Fim do Minha Casa Minha Vida, aumento das desigualdades sociais e violência do Governo Bolsonaro são denunciados por Gilmar Santos

“É um governo que não tem projeto de desenvolvimento nacional, não tem projetos para geração de empregos, mas tem projeto para entregar as riquezas dos nossos país para o capital estrangeiro e de maneira muito particular, para os interesses dos Estados Unidos”, disse o vereador

Foto: Camila Rodrigues

O vereador professor Gilmar Santos (PT) denunciou durante a sessão plenária desta terça-feira (05), na Casa Plínio Amorim, os diversos ataques que o Governo Bolsonaro tem direcionado à classe trabalhadora, principalmente após o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ter anunciado na última quinta-feira (30), que não haverá mais contratações para a faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, o que, para o Gilmar, reflete o verdadeiro compromisso do governo federal com o aprofundamento das desigualdades sociais, da violência e da extrema pobreza num projeto violento de destruição do país.

A faixa 1 do programa é a que beneficia as famílias que tem renda bruta mensal de até 1.800,00 reais. De acordo com a coordenadora da região leste da União de Movimentos de Moradia (UMM), Evaniza Rodrigues, 100% das famílias de baixa renda das cidades médias e das regiões metropolitanas e capitais – que concentram a maior parte do déficit habitacional – “estão sem nenhuma política habitacional”.

“Esse é um ataque do governo Bolsonaro à população mais pobre do nosso país, ao decretar o fim do Minha Casa Minha Vida para a faixa 1, ou seja, para aqueles que ganham até 1800 reais e não terão mais nenhum programa de habitação federal que lhes garanta oportunidade de acesso à moradia. É um verdadeiro crime social contra a população brasileira que vivencia momentos de desespero diante do aumento do desemprego, quase 20 milhões de pessoas estão desempregadas. Nós tomamos conhecimento através de uma pesquisa do PNAD que no Brasil 104 milhões de pessoas estão ganhando em média 413 reais por mês, isso é uma situação de humilhação, de precarização, de desvalorização da vida, de escravização, é transformar os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros/as em escravos/as! É um governo que não tem projeto de desenvolvimento nacional, não tem projetos para geração de empregos, mas tem projeto para entregar as riquezas dos nossos país para o capital estrangeiro e de maneira muito particular, para os interesses dos Estados Unidos”, afirmou Gilmar.

Na ocasião, o edil destacou também os desmontes que a Caixa Econômica, banco responsável pelo financiamento das casas do MCMV, tem sofrido, o que interfere diretamente na prestação e fiscalização desses serviços.

“Esse é o fim de um dos mais importantes programas de habitação instituído entre o governo Lula e o governo Dilma. Nós tivemos aqui uma audiência sobre habitação, e vimos essa câmara lotada, vimos o desespero das pessoas de Petrolina em conseguir uma moradia e vivenciando os mais diversos constrangimentos. A Caixa Econômica, que é o banco que mais representa os projetos de habitação, está sendo desmontado também, é por isso que não está dando conta de fiscalizar esses desmandos que acontecem em Petrolina”, ressaltou o parlamentar.

Ao elencar as diversas formas de violência que o governo Bolsonaro tem promovido, Gilmar voltou a questionar as ligações da família Bolsonaro com as milícias no RJ e seu possível envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018.

“O assassinato da companheira Marielle Franco continua sendo motivo de grande desconfiança das ligações da família Bolsonaro com as milícias, com esse ato brutal e covarde que não ataca somente a vida e memória de Marielle, mas também a dignidade da população brasileira, a democracia. Me envergonha muito quando essa Casa em alguns momentos contribui para alimentar o discurso de violência, reafirmando estigmas, preconceitos, contra a companheira assassinada, e não reconhece que nós estamos vivendo um momento de profunda violência política, inclusive agora, com o filho do presidente fazendo apologia à ditadura militar, ao AI-5, que foi o pior Ato Institucional da ditadura, que fechou o congresso, que censurou a imprensa, que acabou com as liberdades civis e políticas. Como pode aqui em Petrolina nós termos tantas pessoas representando esse governo que ataca a vida da maior parte da população brasileira? É essa denuncia que precisamos fazer. Quem matou Marielle isso já está sendo praticamente concluído, o que nós queremos sabe é: Quem mandou matar Marielle? E me parece que todos os sinais indicam um comprometimento da família Bolsonaro, que representa essa apologia e apoio à violência política. Então fica o nosso repúdio a esse governo e os seus ataques à classe trabalhadora”, concluiu o edil.

