Nota de repúdio contra os ataques à deputada Marília Arraes

“A luta que temos pela frente é grande demais para que possamos permitir que interesses pessoais, pontuais, que não são aqueles coletivos, partidários, nos tirem do caminho e do lado certo da história”

O Partido dos Trabalhadores tem na sua democracia interna uma de suas maiores riquezas.

E é justamente em nome dessa democracia que estranhamos e repudiamos as recentes declarações do companheiro de partido Dilson Peixoto, que hoje ocupa o cargo de secretário de Desenvolvimento Agrário e Agricultura de Pernambuco, atacando a deputada federal Marília Arraes (PT-PE).

Ataques pessoais, descabidos e que vão frontalmente de encontro ao trabalho, empenho e importância de Marília não só para nosso partido, mas para Pernambuco e para o Brasil.

A luta que temos pela frente é grande demais para que possamos permitir que interesses pessoais, pontuais, que não são aqueles coletivos, partidários, nos tirem do caminho e do lado certo da história.

Brasília, 8 de outubro de 2019.

Nota do Partido dos Trabalhadores

Os sete pontos (do Paulo Teixeira) sobre PSB e PT

O PT é um partido em disputa e a militância de Pernambuco reafirmou ontem, no encontro de tática estadual, que confia na candidatura própria como a melhor e mais coerente estratégia para superar o golpismo e resgatar o estado de pernambuco do péssimo governo de Paulo Câmara (PSB), além de fortalecer Lula nas eleições nacionais. Foram por volta de 200 votos a favor  e cinquenta contra (não houve contagem e diferença pode ser ainda maior) que contrariaram a resolução da executiva nacional que determinava a aliança do PT com PSB  em alguns estados, incluindo Pernambuco, em troca de uma suposta neutralidade política do PSB na disputa à presidência.

A questão ainda será decidida no Diretório Nacional até este sábado, 04 , mas já levanta muita indignação da militância de Pernambuco e de diversos importantes quadros do PT nacionalmente.

Uma análise muito didática do ponto de vista político é a apresentada por Valter Pomar *  sobre o assunto.

Leia na íntegra:

Diário do Centro do Mundo publicou um roteiro de sete pontos “sobre PSB e PT”, cuja autoria é atribuída ao deputado Paulo Teixeira.

(O próprio Paulo Teixeira acaba de me informar que o texto seria da presidenta Gleisi Hoffmann).

O roteiro está no endereço abaixo:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/deputado-paulo-teixeira-do-pt-fala-do-acordo-com-o-psb/

O primeiro ponto diz que “É uma estrategia nacional resgatar aliança com o PSB, um partido em disputa. No Nordeste e Norte apoiarão Lula ou quem Lula Indicar”.

A primeira frase é verdadeira.

Acontece que a resolução da executiva nacional do PT não resgatou aliança alguma.

A resolução da executiva nacional do PT pagou caro para supostamente obter a neutralidade.

E a neutralidade significa que o PSB vai continuar como está: alguns com Alckmin, outros com Ciro, outros mais com Lula.

A segunda frase é reveladora.

Revela que um dos objetivos da resolução aprovada por maioria na CEN seria garantir o apoio não para Lula, mas para quem Lula vier a indicar.

Acredite quem quiser na solidez de uma promessa deste tipo, que não está escrito, que não está baseado na grande política, mas sim na permuta de candidaturas estaduais.

O segundo ponto diz que  essa ala do PSB (Ricardo Coutinho, Paulo Câmara, Capiberibe) tirou a direita do partido, e colocou o PSB contra a reforma trabalhista, a EC 95, a entrega da Petrobras e a privatização da Eletrobras.

Pergunto: se isto fosse verdade, se a esquerda socialista “tirou a direita do Partido”, por qual motivo o PSB vai ficar neutro? Por qual motivo o PSB não decide apoiar Lula?

Pergunto ainda: de que partido é Beto Albuquerque? E de que partido é Márcio França, governador e candidato a governador de São Paulo?

Ou será que Paulo Teixeira acha que Márcio França não é de direita???

