Acontece entre os dias 11 e 16 de novembro, a 4ª Semana e Parada do Orgulho LGBT+ em Petrolina

O principal objetivo do evento é sensibilizar a sociedade em geral para o respeito à população LGBT, além de chamar a atenção do Poder Público para a urgente necessidade de implantar e implementar políticas públicas para esta população.

No período de 11 a 16 de novembro do corrente ano, a cidade de Petrolina será palco e sede da 4ª edição da Semana e Parada do Orgulho LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Com o tema: “enquanto houver cores, haverá resistência: Petrolina de mãos dadas contra o conservadorismo e as LGBTfobias”, o evento contará com diversas atividades, como: rodas de diálogo em escolas públicas, seminário em universidade, audiências públicas, tenda da diversidade na Praça do Bambuzinho, realização de testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis (IST), esquetes teatrais, dentre outras, culminando com a realização da 4ª Parada do Orgulho LGBT+ de Petrolina, no sábado, dia 16/11, concentração às 17h, na Praça da Algaroba e finalizando no palco da orla de Petrolina.
O objetivo principal da 4ª Semana e Parada do Orgulho LGBT+ de Petrolina é sensibilizar a sociedade em geral para o respeito à população LGBT, além de chamar a atenção do Poder Público para a urgente necessidade de implantar e implementar políticas públicas para esta população. Segundo a série histórica do mapa da violência, os índices de criminalidade no Brasil são altíssimos se comparados a outros países da América Latina, e Pernambuco é um dos Estados mais violentos nesse ranking. A violência cometida contra grupos tidos como “minorias” (LGBTI+, mulheres, negros, etc), dentro das estatísticas são muito visíveis no que concerne às mulheres e crianças e, em menor número, aos idosos. Mas um dado preocupante que, por vezes, passa despercebido nas estatísticas é o número de pessoas que são assassinadas pela intolerância à sua orientação afetivo-sexual e/ou identidade de gênero.
A LGBTfobia causou, em 2018, 420 mortes de lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transexuais no país, sendo 320 homicídios (76%) e 100 suicídios (24%). Os dados são do relatório do Grupo Gay da Bahia, que recolhe estatísticas há 39 anos. Segundo esses dados, em 2017 a cada 19 horas, um/a LGBT morreu por motivação homotransfóbica no Brasil.
De acordo com a ONG alemã Transgender Europe, através de seu mapa de monitoramento das violações de direitos humanos, o Brasil é a nação que mais mata pessoas transexuais no mundo. De 2011 a 2015 foram registrados 546 casos. Para se ter uma ideia, o México, segundo colocado, teve no mesmo período 190 casos.
O relatório Nª 543/2019 da Secretaria de Defesa Social (SDS), do Governo de Pernambuco, divulgado em 25/07/2019 dá conta de que no período de janeiro/2018 a junho/2019 1.441 LGBT foram vítimas de violência em Pernambuco.
A organização da 4ª Semana e Parada do Orgulho LGBT+ de Petrolina baseada nestas estatísticas, realizará as diversas atividades planejadas, e está sob a responsabilidade da Associação e Movimento da Parada da Diversidade Sexual de Petrolina, da Rede LGBT do Interior de Pernambuco e do Movimento LGBT Leões do Norte (sediado em Recife).


Serviço:
Evento: 4ª Semana e Parada do Orgulho LGBT+ de Petrolina
Data: 11 a 16 de novembro de 2019.
Coordenador: Alzyr Saadehr
Contatos: (87) 98812.8298 (WhatsApp) e (87) 98874.68897
E-mail: alzyrsaadehr@gmail.com

Reaja ou será morto: 6º Coletivo na Rua abordará extermínio da juventude negra

O Mandato Coletivo, do vereador Gilmar Santos e sua equipe,  realizará a 6ª edição do Coletivo na Rua, dentro da programação do Festival “Afrocoletividade”, no mês das consciências negras, intitulado “Reaja ou será morto/a: redução da maioridade penal, encarceramento e extermínio da juventude negra”. A ação será no dia 23/11, uma quinta-feira e se iniciará às 18h30min, contando com apresentações artísticas e participação de estudiosos e moradores em torno da temática.

O local será a Praça da Juventude do bairro João de Deus. Através de projeto protocolado pelo vereador Gilmar Santos na manhã do dia 16/11(quinta-feira)  e conforme reivindicação dos moradores da comunidade, a quadra poliesportiva que se encontra na Praça levará o nome do jovem José Alex Soares da Silva. José Alex, um jovem negro da comunidade, acusado injustamente de assalto, foi cruelmente espancado e morto por policiais, acionados pela dona de um posto de gasolina quando voltava de um jogo de futebol no ano de 2010, juntamento com o amigo Diego Pereira, que sobreviveu ao crime e ainda reside no bairro.

O tema desta edição – “Reaja ou será Morto/a”, convoca a juventude negra a compreender a luta contra os contextos sociais, culturais e políticos que violentam e marginalizam as pessoas negras no país. O racismo institucionalizado pelo estado brasileiro revela-se nos números divulgados no Atlas da Violência 2017, documento aponta que os jovens negros entre 12 e 29 anos estão mais vulneráveis ao homicídio do que brancos na mesma faixa etária.  A cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil 71 são negras. Os assassinatos de jovens brancos diminuíram, ao passo que o de jovens negros aumentaram e o texto do documento diz: “ a juventude negra é assassinada no Brasil como se estivesse em uma situação de guerra”. Essa é a situação do racismo em nosso país.

A plenária popular é um espaço de debate e reflexão de pautas importantes para a vida em sociedade e que tem como objetivo estabelecer o diálogo entre a população e o Mandato Coletivo, a partir de demandas locais e questões de grande relevância para a cidade e seus moradores. Através do Coletivo na Rua é possível perceber maior apropriação dos cidadãos sobre o que é o mandato do vereador e o caráter coletivo de sua representatividade.