Novembro Negro e caso Marielle Franco foram tratados na tribuna por Gilmar Santos (PT)

“O parlamentar questionou as ligações da família Bolsonaro com as milícias no RJ e fez referência ao Projeto de Lei nº 147/2019 que ele e a vereadora Cristina Costa apresentaram na Casa Plínio Amorim na última terça-feira (29), lembrando que essa também era uma das bandeiras de Marielle”

Foto: Camila Rodrigues

Após o nome do presidente Jair Bolsonaro ser citado nas investigações da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrida no dia 14 de março de 2018, o vereador professor Gilmar Santos (PT) cobrou durante a sessão plenária desta quinta-feira (31) uma resposta do Supremo Tribunal Federal a respeito das investigações, bem como apontou as ligações da família Bolsonaro com milícias e criticou o posicionamento do Ministro da Justiça Sérgio Moro, que em suas atribuições tem se preocupado mais em defender o presidente do que de fato em exercer seu papel enquanto Ministro.

De acordo com a reportagem do Jornal Nacional (TV Globo) que foi ao ar na noite da última terça-feira (29), o porteiro do condomínio de luxo do presidente no RJ, afirmou que o ex-PM Elcio Queiroz, um dos principais acusados do assassinato da vereadora, buscou a casa (nº58) de Bolsonaro no dia do crime. O suspeito teve entrada autorizada no condomínio por alguém na casa do então deputado federal, que teria sido identificado pelo porteiro como “Seu Jair”, mas acabou se dirigindo para a casa de Ronie Lessa, acusado de ter efetivado os disparos que ceifaram a vida de Marielle.

“Isso deve ser motivo de uma grande mobilização nacional para que essa investigação seja realmente isenta e que a justiça seja feita sobre os assassinatos da Marielle e do Anderson. As ligações da família Bolsonaro com milicianos não é nenhuma novidade para a população brasileira, nós sabemos que o presidente e seus filhos tem relações íntimas, políticas com bandidos na cidade do Rio de Janeiro (…) a grande novidade agora é o que está na imprensa nacional, e a pergunta que nós fazemos é: o “senhor Jair” era o filho do presidente, de mesmo nome, ou será possível que o próprio presidente em Brasília, através de todas essas tecnologias de conexão de telefones, atendeu esse comunicado do porteiro? (…) É necessário que se investigue!” ressaltou Gilmar.

Como pontuou o parlamentar, não é novidade a relação amistosa do clã político bolsonarista com grupos criminosos formados por policiais e militares no Rio. A sombra da milícia está em cada passo dado pela família do presidente e pode ser comprovada por fatos anteriores: Em 2015, Jair Bolsonaro fez um discurso em defesa de Adriano Magalhães da Nóbrega chefe da milícia do Rio das Pedras e articulador do Escritório do Crime, o maior grupo de matadores de aluguel do Rio; A mãe (uma das remetentes de depósitos para Fabrício Queiroz) e a esposa de Adriano trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro até novembro de 2018; Em maço deste ano a Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou 117 fuzis na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa; A filha de Lessa namorou o filho mais jovem do presidente que tem fotos ao lado de Queiroz, também acusado pela morte da vereadora; Lessa é acusado de matar Franco; Tio da esposa de Michelle Bolsonaro foi preso em maio desse ano por integrar milícia no DF e a mesma recebeu em sua conta bancária dinheiros que podem ser oriundos desse tipo de serviço.

Para Gilmar, a execução de Marielle tem motivações políticas, pois, era uma mulher negra, periférica, mãe e lésbica que ocupava um cargo de poder enquanto vereadora e lutava pelo direito dos seguimentos socialmente empobrecidos e oprimidos pelo Estado. Combativa, a vereadora tornou-sem uma ameaça para as elites conservadores que vinham se articulando para a eleição de Bolsonaro.