Ainda sobre o ponto 2, me informa o companheiro Rodrigo César o seguinte:

Sobre o ponto 2, segue como votou a bancada do PSB na Câmara:

Impeachment
SIM – 29
NÃO – 3

Reforma trabalhista
SIM – 14
NÃO – 16

EC 95
SIM – 18
NÃO – 9

Abstenção – 1


O terceiro ponto diz que recompor uma frente política de esquerda no país é condição para o enfrentamento ao golpe e para tirar o Brasil da crise com uma política econômica inclusiva 

Novamente, a afirmação é verdadeira.

Mas o que a afirmação tem que ver com a resolução aprovada pela maioria da CEN do PT?

Tal resolução oferece apoio nos estados, não pede nada em troca, mas espera de fato a neutralidade e a retirada da candidatura de Márcio Lacerda em Minas Gerais.

Não vamos recompor uma frente política de esquerda, com este tipo de acordo.

O quarto ponto diz que o PCdoB, um dos partidos que compõe essa frente, via o entendimento com o PSB como condição para construirmos uma unidade do campo

De fato o PCdoB defende uma frente.

Mas isto que foi feito não parece nada com aquilo que o PCdoB defende.

Se parecesse, a Convenção do PCdoB teria tido outros desdobramentos.

O quinto ponto diz que desde o ano passado temos reforçado que nossas alianças ou acordos eleitorais se dariam no campo da centro esquerda. E listamos, e APROVAMOS, em resolução do PT que os partidos para construirmos isso eram PCdoB, PSB e PDT.

Também é verdade.

Mas, novamente, o que isto tem que ver com a resolução da CEN???

A resolução da CEN não foi um passo à frente em direção a uma aliança com PDT, PCdoB e nem mesmo PSB.

Neste momento não estamos com PDT, não estamos com PCdoB e o PSB vai, na melhor das hipóteses, adotar uma falsa neutralidade, que na prática favorece mais Alckmin do que a centro-esquerda.

O sexto ponto diz que nunca escondemos do PT de Pernambuco, dos movimentos sociais e de Marília, nossas conversas e nossos movimentos. Lutamos por uma coligação formal, mas não foi possível. Esse movimento é o recomeço da frente de esquerda no país, buscando resgatar um partido q historicamente esteve do nosso lado.

O sexto ponto omite uma informação fundamental, a saber: até o dia 1 de agosto, a posição do PT era construir uma aliança nacional com o PSB, em torno de Lula.

Isso (o objetivo de construir uma aliança nacional) nunca foi escondido do PT de Pernambuco, nem do PT de todo o país.

Mas o que foi feito dia 1 de agosto não foi isto.

O que foi feito dia 1 de agosto: uma maioria de integrantes da CEN concedeu o apoio do PT ao Paulo Câmara. Ponto. A resolução não fala mais nada.

É público que esta maioria esperava que, em troca, retirasse a candidatura de Márcio Lacerda em Minas Gerais e adotasse a “neutralidade” na disputa presidencial.

Neutralidade não é aliança nacional.

Antes de 1 de agosto, a CEN não disse ao PT de Pernambuco que, em nome da suposta neutralidade e de Lacerda, a candidatura de Marília poderia ser retirada.

É uma ilusão achar que esta troca e esta neutralidade são o “recomeço da frente de esquerda no país” e o resgate do PSB.

O sétimo ponto diz que sem a eleição de Lula e a construção de um campo político NACIONAL progressista e popular não recuperaremos o país. Não vamos perder o foco do nosso enfrentamento. Estamos numa batalha pela devolução dos empregos, dos direitos dos trabalhadores e do povo, da nossa democracia e da nossa soberania.

Tudo verdade.

Mas o que a CEN decidiu não contribuiu nem um pouco para isto.

O que a CEN decidiu, falemos francamente, foi oferecer Arraes, esperando colher Lacerda e a neutralidade.

O que o obteve com isto, até agora?

Uma enorme confusão, cujo desfecho está sendo escrito neste momento.

Infelizmente, o roteiro publicado pelo DCM e atribuído ao deputado Paulo Teixeira não descreve o que se pretendia, não descreve o que ocorreu e não descreve o que está ocorrendo.

