Vereador Gilmar Santos aciona MPPE para que Prefeitura de Petrolina cumpra leis de transparência sobre contratos de aluguéis firmados pelo município

Amparado em duas normas, uma estadual e outra municipal, Gilmar Santos defende que o MPPE notifique a gestão municipal no sentido de obrigá-la a cumprir as determinações

Vereador Gilmar Santos/Assessoria

Depois da negativa de vereadores governistas em um requerimento (nº 111/21) que pedia explicações sobre imóveis alugados pela Prefeitura de Petrolina-PE, apresentado em março deste ano, na Casa Plínio Amorim, o vereador Gilmar Santos (PT) resolveu acionar o Ministério Público Estadual de Pernambuco (MPPE), para que o município cumpra medidas legais previstas em duas leis que versam sobre transparência em contratos de aluguéis. A petição foi protocolada no início desta semana.

De acordo com Gilmar, a gestão municipal está mantendo contratos de locações de imóveis sem a devida publicidade. “Não se sabe quantos imóveis atualmente estão locados, quais são, qual a duração dos contratos, quem são os proprietários e demais informações relevantes para os cidadãos”, pontuou.

Amparado na lei nº 16.8111/2020, que fixa normas de transparência para contratos de prédios públicos no estado de Pernambuco, e na lei municipal nº 3214/2019, que sugere a criação de uma plataforma digital permanente, com dados sobre o patrimônio imobiliário do município de Petrolina, o vereador defende que o MPPE notifique a gestão municipal no sentido de obrigá-la a cumprir as determinações.

“As informações deveriam estar dispostas tanto nos imóveis locados como nos canais de comunicação do município, o que ainda não está sendo feito. Essa atitude prejudica e impossibilita a fiscalização por parte dos que devem fiscalizar”, defende Gilmar.

“Nenhuma das duas legislações estão sendo aplicadas, e tal omissão viola frontalmente o princípio constitucional da publicidade (artigo 37 da constituição federal de 1988), além de impossibilitar a fiscalização devida e necessária”, diz um trecho da peça enviada ao MPPE.

Lei Municipal

Promulgada em junho de 2019, a lei nº 3.214/2019, de autoria do então vereador Paulo Valgueiro (PSD), determina a obrigatoriedade da gestão municipal incluir os dados sobre o patrimônio imobiliário público municipal na plataforma digital do Poder Executivo, ou seja, no Portal da Transparência.

Os dados podem ser divididos em seis categorias: tipo de imóvel, localização (se na sede ou na zona rural), utilização atual, área total, informações sobre a posse ou propriedade, dimensão da área utilizada, além de dados do contrato de locação (número, proprietário, valor, prazo de vigência). A norma determina ainda que a plataforma deve ser atualizada constantemente e que as informações fiquem à disposição de toda a população.

Lei Estadual

Já a lei nº 16.811/2020, torna obrigatória a instalação e manutenção de placas informativas, em local visível, contendo as devidas informações acerca do contrato de aluguel firmado, seja este prédio público ou alugado. De acordo com essa regulamentação, a placa informativa deve conter as seguintes informações: valor da locação, tempo de duração e objeto do contrato de locação, e ainda entidade pública ou particular favorecida do contrato..

Gilmar Santos solicita explicações sobre imóveis alugados pela prefeitura de Petrolina mas requerimento é derrubado por vereadores governistas

O requerimento foi apresentado na sessão da Câmara de Vereadores na manhã desta terça-feira (30); A solicitação ainda incluía prédios da Prefeitura alugados para terceiros

Imagem Reprodução. Fonte: Google Maps

Através de um requerimento (nº 111/2021), apresentado na sessão desta terça-feira (30), o Vereador Gilmar Santos (PT), solicitou da Prefeitura de Petrolina uma série de informações sobre os contratos de aluguel de imóveis firmados pelo município. A proposição foi derrubada por 16 votos de vereadores ligados ao prefeito Miguel Coelho (MDB).

O documento solicitava a relação dos imóveis alugados, localização, finalidade e dados do contrato de locação. O requerimento também inclui prédios públicos que estejam alugados para terceiros.

Baseado na lei estadual Nº 16.811/2020, que torna obrigatória, no âmbito do Estado de Pernambuco, que prédios públicos alugados contenham placas informativas, em local visível, contendo as devidas informações acerca dos valores pagos pelo poder público. Confira a defesa do parlamentar:

Além disso, existe em Petrolina a Lei municipal nº 3.214/2019, que determina a obrigatoriedade da gestão municipal incluir os dados sobre o patrimônio imobiliário público municipal na plataforma digital do Poder Executivo, ou  seja, no Portal da Transparência. A solicitação também foi baseada na Lei de Acesso à Informação – LAI (nº 12.527/2011).