“Eu espero muito que a sociedade brasileira e o STF não se acovardem e que a gente enfrente esse momento como grande oportunidade de devolver a democracia, a soberania, e a dignidade do povo brasileiro e derrubar esse governo, que é explicitamente comprometido com a violência e com a destruição do nosso país, e aí sim a memória da companheira Marielle será respeitada. Que a justiça seja feita. Marielle vive, Marielle presente! Viva a luta do povo brasileiro!” exclamou o edil.

Ainda durante a sessão, o parlamentar fez referência ao Projeto de Lei nº 147/2019 que ele, junto à vereadora Cristina Costa, apresentou na Casa Plínio Amorim na última terça-feira (29), lembrando que essa também era uma das bandeiras de Marielle, militante dos Direitos Humanos. O PL institui o Novembro Negro no Município de Petrolina, o inclui no calendário oficial da Prefeitura e reconhece a data de 20 de Novembro como comemorativa para o povo negro do Município.

“Com esse PL nós reafirmamos nossa luta para superação das desigualdades, para que a nossa população que está nas periferias, muitas vezes negligenciadas, abandonas, vivenciando o racismo nas escolas, a descriminação e a intolerância religiosa, tenha mais dignidade e seus direitos garantidos, assim como queria também a companheira”, concluiu.

Confira as reações às revelações do caso Marielle: “Quem estava na casa 58?”

Como reagiram a família, políticos e partidos sobre a conexão entre Bolsonaro e os assassinos da vereadora


Presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou vídeo ao vivo nas redes sociais sobre reportagem do caso Marielle Franco / Foto: Reprodução

As novas revelações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), que ligam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos assassinos, geraram uma avalanche de declarações nas redes sociais cobrando providências e investigação sobre os responsáveis pelo crime. 

No Twitter, Anielle Franco, irmã de Marielle, disparou: “Quem estava na casa 58?”, citando o número da residência de Bolsonaro no Condomínio Vivendas da Barra, onde Élcio Queiroz esteve horas antes do assassinato da vereadora, segundo divulgou a TV Globo na noite desta terça-feira (29). 

Em nota, o PSOL, partido de Marielle, pediu “esclarecimentos imediatos” sobre o fato. “Nunca fizemos qualquer ilação entre os assassinos e Jair Bolsonaro. Mas as informações veiculadas hoje são gravíssimas. O Brasil não pode conviver com qualquer dúvida sobre a relação do presidente da República e um assassinato. As autoridades responsáveis pela investigação precisam se manifestar”, declarou o presidente nacional do partido, Juliano Medeiros.

No Twitter, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) afirmou que a bancada do partido solicitou uma “reunião urgente” com o ministro chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tofolli. “O Ministério Público precisa ter a autorização do STF para seguir com a investigação e revelar ao Brasil quem mandou matar Marielle.”

A presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmanm (PR), se solidarizou com a família de Marielle e com o PSOL: “Quem vai ter que se ver com a polícia e com a Justiça é sua família, Eduardo Bolsonaro. Envolvida com Queiroz, com as milícias e agora citada no caso do assassinato de Marielle e Anderson. Se a banda tocar é para vocês”. 

Carlos Lupi, presidente do PDT, foi irônico. “Cito Brizola: ‘Tem rabo de jacaré, couro de jacaré, boca de jacaré, pé de jacaré, olho de jacaré, corpo de jacaré e cabeça de jacaré, como é que não é jacaré?”, indagou. 

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL- RJ), considerada herdeira política de Marielle, também utilizou o Twitter. “Quais são as relações de Bolsonaro com membros de grupos de extermínio? Quem dentro da casa de Bolsonaro poderia saber que Élcio ia na casa de Ronnie Lessa no dia do assassinato? Quem mandou matar Marielle?”

“Descontrolado”

Minutos após a reportagem do Jornal Nacional, Jair Bolsonaro foi às redes sociais e fez um pronunciamento ao vivo. Visivelmente nervoso, o presidente disparou contra a emissora carioca. “Um jornalismo podre da TV Globo, canalha e sem escrúpulos. Vocês não prestam, esculhambam a família, só promovem o que está dando errado”, afirmou. 

Em outro trecho, o presidente pede apoio ao governador do Rio de Janeiro. “Eu não tive acesso ao processo, senhor [Wilson] Witzel. Eu quero falar sobre o processo. A partir da madrugada dessa quinta-feira, estou à disposição de vocês.”

