Candidata ao governo do Rio de Janeiro pelo PT foi destaque no primeiro bloco do debate da Band

Marcia Tiburi, candidata do PT ao governo do Rio de Janeiro, foi ao debate da Band, na noite desta quinta-feira (16), com uma camiseta do ex-presidente Lula.

Reprodução/Twitter

A filósofa, que já foi filiada ao PSOL, foi destaque no primeiro bloco do encontro entre candidatos, arrancando elogios até mesmo de militantes de outros partidos.

A advogada Luciana Boiteux, por exemplo, que é filiada ao PSOL – partido que tem candidatura própria ao governo do Rio -, escreveu no Twitter: “Marcia Tiburi não é minha candidata mas fez uma pergunta importante. Eduardo Paes, o mesmo que apoiou Pedro Paulo, pode falar o que sobre violência contra a mulher? Palavras vazias meramente eleitoreiras”.

Em suas falas no primeiro bloco, Tiburi deu destaque para a questão da segurança no Rio de Janeiro e se colocou contra a intervenção federal. “Ela não fez bem a ninguém. Seus números são péssimos. Eu acredito que a população não ganhou nada. A segurança precisa ser mais que isso”, afirmou.

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Sem Lula no debate da Band, PT realiza evento alternativo com Haddad e Manuela

O ex-presidente foi impedimento de participar do debate na TV Bandeirantes; audiência nas redes chegou a 50 mil pessoas

Haddad: ‘Projeto neoliberal não se sustenta. Em dois anos, não provaram o contrário’ / Reprodução

Impedido pela Justiça de participar do debate da TV Bandeirantes, realizado na noite de ontem (9), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva motivou um encontro paralelo. A emissora não permitiu que Lula fosse representado pelo seu então vice, Fernando Haddad. “Lula está disponível para qualquer debate. Para qualquer entrevista, qualquer público ou fórum. Lula sofre uma injustiça e juristas do mundo todo sabem disso”, definiu Haddad, que é coordenador de campanha do ex-presidente. O encontro alcançou grande público nas redes sociais, ultrapassando os 50 mil espectadores em diversos momentos.

Também participou do debate a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). Ela criticou a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) de impedir Lula de realizar campanha, mesmo a lei garantindo tal prerrogativa enquanto réu não condenado com trânsito em julgado. “A sentença da juíza de Curitiba é uma pérola. Ela reclama do tanto que o PT insiste para que Lula participe dos debates sabendo que ele não pode. Ela diz que isso acarreta gastos para o Judiciário. Ela diz que os recursos são escassos. Ela deveria explicar então porque o Judiciário vai se dar 16% de aumento.”

Ao lado de Gleisi estava Manuela D’Ávila, do PCdoB, que deixou sua candidatura de lado para compor chapa com Lula e Haddad. Manuela será candidata a vice da chapa, seja com Lula ou Haddad encabeçando a coalizão. “A situação indigna a todos que apostam nas eleições. Acreditamos que a crise é severa e as eleições são o momento para debater. Como sair da crise com o primeiro colocado impedido de debater? Eles conversam só entre eles, fazendo de conta que brigam, mas expressam um só programa. Um Brasil sem protagonismo, um país pequeno, que não propõe saídas para si e para o mundo”, ressaltou.

Por fim, completou a composição do debate o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli. “Estamos aqui tentando inaugurar uma nova rede pública. Criando mecanismos para que o povo saiba que existe um outro caminho”, disse. “O governo do PT mostrou que é possível um caminho com aumento da renda, aumento do consumo, crescimento do país com mais trabalho formal e qualidade de vida para os trabalhadores.

Durante a conversa, que durou pouco mais de duas horas, os debatedores alternavam falas com vídeos antigos de Lula falando sobre temas relevantes para a sociedade brasileira. “Ver como deixei o Brasil em 2010 e ver o país hoje me dá tristeza. Quando vejo gente dormindo nas ruas de São Paulo, quando vejo criança voltando a pedir esmola no semáforo, para mim é algo muito triste. Tínhamos acabado com isso no Brasil. As pessoas estavam conquistando decência, cidadania, prazer pela vida”, disse o ex-presidente em um vídeo.

Haddad, questionado sobre a viabilidade de retomar tal projeto de desenvolvimento, disse que “o projeto deles (neoliberais) não se sustenta. Com esses dois anos, não provaram o contrário, mesmo mediante um ato de força, que foi o de tirar a presidente eleita Dilma. Usurparam o poder e erraram duas vezes. Violaram regras democráticas e implementaram um projeto antinacional. Ninguém pode imaginar que esse projeto esteja de acordo com os interesses da nação e dos eleitores, dos cidadãos. Está na posição contrariados anseios da população”.

Gleisi reforçou a ideia de que, quem trabalha para impedir Lula de ser um candidato viável é quem tirou Dilma do poder. “Infelizmente é o sistema financeiro, que não vê na produção fator de crescimento. O sistema financeiro domina o mundo, há uma concentração enorme de dinheiros. É a elite brasileira que tem projeto de Estado mínimo, tem projeto de desemprego para baratear a mão de obra. Querem explorar mais. Uma elite que quer privatizar o ensino superior. É o sistema de comunicação, como a Rede Globo, que deu base popular para o golpe. Esse pessoal não se mistura com nosso projeto.”