 

 

* Valter Pomar é historiador e integrante da Direção Nacional do PT

Militantes do PT em ato de apoio a pré-candidatura de Marília Arraes

O ato ocorreu um dia depois do PT ter divulgado uma resolução que poderia limar a candidatura da vereadora

Marília Arraes não compareceu ao ato de apoio da sua candidatura neste domingo (10/06) / Foto: Divulgação

A pré-candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo do Estado continua sendo trabalhada por uma parte do Partido dos Trabalhadores (PT) que considera a vereadora competitiva para a próxima eleição. Os apoiadores de vereadora fizeram um ato de apoio no auditório da sede do sindicato dos bancários, na Manoel Borba, área central do Recife que começou por volta das 11 horas e acabou no começo da tarde deste domingo (10/06). Isso ocorreu um dia depois da direção nacional do PT lançar, em Belo Horizonte, uma resolução afirmando que pretende fazer uma aliança com o PC do B e o PSB – partido do governador Paulo Câmara –, o que em princípio limaria a candidatura de Marília Arraes, porque Câmara vai concorrer a reeleição.

“A resolução traduz a situação. Não poderemos ter alianças picadas, nem em Pernambuco nem na Paraíba. Tem que resolver em todos os 11 Estados. É um pacote. O PSB terá que resolver as alianças em todos os Estados e declarar o seu apoio formal a Lula – o que é prioridade – fechando uma aliança nacional”, revela o secretário de Formação Política do PT, Múcio Magalhães, que passou a fazer parte desde ontem do Grupo de Tática Eleitoral (GTE) da sigla o qual atua nacionalmente. Quando discursou no evento, ele classificou a “resolução de ambígua, uma concessão para quem queria nos limar”.

E acrescenta: “Não aceitamos de jeito nenhum a retirada da pré-candidatura de Marília sem o apoio formal do PSB nos 11 Estados. Se for fechada uma aliança nacional, faremos o debate e o comando nacional terá legitimidade para retirar a pré-candidatura de Marília, que é boa para Pernambuco e o PT nacional”, conta.

DECISÃO

Ainda no evento, Múcio diz que “o PT pode decidir a eleição em Pernambuco”. A frase dele se baseia em dois indícios. Mesmo preso, o ex-presidente Lula (PT) vai puxar votos para o candidato que apoiar na próxima eleição em Pernambuco. E segundo, a pré-candidata Marília Arraes ficou bem posicionada numa pesquisa que o próprio PT divulgou na última semana, comparando com Paulo Câmara e o senador Armando Monteiro Neto (PTB). Durante o evento, Múcio chegou a dizer que “esse papo de aliança com o PSB só começou a existir porque a candidatura de Marília virou uma ameaça a Paulo Câmara.

Outra entusiasta da candidatura de Marília é a deputada estadual, Teresa Leitão. “A candidatura de Marília se expandiu para fora do PT. Essa é uma plenária de respaldo ao que vamos fazer, como vamos nos pautar pra se manter a favor do PT, de Pernambuco e da nossa candidata”, defende a parlamentar. O PT tem pelo menos oito tendências e há quem acredite que uma parte da militância não vai aceitar a retirada da pré-candidatura de Marília.

Inicialmente, neste domingo seria uma reunião dos militantes do PT para avaliar as pré-candidaturas. Com a resolução lançada no sábado (09/06), o evento passou a ser um ato de apoio a Marília que não compareceu. Segundo a assessoria de imprensa da pré-candidata, ela passou o dia em reuniões com a agenda fechada e não poderia ser divulgado mais informações sobre os encontros. Entre os militantes, a versão é de que ela não foi ao evento para não acirrar mais os ânimos entre os seus apoiadores e a direção nacional do partido, o que já está ocorrendo. O auditório do sindicato tem 260 lugares e ficou lotado. Também estiveram presentes cerca de 40 dos 300 delegados que o PT tem no Estado. Grandes nomes do Estado, como o senador Humberto Costa não foram ao ato nem o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro.

As pré-candidaturas ao governo do Estado do ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim, e do militante José de Oliveira serão retiradas de pauta por orientação da presidente do partido (em nível nacional), Gleisi Hoffmann, segundo informações da secretária de Comunicação da legenda, Sheila Oliveira.

Questionado sobre o não comparecimento ao evento, Bruno Ribeiro conta que o cargo de presidente exige cautela e não pode estar apoiando pré-candidaturas, embora converse com todos. “A aliança (com o PSB e PC do B) ainda não se concretizou e é natural que Marília e os seus apoiadores continuem trabalhando. “Se houver a aliança, isso muda o cenário em vários Estados, inclusive em Pernambuco. A resolução deixou claro que a prioridade é a aliança. Os desafios do País pedem a união dos partidos de centro-esquerda”, defende Bruno. Ele argumenta que não comenta, pela imprensa, as orientações de Gleisi Hoffmann, se referindo a retirada das outras duas pré-candidaturas da legenda.