No Twitter, internautas criticaram o tom do presidente e alertaram para o nervosismo do ex-militar. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também comentou o pronunciamento do presidente. “Está assumidamente descontrolado e nervoso na própria live em que faz para tentar se defender. Algo estranho no ar”, finalizou a parlamentar. 

Entenda o caso

Denúncia divulgada pela TV Globo sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes apontam que o principal suspeito dos crimes citou o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no caso. Com isso, as investigações devem ser levadas para o Supremo Tribunal Federal (STF), por conta do foro privilegiado de Bolsonaro.

Segundo as revelações do Jornal Nacional, na noite desta terça-feira (29), a Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio na Barra da Tijuca, na zona sul do Rio de Janeiro, onde vivia a família Bolsonaro e o ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista.

Horas antes do crime, em 14 março de 2018, Élcio Vieira de Queiroz teria anunciado na portaria do condomínio que iria visitar Jair Bolsonaro e acabou indo até a casa do PM reformado. Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime. Os dois suspeitos foram presos em 12 de março deste ano.

Conforme apresentou o JN, no dia da visita, Bolsonaro estava em Brasília e não em sua casa no Rio de Janeiro.

Bolsonaro negou o envolvimento no assassinato da vereadora, por meio de um  vídeo ao vivo nas redes sociais e chamou o governador do Rio de Janeiro de “inimigo”. Ele ainda ameaçou a não renovação da concessão da TV Globo em 2022. “Acabei de ver aqui na ficha que o senhor [Witzel] teria vazado esse processo que está em segredo de Justiça para a Globo. O senhor só se elegeu governador porque o senhor ficou o tempo todo colado no Flávio Bolsonaro, meu filho”, disse.

Segundo o presidente, Witzel teria vazado a informação da investigação porque é pré-candidato à disputa presidencial em 2022.

*Com colaboração de Igor Carvalho.

Fonte: Brasil de Fato|Edição: Vivian Fernandes

Bolsonaro foi citado por suspeito de matar Marielle Franco, revelam investigações

Investigações da Polícia Civil revelam que um dos suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi ao condomínio onde mora o ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos crimes. Na portaria, o suspeito teria dito que iria visitar Jair Bolsonaro, que também tem casa no local, mas estaria em Brasília no dia. Com a revelação, inquérito deve ser levado ao STF

Investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes revelaram que um dos suspeitos dos crimes citou Jair Bolsonaro. Com isso, as investigações devem ser levadas para o Supremo Tribunal Federal, por conta do foro privilegiado de Bolsonaro.

Segundo revelações do Jornal Nacional na noite desta terça-feira (29), a Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Sul do Rio, onde Bolsonaro tem casa e o policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle.

O porteiro contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Mas os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia.

Ainda de acordo com a reportagem do Jornal Nacional , às 17h10 da data do crime, ele escreve no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o visitante iria, a de número 58. Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime.

O porteiro contou que, depois que Élcio se identificou na portaria e disse que iria pra casa 58, ligou para a casa 58 para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar. Disse também que identificou a voz de quem atendeu como sendo a do “seu Jair” – ele confirmou isso nos dois depoimentos.

No registro geral de imóveis, consta que a casa 58 pertence a Jair Messias Bolsonaro. O presidente também é dono da casa 36, onde vive um dos filhos dele, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSL).

Como houve citação ao nome do presidente, a lei obriga o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação.

Fonte: Brasil 247

Nota de Repúdio ao comportamento desonesto, apelativo, ofensivo e de baixíssimo nível do vereador Ronaldo Silva (PSDB)

Imagem Divulgação

O Mandato Coletivo do vereador Professor Gilmar Santos, do PT, vem expressar sua profunda indignação e repúdio ao comportamento desonesto, apelativo, ofensivo e de baixíssimo nível do vereador Ronaldo Silva, PSDB, durante a sessão dessa terça-feira, 18, na Câmara Municipal de Petrolina.

