional de Justiça – CNJ que paute imediatamente a representação contra Sérgio Moro, que se encontra no plenário desde o ano de 2016, pelos desvios de sua função e a parcialidade na sua atuação.

Comissão Executiva Nacional do PT 

Fonte: http://www.pt.org.br

 

Gato por lebre, ou melhor, por Coelho

Foto: Fernando Pereira

Parece remontar da Espanha a expressão “comprar gato por lebre”, quando se tenta dizer que foi feito um negócio ruim. Muitas são as possíveis explicações, mas o fato é que ao pedir carne de lebre, as pessoas recebiam em seu lugar, carne de gato. Nada muito diferente da expressão “espetinho de gato” utilizada hoje também tão frequentemente para se referir a venda de carne ruim ou diferente daquela que foi pedida.

Em todos os casos, trata-se da mesma questão: enganação e mentira. Achar que foi feito um bom negócio, quando na verdade se fez um péssimo. Que expressão melhor então para falar da monumental mentira contada ao povo brasileiro para justificar a injustificável venda do patrimônio público por meio de privatizações? Estão querendo nos vender gato por lebre. Ou melhor, neste caso, por Coelho.

Particularmente referente a venda da Eletrobrás, o petrolinense Ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, conforme informações do Blog da Folha¹ disse que “apesar das críticas que têm surgido nas redes sociais, a previsão é de que a médio prazo a venda resulte em uma conta de energia mais barata [pois] sem as amarras de uma empresa pública, vai ser mais eficiente e mais ágil”.

Não bastasse a absoluta falta de preocupação com a soberania energética do país, uma vez que se considera trivial e passível de entrega para a iniciativa privada a empresa pública responsável pelos serviços de geração de energia, o então Ministro de Temer parte de uma premissa extremamente equivocada.

É mentira que “sem as amarras de uma empresa pública, [o serviço] vai ser mais eficiente e mais ágil”, basta ver o caso da OI e da maioria das companhias telefônicas após a privatização. Temos hoje um dos piores e mais caros serviços telefônicos e de internet do mundo. Sem falar no fato de que só no caso da OI, estamos falando de um pedido de recuperação judicial por dívidas que superaram os R$ 80 Bilhões. Portanto, o problema nunca foi o fato de ser pública, o problema sempre foi o fato dos governos da época pouco se importarem com o serviço público.

Quem assistiu uma plataforma da Petrobrás afundar por falta de manutenção lembra do que o Governo Fernando Henrique Cardoso fez com aquela empresa, que segundo eles, assim como supostamente a Vale do Rio Doce, dava prejuízos. Nos venderam gato por lebre lá e querem nos vender de novo agora.

Sem nenhuma dúvida, os serviços públicos precisam melhorar muito, mas a solução para um problema de carrapato num animal não pode ser sacrificá-lo. Se trata, se cuida e se busca fazê-lo melhorar. Assim é com as empresas públicas. Vejamos os exemplos das Universidades Federais. As mesmas que os Governos FHC diziam, seguindo a cartilha do Consenso de Washington, que não precisavam existir, pois significava gastar dinheiro para “reinventar a roda”, uma vez que o conhecimento já tinha sido produzido nos “países de primeiro mundo” e nos bastava importar o conhecimento deles e exportar soja e suco de laranja para pagar a conta.

Com o fim daquela insana política neoliberal na educação, que por mais de uma década manteve o ensino superior público no país limitado a um número infinitamente menor que a demanda de jovens em idade universitária, o país deu um salto com a expansão das vagas por meio do REUNI que triplicou a quantidade de vagas públicas no país, com investimento em permanência, ensino, pesquisa e extensão que, para ficarmos com exemplo mais recente, revolucionou o tratamento de queimaduras com a descoberta do uso da pele de tilápia.

Não é mais compatível com o sentimento e a compreensão média da população que o ensino superior público é ruim, pelo contrário, as Universidades Públicas do país produzem tecnologia de ponta, desenvolvem ciência em todas as áreas do conhecimento e formam um conjunto de profissionais da saúde, das engenharias, do direito e de todos os setores, com uma característica fundamental, a de que são trabalhadores, pobres e de origem popular que estão se formando e não apenas os ricos de sempre.

O público, portanto, pode e deve ser muito melhor que o particular. O discurso hipócrita do Ministro de Temer, Coelho Filho, é um discurso vindo da Casa Grande, de quem não diferencia o público do privado, pois sempre tratou o primeiro como este segundo. É daqueles que além de não admitirem perder seus privilégios de andar em avião vazio e deter o que de melhor os trabalhadores produzem, sabe que precisam ganhar o máximo possível no menor espaço de tempo que dispõem. Por isso que não basta apenas “tratar” o público como privado, precisam de fato transferir o público para o privado.