 

http://jconline.ne10.uol.com.br

 

 

Em Serra Talhada, Marília Arraes reacende a onda vermelha petista e disputa em alto nível de popularidade com evento de FBC e outros aliados de Temer em Petrolina

A eleição de 2018 para o Governo de Pernambuco registrou neste sábado (27/02), duas imagens que certamente demarcam os rumos que estão colocados para o Estado. De um lado, em Petrolina, a autoproclamada frente de oposição, que reúne os até recentemente aliados do Governador Paulo Câmara (PSB), Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e família, Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), além de Armando Monteiro Neto (PTB), promoveu mais um encontro recheado de velhos e cansados nomes da política pernambucana junto com seus herdeiros, acompanhados de centenas de cabos eleitorais, apadrinhados e beneficiários de favores políticos.

No mesmo dia, em Serra Talhada, a vereadora do Recife Marília Arraes (PT), foi oficialmente lançada pré-candidata ao Governo pelo Partido dos Trabalhadores. Em ato completamente diferente, a vereadora petista contou principalmente com a presença do povo, militantes do PT e simpatizantes, comprometidos com as lutas e conquistas dos governos petistas e solidários ao difícil momento pelo qual passa o presidente Lula e o partido no enfrentamento ao golpe. Gente que se deslocou voluntariamente para endossar a proposta de renovação da política pernambucana.

As imagens falam por si. Não se trata de tirar conclusões precipitadas. O fato, tão concreto quanto os infelizes e alarmantes índices de violência deixados pelo PSB durante o Governo Paulo Câmara, é que a eleição para o Palácio do Campo das Princesas será polarizada. Ela terá de um lado os setores que elegeram Paulo Câmara e colocaram Michel Temer na cadeira de Presidente da República e de outro os setores populares que resistem as reformas ilegítimas e defendem a retomada de um governo democrático, voltado para mudar a vida da maioria dos trabalhadores.

Foto: Ascom Prefeitura de Petrolina

Nesse cenário, as duas atividades realizadas neste dia 27 expressam o potencial que ambas as forças possuem. Nesta avaliação, cabe ressaltar que mesmo toda a mobilização do senador Fernando Bezerra Coelho e do seu filho, Miguel (PSB) – o mais novo Coelho a ocupar a Prefeitura de Petrolina – somada a presença dos mais altos caciques da direita pernambucana e à estrutura que possuem, não foi suficiente para superar a atividade realizada pelos petistas em Serra Talhada, com recursos mínimos e com toda a campanha antipetista que se desenvolve diariamente nos grandes meios de comunicação.

Sem nenhuma dúvida, esta será a toada de toda a campanha eleitoral. Fernando Bezerra Coelho Filho, responsável por realizar a venda da Eletrobrás, afirmou em seu discurso que “mais pessoas virão para o nosso lado porque somos capazes de juntar muita gente boa para inaugurar um novo tempo em Pernambuco”. Novo tempo é a consigna de seu irmão à frente da prefeitura de Petrolina, que até o momento amarga baixíssimos índices de aprovação e faz um governo inexpressivo, com as caras da velha política que marcaram as gestões de seu pai.

Vale destacar ainda que, entre os nomes do campo que representa o programa do Governo Michel Temer, o nome que aparece melhor nas pesquisas é o do Senador Armando Monteiro, candidato ao Governo nas eleições de 2014. Ainda assim, em todas as pesquisas, Armando aparece tecnicamente empatado com a vereadora Marília Arraes, que pela primeira vez se coloca em uma disputa estadual. Logo, o que se apresenta é uma eleição de grande antagonismo, em que caberá a maioria do povo escolher qual caminho deseja seguir.

O vereador Gilmar Santos, presente ao ato de Serra, fez a seguinte avaliação: “o lançamento da pré-candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco mexe profundamente com o sentimento de uma população que identifica na companheira a herança política de personalidades jamais esquecidas pelo povo, a exemplo de Arraes, Lula e Dilma, mas para além disso, por sua capacidade de apresentar propostas e projetos que tirem o Estado do abismo em que se encontra, pela coragem de enfrentar os golpistas de plantão que continuam ameaçando a dignidade do nosso país. A forte presença do povo em Serra Talhada sinaliza que Pernambuco terá sua primeira governadora”.