Sem encontrar argumentos que justificassem o seu projeto de decreto legislativo, que concedia Título de Cidadão Petrolinense ao ex-juiz e atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, comprovadamente um criminoso (após denúncias do site The Intercept Brasil), o vereador partiu para ataques covardes contra a comunidade presente na sessão, homofóbicos — contra a orientação sexual do jornalista Glenn Greenwald; contra a memória da vereadora do PSOL, brutalmente assassinada, Marielle Franco e, achando pouco, resolveu atacar de forma gratuita a pessoa do Professor Gilmar, inventando situação que depreciasse a sua honra, sua a moral e atribuindo-lhe envolvimento com o uso de maconha.

Esse comportamento, orientado pelo mau caratismo, é típico de pessoas irresponsáveis.
Apelar para a calúnia, a difamação diante de debate tão importante sobre a defesa de direitos e da democracia do povo brasileiro, é ser cúmplice da covardia e assumir total desprezo pelo interesse público, o que é compreensivo vindo de um vereador de precário compromisso com os grandes debates sobre políticas públicas do nosso município.

O vereador Gilmar Santos, além de educador reconhecido e elogiado pela sua atuação profissional e política, atua de forma corajosa no enfrentamento às desigualdades, violações, preconceitos, discriminações e intolerâncias que atingem a nossa população, principalmente a mais empobrecida, composta majoritariamente por negras e negros das nossas periferias.

Milhares de famílias de Petrolina sofrem devido o uso abusivo de álcóol e outras drogas por parte dos seus entes. Através de campanhas educativas e de cobranças sobre os serviços da Rede de Saúde Mental, Gilmar, através do Mandato Coletivo, tem se destacado no seu compromisso com o respeito aos usuários que necessitam de acolhimento e do devido acompanhamento profissional para se libertarem da dependência de psicoativos.

Quando o vereador Ronaldo Silva usa de maneira jocosa, apelativa, baixa, a expressão maconheiro, está não apenas agredindo de forma covarde e desonesta a imagem do professor Gilmar, mas atacando e aprofundando um sério problema de saúde pública, vivenciado por milhares de usuários, muitos dos quais em estados depressivos ou vítimas da chamada guerra contra as drogas, a qual envolve a corrupção de traficantes, de políticos e até mesmo da própria polícia.

Com a consciência tranquila, de quem não deve, não teme e nem se calará diante de comportamento tão estúpido e nocivo à coletividade, o Professor Gilmar Santos lamenta que a Câmara Municipal tenha esse tipo de representação e reafirma seu compromisso com a luta pela garantia de direitos, pelo respeito à diversidade e pela democracia, já que foi eleito para isso e procura fazer justiça ao alto salário pago pela população do nosso município.

No mais, agradecemos o apoio que tantas pessoas têm expressado ao nosso trabalho e nos colocamos à disposição de todos e todas para bem servir ao projeto de uma cidade mais digna, justa, inclusiva, diversa e igualitária.

Mandato Coletivo do vereador professor Gilmar Santos.

Mandato Coletivo e Comissão dos Direitos Humanos prestam homenagem a Marielle Franco nesta quinta-feira (14)

“Marielle era uma moradora de uma das grandes favelas do Rio de Janeiro, a favela da Maré (…) era combativa, defensora dos direitos humanos, era também aquela que denunciava as violências tão frequentes no Rio de Janeiro, tão frequentes na sociedade brasileira. A morte de Marielle não é simplesmente a morte de um ser humano de forma isolada, a morte de Marielle é um ataque direto à democracia”

Foto: Hyarlla Wany

Hoje, 14 de março, completa um ano do assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, que foram executados a tiros dentro do carro da vereadora quando saíam do evento Jovens Negras Movendo Estruturas, na região central do Rio, no dia 14 de março de 2018.

Mulher negra, mãe, lésbica, feminista e defensora dos direitos humanos, Marielle foi eleita vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL, em 2016, e foi a quinta mais votada da cidade. Além disso, também presidia a Comissão da Mulher na Câmara.

Na última terça (12), dois dias antes de se completar um ano das execuções, foi divulgada a prisão de dois suspeitos do crime: Ronnie Lessa, policial militar reformado que teria feito os disparos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, que dirigiu o carro que perseguiu as vítimas.

Durante a sessão plenária desta quinta (14), na Casa Plínio Amorim, o Mandato Coletivo junto à Comissão de Direitos humanos da Câmara prestaram homenagem a Marielle Franco e apresentaram o projeto da Comenda Marielle Franco de Direitos Humanos e Cidadania.