Por fim, Haddad completou o pensamento de Gleisi, ao afirmar que a elite brasileira “sabotou o país”. “Eles visavam tomar o poder para botar freio em um projeto de emancipação dos brasileiros. As pessoas estavam se superando com Lula. Não estava tudo resolvido, mas estava encaminhado. As pessoas enxergavam um futuro. Percebiam que a vida estaria diferente em um ano, e para melhor. Hoje, as pessoas temem o pior. O projeto em curso é antinacional. Contra o Brasil e contra os mais pobres.”

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“A vereadora Marielle Franco que defendia tanto vagabundo, olha o que aconteceu”, diz Vereador Osinaldo Souza. Veja o vídeo

Foto: Wesley Lopes

Depois de votados alguns projetos, indicações e requerimentos, os temas violência e segurança pública foram debatidos na manhã desta quinta-feira, 22, na sessão ordinária da Casa Plínio Amorim.  Vários vereadores em suas falas fizeram menção ao índice de violência que vem crescendo na cidade. O vereador Alex de Jesus, ao fazer uso da tribuna, partilhou de sua preocupação com o número de assaltos que vem ocorrendo na cidade. Alguns disseram ser favoráveis ao armamento do cidadão para se defender, entre eles, o vereador Gabriel Menezes, PSL, que se disse contra o Estatuto do Desarmamento.

Porém um dos discursos que mais chamou a atenção foi do vereador Osinaldo Souza, justamente por ser ele o presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Cidadania. Osinaldo, em determinado momento de sua fala disse em alto e bom som que a vereadora Marielle Franco, do PSOL, que foi morta no último dia 14, havia sido assassinada porque defendia vagabundo.

Veja a fala do vereador no vídeo abaixo.

 

Os vereadores do Partido dos Trabalhadores Gilmar Santos e Cristina Costa repudiaram a atitude do parlamentar.  “Eu fico extremamente sentido em ouvir essa frase de que a vereadora Marielle defendia vagabundo, de um vereador desta casa. Nós tivemos a missa do 7º dia, está na imprensa mundial, o Papa Francisco teve a humanidade, o respeito ao evangelho, em se solidarizar com a família de Marielle. O Papa Francisco que representa o sentimento milhões de cristãos no Mundo. No culto ecumênico o discurso mais bonito e mais representativo foi de um pastor evangélico. Eu fico imaginando o pastor Henrique Vieira, um evangélico, saber que um outro evangélico, vereador da casa Plínio Amorim faz acusações com ódio, desrespeitando o evangelho, estimulando a violência em nossa sociedade”, disse Gilmar.

Foto: Wesley Lopes

O vereador Gilmar lembrou o trabalho da vereadora do PSOL, inclusive com os policiais. “Marielle, para os falastrões, foi uma vereadora que pesquisou a realidade da Polícia Militar, colocou na sua pesquisa a defesa dos policiais, acolheu famílias de policias que foram assassinados, defendia uma segurança pública com valorização dos policiais, inclusive os coronéis da Polícia Militar do Rio de Janeiro fizeram esse reconhecimento público”, destacou.

Para Gilmar Santos as palavras de Osinaldo é um atentado contra a inteligência da população. E acrescentou: “ Defender direitos humanos é exatamente para que a população não seja desumanizada, para que a gente não entre em uma situação de caos. E eu fico preocupado de ver um presidente de uma comissão de Direitos Humanos falando esses absurdos, envergonhando essa casa e os princípios constitucionais”, desabafou.

Foto: Maria Lima

A vereadora Cistina Costa que no momento da fala de Osinaldo havia saído do plenário, ao saber do que havia se passado, também ficou indignada. “Eu quero, enquanto mulher e enquanto parlamentar, repudiar o despreparo de quem disse isso aqui. Que a vereadora Marielle defendia vagabundo, eu quero repudiar. Vamos respeitar”, disse Costa.

Diante da gravidade das declarações de Osinaldo Souza, Cristina Costa conclamou a colega vereadora Maria Elena para ouvir o áudio da sessão e tomar as devidas providências. “Se foi colocado essa falta de respeito com a vereadora Marielle eu vou tomar as providências e quero repudiar a atitude machista, agressiva, desrespeitosa do ser vivo que usa a bíblia, a palavra de Deus para incentivar a violência”, concluiu.

Sobre a Câmara Municipal debater determinados temas sem fazer o devido aprofundamento,  o vereador Gilmar Santos também destacou que “Se a gente quiser ser honesto, sincero, não entrar no cretinismo político, nós vamos saber que os primeiros criminosos estão nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, no Congresso Nacional e tem criminoso no Judiciário também. Veja a situação do nosso judiciário, em que pé nós estamos. É a falta da presença do Estado sem garantir educação de qualidade, ausência do estado em política de saúde de qualidade, ausência do Estado em investir em política de cultura para a juventude. Muitas vezes na dor da violência políticos se aproveitam para ganhar o sentimento do povo, para manipular a população…”, finalizou.

Foto: Wesley Lopes

O líder da bancada de oposição, vereador Paulo Valgueiro, também chamou a atenção dos colegas para o que é dito no plenário. “A gente tem que aprofundar as informações para trazer a essa tribuna, não podemos trazer informações do facebook como verdadeiras, a gente tem que pesquisar, porque somos formadores de opinião, temos de ter responsabilidade e não fazer acusações infundadas e colocar o nome de alguém na lama sem fazer a devida investigação e trazer aqui de forma irresponsável”, apelou.

Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, 39 anos, era socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro na eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. No dia 14 de março de 2018, foi covardemente assassinada a tiros juntamente com o seu motorista Anderson Gomes.

 

Por Redação

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