 

Por Patrick Campos Vice-presidente do PT

Ascom Mandato Coletivo do Vereador Gilmar Santos

Marília Arraes é o melhor caminho para o Partido dos Trabalhadores no estado, reafirma Gilmar Santos

Foto: Fernando Pereira

No último dia 30, o deputado estadual Odacy Amorim, PT, declarou sua pretensão em ser pré-candidato ao governo do estado de Pernambuco em 2018. Odacy Amorim procura Executiva do PT e anuncia pré-candidatura ao Governo do Estado. A notícia causou surpresa a muita gente, principalmente a militância do partido, que já tinha como praticamente certo, o nome da vereadora de Recife, Marília Arraes, PT, para encarar essa disputa.

Em Petrolina, o vereador Gilmar Santos, PT, ao ser procurado pelo Ponto Crítico para comentar o assunto, saiu em defesa do partido. O parlamentar disse que o Partido dos Trabalhadores é uma conquista histórica e patrimônio da própria classe trabalhadora e dos setores marginalizados da sociedade. “O PT é um partido que tem compromisso com a democracia e com a vida de milhões de empobrecidos do nosso país, o que ficou comprovado com as ações concretas dos governos Lula e Dilma”, afirmou.

Porém, para Gilmar Santos, enquanto instrumento de lutas contra grupos privilegiados e por ser originado de uma sociedade cheia de contradições, o PT é um partido brutalmente perseguido e até disputado por setores da própria burguesia, das oligarquias e lacaios que dominam a vida política do país. E Pernambuco não está fora desse processo, pontuou: “ Temos agora uma oportunidade histórica de retomada do protagonismo do partido no estado com a candidatura da companheira Marília Arraes. Mulher de coragem e de conteúdo político, que representa o melhor da tradição de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras. Tem carisma, juventude, entusiasmo e contagia. A maior parte da militância e de simpatizantes do PT defende o seu nome e é esse o melhor caminho que acreditamos para o partido no estado. Qualquer candidatura contrária a esse cenário ou é projeto pessoal ou serve a grupos que desejam prejudicar o PT.  A candidatura de Odacy Amorim sinaliza para uma dessas duas opções”.

Durante encontro de vereadores do PT, realizado nos dias 20 e 21 de outubro último foi divulgada uma carta em que vereadores do partido já declaravam apoio a companheira Marília Arraes. Confira a carta aqui

O nome da neta de Miguel Arraes tem sido destaque no cenário político de Pernambuco, em pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Múltipla, de Arco Verde, e divulgada no blog de Inaldo Sampaio, Marília que é vereadora de Recife saiu-se muito bem, inclusive na simulação de segundo turno em que disputaria com o atual governado Paulo Câmara. Paulo Câmara lidera pra governador, seguido Armando, Mendonça e Marília Arraes. Outro dado importante da pesquisa é quando os entrevistados são perguntados em quem não votariam de jeito nenhum, em que dos pré-candidatos o senador Fernando Bezerra Coelho aparece como o mais rejeitado enquanto que Marília é a menos rejeitada.

https://pontocritico.org/

Em carta aberta, vereadores petistas de Pernambuco declaram apoio a Marília Arraes ao governo do Estado

O Primeiro encontro de vereadores petista de Pernambuco aconteceu nos dias 20 e 21, na cidade de Serra Talhada e reuniu além de vereadores de todo o estado, várias lideranças políticas do Partido dos trabalhadores a exemplo do senador Humberto Costa e de Bruno Ribeiro, presidente do partido.

A iniciativa do encontro foi do vereador Daniel Finizola, da cidade de Caruaru. Entre as atividades do encontro destaque para o debate ‘Modo Petista de Legislar’ com a participação de Dilson Peixoto e a oficina de comunicação com Rafael Vilela do Mídia Ninja. As conjunturas Nacional e Estadual com vistas às eleições de 2018 também foram temas de debates no encontro, tendo como debatedores o senador Humberto Costa, Bruno Ribeiro e o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque. Dentro dessa programação, a professora Liana Cirne apresentou a obra de sua co-autoria,”Comentários de uma sentença anunciada: o processo Lula”, escrita por 122 juristas, advogados e intelectuais do mundo jurídico.