A iniciativa surge como apoio a iniciativas de promoção dos Direitos Humanos e da Cidadania com objetivo de apoiar a valorização da vida, a igualdade racial, a proteção das minorias, o combate à violência contra a mulher e de gênero, à discriminação e o preconceito.

“Eu quero aqui, senhores e senhoras, em nome da Comissão de Direitos Humanos, apresentar a Comenda Marielle Franco de Direitos Humanos a todas as pessoas de Petrolina que defendem a vida, o direito à vida seja de quem for (…) O que nós queremos é uma sociedade de paz, que era o que Marielle sempre defendeu e covardemente tiraram a sua vida (…) Queria muito que esse protocolo fosse reconhecido pelos senhores, não apenas pela pessoa de Marielle, que muito representa a luta das pessoas que colocam sua vida em risco em defesa dos direitos humanos, não apenas no Brasil mas internacionalmente, mas eu gostaria muito que essa referência representasse o compromisso dos senhores e das senhoras com a dignidade de cada pessoa, cada ser humano aqui do nosso município” Disse o vereador professor Gilmar Santos (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Na oportunidade, o parlamentar questionou sobre o mandato da execução de Marielle e quais os reais interesses por trás desse ato tão cruel. Além disso, citou as polêmicas que envolvem o atual presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL), e sua família, que defendem as milícias.

“Marielle era uma moradora de uma das grandes favelas do Rio de Janeiro, a favela da Maré (…) era combativa, defensora dos direitos humanos, era também aquela que denunciava as violências tão frequentes no Rio de Janeiro, tão frequentes na sociedade brasileira. A morte de Marielle não é simplesmente a morte de um ser humano de forma isolada, a morte de Marielle é um ataque direto à democracia, é um ataque direto à civilidade, é um ataque direto a aqueles e aquelas que colocaram Marielle no Parlamento para representar o interesse de uma sociedade (…) Nós lamentamos porque se passou um ano para se desvendar quem assassinou Marielle (…) mas o que  mais chama a atenção, porém, não é simplesmente o fato de sabermos quem a matou, a grande pergunta que se faz nesse momento é: QUEM MANDOU MATAR MARIELLE? E essa pergunta é de fundamental importância, porque a gente vai compreender quais são as razões, os motivos, quais são os setores interessados na execução de Marielle… Porque essa execução é uma execução política, é um ataque a aqueles e aquelas comprometidos com a defesa dos direitos humanos. Nós sabemos que por trás dessa operação existem policiais ou ex-policiais milicianos e nós temos um presidente da República e sua família com um nível de proximidade, de amizade e de homenagem a esses milicianos. É lamentável que nós tenhamos na presidência alguém que cultua a violência, alguém que cultua a morte, alguém que cultua a distribuição de armas para a população e não o fortalecimento de políticas de prevenção a toda e qualquer tipo de violência” Conclui.

Hoje também foram realizadas em diversas cidades do país manifestações em memória de Marielle, para celebrar a sua luta, suas conquistas enquanto representante do povo e, sobretudo, para exigir do Estado Brasileiro uma resposta: QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?

 

Marielle vive! Marielle PRESENTE!

 

 

 

 

Protesto contra o vereador Osinaldo Souza (PTB) acontece na câmara Municipal de Petrolina

A sessão dessa terça-feira está acontecendo com a presença de manifestantes que protestam contra o vereador Osinaldo Souza (PTB), isso porque, na sessão do dia 22, ao comentar sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), ele afirmou que ela defendia bandidos e por isso foi assassinada. O protesto foi realizado por membros do PSOL de Petrolina.

https://pontocritico.org/23/03/2018/a-vereadora-marielle-franco-que-defendia-tanto-vagabundo-olha-o-que-aconteceu-diz-vereador-osinaldo-souza-veja-o-video/

A vereadora Marielle Franco (PSOL) foi covardemente e brutalmente assassinada com três tiros na cabeça e um no pescoço quando saia de um ato político no Rio de Janeiro no dia 14 de março deste ano. Favelada do Complexo da Maré,  socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e política brasileira, elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, com a quinta maior votação. Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes.

