PT se prepara para monitorar ataques de Bolsonaro à democracia

Parlamentares, dirigentes do PT, da Fundação Perseu Abramo e do Instituto Lula se reuniram nesta segunda-feira (14) em Brasília

Reunião em Brasília. foto: PT na Câmara

Em reunião na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (14), parlamentares e dirigentes do PT, da Fundação Perseu Abramo e do Instituto Lula avançaram na elaboração de uma metodologia de trabalho que norteará as ações de monitoramento do governo Bolsonaro e de resistência aos ataques à democracia e aos trabalhadores que ele promoverá através das suas medidas ultraneoliberais e de natureza fascista.

Algumas das ações serão realizadas em conjunto com outros partidos do campo progressista, caso do Observatório da Democracia, projeto que será coordenado de forma conjunta por sete fundações partidárias.

Após a reunião, a presidenta do PT, senadora  Gleisi Hoffmann (PT-PR), explicou que o encontro discutiu a atuação do partido em relação à atual conjuntura política. “Debatemos sobre como nós vamos atuar, como um partido que já foi governo, e, portanto, conhece a máquina pública, que tem responsabilidade sobre políticas públicas, sabe das necessidades de se ter um rumo na economia que ajude o povo a melhorar de vida, ter emprego e salário. Como vamos atuar de maneira organizada e qualificada no sentido de fazer oposição e propor alternativas”, disse a presidenta, que foi eleita deputada federal em outubro.

“Nosso objetivo é fazer uma intervenção que possa, ao mesmo tempo, denunciar o que está errado, mas também dizer que esse país tem alternativa. E nós tínhamos começado a construir essa alternativa, que era de um desenvolvimento sustentável e de melhoria da condição de vida do povo brasileiro”, acrescentou a parlamentar.

O líder do PT na Câmara, deputado  Paulo Pimenta (PT-RS), considera que o partido terá que atuar de forma unificada com os demais partidos que defendem a democracia e os avanços sociais obtidos ao longo dos últimos anos. “O enfrentamento ao fascismo que tomou de assalto o governo brasileiro demandará toda a unidade da esquerda e dos setores democráticos. Discutimos nesta reunião caminhos e meios para denunciar e resistir aos ataques contra os direitos da sociedade brasileira”, afirmou o deputado em sua conta no Twitter.

Além de Gleisi e Pimenta, participaram da reunião os deputados  Carlos Zarattini (PT-SP),  Enio Verri (PT-PR),  José Guimarães (PT-CE), Leo de Brito (PT-AC),  Paulo Teixeira (PT-SP) e  Pedro Uczai (PT-SC); o deputado eleito e ex-presidente do partido,  Rui Falcão (PT-SP), o senador  Humberto Costa (PT-PE), o ex-ministro  Aloizio Mercadante, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann.

Fernando Haddad será convidado para se somar ao coletivo, que funcionará a partir de 10 grupos de trabalho temáticos. Segundo a presidenta Gleisi Hoffmann, três assuntos serão prioridade já para o mês de fevereiro: reforma da previdência, segurança pública e privatizações.

 

Por Rogério Tomaz Jr., do PT na Câmara