E precisam fazer isso em velocidade recorde, pois sabem que o tempo deles está contado. A malfadada reforma política busca dar sobrevida a esse projeto de desmonte, garantindo a permanência dos que lá estão. No entanto, entre eles e a continuidade no poder está o povo e este, não pode admitir quieto que o Brasil seja vendido a preço de banana para deixar mais rico os poderosos de sempre, que como o senhor Coelho Filho, montam nas costas de quem trabalhada para acenar para o vizinho e planejar o próximo golpe.

 

*Patrick Campos é graduando em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Foi diretor da União Nacional dos Estudantes, é virginiano e rubro-negro pernambucano.

http://pontocritico.org/

 

Candidatura própria e o PT em Pernambuco

No último dia 31 de Julho, ocorreu reunião do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco. Entre as decisões, o PT pernambucano já definiu sua estratégia para as próximas eleições: candidatura própria.

Esta posição mexe com o tabuleiro de toda a política pernambucana, pois coloca em xeque os setores que especulavam alternativas de composição do PT com o atual governador Paulo Câmara (PSB) ou com o senador Armando Monteiro Neto (PTB).

Estes setores vinham insistentemente construindo uma narrativa na qual os petistas estariam sem opções, sendo obrigados a marchar ao lado de um ou de outro. Ocorre que a direção do PT, num dos movimentos políticos mais inteligentes para o momento, deu truco. Ou melhor, virou a mesa.

A definição da candidatura própria e o estabelecimento do calendário para decidir o nome da disputa até o mês de Novembro ou Dezembro, além de colocar todas as engrenagens do partido em pleno funcionamento, obriga que todos os demais partidos e candidatos também antecipem suas definições.

Ganha o povo pernambucano, que terá muito mais tempo e muito mais condições de avaliar os projetos que serão apresentados para o Estado. Além disso, ganha também quem está na luta pelos direitos sociais e trabalhistas, pois quando a neblina vai sendo dissipada, a classe política fica obrigada a mostrar quem é de fato e não se esconder atrás de posições flexíveis e indefinidas.

Esta situação é fundamental num momento em que as indefinições deixam abertas as portas do salão de festas das especulações. E especulação política em ano pré-eleitoral costuma causar tantos danos ao povo trabalhador quanto à própria especulação financeira.

Isto ocorre porque as negociações em torno do tempo de televisão, do calculo sobre o coeficiente eleitoral para as chapas proporcionais e a aquisição de bases eleitorais faz girar uma das engrenagens mais cruéis da política, que é o desvio de finalidade no uso do dinheiro público e a corrupção.

Quanto mais nebuloso o cenário, mais esta máquina é posta em funcionamento. Assim, tornar nítido o cenário é algo fundamental para ao menos reduzir o impacto nefasto da negociata, do blefe, da insinuação e do cretinismo.

Mas definir a estratégia não basta. Será preciso construir movimentos táticos precisos e acertados. Nesse sentido, assim como tem sido feito nacionalmente, as forças democráticas organizadas em Pernambuco precisam construir o seu próprio Plano Popular de Emergência.

Precisa ser popular, pois a ofensiva conservadora tem agido para afastar cada vez mais a maioria do povo da política. Logo, é necessário entrar nessa disputar e utilizar os mais potentes mecanismos de participação existentes para que o povo possa construir a saída para a crise estabelecida.

Precisa ser de Emergência, pois o risco de sofrermos novos golpes dentro do golpe está dado. E um deles pode significar inclusive mudanças nas regras eleitorais ou até mesmo a não realização de eleições, ou de eleições sem candidaturas como a de Lula. Mas precisa ser de emergência também, porque quanto mais demoramos, mais sofrem os trabalhadores, mais morrem os jovens e negros, mais mulheres são vitimadas.

Assim, as forças democráticas e populares têm pela frente um enorme desafio. Justamente por isso, alguns de seus setores deveriam seguir o exemplo petista e colocar para o povo pernambucano suas posições. De um lado o PCdoB e o PDT precisam definir se continuarão endossando o Governo Paulo Câmara e todas as suas contradições golpistas e ineficiência administrativa, e de outro o PSOL, se demonstrará a mesma disposição de luta contra os inimigos dos trabalhadores ou se insistirá em exercícios axiológicos de colocar o PT como um destes inimigos.

Mas independente de quando e de como estas definições se darão, o certo é que as peças estão se movendo. E cada movimento significa avanços ou retrocessos na vida da classe trabalhadora. Não deixemos de disputar cada um deles, pois se não fizermos, farão por nós.

*Patrick Campos é graduando em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Foi diretor da União Nacional dos Estudantes, é virginiano e rubro-negro pernambucano.

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