Ao final das atividades os vereadores apresentaram uma carta aberta defendendo candidatura própria do partido e Marília Arraes como o nome para disputar o governo do Estado de Pernambuco em 2018.

Leitor da carta, o  vereador Gilmar Santos, PT, de Petrolina, fez a seguinte avaliação do I encontro de Vereadores de Pernambuco : “esse encontro é um marco para a história do partido em Pernambuco, já que fortalece a atuação dos vereadores e vereadoras em cada município e possibilita a partilha de experiências entre todos para a construção de um projeto que transforme o nosso estado em um ambiente de maior inclusão social, mais democracia e justiça social para o  povo pernambucano. A apresentação do nome da companheira Marília Arraes sinalize positivamente para afirmar o protagonismo do nosso partido na defesa desse projeto“.

Confira abaixo a carta dos vereadores:

“O Brasil e o mundo clamam por renovação política. Às vésperas dos 30 anos da promulgação da constituição de 88, que nos devolveu o Regime Democrático, vemos essa mesma democracia cambaleante, seja pelo golpe de 2016, seja pelo distanciamento na identificação entre a sociedade e as lideranças partidárias.

A força social que levou o PT ao comando de governos, sindicatos e entidades sociais, nasceu da expressão renovadora da geração que lutou pela redemocratização.

Três décadas depois, o PT é o partido com maior presença na vida real do povo brasileiro. Deve-se a isso, o resultado de 13 anos de inclusão social à frente do Governo Federal a ser o partido responsável por tirar nosso país do mapa da fome.

A crise de representatividade que atinge o cenário político atual exige do nosso partido a capacidade de, a um só tempo, manter-se fiel aos princípios de inclusão social que sempre nos nortearam e de renovar nossa atuação política, dano voz aos novos atores e atrizes, que disputam o protagonismo político, acompanhados de novas linguagens, símbolos, demandas e identidades.

Se algum partido tem legitimidade e enraizamento social para apresentar à Pernambuco, um projeto de renovação das esperanças, esse partido é o PT. Mas pra isso, é preciso coragem e desprendimento individual. Por isso, saudamos efusivamente a decisão do Diretório Estadual por candidatura própria do PT ao governo do Estado.

Pernambuco anseia por mudança. Do litoral ao sertão, reclama-se a inércia, incompetência e ausência do Governador Paulo Câmara e suas políticas. O PT tem a obrigação de responder a essa necessidade popular. Não há outra alternativa realmente inclusiva capaz de resgatar a dignidade do povo pernambucano, que sofre com índices superiores a de conflitos e guerras internacionais.

Por tudo isso, estamos convictos de que o PT deve apresentar candidatura própria ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2018. Para renovar-se a si mesmo e também ao Palácio das Princesas. Consideramos que dentre os nomes ventilados, o da companheira Marília Arrares, Vereadora do Recife, eleita com mais 11 mil votos, mulher, combativa e qualificada, enraizada nas melhores tradições e práticas da esquerda, reúne as condições de reencantar Pernambuco com o PT, colaborar com a eleição de Lula Presidente e implementar um programa de gestão capaz de resgatar Pernambuco das páginas policiais.

É hora de mudança. É hora de ousadia. É hora de Marília Governadora e Lula Presidente!

Serra Talhada, 21 de outubro de 2017.

VEREADORES E VEREADORAS DO PT.

DANIEL FINIZOLA – CARUARU

ERNESTO MAIA – SANTA CRUZ

DEOMEDES BRITO – SANTA CRUZ

SINÉZIO RODRIGUES – SERRA TALHADA

MANOEL ENFERMEIRO – SERRA TALHADA

ALMIR DOS SANTOS – CEDRO

GILMAR SANTOS – PETROLINA

ANDRÉ CACAU – SALGUEIRO

ORESTES ALBUQUERQUE – SERTÂNIA

IVETE RAMOS – SURUBIM

ARISTÓTELES MONTEIRO – TABIRA

ADEILTON PATRIOTA – FLORES

KILDARES NUNIS – ITACURUBA

EZEQUIEL SANTOS – CABO DE SANTO AGOSTINHO

EVERALDO VALÉRIO – OURICURI

LUCIANO DUQUE – PREFEITO DE SERRA TALHADA.

http://pontocritico.org