 

 

 

O vereador Gilmar Santos (PT) chamou atenção para o fato de que o vereador Osinaldo Souza preside a comissão de direitos humanos da Casa Plínio Amorim e sua postura é uma falta grave que não condiz com o exercício parlamentar, ainda mais quando se trata de um vereador a frente de uma das mais importantes comissões da casa. Solicitou ao presidente Osório Siqueira (PSB) uma reunião com todos/as os/as parlamentares para discutir a questão.

 

 

 

A vereadora Cristina Costa (PT) se solidarizou com todas as mulheres presentes afirmando que a câmara municipal de nossa cidade tem pouca representatividade feminina, é machista e não tem se preocupado em produzir novas posturas frente às violências sofridas pelas mulheres. Reforçou o pedido de reunião com os parlamentares sugerida pelo vereador Gilmar Santos (PT).

Lembramos aqui que a própria vereadora Cristina Costa foi vítima de violência por parte de outro colega parlamentar.

https://pontocritico.org/06/01/2017/vereadora-do-pt-e-agredida-fisicamente-por-colega-parlamentar-durante-entrevista-em-um-programa-de-radio-local/

Membros do PSOL nos disseram que outras medidas estão sendo tomadas contra a postura desrespeitosa e criminosa do vereador Osinaldo Souza (PTB). Será acionado o ministério público, um documento solicitando intervenção será entregue à presidência da casa Plínio Amorim, além da convocação de uma audiência pública para ampliação dos debates a questão. Também nos informaram que o núcleo de advogados que assessoram a família da vereadora Marielle Franco tem subsidiado as ações do PSOL da cidade.

 

 

“A vereadora Marielle Franco que defendia tanto vagabundo, olha o que aconteceu”, diz Vereador Osinaldo Souza. Veja o vídeo

Foto: Wesley Lopes

Depois de votados alguns projetos, indicações e requerimentos, os temas violência e segurança pública foram debatidos na manhã desta quinta-feira, 22, na sessão ordinária da Casa Plínio Amorim.  Vários vereadores em suas falas fizeram menção ao índice de violência que vem crescendo na cidade. O vereador Alex de Jesus, ao fazer uso da tribuna, partilhou de sua preocupação com o número de assaltos que vem ocorrendo na cidade. Alguns disseram ser favoráveis ao armamento do cidadão para se defender, entre eles, o vereador Gabriel Menezes, PSL, que se disse contra o Estatuto do Desarmamento.

Porém um dos discursos que mais chamou a atenção foi do vereador Osinaldo Souza, justamente por ser ele o presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Cidadania. Osinaldo, em determinado momento de sua fala disse em alto e bom som que a vereadora Marielle Franco, do PSOL, que foi morta no último dia 14, havia sido assassinada porque defendia vagabundo.

Veja a fala do vereador no vídeo abaixo.

 

Os vereadores do Partido dos Trabalhadores Gilmar Santos e Cristina Costa repudiaram a atitude do parlamentar.  “Eu fico extremamente sentido em ouvir essa frase de que a vereadora Marielle defendia vagabundo, de um vereador desta casa. Nós tivemos a missa do 7º dia, está na imprensa mundial, o Papa Francisco teve a humanidade, o respeito ao evangelho, em se solidarizar com a família de Marielle. O Papa Francisco que representa o sentimento milhões de cristãos no Mundo. No culto ecumênico o discurso mais bonito e mais representativo foi de um pastor evangélico. Eu fico imaginando o pastor Henrique Vieira, um evangélico, saber que um outro evangélico, vereador da casa Plínio Amorim faz acusações com ódio, desrespeitando o evangelho, estimulando a violência em nossa sociedade”, disse Gilmar.

Foto: Wesley Lopes

O vereador Gilmar lembrou o trabalho da vereadora do PSOL, inclusive com os policiais. “Marielle, para os falastrões, foi uma vereadora que pesquisou a realidade da Polícia Militar, colocou na sua pesquisa a defesa dos policiais, acolheu famílias de policias que foram assassinados, defendia uma segurança pública com valorização dos policiais, inclusive os coronéis da Polícia Militar do Rio de Janeiro fizeram esse reconhecimento público”, destacou.