“Considerando a importância dos espaços físicos para a boa prestação dos serviços públicos e a transparência quanto aos investimentos direcionados para o seu uso, torna-se fundamental que a gestão municipal cumpra a lei. Nosso intuito é saber qual o volume de imóveis relacionados a contratos de aluguéis, e como estes prédios têm sido utilizados”, finalizou Gilmar.

Mais uma ameaça ao Nova Semente: o governo Miguel Coelho poderá fechar contrato com empresa investigada por corrupção

Na sessão desta quinta-feira, 12, o vereador Gilmar Santos (PT) teve mais um requerimento rejeitado por seus pares parlamentares. Dessa vez foi requerido à secretária de educação Maéve Melo, o detalhamento das ações relativas ao processo de contratação de nova empresa que deverá administrar o Programa Nova Semente.

O requerimento do vereador Gilmar Santos, subscrito pelo vereador Gabriel Menezes, PSL, solicitou as seguintes informações:

1 – Haverá processo licitatório para a contratação de uma nova empresa administradora do programa Nova Semente?

2 – Em caso de não haver disposição para um processo licitatório, é verdadeira a informação de que a Secretaria consultou empresas da área de educação da região para solicitar o CNPJ e identificar se essas dispunham do CEBAS, Certificação de Entidades Beneficientes de Assistência Social na Área de Educação? Se isso ocorreu, quais fundamentos legais orientaram essa ação?

3 – Recebemos informação de que a ONG FUNDESF – Fundação Juazeirense para desenvolvimento científico, tecnológico, econômico, sócio-cultural e ambiental, será, possivelmente, a nova administradora do Programa Nova Semente, já que dispõe da documentação solicitada por essa Secretaria. Em caso de verdadeira a informação, quais critérios e fundamentos legais foram utilizados?

Conforme denúncia que chegou ao gabinete do parlamentar, a ONG FUNDESF, possível contratada pelo governo do Novo Tempo, responde Ação Civil Pública de Improbidade Adminstrativa, processo de nº 25077-20.2012.4.01.3300, requerida pelo Ministério Público Federal. Segundo alega o  MPF, “foram detectadas irregularidades e malversação de recursos públicos oriundos do FUNDEB, destinados à implantação do sistema de informatização da matrícula da rede municipal de ensino de Simões Filho/BA, no ano de 2008, constante na dispensa indevida de procedimento licitatório (…)”.

Atualmente o programa é administrado pela Associação Amigos do PETRAPE, que movimenta recursos na ordem de 42 milhões. Essa organização social administrou o Nova Semente durante as gestões do governo Júlio Lóssio. No início da sua gestão o prefeito Miguel Coelho sinalizou desconfiança com a idoneidade do PETRAPE, mesmo assim manteve a ONG na administração do programa.

Preocupado com as possíveis irregularidades diante de uma nova contratação, o vereador Gilmar Santos (PT) chamou a atenção: “O Nova Semente é um programa importante para o nosso município e merece todo zelo possível, especialmente no que diz respeito à idoneidade da empresa gestora”.

Ao rejeitarem o requerimento, os vereadores do “Novo Tempo” demonstram que não trabalha com transparência, não se comprometem com a prestação de contas da coisa pública.

Lembramos que um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostra que o Governo de Miguel Coelho retrocedeu no quesito transparência pública, com relação à gestão do ex-prefeito, Júlio Lóssio.

Tal postura de rejeição dos requerimentos,  que suscitam informações da gestão municipal,  tem sido cada vez mais frequentes. Ficamos inquietos com o que esse governo esconde, escamoteia, camufla, omite.

O requerimento foi reprovado por 11 x 7 votos.

Votos a favor do requerimento:

Paulo Valgueiro – PMDB

Gilmar Santos – PT

Cristina Costa – PT

Gabriel Menezes – PSL

Domingos de Cristalia – PSL

Ronaldo Cancão – PTB

Ronaldo Silva – PSDB

Votos contra ao requerimento:

Zenildo do Alto do Cocar – PSB

Elias Jardim – PHS

Major Enfermeiro – PMDB

Manoel da Acosap – PTB

Gilberto Melo – PR

Gaturiano Cigano – PRP

Osinaldo Souza – PTB

Alex de Jesus – PRB

Júnior Gás – PR

Ruy Wanderley – PSC

Rodrigo Araujo – PSC

 

Mais uma vez bancada governista nega a população de Petrolina transparência nas contas públicas

Hoje, 14 de novembro, dois requerimentos importantes para transparência das contas públicas do nosso município foram apresentados e rejeitados na Casa Plínio Amorim.