Para Gilmar Santos as palavras de Osinaldo é um atentado contra a inteligência da população. E acrescentou: “ Defender direitos humanos é exatamente para que a população não seja desumanizada, para que a gente não entre em uma situação de caos. E eu fico preocupado de ver um presidente de uma comissão de Direitos Humanos falando esses absurdos, envergonhando essa casa e os princípios constitucionais”, desabafou.

Foto: Maria Lima

A vereadora Cistina Costa que no momento da fala de Osinaldo havia saído do plenário, ao saber do que havia se passado, também ficou indignada. “Eu quero, enquanto mulher e enquanto parlamentar, repudiar o despreparo de quem disse isso aqui. Que a vereadora Marielle defendia vagabundo, eu quero repudiar. Vamos respeitar”, disse Costa.

Diante da gravidade das declarações de Osinaldo Souza, Cristina Costa conclamou a colega vereadora Maria Elena para ouvir o áudio da sessão e tomar as devidas providências. “Se foi colocado essa falta de respeito com a vereadora Marielle eu vou tomar as providências e quero repudiar a atitude machista, agressiva, desrespeitosa do ser vivo que usa a bíblia, a palavra de Deus para incentivar a violência”, concluiu.

Sobre a Câmara Municipal debater determinados temas sem fazer o devido aprofundamento,  o vereador Gilmar Santos também destacou que “Se a gente quiser ser honesto, sincero, não entrar no cretinismo político, nós vamos saber que os primeiros criminosos estão nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, no Congresso Nacional e tem criminoso no Judiciário também. Veja a situação do nosso judiciário, em que pé nós estamos. É a falta da presença do Estado sem garantir educação de qualidade, ausência do estado em política de saúde de qualidade, ausência do Estado em investir em política de cultura para a juventude. Muitas vezes na dor da violência políticos se aproveitam para ganhar o sentimento do povo, para manipular a população…”, finalizou.

Foto: Wesley Lopes

O líder da bancada de oposição, vereador Paulo Valgueiro, também chamou a atenção dos colegas para o que é dito no plenário. “A gente tem que aprofundar as informações para trazer a essa tribuna, não podemos trazer informações do facebook como verdadeiras, a gente tem que pesquisar, porque somos formadores de opinião, temos de ter responsabilidade e não fazer acusações infundadas e colocar o nome de alguém na lama sem fazer a devida investigação e trazer aqui de forma irresponsável”, apelou.

Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, 39 anos, era socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro na eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. No dia 14 de março de 2018, foi covardemente assassinada a tiros juntamente com o seu motorista Anderson Gomes.

 

Por Redação

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Munição usada para matar Marielle é de um lote vendido à PF em 2006

Foto: Reprodução

De acordo com informações do G1, a munição utilizada pelos criminosos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) com tiros de uma pistola calibre 9mm na quarta-feira (14) é de lotes vendidos para a Polícia Federal de Brasília em 2006. As conclusões são da perícia da Divisão de Homicídios feita pela Polícia Civil nesta quinta-feira (15). O lote de munição UZZ-18 é original, ou seja, ela não foi recarregada. As polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento.

Segundo a investigação, os lotes de munições foram vendidos à PF de Brasília pela empresa CBC no dia 29 de dezembro de 2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822.

A polícia também investiga a participação de um segundo carro no assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Segundo os investigadores, quando a vereadora voltava de um evento na Lapa, esse veículo passou a seguir o carro de Marielle junto com um Cobalt com placa de Nova Iguaçu. As imagens não foram divulgadas pela polícia.

Ainda não foi informado o modelo desse outro carro nem se dele foram disparados tiros que mataram Marielle e Anderson.

Segundo a polícia, o Cobalt já estava estacionado perto da Casa das Pretas quando Marielle chegou para mediar um debate na noite de quarta-feira. No momento que o carro da vereadora estacionou, um homem saiu do Cobalt e falou ao celular.

Cerca de duas horas depois, Marielle foi embora no carro com uma assessora e o motorista. O Cobalt também saiu, piscou o farol e seguiu o carro de Marielle. De acordo com a investigação, no meio do caminho, o segundo veículo entrou na perseguição.

Em uma nova perícia feita no fim da tarde desta quinta-feira (15), ficou constatado que 13 disparos atingiram o veículo em que Marielle estava: nove na lataria e quatro no vidro.

 

*Com informações do G1

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