O primeiro de iniciativa do vereador Ronaldo Cancão (PTB), solicitava ao executivo interceder junto a Secretaria competente, informações sobre a empresa Vale Digital, empresa de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia da Informação e Comunicação do vale do são Francisco: 1 – Cópia de toda movimentação financeira do ano de 2012, 2013 e 2014; 2 – Cópia de receitas e despesas relativa a empresa, com os respectivos empenhos; 3 – Cópia de contratos das respectivas movimentações financeiras; 4 – Relação dos cargos de confiança da respectiva empresa, conforme o Art. 10 da referida lei de nº 2488 de junho de 2012.

Já o segundo, de autoria da vereadora Cristina Costa (PT), solicitava ao Senhor Prefeito Municipal – Miguel Coelho, interceder junto a Secretária de Educação – Senhora Maéve Melo, cópias das folhas de pagamento de todos os funcionários desta secretaria, incluindo servidores do quadro e contratados, referente aos meses de Julho, Agosto, Setembro e Outubro de 2017.

 

Na tentativa de constranger o vereador Gabriel Menezes (PSL), já que o mesmo foi funcionário da empresa objeto do requerimento acima citado, o vereador Ronaldo Cancão (PTB) se surpreendeu com a postura do parlamentar alvo da tentativa de constrangimento em solicitar subscrição ao seu requerimento, na oportunidade Menezes argumentou da importância de divulgação pública desse tipo de informação, inclusive advertiu que sua trajetória funcional na empresa em questão está registrada no portal da transparência.

O vereador Gilmar Santos (PT) aproveitou a oportunidade para sensibilizar os demais vereadores/a a aprovarem os dois requerimentos aqui tratados. Segundo ele, é preciso valorizar a postura que tornam as informações da gestão ainda mais públicas. Mesmo assim, em atitude de falta de compromisso com a transparência da maquina pública, a bancada de situação rejeitou os dois requerimentos.

Segundo o vereador Gilmar Santos (PT): “A reprovação desses dois requerimentos é prova concreta de que o governo Miguel Coelho e o seus vereadores não tem qualquer compromisso com transparência dos recursos públicos. O nosso posicionamento será sempre de denúncia a essa agressão e de defesa do interesse público”.

Para o vereador Gabriel Menezes (PSL) esse requerimento do Vereador Ronaldo Souza: ” nada mais é do que represália a mim, pelas declarações que fiz, na última quinta-feira, sobre o desejo do Prefeito Miguel de acabar com o Nova Semente. Valendo-me da máxima de que ‘quem não deve, não teme’, gostaria de subscrever o requerimento e ainda peço aos colegas da bancada de oposição que votem pela aprovação”.

Já a vereadora Cristina Costa (PT) nos disse que: “Demonstramos a falta de autonomia dos vereadores da bancada da situação. Há uma contradição entre o que dizem e o que praticam. Priorizam os interesses pessoais em detrimento dos interesses coletivos, do povo”.

Vale ainda lembrar que, semana passada, o vereador Gabriel Menezes (PSL) fez requerimento que também solicitava informações sobre os gastos do governo Miguel Coelho com publicidade, e este também foi rejeitado pela mesma bancada governista.

Veja como votou cada vereador/a:

Contra

Ibamar Fernandes – PRTB

Zenildo do Alto do Cocar – PSB

Edilsão do Transito – PRTB

Major Enfermeiro – PMDB

Gilberto Melo – PR

Aero Cruz – PSB

Gaturiano Cigano – PRP

Elismar Gonçalves – PMDB

Osinaldo Souza – PTB

Alex de Jesus – PRB

Júnior Gás – PR

Ronaldo Silva – PSDB

Ruy Wanderley – PSC

Rodrigo Araujo – PSC

A favor

Paulo Valgueiro – PMDB

Gilmar Santos – PT

Cristina Costa – PT

Gabriel Menezes – PSL

Domingos de Cristalia – PSL

Elias Jardim – PHS

Ronaldo Cancão – PTB